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Museus e Centros de Ciência em tempos de pandemia: a mudança no paradigma de público.

As importantes transformações impostas pela pandemia COVID-19 afetaram


extraordinariamente a dinâmica social, econômica e cultural de centenas de milhões de
pessoas, e levaram ao fechamento ou controle da capacidade de todos os espaços de reunião
e concentração de pessoas em diferentes partes do mundo. O relatório do Ibermuseus traz um
panorama do impacto da pandemia da COVID-19 sobre os museus, que implicou o fechamento
de suas portas em uma ação disruptiva que representa uma mudança de paradigma na
dinâmica de trabalho e atuação no ecossistemas próprios de cada museu
(http://www.ibermuseos.org/pt/recursos/noticias/relatorio-de-impacto-da-pandemia-e-
repositorio-covid-19-para-os-museus/).

A área da cultura foi particularmente afetada com a maioria de suas atrações e manifestações
canceladas e fechadas para o público por tempo indeterminado. Os museus não foram a
exceção, desde o início de 2020, a maioria dos museus fechou suas portas para visitas
presenciais e tem, desde então, buscado não perder contato com seu público com iniciativas
direcionadas ao ambiente digital. Este fechamento temporário, que em muitos casos foi
estendido até o presente, implicou uma mudança de paradigma nos modelos de trabalho de
seus profissionais e nos ecossistemas trabalho como um todo, bem como uma virada
substancial na relação das instituições museais com seus visitantes e suas comunidades, que se
tornou a nova realidade atual.

As primeiras aplicações de tecnologia em museus ocorreram no final dos anos 1980 e início
dos anos 1990 do século 20, e foram concebidas para o deleite do público presencial, como
mais um atrativo da visita. A introdução de computadores em exposições com o objetivo de
interagir com o visitante é uma das novidades deste período. Quase simultaneamente,
começaram a surgir os primeiros CD-ROMs usados como suporte visual para as obras que
compunham o acervo permanente ou determinada exposição. Essa tecnologia, substituída
pelo formato digital, o DVD, até hoje tem uma representação residual dentro do fornecimento
de merchandising de produtos em lojas de museu (Bellido-Gant, 2001). No entanto, a
verdadeira revolução da comunicação aconteceu com o surgimento da internet tornando
realidade a utopia proposta em 1947 por André Malraux no ensaio “Le Musée Imaginaire”,
onde defendia a transformação do museu em uma instituição aberta à sociedade, que não
ficasse limitada ao espaço geográfico onde estava localizada, e cujo conhecimento que
continha pudesse se disseminar para além de seus muros Como se fosse uma visão, o
surgimento da internet significou a materialização dos requisitos necessários para eliminar
tanto a obrigação da visita física para absorver o conhecimento lá contido, bem como
restrições de horário (problemas de acessibilidade), já que o museu ficaria aberto 24 horas por
dia, todos os dias do ano.

Para tanto, surgiram os primeiros sites de museus, que até hoje continuam sendo a referência
corporativa mais importante da instituição no cenário digital junto com o resto das redes
sociais. A web não é apenas um cartão de visita que mostra passivamente os serviços
presentes, mas constitui uma porta de acesso virtual ao museu que tem o potencial de
complementar, ampliar e reviver a experiência da visita presencial. A, além de ser um canal
eficaz de divulgação de conhecimento, por colocar à disposição do usuário diversas
possibilidades de interação - desde as mais simples, como o contemplação das peças após um
processo de digitalização, ou a leitura de textos, a outras mais elaborados como a inclusão de
jogos online, aplicativos interativos, exposições virtuais ou a configuração de cenários de
realidade aumentada. O uso de recursos digitais na web pelos museus não só permite que a
sua função seja ampliada, mas também a aprimoram e retrabalham (Báscones; Carreras-
Monfort, 2009).

O modelo de comunicação institucional, baseado na unidirecionalidade, expirou. Esta prática,


que consistia na organização transferindo sua mensagem por meio da mídia, propaganda ou
marketing, com a intenção de impactar um destinatário passivo, limitado à mera recepção e
assimilação da mensagem, está desatualizado. O avanço tecnológico possibilitou uma
mudança de papel dos diferentes atores que compõem o processo de comunicação. O mais
significativo, aquele que permite que o receptor se torne uma parte ativa do processo,
colocando ao seu alcance dispositivos e mídias replicadoras.

