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FATOS CULTURAIS –

PARTE I
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FATOS CULTURAIS – PARTE I


Ao analisar o processo de formação cultural mundial, nota-se a importância da Unesco. Afinal, a
instituição se propõe a promover a identificação, a proteção e a preservação do patrimônio cultural
e natural de todo o mundo, considerado especialmente valioso para a humanidade.

PATRIMÔNIO CULTURAL
Dentro do que conhecemos, os patrimônios culturais são de fundamental importância para a
memória, a identidade e a criatividade dos povos e a riqueza das culturas.
ͫ O Patrimônio Cultural Mundial é composto por monumentos, grupos de edifícios ou sítios
que tenham um excepcional e universal valor histórico, estético, arqueológico, científico,
etnológico ou antropológico.
ͫ O Patrimônio Natural Mundial significa as formações físicas, biológicas e geológicas
excepcionais, habitats de espécies animais e vegetais ameaçadas e áreas que tenham
valor científico, de conservação ou estético excepcional e universal.
ͫ O Patrimônio Cultural Imaterial não se constitui apenas de aspectos físicos da cultura. Há
muito mais, contido nas tradições, no folclore, nos saberes, nas línguas, nas festas e em
diversos outros aspectos e manifestações, transmitidos oral ou gestualmente, recriados
coletivamente e modificados ao longo do tempo.
Atenção: o Patrimônio Cultural Imaterial ou Intangível compreende as expressões de vida e tradições que
comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes do mundo recebem de seus ancestrais e passam seus
conhecimentos a seus descendentes.
Deste modo, a Unesco trabalha impulsionada pela Convenção para a Proteção do Patrimônio
Mundial Cultural e Natural (1972), que reconhece que alguns lugares na Terra são de “valor universal
excepcional”, e devem fazer parte do patrimônio comum da humanidade.

MUDANÇA NO VISUAL EM ÁREA PORTUÁRIA TIRA DE LIVERPOOL STATUS


DE PATRIMÔNIO MUNDIAL DA UNESCO
A cidade de Liverpool, na Inglaterra, foi retirada da lista da Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) de Patrimônio Mundial na quarta-feira (21/07/2021),
porque novas construções e adaptações prejudicaram o visual das docas da cidade com arquitetura
do período vitoriano (1837-1901).
Com isso, a cidade no Reino Unido se tornou o terceiro local a ser removido da lista (os outros
únicos locais que perderam o título foram um santuário de vida selvagem em Omã, em 2007, após
caça ilegal e destruição de habitat, e o vale do Elba, em Dresden, Alemanha, em 2009, quando
uma ponte com quatro faixas foi construída sobre o rio).
Liverpool foi nomeada Patrimônio Mundial pela organização cultural da Organização das Nações
Unidas (ONU) em 2004, se juntando a referências como a Grande Muralha da China, o Taj Mahal
e a Torre de Pisa.
Sendo assim, após uma votação na China de membros do Comitê do Patrimônio Mundial, a
Unesco afirmou que novos prédios em Liverpool prejudicavam a “autenticidade e integridade” da
cidade. Desta forma, as novas construções descaracterizaram região histórica da cidade inglesa,
que tem prédios do período vitoriano (1837-1901).
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Fique atento: Liverpool (lar dos Beatles), foi colocada na lista em reconhecimento ao seu papel como um dos
portos mais importantes do mundo durante os séculos XVIII e XIX e pela sua beleza arquitetônica.
Vale ressaltar que Joanne Anderson, prefeita de Liverpool, disse que a decisão de retirar a
cidade da lista era “incompreensível” e chega uma década depois da última visita das autoridades
da Unesco.
Portanto, destaca-se que o selo de Patrimônio Mundial concede a locais históricos acesso a
fundos de conservação da ONU e também os coloca em guias turísticos do mundo inteiro.

GRANDE BARREIRA DE CORAIS NA AUSTRÁLIA ESCAPA DA LISTA DE


PATRIMÔNIO MUNDIAL EM PERIGO
A Austrália conseguiu manter a Grande Barreira de Corais fora da classificação de patrimônio
mundial “em perigo” pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco), apesar da preocupação com o impacto da mudança climática neste ecossistema.
Em uma reunião do comitê de Patrimônio Mundial da Unesco sob a presidência chinesa, os
delegados votaram a favor do adiamento de uma decisão a esse respeito, seguindo o desejo do
governo australiano.
“Agradeço, sinceramente, aos estimados delegados por reconhecerem o compromisso da
Austrália para proteger a Grande Barreira de Corais”, disse a ministra australiana do Meio Ambiente,
Sussan Ley, em um comunicado enviado ao comitê.
Vale destacar que, em junho, a agência cultural das Nações Unidas recomendou colocar o
maior recife do mundo, uma joia do Patrimônio Mundial desde 1981, em sua lista de lugares em
perigo pela deterioração dos corais em virtude do aquecimento global.
Na ocasião, o diretor do programa de Patrimônio Mundial da Unesco, Tim Badman, afirmou
que a Grande Barreira de Corais cumpria, de “maneira inequívoca”, os critérios para ser incluída
na lista de locais em perigo.
“Apesar dos grandes esforços feitos pelo Estado-membro, tanto o atual ‘status’ de valor uni-
versal excepcional da Grande Barreira de Corais quanto a perspectiva de uma futura recuperação
se deterioraram de maneira significativa”, completou.
Atenção: a inclusão na lista de sítios “em perigo” não é considerada uma sanção por parte da Unesco.
Alguns países veem isso como uma forma de sensibilizar a comunidade internacional e ajudar a proteger seu
patrimônio.
Assim, a Austrália viu essa possível decisão como negativa, temendo que pudesse minar o
atrativo turístico deste recife, que se estende por 2.300 km e gera US$ 4,8 bilhões em receita para
este setor no País. O governo australiano enfrenta crescentes críticas internacionais por sua recusa
a se comprometer com a meta de zero emissão dos gases causadores do efeito estufa até 2050. O
primeiro-ministro conservador Scott Morrison alega que espera cumprir este objetivo “logo que
for possível”, sem prejudicar a economia do País, fortemente dependente dos hidrocarbonetos.
Desta forma, os Estados-membros do Comitê do Patrimônio Mundial, incluindo China, Rússia
e Arábia Saudita, concordaram que a Austrália deveria ter mais tempo para informar seus esforços
para proteger a Grande Barreira de Corais.
Portanto, os delegados também pediram à Unesco que enviasse uma missão de monitoramento
para inspecionar o local, depois que a Austrália criticou a agência da ONU por confiar em relatórios
existentes para fazer sua recomendação.

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