Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Herói Realista: personagens que, em contraposição aos ideais românticos, são representados
de forma mais complexa e crítica, conforme a escola realista. Eles frequentemente enfrentam dilemas
morais e sociais.
Exemplo: Bentinho, o protagonista do romance "Dom Casmurro" (1899), de Machado de
Assis, é um exemplo de herói realista, cuja narrativa é marcada pela ambiguidade e profundidade
psicológica.
Herói Modernista: personagens que rompem com padrões e que frequentemente representam
a busca por uma identidade nacional mais autêntica e plural. São comuns na literatura modernista.
Exemplo: Macunaíma, o "herói sem nenhum caráter" do romance homônimo (1928) de Mário
de Andrade, é uma figura que transita por várias regiões do Brasil, misturando mitos, culturas e
linguagens.
Herói Trágico: personagens cujas vidas são marcadas pela fatalidade e pelo sofrimento,
muitas vezes como consequência de suas próprias ações ou de um destino cruel.
Exemplo: Riobaldo, o protagonista do romance "Grande Sertão: Veredas" (1956), de João
Guimarães Rosa, é um herói trágico, cuja jornada é marcada por dilemas morais intensos e uma luta
constante com o próprio destino.
Herói Social: personagens que representam as lutas e desafios das classes sociais menos
favorecidas, frequentemente retratadas em obras de cunho social e político.
Exemplo: Fabiano, o protagonista do romance "Vidas Secas" (1938), de Graciliano Ramos, é
um exemplo de herói social, representando o sofrimento e a luta dos retirantes nordestinos diante das
dificuldades impostas pela seca e pela pobreza.
Esses tipos de heróis são, claro, modelos que podem se misturar e adaptar-se em diferentes
obras, mas servem como um ponto de partida para entender como diferentes épocas e movimentos
literários no Brasil abordam a figura do herói em suas narrativas.