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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES

DIRETORIA DE ENSINO – DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA


ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO BELO
PORVIR

SEQUÊNCIA DIDÁTICA – FGB


202
SEQUENCIA DIDÁTICA Nº: 07 Ano:
3
Turmas: M1,M2,M3 e
Componente Curricular Série: 1º
M4.

Língua Portuguesa
Professor (a): Carga Horária prevista

Cláudia Bastos França 6h


Coordenação Pedagógica: Período de Execução: Maio

 Marcos Aurélio Simplicio 19/06/2023 a 30/06/2023


Ocileide de França Cavalcante

DELIMITAÇÃO TEMÁTICA
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA

(EM13LP47) Participar de eventos (saraus, competições orais, audições, mostras, festivais, feiras culturais e
literárias, rodas e clubes de leitura, cooperativas culturais, jograis, repentes, slams etc.), inclusive para
socializar obras da própria autoria (poemas, contos e suas variedades, roteiros e microrroteiros, videominutos,
playlists comentadas de música etc.) e/ou interpretar obras de outros, inserindo-se nas diferentes práticas
culturais de seu tempo.
(EM13LP48). Identificar assimilações, rupturas e permanências no processo de constituição da literatura
brasileira e ao longo de sua trajetória, por meio da leitura e análise de obras fundamentais do cânone
ocidental, em especial da literatura portuguesa, para perceber a historicidade de matrizes e procedimentos
estéticos.

HABILIDADE:

HABILIDADES FOCAIS

(EM13LP48) Identificar assimilações, rupturas e permanências no processo


de constituição da literatura brasileira e estrangeira ao longo de sua trajetória, por meio da leitura e análise de obras
fundamentais do cânone ocidental, em especial da literatura portuguesa, para perceber a historicidade de matrizes e
procedimentos estéticos.

•. Observar os recursos expressivos explorados pelos poetas;

(EM13LP09). Fazer curadoria de informações, tendo em vista diferentes propósitos e projetos


discursivos.

(EM13LGG201)

Estrada Fontinele de Castro – Loteamento Cruzeiro do Sul– Q.: 07 e 08 – Epitaciolândia - Acre, CEP 69934-000
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Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-


as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.

(EM13LP28)
Organizar situações de estudo e utilizar procedimentos e estratégias de leitura adequados aos
objetivos e à natureza do conhecimento em questão.   

OBJETOS DE CONHECIMENTO (Focais)

Focais:
 Leitura: interpretação e análise de texto.
 Compreensão e interpretação de textos nos gêneros: Romance.
 Estratégias de produção: planejamento, textualização e revisão/edição

 Produção de uma Síntese literária.

 Leitura e produção de Resenha.

SITUAÇÕES DE APRENDIZAGENS

1º MOMENTO-REVISÃO Tempo previsto: 1h

 Iniciar a aula falando sobre a exposição das obras literárias (Será realizada dia 08/07/2023 de 07 as
09hrs).

 Leitura de 2 páginas da obra que cada turma está lendo, realizando comentários sobre as
curiosidades da obra.

 Leitura do mapa conceitual sobre a obra (Tablet)

 Leitura da Resenha no site https://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/7309245


sobre a obra.

Resenha é um tipo de texto usado para descrever e analisar outra produção textual –
que pode variar de obras literárias até tratados de anatomia. Todos os livros, de modo
geral, podem ser resenhados.

 Realizar a escolha dos alunos que irão apresentar a obra (ideia que seja 1 aluno de cada grupo que
apresentou o seminário que ficaram com as temáticas: bibliografia do autor, introdução do livro,
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curiosidades da obra, pesquisa de outras obras que sejam romances, descrição dos personagens,
características da sociedade da época, seus valores, costumes e crendices).

 Reunir o grupo para decidirem como vão apresentar os livros, orientando-os das possibilidades de: slide,
cartaz, mapa mental gigante, cenas de um filme semelhante).

