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Filogenia é a história evolutiva de uma espécie ou de um grupo

de espécies. Essa história é inferida por meio da análise de


características moleculares e morfológicas e nos permite
compreender de maneira mais clara as relações evolutivas
estabelecidas entre diferentes espécies.

Quando estudamos evolução, percebemos que a representação


das linhagens se assemelha a uma árvore, sendo encontrada, na
raiz, a linhagem mais ancestral e, nas pontas, os descendentes
desse ancestral. Por muito tempo, a representação das relações
evolutivas era feita como uma escada. A base da escada era
representada por organismos inferiores, os quais sofrem
modificações, tornando-se indivíduos superiores, até atingir uma
maior perfeição. No entanto, essa ideia de modificação é errônea.

Leia também: Evidências da evolução — por que as teorias


evolutivas são tão aceitas?

Árvores filogenéticas

A história evolutiva de uma espécie é representada pelas


chamadas árvores filogenéticas. Nelas é possível perceber onde
ocorreram eventos de especiação e quais espécies apresentam
uma maior relação de parentesco. Para compreender melhor a
ancestralidade comum das espécies, os pesquisadores precisam
juntar uma série de informações sobre o organismo, como dados
genéticos, bioquímicos e morfológicos.
Na árvore filogenética acima, é possível observar dicotomias e
uma politomia.
A figura acima mostra um exemplo de árvore filogenética.
Nessa árvore percebemos uma série de dicotomias ou pontos de
ramificação de duas vias. Nesses pontos de ramificação, vemos
que uma linhagem ancestral é responsável por gerar duas
linhagens evolutivas diferentes. Em algumas situações, de um
determinado ponto de ramificação surge uma politomia (veja o
ponto 5), o que significa que, de um ponto de ramificação, mais
de dois descendentes são originados. Geralmente, isso indica que
as relações evolutivas daqueles grupos ainda não são bem
definidas e, em alguns casos, avanços nos estudos dessas relações
são responsáveis por resolver essa politomia. Em outras situações,
no entanto, a politomia representa a ocorrência de uma série de
especiações rápidas, as quais foram responsáveis por gerar mais
de duas linhagens.
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Grupos de organismos que compartilham um ancestral comum


imediato são chamados de táxons irmãos (observe os táxons B e
C na figura anterior), que são organismos próximos entre si.
Aquela linhagem que se divergiu precocemente na história de um
grupo e encontra-se em um ramo que se originou próximo ao
ancestral comum do grupo é denominada táxon basal, ou seja,
está mais na base da árvore filogenética (observe o táxon G na
figura anterior). É importante perceber que cada grupo de seres
vivos apresenta algumas linhagens ancestrais que são únicas para
ele e outras que são compartilhadas com outras espécies.

Leia também: Seleção natural — um dos principais mecanismos


de evolução

Cuidados que devemos ter ao analisar uma


árvore filogenética

Ao analisar uma árvore filogenética, muitas pessoas realizam


algumas inferências que não podem ser feitas. A seguir
destacamos alguns pontos importantes a que devemos estar
atentos durante uma an

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