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PLANO DE INTERVENÇÃO
6. Descrição da atividade:
7. Recursos necessários:
7.1 Material didático:
8. Desenvolvimento da atividade:
As batalhas costumam acontecer nas ruas ou nos pátios das escolas. Desse
modo, o acesso deve ser pensado para que pessoas cadeirantes ou com outras
limitações físicas consigam chegar ao espaço. Assim como a presença de intérprete
de libras. O local deve ser munido também de caixa de som e microfone, para que os
alunos/performers possam apresentar suas poesias.
Primeiro momento:
Acolhida, pelo professor de linguagem e literatura, dos alunos. Nesse
momento, serão apresentados poemas performados pelos professores ou através da
exibição de vídeos do Youtube, para que o primeiro contato seja de apreciação,
favorecendo uma experiência estética. Após esse momento, o/a professor/a deverá
estimular para que os alunos compartilhem as impressões sobre os poemas
performados e, em seguida, conversar sobre o funcionamento das batalhas.
Após esse momento de recepção, o/a professor falará sobre o gênero textual,
informando que os/as alunos/as podem escrever seus próprios poemas ou escolher
uma poesia já existente para o momento da performance. Com o devido conhecimento
sobre o evento, os/as alunos/as deverão suscitar temas possíveis para elaboração
dos seus poemas, para que estes sejam discutidos no segundo momento.
Segundo momento:
Com os temas levantados e as noções sobre o funcionamento da atividade, os
professores de história, geografia e/ou de artes deverão colaborar na discussão das
temáticas, a fim de aumentar o repertório dos/as aprendizes. A conversa deve ser
estimulada para que os temas sejam enriquecidos com a discussão.
Terceiro momento
O/A professor/a de educação física ou de dança deverá trabalhar o corpo e o
espaço com a turma. A partir de movimentos corporais, os/as alunos/as devem
melhorar suas noções de espaço e mobilidade corporal, para potencializar toda
linguagem que extrapola a voz e dinamizar mais a performance de cada um/a.
Quarto momento
O/A professor/a de literatura/linguagem irá trabalhar a escrita, que deverá ser
assistida e mediada sempre que necessário, a fim de que todos/as consigam se
expressar da melhor forma através dessa linguagem. Esse momento deverá ser
finalizado com ensaios das performances dos seus próprios textos, aproveitando tudo
que foi trabalhado nos momentos anteriores.
Quinto momento
Realização da batalha: o Slam. Esse é o momento de realização de toda a
preparação anterior. Para tanto, será montado o espaço (já descrito nessa atividade),
a comunidade será convidada a participar como plateia e será dado início à batalha.
Um júri será formado na hora, com a própria plateia. Diferente dos Slams
convencionais, os/as alunos/as vão performar os poemas construídos ao longo dos
momentos anteriores (e não poemas compostos na hora). Será disponibilizado
microfone e intérpretes de libras. Os critérios de notas levarão em conta a
apresentação dentro do tempo estipulado, o desprendimento no momento da
performance e a reação/vibração da plateia. A competição deverá contar com uma
disputa geral, depois uma semifinal com 9 participantes disputando em duplas e uma
final entre os três vencedores da etapa anterior.
A intenção é agregar a dinamicidade e adrenalina da batalha a uma atividade
que desperta e apura o senso crítico de cada participante, estimulando também outras
pessoas a se aproximarem do gênero textual poesia, que costuma ser visto com tanta
distância pela sociedade de um modo geral.
Espero, com essa atividade, proporcionar uma experiência lúdica com a leitura,
que agregue para a formação desses jovens como potenciais leitores e que, tendo em
vista o teor crítico dos textos apresentados, proporcionar momentos de reflexão sobre
a vida comunitária desses jovens, a partir de uma perspectiva sociocultural. A ideia é
aproximar os jovens da arte, da literatura e do pensamento crítico como locomotiva
para transformação do seu entorno.