 Valorizar as habilidades de alguns alunos em artes para produzirem mapas ou desenharem


personagens, até mesmo trabalhando música para fazer abertura da apresentação da turma ou o fundo
musical na hora da apresentação.

2º MOMENTO-REVISÃO Tempo previsto: 1h

 Leitura compartilhada de uma página do livro.

 Pedir que o grupo dos personagens façam uma lista no quadro dos personagens principais e
secundários.
 Sugerir uma parte do livro para a apresentação dos alunos que estão responsáveis pelo teatro, ouvindo
as opiniões e sugestões dos mesmos.
 Perguntar quais os alunos que querem fazer parte da apresentação (22/07).
 Explicar que toda aula eles terão 30 minutos para ensaiar no auditório.
 Retirar da sala o grupo que fará o teatro, pois eles devem escolher a parte que querem encenar ou a
ordem de entrada para desfile e a divisão das declamações.

 Os alunos que ficarão em sala vão escolher entre eles cinco alunos que irão produzir uma síntese sobre
o livro.
 Esses alunos deverão fazer 4 cópias que serão entregues a professora para posteriormente reproduzir e
entregar aos alunos das outras turmas.
 Os mesmos também irão fazer a síntese circular nas redes sociais, marcando o instagram da escola e o
máximo de alunos possível. (O grupo deve ser retirado da sala para iniciarem a ordem da síntese).
 Montar um grupo de alunos que vão trabalhar com a mídia (propaganda) através da produção de vídeo,
criação de cartazes e visitas as salas de aula no intuito de incentivar os alunos a participarem do sábado
letivo.

OBS: (Os alunos que vão optar por ficar no grupo, pois desta feita cada aluno escolhe o grupo que
melhor se identificar com as habilidades que ele tem).
 Montar um grupo que ficará responsável por criar material (folder, panfletos) para distribuir aos alunos
que vão vir no sábado letivo, resumindo a obra que estão lendo.
3º MOMENTO-REVISÃO Tempo previsto: 1h

 Iniciar a aula relembrando a obra que a turma vem trabalhando, conforme o resumo abaixo:

TURMA 1ºM1- (TEATRO e Síntese)

Vidas Secas é um influente e importante romance do escritor brasileiro Graciliano Ramos.Vidas Secas é um
profundo retrato da sociedade brasileira, sobretudo de seus problemas sociais. Dessa forma, Graciliano traça
uma crítica social retratando as dificuldades encontradas por uma família pobre de retirantes. Eles têm de
conviver constantemente com a miséria e a seca que assola o sertão nordestino.

TURMA 1ºM2- (Desfile dos personagens da obra com narração de seu papel dentro da obra e Síntese)

Sendo um dos últimos de Alencar, Senhora é um romance urbano que retrata o casamento por
interesse numa sociedade de aparências do século XIX, mesma época em que o autor vivia. Nessa
obra pertencente à época literária do Romantismo já é possível observar características do Realismo
e do Naturalismo.
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TURMA 1ºM3 (Declamação da poesia “Olhos de ressaca” que retrata a obra de Dom Casmurro) Síntese.
Site: https://youtu.be/sJM3kmjmj34outu.be/sJM3kmjmj34

Dom Casmurro é um romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1899 pela Livraria
Garnier. Dom Casmurro fala da inveja de ter sido traído, mas também da de ser inferior a um ser humano
que, na sua visão, era inferior a ele: uma mulher pobre por quem se apaixona. Vemos o mesmo na política
nacional. A inveja pelos acertos do atual governo leva a um delírio quando os erros dele aparecem.

Poema sugestão para declamar: https://www.recantodasletras.com.br/poesias-de-pensamentos/1933513

TURMA 1ºM4 (Teatro ou música-sugestão https://youtu.be/A72HSJmocvM e


https://youtu.be/vz5lYUiEXjI )

A Moreninha é um romance do escritor brasileiro Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882).


