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(Capítulo I)
Exemplo:
(Capítulo X)
(Capítulo II)
(Capítulo II)
Porém, tendo em conta que também é dominado por
sentimentos avassaladores, febris e egoístas, associados ao seu
desejo de vingança e de conservação da sua honra, nada impede
Simão de, vendo-se ameaçado e insultado por Baltasar, o
assassinar em frente à sua família, às portas do convento de
Viseu, no momento em que Teresa ia ser transferida para o
Porto, para o convento de Monchique. Efetivamente, Baltasar
impunha-se à fidalga e, mesmo sabendo que não era amado, não
desistia de Teresa, influenciando o tio com as suas opiniões
machistas e inflamando nele a esperança de que curaria a sua
filha daquele amor maldito.
(Capítulo X)
Solidão e crise
Vendo que a distância física entre si e a sua amada vai
aumentando cada vez mais, e quando percebe que a união, na
vida terrena, será impossível, Simão, dominado pelo desespero e
pela tristeza, sente-se saturado da sua vivência no cárcere, ao
ponto de responder mal a Mariana, sua única companhia.
«Não esperes nada, mártir – escrevia-lhe ele. – A luta com a
desgraça é inútil, e eu não posso já lutar. Foi um atroz engano o nosso
encontro. Não temos nada neste mundo. Caminhemos ao encontro da
morte… Há um segredo que só no sepulcro se sabe. Ver-nos-emos?
Vou. Abomino a pátria, abomino a minha família; todo este solo está
aos meus olhos cobertos de forcas, e quantos homens falam a minha
língua, creio que os ouço vociferar as imprecações do carrasco. Em
Portugal, nem a liberdade com a opulência; nem já agora a realização
das esperanças que me dava o teu amor, Teresa!»
(Capítulo XIX)
Individualismo e egocentrismo
Com a possibilidade de comutar os dez anos de degredo na Índia
por dez anos de prisão em Vila Real, o jovem Botelho toma uma
atitude individualista e egocêntrica, ao pensar apenas em si, que
não suportava mais estar enclausurado. Apesar de Teresa lhe ter
suplicado que aceitasse os dez anos de prisão, o jovem foi
perentório na sua decisão, não abdicando dela nem mesmo
perante os argumentos da amada.
«Teresa pedira a Simão Botelho que aceitasse dez anos de cadeia, e
esperasse aí a sua redenção por ela. […]
Não me peças que aceite dez anos de prisão. Tu não sabes o que é a
liberdade cativa dez anos! Não compreendes a tortura dos meus vinte
meses.»
(Capítulo XIX)
(Capítulo XX)
(Capítulo VII)
(Capítulo XIX)