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No livro "Capitães da Areia", de Jorge Amado, são retratadas pessoas em

situação de rua, através dos personagens principais. Analogamente, fora da ficção,


tal impasse é recorrente na sociedade brasileira. Enquanto, no romance, os meninos
fizeram morada em um trapiche abandonado, nos dias atuais, isso acontece
principalmente em rodoviárias e locais públicos. Desse modo, é nítido que uma das
principais causas foi a industrialização. Ademais, origina uma grave consequência: a
desigualdade.
Em primeira análise, é importante ressaltar o engendramento do impasse a
partir da Revolução Industrial. Visto que esse movimento político necessitou do
êxodo que resultou na mudança populacional saindo da zona rural para a zona
urbana, os latifundiários obtinham maiores quantidades monetárias, portanto,
construiram boas moradias. Em contrapartida, os trabalhadores, não apossaram-se
de bons lares e, muitas vezes, sequer tinham onde morar. Outrossim, décadas
depois, a Constituição foi promulgada. Visto que no artigo 5°, como direito básico e
primordial, a habitação está garantida, todos os cidadãos deveriam usufruir de tal
direito. Apesar disso, os baixos salários não permitem a execução da lei.
Consequentemente, percebe-se que a problemática persiste - ademais, com
índices crescentes. De acordo com o sociólogo Karl Marx: "O indivíduo é alienado
pelo consumismo". Hodiernamente, o mundo é sumamente representado por esse
dizer e, dessa maneira, revelando-se cada vez em maior desigualdade. Assim,
grande exemplo pode ser retratado pela obra "Vidas Secas", de Graciliano Ramos,
em que os personagens principais são retirantes e estão à procura de um lar.
Entretanto, à vista de suma discrepância econômica, o objetivo não é atingido, tal
como na sociedade atual.
Dessarte, observando a urgência da resolução da problemática e visando a
dignidade humana, cabe ao governo - através do Ministério da Educação - criar o
projeto “MonetariaMente”. Com essa criação, todas as escolas no país contarão com
aulas semanais de educação financeira com psicólogos. Enfim, para que fosse
realizado, os diretores escolares devem encontrar os profissionais, os quais
executaria o projeto. Destarte, os alunos observarão que a gestão pecuniária e a
psicológica estão fortemente atreladas. E, a partir disso, o dizer de Thomas Hobbes:
"educação é sinônimo de poder", tornará um realidade no Brasil, pois a nova
geração tomará atitude à frente da desigualdade e, com mais consciência, os índices
abaixarão-se gradativamente visando a nulidades dos casos.

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