Considerada um enredo leve dentre as obras do Romantismo, a narrativa conta a história de um
casal que se apaixona, mas enfrenta alguns obstáculos pela tensão entre “entregar-se” e “cumprir
uma promessa de infância”. 

 Leitura compartilhada de uma página da obra.


 Postagem no grupo da turma do texto da uol educação sobre os tipos de “Síntese”.
 Leitura compartilhada de uma síntese da obra

4º MOMENTO- REVISÃO Tempo previsto: 1:00 min.

 Iniciar a aula com uma página da leitura da obra, onde cada aluno vai ler um parágrafo e acompanhar
a leitura.
 Releitura da síntese sobre a obra.
 Espaço para preparação da exposição literária e a apresentação. (Os grupos devem se espalhar pelo
pátio, auditório e sala de aula para continuarem seus trabalhos).

5º MOMENTO Tempo previsto: 1:00 min.
 Leitura compartilhada de mais uma parte da obra.

 Divisão dos grupos para continuarem com as produções para o dia da exposição e
apresentação teatral.

 Desafiar os alunos para a produção de uma síntese sobre a obra. (trabalho individual).

 Os alunos que estão responsáveis pela propaganda vão neste dia visitar os outros alunos da
escola na sala de aula e de maneira rápida falar algo sobre a obra, que desperte a
curiosidade dos alunos para assistirem a exposição e a encenação teatral.

6º MOMENTO Tempo previsto: 1:00 min.

 Leitura de pelo menos 2 páginas da obra que a turma ficou de ler.


 Conversa sobre as produções, realizando correção e valorizando o esforço dos
mesmos com a atividade.
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 Perguntar se tem alunos que desejam circular seus textos também sobre a obra
(Lembrar aos mesmos que podem fazer alguma arte na síntese, mas não obrigatório).
 Leitura das sínteses.
 Orientar aos alunos que passem a ensaiar fora da escola se possível, para uma melhor
apresentação.

ATIVIDADE ADAPTADA: (Danielle 1º M4) (Verificar se a aluna estará na escola no sábado,


pois se a mesma estiver vai subir para o palco com o grupo no dia da exposição
apresentando a capa do livro em um cartaz com o auxílio da Assistente).

A aluna deverá montar a imagem e colar no caderno observando a capa do livro.

Importante:
Os alunos do AEE em sua maioria acompanham à aula realizando as atividades sem precisar de
adaptação. Apenas a aluna da turma 1ºM4 Danielle precisa de adaptação nas atividades.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO RECURSOS


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 A avaliação do processo de aprendizagem realizar-se-á ● Data show.


por meio das atividades propostas nesta sequência ● Quadro branco.
didática e também por meio da realização de trabalhos ● Pincel.
em grupo que envolvam a pesquisa de textos nos quais ● Cartazes.
há comparação de opiniões, intertextualidade explícita ● ECA.Aparelho multimídia;
e implícita entre outros conteúdos.
● Observação da participação dos alunos, entrega de ● Pen drive;
atividades em dia e organização. ● Notebook;
● Produção.
● Oratória no momento da apresentação. ● Celular;
● Tablet.

● Cópias.

DEVOLUTIVA DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA


Apontamentos sobre o acompanhamento na etapa de planejamento da SD e devolutivas da
observação em sala de aula presencial e/ou remota.

___________________________ ________________________
Assinatura do(a) Coordenador(a) Assinatura do(a) Professor(a)

Epitaciolândia–Acre, 22 de junho de 2023.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICOS (FONTES DE PESQUISA)

 Os referenciais e o currículo de Língua Portuguesa;


 Livro Didático – Práticas de Língua Portuguesa do 1º ano do Ensino Médio;
 Brasilescola.uol.com.br;
 https://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/7309245
 https://www.youtube.com/watch?v=1nunrajnsZg&t=1213s
 https://www.culturapocket.com.br/2019/10/resenha-senhora-jose-de-alencar.html
 https://www.estantedovini.com.br/post/dom-casmurro-resenha
 https://arenaliteraria.wordpress.com/2018/02/04/307/
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Anexos:
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Resenha:

