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A autora estadunidense Suzanne Collins, em sua famosa obra “Jogos Vorazes”,

descreve uma sociedade distópica, na qual a exploração das classes menos


valorizadas é a base para a movimentação econômica do país. Não obstante, tal
questão transcende a ficção e mostra-se presente na realidade brasileira, uma vez que
há a persistência da marginalização social em território nacional. Dessarte, atuam
como desafios para a assistência desses grupos a relação desigual entre capital e o
trabalho e a alienação social.

Diante dessa conjuntura, é importante destacar a falha sistemática como peça-chave


de todas as adversidades. Para tanto, faz-se oportuno rememorar a obra “O Capital”, de
Karl Marx, a qual defende que as dinâmicas sociais internas são o resultado das
relações de produção do Estado. Nesse sentido, apesar de a Constituição Federal de
1988 garantir auxílio aos desamparados, observa-se, no país, uma falha na aplicação
desse princípio constitucional, uma vez que o modelo econômico capitalista é
inerentemente explorador, instável e errôneo, fato que gera um agravamento das
disparidades socioeconômicas. Logo, enquanto a usurpação da força trabalhista se
mantiver, difícil será a resolução dessa questão.

Ademais, é importante evidenciar a alienação social, que gera efeitos desastrosos


nessa questão. Dito isso, o cantor Max Gonzaga, em “Classe Média”, ironiza o
pensamento neoliberalista frequente no sujeito de classe média, revelando o contraste
entre um ideal de distinção e uma condição econômica menos favorável. Em paralelo a
arte, nota-se uma crítica do cantor relacionada ao contexto de alienação da sociedade
brasileira, no qual os indivíduos sociais se calam diante das questões que prejudicam
grupos negligenciados, aqueles abandonados pelo Estado, desconsiderando a
importância de reivindicar condições dignas de vivência para o cumprimento dos
direitos sociais a todos. Nesse contexto, é essencial superar esses paradigmas que
afligem diversos indivíduos.

Portanto, reduzir as disparidades de renda e de riqueza é fundamental. Sendo assim,


cabe ao Governo Federal - instituição de maior hierarquia do país -, por meio de
políticas tributárias e de transferência, prover recursos financeiros para o Estado, por
intermédio da transação de verba dos patrimônios privados para o público, com o
intuito de atenuar as consequências da distribuição desproporcional de privilégios.
Outrossim, é necessário que o Ministério da Educação desenvolva palestras
extracurriculares, a fim de conscientizar e alertar sobre a problemática. Feito isso,
poder-se-á observar o Brasil livre dos impactos gerados pela desigualdade social.

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