A web 2.0 é baseada no uso de plataformas voltadas para a criação de comunidades online e
redes sociais de todos os tipos. No entanto, o que é verdadeiramente inovador não está na
tecnologia associada a essas plataformas, mas na possibilidade de participação do usuário
criando e compartilhando conteúdo, em suma, agregando valor ao sítio em questão (Rodá,
2010).

A expansão e ascensão das mídias sociais representam um grande desafio para os museus que
desejam aderir à mudança. Conscientes da grande variedade de possibilidades com as quais os
internautas contam no cenário digital, a estratégia que o museu deve seguir para atrair a
atenção e, o que é mais importante, para fidelizar seu público, é oferecer materiais e atrações
exclusivos, estimular a co-criação e promover a interação com o público valorizando as suas
contribuições, comentários ou sugestões. Em última análise, trata-se de configurar e gerenciar
espaços de convergência onde o museu é o anfitrião, mas onde o público possa se sentir
acolhido e bem-vindo.

Esse desafio que era parte de um processo natural de atualização dos canais de comunicação
do museu com seu público, a partir da pandemia tornou-se um imperativo, na medida em que
este tornou-se o único canal disponível. Então, todo este processo iniciado com a criação de
sítios próprios na internet e, por vezes, de museus virtuais e que se ampliou na medida em que
as redes sociais capturaram os corações e mentes das pessoas, precisou se concretizar
subitamente para todos os museus.

A relação dos museus com o ciberespaço e as redes sociais, entretanto, não se limita apenas à
comunicação ou ao marketing institucionais, outras questões relevantes para suas funções ou
missão são também permeadas por ela na atualidade.

O hábito de compartilhar experiências nas redes sociais se tornou tão disseminado entre as
pessoas, especialmente os jovens, que se tornou parte em si da própria experiência
vivenciada, muitas vezes a amplificando e potencializando. Na sequência de uma visita ao
museu, o público conta com redes sociais, por meio da Web 2.0, para continuar trocando
histórias, informações, experiências e conhecimentos relacionados com a visita (Rivera, 2015).
É importante para os museus garantir que essas mudanças sociais e tecnológicas não apenas
sejam acolhidas, como possam ser aproveitadas de forma a aprimorar sua ação e ampliar o seu
alcance. Neste sentido, diversos estudos têm refletido sobre o papel e a possível contribuição
destas tecnologias para a experiência museal e aprendizagem de seus visitantes e, também,
para compreender a relação dos visitantes com seus acervos e exposições, dentre outras
possibilidades (Charitonos et al. 2012; Hughes; Moscardo, 2017; Serafinelli, 2017; Vu et al.,
2018;)

Com a pandemia de COVID-19 várias ações de divulgação científica dos MCCT migraram do
presencial para o virtual e novas ações foram criadas e aprimoradas visando atender e mantê-
los conectados com seus públicos (Massarani; Murphy; Lamberts, 2020a, b). Iniciativas online
diversas como: “lives” em redes sociais (Facebook, Instagram etc.) e canais de streaming
(YouTube); rodas de conversas e debates; visitas, laboratórios e exposições virtuais;
digitalização de acervos; cursos, oficinas e seminários, têm sido adotadas. (SEILERT;
BOELSUMS, 2020; GOMES; CARMO; GOMES BARBOZA, 2020). O formato multimídia dessas
plataformas, teoricamente, amplia as possibilidades de se promover acessibilidade e alcançar
públicos variados e com diferentes níveis de letramento (Chou et al., 2009; Moorhead et al.,
2013). Além disso, as redes sociais, especialmente no contexto da pandemia, são espaços
privilegiados onde circulam informações de ciência, tecnologia e saúde.

Contudo, essas iniciativas virtuais não podem ser usufruídas igualmente por todos. A
pandemia de coronavírus trouxe inúmeros desafios à sociedade. A maior crise sanitária do
último século revelou o abismo da desigualdade social estrutural que exclui determinados
grupos do acesso ao mundo digital e reforça as iniquidades na saúde tornando a pandemia
mais letal para uma parcela significativa da sociedade brasileira. Studart (2021) em sua
reflexão sobre os museus nessa emergência sanitária traz a fala da educadora Sarah Erdman
que destaca que - neste momento de inseguranças e incertezas - todos nós precisamos “nos
concentrar em sobreviver”. Mas ela chama atenção que é possível ir além, é possível não
apenas sobreviver, como é possível prosperar. “Nós podemos, porque o campo museal é
formado por pessoas incrivelmente atenciosas e criativas, que pensam constantemente no seu
papel social e em como o museu pode ser” (Erdman 2020, apud Studart 2021)