RESENHA DO LIVRO "VIDAS SECAS", DE GRACILIANO RAMOS


Antes de abordar a obra prima “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, é necessário entendermos
o período em que a obra foi escrita. O Modernismo, outrora inaugurado em 1922 com a Semana da
Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, foi de um impacto tremendo no mundo
das artes, da música e da literatura. O intuito da Semana era a comemoração do centenário da
independência do Brasil - outorgada em 1822, e para isso, os artistas da cidade, na época,
organizaram apresentações com declamação de poesias, exposição de obras e apresentações
musicais.
Na ótica da valorização nacional, deixando de lado as estéticas europeias, tanto os romancistas
quanto os poetas inculturaram, em suas obras, figuras genuinamente brasileiras. Com isso, dentro
das três fases modernistas, mais especificamente na segunda, conhecida também como Geração de
30, surge os romances regionalistas, cujo foco era incluir no rol literário a vida e as histórias das
várias regiões do país. Um dos autores que aqui merece destaque é o alagoano Graciliano Ramos.
Nascido em 1892, na cidade de Quebrângulo, em Alagoas, Graciliano Ramos fez carreira na política,
sendo prefeito em Palmeira dos Índios em 1927. Além de político, foi cronista, jornalista,
memorialista e acima de tudo, romancista. Dentre as várias obras memoráveis do autor, como “São
Bernardo” (1934), “Angústia” (1936), e “Memória do Cárcere” (1954), “Vidas Secas”, publicada em
1938, é considerada pela crítica a magnum opus do autor, merecendo assim especial destaque.
A história é ambientada na no sertão brasileiro, contando a história de Fabiano, um homem rude,
tipicamente o esteriótipo do homem nordestino, Sinhá Vitória, esposa de Fabiano e mãe de dois
filhos, possuidora de intelecto um pouco maior do que o do marido, Menino mais Velho e mais Novo,
filhos de Fabiano e Sinhá, , Tomas de Bolandeiro, poderoso dono de uma fazenda, a cachorra
Baleia e o papagaio, que detém para si a inteligência humana, que será abordada logo adiante.
O contexto social que a obra foi escrita, no Brasil, era, na questão política, o tipo de governo
denominado Oligarquia, onde a disputa por cargos como o de presidente da república, eram
disputado por grandes latifundiários, fazendeiros, compondo assim um grupo de privilegiados, se
assim pode-se dizer. O soldado amarelo, o fiscal e o dono da fazenda, outras personagens,
aparecem como os antagonistas, representando assim a opressão oligárquica.
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Em meio a luta pela sobrevivência no contexto da seca, Ramos deposita nos personagens fortes
características nordestinas. As personagens que englobam a obra sofrem um processo denominado
zoomorfismo. Para melhor entender o termo, nos explica o doutor Ananias Agostinho da Silva:
Em Vidas Secas, a zoomorfização foi utilizada como um recurso estilístico para demonstrar a
condição miserável em que se encontravam as personagens, provocada principalmente pela seca. A
família de retirantes nordestinos é obrigada a viver de acordo com seus instintos e impulsos,
peregrinando de um lugar para outro, alimentando-se do que encontravam no caminho (preás,
novilha de raposa), como se fossem mesmo animais.(SILVA, s.d)
O recurso literário em questão pode ser evideciado no seguinte trecho:
Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e
não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava
uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. (RAMOS, 2003, p.
19)
Voltando o olhar para os animais que aparecem ao longo do romance, e em especial a cachorra
Baleia, outro fenômeno ocorre: o antropomorfismo. Ao longo dos capítulos, a personagem em
questão passa por um processo de humanização e, Ramos recorre a essa estratégia para
demonstrar como a seca e a desigualdade contribuem para uma vida desumana, paupérrima.
(SILVA, s.d). Para constatar tal afirmativa, basta analisar o uso de verbos que exprimem ações
humanas, como em “Baleia, séria, desaprovava tudo aquilo”(Capítulo V, p.32) e em “(Baleia) Quis
recuar e esconder-se debaixo do carro, mas teve medo da rosa” (Capítulo IX, p. 21).
Focando na problemática da seca que assola o nordeste brasileiro, Ramos escolheu como foco
narrativo a terceira pessoa do discurso, recurso utilizado unicamente para este livro. Ainda, pode-se
notar a não- linearidade dos capítulos, bem como o uso do discurso indireto livre, dando assim
autonomia para o leitor de lê-los independente da ordem, uma vez que cada um apresenta seu
próprio enredo. Nota-se, pois, o uso do tempo psicológico, fazendo com que as angústias das
personagens, exploradas pelo autor, fiquem adjacentes ao leitor.
Em suma, a obra de Graciliano Ramos ganha grande destaque na literatura nacional por abordar
uma questão muito latente a realidade nordestina- a seca. Através da sua linguagem, pretende
mostrar a aridez do ambiente que, de certa forma, atinge as personagens do enredo. Com a
narração em terceira pessoa, pode-se inferir que pela falta de capacidade dos personagens em
expressar-se, os mesmos não conseguiriam assumir o papel de narrador. Suas personagens são
mergulhadas nas mazelas de uma vida fadada ao descaso dos poderes públicos que, por sua vez,
não tem olhos para a realidade dos mesmos.
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1º M2

