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INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E

TECNOLOGIA

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

COLÉGIO ESTADUAL CÍRCULO OPERÁRIO

Curso Técnico em Biotecnologia

Maria Eduarda de Sousa Amorim

Atividades técnicas desenvolvidas no estágio obrigatório


supervisionado

Duque de Caxias, RJ
2023
Maria Eduarda de Sousa Amorim

Atividades técnicas desenvolvidas no estágio obrigatório


supervisionado

Relatório técnico apresentado no Curso


Técnico em Biotecnologia, do Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (Inmetro) em convênio com a
Secretaria de Estado de Educação do Rio de
Janeiro (SEEDUC-RJ) e Colégio Estadual
Círculo Operário (CECO), como parte dos
requisitos para obtenção do título de
Técnico em Biotecnologia.

Orientadora: Daniela Toma de Moraes Akamine

Duque de Caxias, RJ
2023
A524a Amorim, Maria Eduarda de Sousa
Atividades técnicas desenvolvidas no estágio obrigatório supervisionado /
Maria Eduarda de Sousa Amorim. Duque de Caxias, RJ, 2023.
33 f. : il., color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Técnico) – Instituto Nacional de


Metrologia, Qualidade e Tecnologia, Secretaria de Estado de Educação do
Rio de Janeiro, Colégio Estadual Círculo Operário, Curso Técnico em
Biotecnologia, 2023.

Orientadora: Daniela Toma de Moraes Akamine

1. Aprendizado laboratorial 2. Pipeta 3. Resíduo químico 4. Resíduo


biológico 5. Microbiologia I. Akamine, Daniela Toma de Moraes II. Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia III. Secretaria de Estado de
Educação do Rio de Janeiro IV. Colégio Estadual Círculo Operário V. Título

CDD 371.382
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Inmetro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

AMORIM, Maria Eduarda de Sousa. Atividades técnicas desenvolvidas no


estágio obrigatório supervisionado. 2023. 33 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Técnico em Biotecnologia) – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia, Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, Colégio Estadual
Círculo Operário, Duque de Caxias, RJ, 2023.

CESSÃO DE DIREITOS

NOME DA AUTORA: Maria Eduarda de Sousa Amorim.

TÍTULO DA MONOGRAFIA: Atividades técnicas desenvolvidas no estágio


obrigatório supervisionado.

TIPO DE MONOGRAFIA: Trabalho de Conclusão do Curso Técnico em


Biotecnologia / 2023.

É concedida ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia a


permissão para reproduzir e emprestar cópias desta monografia somente para
propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação.

___________________________________________
Maria Eduarda de Sousa Amorim
mariaeduardasousa098@gmail.coml
Atividades técnicas desenvolvidas no estágio obrigatório
supervisionado

Relatório técnico apresentado ao corpo docente do Curso Técnico em Biotecnologia


do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em convênio
com a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ), Colégio
Estadual Círculo Operário (CECO), para obtenção do título de:

TÉCNICO EM BIOTECNOLOGIA

por

Maria Eduarda de Sousa Amorim

Orientadora: _______________________________________
Daniela Toma de Moraes Akamine
Inmetro

Avaliador: ________________________________________
Flávio Augusto Ferreira Martins Bezerra
Inmetro

Nota: ______ ( ______________________________________________ )

( ) Aprovada ( ) Aprovada com restrições ( ) Reprovada

____________________________________________________
Danielle Pereira Cavalcanti
Coordenadora do Curso Técnico em Biotecnologia

Duque de Caxias, RJ, 13 de fevereiro de 2023.


Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, pois se cheguei até aqui foi pela sua graça e
misericórdia que me abraçaram a cada manhã.

Aos meus pais Claudio José e Josiane Sousa, por todo amor e por acreditarem
em mim quando até eu mesma não acreditei.

A minha vó Sebastiana Sousa, por nunca ter medido esforços para me tornar
quem eu sou hoje.

A minha irmã Manuela Amorim e minha prima Rayane Machado, pelos


momentos de descontração e carinho.

A minha orientadora Daniela Toma de Moraes Akamine, por toda paciência e


ensinamentos que levarei para toda vida.