No caso dos MCCT, o desafio da ampliação da sua presença na web e nas plataformas sociais,
que era parte de um processo natural de atualização dos canais de comunicação do museu
com seu público, a partir da pandemia tornou-se um imperativo, na medida em que este
tornou-se o único canal disponível. Então, todo este processo iniciado com a criação de sítios
próprios na internet e, por vezes, de exposições virtuais e que se ampliou na medida em que
as redes sociais capturaram os corações e mentes das pessoas, precisou se concretizar
subitamente para que os museus não perdessem o contato com seu público. No entanto, as
dificuldades relacionadas à ampliação da presença dos MCCT no ambiente virtual não estão
apenas restritas ao acesso a uma boa infraestrutura de internet. Outros fatores como o
expertise sobre o funcionamento das mídias digitais e na produção de conteúdo, acesso a
softwares adequados e disponibilidade de pessoal qualificado para a tarefa são também
limitantes, por requererem um nível de investimento incompatível com o orçamento de
muitos MCCT.

A desigualdade de acesso aos meios digitais, por parte do público, também é um fator
preocupante. Seja pela falta de internet ou de infraestrutura, ou pela falta de recursos de
acessibilidade nas plataformas, ou até mesmo por inexperiência das instituições em realizar
ações capazes de engajar públicos diversos, a exclusão é uma realidade inegável (Ramos et al,
2020; Schenkel, 2020; Machado; Mello; Sardenberg, 2020).
Então, mesmo para os MCCT que conseguiram se manter em contato com o público e são mais
ativos nos ambientes digitais, tais circunstâncias colocam algumas questões fundamentais.
Quem é esse público virtual do museu durante a pandemia? Qual é o seu perfil
sociodemográfico e de que maneiras ele se afasta ou aproxima daquele do seu público
presencial? Qual a sua relação com o MCCT? Como o conteúdo disponibilizado da rede é
recebido por esse público? E finalmente, como transformar esse público virtual em presencial
após o reabertura dos MCCT?

As respostas a essas perguntas precisam partir de uma base prévia de conhecimentos dos
MCCT sobre os seus públicos visitantes. Neste sentido, selecionamos 3 MCCT participantes do
Observatório de Museus e Centros de Ciência e Tecnologia (OMCCT), que dispunham dessa
base de conhecimentos e que se mantiveram ativos nas mídias digitais durante a pandemia de
Covid-19 – o Museu da Vida da COC/Fiocruz; o Museu Ciência e Vida da Fundação Cecierj e o
Espaço Ciência Viva – para realizar um estudo de público mais intensivo e detalhado.

Pequenos textos de apresentação dos MCCT falando sobre sua atuação nas redes sociais na
pandemia. (SEGUIR MODELO DO MV)

No caso do Mmuseu da Vvida, até recentemente, a presença digital era em sua maior parte
devida as consultas ao site de divulgação científica Iin vivo que atende principalmente ao
público escolar.

Porém desde os anos de.... aqui entra o texto do numid, descrevendo o histórico de ampliação
da presença digital do museu até a pandemia.

Incluir também textos curtos sobre o histórico dos museus parceiros no ambiente virtual pré-
pandemia.

Os estudos realizados pelo OMCC&T Observatório de Mmuseus e Ccentros de Cciência eT


tecnologia têem revelado um perfil de visitantes em transformação ao longo do tempo.

Falar aqui dos perfis dos visitantes presenciais dos Museus parceiros e levar um pouco atrás
para verificar as mudanças de persona e relacionar com a missão do museu e da Fiocruz.

Falar dos estudos de impacto e de público potencial, dos interesses desse público por ciência e
das questões relativas às fFontes de informação utilizadas para adquirir conhecimentos sobre
temas de ciência e tecnologia. Falar da importância do museu como fonte de divulgação de
ciência fidedigna e confiável especialmente em tempos de pandemia onde a desinformação e
o espalhamento de notícias falsas com interesses políticos podem resultar em perdas de vidas.

Texto breve do Numid sobre os esforços e conquistas do Museu da Vida durante a pandemia.
Falar sobre o esforço de garantir acessibilidade aos vídeos e outras iniciativas digitais.

Texto breve sobre as atividades dos museus parceiros durante a pandemia.

Falar sobre a desigualdade de acesso à internet e sobre a importância de conhecer esse


público virtual do museu e de que maneira ele se aproxima ou se afasta do perfil do público
presencial.