RESENHA - SENHORA - JOSÉ DE ALENCAR

"Entremos na realidade por mais triste que ela seja: e resigne-se cada um ao que
é, eu, uma mulher traída: o senhor um homem vendido."

Título: Senhora
Autor: José de Alencar
Editora: Martin Claret
Nº de páginas: 248
Ano: 2012
Classificação: 5

“- Aqui estão as chaves de minha alma e de minha vida. Eu te pertenço; fiz-te meu
senhor; e só te peço a felicidade de ser tua sempre! ”
Sinopse:
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Uma moça de origem humilde, órfã de pai e posteriormente de mãe, torna-se uma das
mulheres mais desejadas e admiradas do Rio de Janeiro após receber uma herança
inesperada. Bela, altiva, fria e decidida, Aurélia Camargo tem agora toda a autonomia de
que precisa e resolve usar o seu poder para comprar um... marido! Para algumas
mulheres, Aurélia é certamente uma feminista; entre o público masculino, fria, calculista
e sem coração; para os valores sociais da época, de um comportamento absolutamente
escandaloso! Espelho da decadência de valores da sociedade brasileira durante o
Segundo Império, Senhora representa o auge do romance urbano de José de Alencar.
Como uma metáfora da alta apreciação de valores fúteis, como o luxo, a ascensão
social, o desejo, o orgulho e a ambição, o romance de Alencar transcende-os com a
inspiração do amor romântico. Poderá o amor vencer a mágoa e o orgulho para que
possa ser pleno na vida dessa personagem?

"Eu o amo sem condições, e nunca lhe perguntei onde me leva este amor. Sei que
ele é minha felicidade, e isto me basta."

Resenha:

