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Universidade Federal do Amazonas

Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia


ITB013 - Evolução

Relatório Inferência Filogenética


Filogenia das Aves Ratitas

Discentes:Duan Rosas
Vanessa da Silva
Docente: Welma Carneiro

Itacoatiara – AM
2023
INTRODUÇÃO
A filogenia é a história evolutiva de uma espécie ou de um grupo de espécies.
Essa história é inferida por meio da análise de características moleculares e
morfológicas e nos permite compreender de maneira mais clara as relações evolutivas
estabelecidas entre diferentes espécies.
A história evolutiva de uma espécie é representada pelas chamadas árvores
filogenéticas. Nelas é possível perceber onde ocorreram eventos de especiação e
quais espécies apresentam uma maior relação de parentesco. Para compreender
melhor a ancestralidade comum das espécies, os pesquisadores precisam juntar uma
série de informações sobre o organismo, como dados genéticos, bioquímicos e
morfológicos. Dessa forma, o objeto em estudo tem como foco a filogenia das aves
ratitas.
Aves Ratitas:
Aves ratitas são aves que possuem esterno achatado, pernas longas, pescoço
compridos, gigantismo e penas pouco desenvolvidas. Entre essas aves, podemos
citas o avestruz, ema, kiwi, casuariz e etc.

Sendo assim, para a prática dessa aula, foi necessário utilizar o programa MEGA-
X partindo-se das sequencias de rDNA, pôde-se identificar os seguintes sítios: C
(constantes) 280, V (variáveis) 90, Pi (informativos) 63 e S (não informativos) 27
Os 280 sítios invariantes são aquelas mudanças que permanecem inalteradas, e
as 90 variáveis são aquelas que mudaram várias vezes entre ancestrais e
descendentes e depois retornaram ao seu estado original. 63 informativas são aquelas
que requerem diferentes números de eventos em diferentes árvores, não informativas
são aquelas que são compatíveis com todas as árvores possíveis.
Dessa forma, obteve-se a árvore filogenética não enraizada através do método de
máxima parcimônia, ou seja, apresentou uma árvore com o número mínimo de
alterações de estado dos caracteres e com índices de consistência, retenção e
consistência reescalonado.
Figura 1: Fenograma (árvore) de máxima parcimônia não enraizada.

Figura 2: Índices de consistência, retenção e consistência reescalonado.

Na inferência filogenética, a parcimônia corresponde ao princípio de que uma


filogenia requer o menor número de mudanças evolutivas para obter a melhor
estimativa da filogenia real, os eventos evolutivos são contados e gerados como novas
condições de características derivadas, portanto, as etapas da filogenia Contagem
dessas aves corresponde a 160:
Figura 3: Número de passos

Destacamos ainda que existem duas maneiras de representar a filogenia das


espécies, o cladograma (diagrama que representa a relação entre os organismos, mas
não mostra a relação evolutiva entre os ancestrais) e o filograma (tamanho dos ramos
representa o número de mudanças ocorridas entre os nodos). Essas representações
pretendem retratar a história filogenética de um determinado grupo ordenado por
sequências biológicas ancestrais e descendentes e expressar apenas relações
filogenéticas entre táxons terminais evidenciados por características derivadas
compartilhadas, ou seja, ancestral e grau de divergência adaptativa, respectivamente.

A B

Figura 4: Diferença entre cladograma e filograma, A. Cladograma B. Filograma

Clicando no perdiz (grupo externo), e após a árvore ser enraizada, pode-se obter
a seguinte árvore:
Figura 5: Árvore enraizada

A maioria das árvores filogenéticas é enraizada, assim, a raiz corresponde ao


ancestral comum de todas as espécies incluídas na árvore. No entanto, é importante
notar que uma árvore pode ser desenhada em qualquer posição, inclusive de lado ou
de ponta cabeça, mesmo assim, não se afeta a topologia da arvores e nem as relações
entre os táxons. A orientação não importa desde que você identifique o tronco, que
representa o ancestral comum. Portanto, observa-se que o perdiz como grupo externo
não faz parte das aves em estudo.
Figura 6: Rotação dos galhos da árvore

As árvores filogenéticas também podem ser apresentadas em diversas formas,


como por exemplo, circular e raiz, conforme a figura abaixo:

Figura 7: Tipos de formatos das árvores filogenéticas. 1: Raiz e 2: Circular


Após o cálculo do apoio estatístico (Bootstrap) para os clados obteve-se a
seguinte árovre:

Figura 8: Árvore após o Bootstrap.

Máxima verossimilhança
O método estatístico de máxima verossimilhança escolheu entre as hipóteses, a
HKY-G, sendo essa mesma aquela que torna os dados mais prováveis, ou seja,
aquela que apresenta o maior grau de suficiência para o modelo alternativo, ou seja,
o melhor modelo evolutivo com variáveis seguindo o Parâmetro gama entre razão de
sites.

Figura 9: Melhor modelo evolutivo

A seguinte árvore filogenética é obtida a partir deste parâmetro:


Figura 10: Árvore de verossimilhança

Finalmente, suponha que a matriz de distância entre agrupamentos e árvores de


junção de vizinho seja a seguinte:

Figura 11: Matriz de distância por agrupamento


Figura 12: Árvore de junção de grupos vizinhos

CONCLUSÃO
É bem conhecido que existem métodos quantitativos e qualitativos para inferir
filogenias. Métodos como aproximação do vizinho mais próximo (distância) e
parcimônia máxima estão entre alguns dos métodos utilizados para construir uma
filogenia inicial, que posteriormente é submetida a um determinado grupo qualitativo.
Apesar de os grupos mais próximos geralmente se parecerem uns com os outros,
as árvores filogenéticas estão relacionadas com padrões de descendência, e não com
as semelhanças morfológicas.

Se não houver informações adicionais sobre a árvore filogenética, não podemos


relacionar o comprimento dos ramos com o tempo decorrente entre os eventos de
especiação e quando analisamos táxons próximos não podemos afirmar que uma
espécie evoluiu da outra. O que podemos afirmar apenas é que os grupos
compartilham um ancestral comum recente.

A máxima verossimilhança é adequada para aqueles que atribuem critérios de


otimização à seleção da melhor filogenia.
Assim, as maiores diferenças de parcimônia foram obtidas apenas nos táxons
moa3 e moa4, pois foram obtidos como grupos monofiléticos neste método, o que não
ocorre com os outros métodos.

REFERÊNCIAS

Pough, F. H.; et.al. Livro: A Vida dos Vertebrados. 4a edição, editora Atheneu, 2008.

RIDLEY, M. Evolução / Mark Ridley; tradução Henrique Ferreira, Luciane Passaglia,


Rivo Fischer. - 3 ed. – Porto Alegre, 2006.

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Filogenia. Brasil Escola, [s.d.]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/filogenia-que-isto.htm. Acesso em: 22 fev.
2023.

VALERIANO, Maria Luiza. Aves ratitas. Escola Educação, [s.d.]. Disponível em:
https://escolaeducacao.com.br/aves-ratitas/ . Aceso em: 22 fev. 2023

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