Questões da pesquisa (para registro e recordação): museus participantes da pesquisa

- Qual era o nível de digitalização dos MCCT pré-pandemia e como e se realizavam


monitoramento e estudos de público;

- Como os MCCT estão lidando com o cenário da pandemia e qual tem sido sua atuação nos
meios digitais - desafios e realizações?

Quem é esse público digital do museu durante a pandemia?

Quantos desses públicos já conheciam ou visitaram presencialmente o museu?

Como esse público está recebendo as iniciativas digitais do museu? Está achando que as
informações são relevantes e têm contribuído para esclarecer o enfrentamento à pandemia?
Consideram os museus parceiros fontes confiáveis de informações sobre ciência e saúde?

As medidas de acessibilidade têm contribuído para ampliar o público com deficiências do


museu nos ambientes digitais?

Quantos desses seguidores digitais efetivamente se tornarão visitantes presenciais após a


abertura e retorno às atividades presenciais do Museu?

Objetivo geral:

Compreender o impacto da pandemia sobre a atuação dos MCCT brasileiros, suas estratégias
para manter o contato com o público nos ambientes digitais e conhecer o perfil
sociodemográfico deste público e sua recepção a essas iniciativas a partir do estudo de caso
de três instituições do RJ (?)do Museu da Vida.

Objetivos específicos:
- Levantar o acesso dos MCCT brasileiros aos meios digitais e suas práticas de monitoramento
e estudos de público antes e durante a pandemia;

- Investigar a situação dos MCCT brasileiros (ABCMC) e suas estratégias para alcançar e
manter seu público durante a pandemia (questionários/entrevistas com profissionais dos
MCCT);

- Investigar a atuação digital dos museus participantes (MV, MCV, ECV e SESC?) durante a
pandemia de Covid-19 e sua repercussão nas redes em que atua (quantitativo de seguidores,
interações, redes de que participam);

- Conhecer o perfil do público virtual dos museus participantes nas suas diversas iniciativas
durante a pandemia nos ambientes digitais e sua relação anterior com eles (aplicação de
questionários online);

- Investigar a recepção dessas iniciativas digitais dos museus participantes por parte do público
virtual (questionário/ entrevista/ grupo focal?);

- Estudar o impacto das medidas de acessibilidade sobre o alcance da atuação dos Museus nas
mídias sociais;

- Averiguar se o público virtual se tornará presencial após o reabertura dos Museus;

- Pesquisar a relação do visitante presencial com as mídias digitais dos museus participantes no
cenário pós-pandemia.

Possíveis produtos:

- Guia atualizado dos MCCT brasileiros;

- Seminário sobre atuação dos museus na pandemia;

- Publicação de artigos em revistas indexadas;

- Disciplina eletiva no PPGDC.

Metodologia:

Trata-se de um projeto com abordagem qualiquantitativa que inclui uma pesquisa de


levantamento e diagnóstico da situação/atuação dos MCCT brasileiros durante a pandemia de
Covid-19 e um estudo qualitativo concomitante com 3 MCCT – Museu da Vida, Museu Ciência
e Vida e Espaço Ciência Viva(?) - visando compreender a constituição desse público virtual, sua
recepção às atividades online dos MCCT e o impacto da pandemia sobre o futuro público
presencial destes MCCT. A metodologia será descrita detalhadamente para cada etapa a
seguir.

Levantamento da situação/atuação dos MCCT durante a pandemia:

Esta etapa consistirá na aplicação de um questionário online aos MCCT brasileiros


listados no Guia da ABCMC e no Guía de Centros Y Museos de América Latina y el Caribe da
RedPop. Como se trata de publicações de 2015, provavelmente será necessário fazer um
pesquisa prévia para averiguar se as informações de contato ainda são válidas.
O questionário semiestruturado conterá questões para identificação do respondente - seu
cargo/função no MCCT, há quanto tempo trabalha na instituição – além de informações sobre
o MCCT, seu público, suas práticas de monitoramento e estudo de público presencial e digital e
situação/atuação durante a pandemia de Covid-19 e perspectivas de retorno às atividades
presenciais. Os respondentes serão também convidados a fornecer suas informações de
contato, caso concordem em participar de uma entrevista.
Após o processamento e análise dos dados obtidos por meio dos questionários serão
selecionados 3 a 5 MCCT por região geográfica para realização de uma entrevista remota
visando obter dados mais detalhados sobre as dificuldades e conquistas durante este período.