A história fala sobre Aurélia uma moça linda e inteligente que apesar de pobre recebeu
uma ótima educação juntamente com seu irmão. O Pai morre novo antes de ser
reconhecido como filho de um fazendeiro rico, a esposa fica malvista pelo vizinho pois
pensa que era amante do marido. O irmão dela Lemos a excluí por casa com um homem
pobre.
O irmão de Aurélia trabalha fora, mas tem muitas dificuldades fazer seu trabalho porem
a sua irmã super capaz faz o trabalho enquanto ele somente entrega. O irmão da moça
acaba doente e morre e Aurélia e a mãe ficam passando por dificuldades.
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A mãe de Aurélia preocupada com o futuro da moça pensa que a solução e casa a filha,
para atrair os pretendentes a moça fica todos os dias exibido a sua beleza na janela de
sua casa.
A beleza da moça é tão grande que quase o rio de janeiro inteiro comenta, vários
rapazes se encantam por ela, mas nenhum chama a atenção da moça entre ele tinha um
rapaz muito rico chamando Eduardo Abreu. 
Fenando Seixas e o homem da casa morava com duas irmãs e mãe, ele administrava o
pequeno rendimento deixado pelo pai. Um rapaz acostumando com a corte e com os
melhore trajes. Quando fica sabendo da moça na janela não tem muito interesse pois
tem uma viagem para fora do estado, mas quando volta por coincidência os amigos
voltam a falar do assunto por curiosidade vai até o local é fica encantado com a moça e
passa a visita-la sempre.
Lemos tio de Aurélia ao saber de sua beleza queria se aproveitar com o arranjo
matrimonial que a moça conseguiria, fez de tudo para tirar tudo que atrapalhasse seus
planos.
Aurélia receber uma herança de seu avô é tudo que deseja é dar uma lição na pessoa
que a trocou por dinheiro.
O autor mostrar nesta história, que não vale a pena colocar o dinheiro na frente dos
sentimentos e também que qualquer relacionamento para ser duradouro deve sempre
goza do diálogo sincero. Apesar de conta uma história antiga a tema é bem atual.

Curiosidades:
 A primeira telenovela das 18h em cores, foi a adaptação do romance homônimo de
José de Alencar "Senhora" .
 Em 2005 a RecordTV produziu a novela "Essas mulheres". A trama foi baseada em
três livros clássicos da literatura brasileira escritos por Jose de Alencar - Senhora
(1875), Luciola (1862), Diva (1864).  
 José de Alencar foi grande amigo de Machado de Assis (1839-1908), figura que o
nomeou patrono da cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras.
 José de Alencar morreu as 48 anos no Rio de Janeiro, vitima de tuberculose.
 Suas obras são marcadas por temáticas voltadas para o nacionalismo, a história e
cultura popular brasileira.
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1ºM3

Resenha: Dom Casmurro


Atualizado: 27 de nov. de 2022

Machado de Assis produz retratos do seu tempo, com fortes críticas sociais.

O narrador Bento Santiago retoma a infância que passou na Rua de Matacavalos e conta a história
do amor e das desventuras que viveu com Capitu, uma das personagens mais enigmáticas e
intrigantes da literatura brasileira. Nas páginas deste romance, encontra-se a versão de um homem
perturbado pelo ciúme, que revela aos poucos sua psicologia complexa e enreda o leitor em sua
narrativa ambígua acerca do acontecimento ou não do adultério da mulher com olhos de ressaca,
uma das maiores polêmicas da literatura brasileira.
'Dom Casmurro' é uma das grandes obras de Machado de Assis. A história contada pelos olhos de
Bento Santiago tem um teor jurídico. Ele se usa de artifícios para colocar em pauta sua insegurança
e ciúme relacionados a sua amiga de infância, Capitu. Considerado precursor do Modernismo no
Brasil, o romance é encarado por muitos como a obra-prima do autor.
Com capítulos curtos e com uma linguagem cuidada, mas informal, o narrador-protagonista vai
contando a história como se fosse se lembrando dela gradualmente. Não existe linearidade
narrativa, o leitor navega entre as memórias de Bento Santiago e a ambiguidade das mesmas.
A trama começa em 1857, quando Bento Santiago tem quinze anos e Capitu catorze. Na obra, o
tempo da narrativa mistura presente (quando Santiago escreve a obra) e passado. O enredo tem
lugar no Rio de Janeiro de meados do século XIX. Sede do império desde a Independência em
1822, a cidade assistia à ascensão da burguesia carioca.
Machado de Assis produz retratos do seu tempo, com fortes críticas sociais trespassando as
narrativas. Em 'Dom Casmurro' há uma representação da elite carioca e das intrigas e traições que
aconteciam nas mansões da burguesia contemporânea. Como é típico em suas obras, há uma forte
ironia e sarcasmo, também encontramos o pessimismo machadiano.
A obra trata da complexidade das relações humanas, cruzando verdade e imaginação, traição e
desconfiança, assim como na vida real. Neste romance o possível adultério surge envolto em
mistérios, suscitando muitas questões que ficam sem resposta.
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Com uma temática do ciúme, abordada com brilhantismo nesse livro, 'Dom Casmurro' provoca
polêmicas em torno do caráter de uma das principais personagens femininas da literatura brasileira:
Capitu. Publicado pela primeira vez em 1899, 'Dom Casmurro' é uma das grandes obras de
Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia sobre toda a sociedade
brasileira.