Investigar da presença digital dos MCCT durante a pandemia

A presença dos MCCT nas redes sociais durante a pandemia será investigada simultaneamente,
a partir de suas homepages listadas nos Guias da ABCMC e da RedPop. As homepages serão
acessadas para registro dos perfis das instituições nas diversas redes sociais (Facebook,
Instagram, Twitter, YouTube, Flickr etc.) com ênfase especial no Facebook e no Instagram que
são as redes sociais mais populares no Brasil. Caso se faça necessário, os dados serão
atualizados por meio de pesquisas no Google ou nas próprias redes sociais para averiguar se o
MCCT possui páginas institucionais.
Esta primeira etapa produzirá um levantamento atualizado das páginas institucionais dos
MCCT brasileiros na web e nas redes sociais. A partir desse levantamento será possível
investigar a presença digital dos MCCT nas redes sociais durante a pandemia de Covid-19 por
meio de indicadores quantitativos como volume e frequência de postagens, interações com
seguidores (público virtual) e com outros MCCT, a partir do uso de softwares de coleta de
dados como Netlytic e Facepager.
No caso dos MCCT selecionados para o estudo qualitativo – Museu da Vida, Museu Ciência e
Vida e Espaço Ciência Viva – serão também analisadas a qualidade das interações com seus
seguidores e outros MCCT.

Conhecer o perfil do público virtual do MV, MCV e ECV durante a pandemia de Covid-19

Os Museus e o Centro de Ciência selecionados para o estudo qualitativo convidarão os


seguidores de suas principais redes sociais a responderem um questionário online
semiestruturado. O questionário contará com questões sobre o perfil sociodemográfico do
respondente (sexo, cor/raça, escolaridade, renda familiar, se possui algum tipo de deficiência
etc.) sua relação prévia com o museu/centro físico, seu interesse em visitar presencialmente,
sua relação e interação com as mídias sociais do museu/centro, postagens de maior interesse
e grau de confiança depositada nas informações fornecidas pelo MCCT. Os respondentes serão
solicitados a fornecer informações de contato, caso concordem em participar de uma
entrevista ou de um estudo de recepção de conteúdos postados nas redes sociais.

Pesquisar a recepção pelo público dos conteúdos postados nas redes sociais do Museu da
Vida, do Museu Ciência e Vida e Espaço Ciência Viva.

Serão selecionadas duas postagens por museu/centro – as de maior e de menor engajamento


– para a realização de um estudo de recepção por meio de grupos focais. Serão convidados a
participar dos grupos seguidores que interagiram com as postagens de forma positiva e
negativa, assim como os respondentes dos questionários que se ofereçam para participar dos
estudos de recepção. Os grupos focais serão conduzidos em plataformas digitais que sejam de
fácil acesso para os participantes (Zoom, Google Meet ou Whatsapp).

Averiguar o impacto da atuação remota durante a pandemia de Covid-19 sobre o perfil do


público presencial espontâneo.

Após o retorno dos MCCT selecionados às atividades presenciais, serão aplicados questionários
semiestruturados aos seus visitantes visando investigar se o público virtual, seguidor dos MCCT
nas redes sociais durante a pandemia, se sentiu estimulado a visitar o museu/centro. O
questionário conterá questões sobre o perfil sociodemográfico dos visitantes e suas
relações/interações com as redes sociais dos MCCT antes, durante e depois da pandemia.
Referências: (formatar e ordenar depois)

Karen Hughes & Gianna Moscardo (2017) Connecting with New Audiences: Exploring the
Impact of Mobile Communication Devices on the Experiences of Young Adults in Museums,
Visitor Studies, 20:1, 33-55, DOI: 10.1080/10645578.2017.1297128

Elisa Serafinelli (2017) Analysis of Photo Sharing and Visual Social Relationships: Instagram as a
case study, Photographies, 10:1, 91-111, DOI: 10.1080/17540763.2016.1258657

Huy Quan Vu, Jian Ming Luo, Ben Haobin Ye, Gang Li & Rob Law (2018) Evaluating museum
visitor experiences based on user-generated travel photos, Journal of Travel & Tourism
Marketing, 35:4, 493-506, DOI: 10.1080/10548408.2017.1363684

Koula Charitonos, Canan Blake, Eileen Scanlon, Ann Jones (2012). Museum learning via social
and mobile technologies: (How) can online interactions enhance the visitor experience? British
Journal of Educational Technology, volume 43/Issue 5
https://doi-org.ez68.periodicos.capes.gov.br/10.1111/j.1467-8535.2012.01360.x

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