1ºM4

Resenha: A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo – Por Paula Ramos


PUBLICAD O EM   fevereiro 4, 2018 por arenaliteraria

POR PAULA RAMOS


Sinopse

A moreninha é um dos principais romances brasileiros e seu autor, ao lado de Manuel Antonio de
Almeida, José de Alencar, Machado de Assis, Aluísio Azevedo e outros (poucos) é um dos mais
importantes autores da língua portuguesa. Este livro, centrado no romance entre Augusto e
Carolina, é um dos pilares de nossa literatura. Numa época onde a cultura era totalmente voltada
para a Europa, A moreninha é uma das primeiras e magníficas tentativas de fazer literatura
brasileira, observando usos e costumes do Brasil do Segundo Império, retratando o cotidiano da
vida brasileira em meados do século passado. Joaquim Manuel de Macedo (1820-1881) era médico,
mas jamais exerceu a profissão, tendo dedicado sua vida à literatura, à imprensa e ao teatro.
Será que um boêmio se apaixonaria realmente por uma menina travessa de apenas 14 anos?

A Moreninha é romance considerado clássico pelo tempo em que foi publicado – 1844. É considerado
o primeiro romance tipicamente brasileiro, trazendo uma inovação para o Brasil, criada por Joaquim
Manoel de Macedo.

O universitário Filipe convidou os seus amigos Augusto, Leopoldo e Fabrício para passarem o feriado
de Sant’Ana na casa da sua avó, Ana, que mora em uma ilha. Todos aceitaram na mesma hora. Entre
muitas conversas, Augusto, o mais boêmio dos amigos, dizia que não era capaz de se apaixonar por
ninguém. Então Filipe fez um acordo com seu amigo que constava que se Augusto se apaixonasse
neste feriado iria escrever um livro relatando por quem se apaixonou. Caso contrário, Filipe escreveria
o livro discorrendo das aventuras de Augusto na ilha.

Ao chegarem na ilha, Augusto foi apresentado a dona Ana e a irmã mais nova de Filipe, Carolina de 14
anos – menina travessa, morena dos cabelos encaracolados. Depois desse encontro, a vida de Augusto
e de Carolina iria mudar.

Para mim, a moreninha é o melhor clássico de todo o mundo pelo simples fato de realçar a questão do
preconceito. Não aquela racial ou social, mas aquele em que você conhece a pessoa e a julga sem saber
realmente como ela é de verdade. Augusto julga a Carolina e é perceptível a mudança de seus
julgamentos a partir de uma conversa com Leopoldo, onde seu amigo pergunta sobre o que ele acha da
Carolina.
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Há um grande mistério na ilha. Algo mágico nela e uma mistério por trás disso, o que torna a história
mais interessante. Um fator que deve ser mencionado é o amor platônico que fez um dos personagens
ficar doente por querer ficar trancado no quarto e não comer.

Por ser escrito há tantos anos, o livro conta com a presença de um vocabulário bem diferente do nosso
atual. Isto faz com que os leitores curiosos, como eu, pesquisem seus significados e ampliem seu
conhecimento. Admiro também que esta obra não tem um vilão, a não ser a própria personalidade de
Augusto, que não quer deixar de lado a vida boêmia e, consequentemente, se apaixone, deixando o
romance dele e de Carolina mais difícil.

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