As minhas melhores amigas da escola Mayara Fortes, Nicole Rosa e Micaella


Santos que tornaram minhas manhãs mais felizes e cheias de risadas, a vocês
meus eternos agradecimentos.
Lista de Figuras

Figura 1. Classificação dos resíduos........................................................................10

Figura 2. Repique das placas fúngicas.....................................................................15

Figura 3. Meios para serem autoclavados................................................................22

Figura 4. Preparo das placas.....................................................................................23

Figura 5. Meio sólido em placa..................................................................................23

Figura 6. Inoculação da Bacillus Subtilis...................................................................24

Figura 7. Exemplo de diluição seriada.......................................................................25

Figura 8. Certificado de calibração do termo-higrômetro - INSTRUTHERM-


HT350.........................................................................................................................27

Figura 9. Fórmula para contagem de colônias..........................................................29


Lista de tabelas

Tabela 1. Resultado das pipetagens com água.........................................................28

Tabela 2. Resultado das pipetagens com óleo..........................................................28

Tabela 3. Valores do desvio padrão da pipetagem direta com água........................29

Tabela 4. Valores do desvio padrão da pipetagem reversa com água.....................29

Tabela 5. Valores do desvio padrão de pipetage direta com óleo............................29

Tabela 6. Valores do desvio padrão de pipetagem reversas com óleo....................30


Sumário
1 Introdução ............................................................................................................. 9
1.1 O técnico em biotecnologia ................................................................................ 9
1.2 O curso técnico .................................................................................................. 9
1.3 O Lamav ......................................................................................................... 10
1.4 Gestão da qualidade ........................................................................................ 10
2 Objetivo ............................................................................................................... 11
2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 11
2.2 Objetivo Específico .......................................................................................... 11
3 Materiais e Métodos ........................................................................................... 11
3.1 Treinamento de pipetagem ............................................................................. 11
3.2 Treinamento de descarte de resíduos .......................................................... 13
3.2.1 Resíduos Químicos.................................................................................... 13
3.2.2 Resíduos biológicos ................................................................................... 14
3.3 Acompanhamento de cultivo de fungos ....................................................... 16
3.4 Leitura de Norma Interna Técnica e Norma Interna Específica .................... 18
3.5 Curso em biossegurança ............................................................................. 20
3.6 Preparação do pôster para a III Jornada Científica e Tecnológica do Inmetro
21
3.7 Checagem de medidor de pH ...................................................................... 21
3.8 Treinamento de microbiologia ...................................................................... 22
3.8.1 Elaboração dos meios de cultura........................................................... 23
3.8.2 Técnicas de plaqueamento .................................................................... 27
3.8.3 Resultado e Criopreservação ................................................................ 29
3.9 Checagem da calibração do termo-higrômetro (INSTRUTHERM-HT350) ....... 29
4 Resultados e Discussão .................................................................................... 31
5 Conclusão ............................................................................................................. 34
Referências bibliográficas ...................................................................................... 35
9

1 Introdução
1.1 O técnico em biotecnologia

O conceito de um técnico em geral é um indivíduo que possui conhecimentos


práticos a cerca de uma determinada arte ou ciência. (SENAI, 2022).

Um técnico em biotecnologia se encaixa nessa definição, pois é um


profissional que auxilia nas atividades laboratoriais e industriais, executando
procedimentos químicos e microbiológicos. (SENAI, 2022).

Deste modo, espera-se de um profissional em biotecnologia o compromisso e


responsabilidade tanto com o laboratório quanto com os experimentos que serão
realizados. Sua competência é indispensável e o modo em que se comporta no
laboratório é de extrema importância. (SENAI, 2022).

1.2 O curso técnico

O Curso Técnico em Biotecnologia é uma especialização técnica concomitante


ao ensino médio e fornecida pelo Inmetro juntamente com o Colégio Estadual
Círculo Operário. O propósito dessa formação é proporcionar habilitação
profissional, colocando em prática os diversos aprendizados proporcionados por ela.

Esse ensino profissionalizante se organiza em duas etapas, em que a primeira


consiste nas aulas teóricas realizadas no prédio 32, por profissionais do próprio
Inmetro. Essa parte tem duração de 3 anos e é acompanhada pelo ensino médio
regular.

A segunda etapa é composta pelo estágio. Esse período exige do estagiário


uma carga horária de 20 horas semanais, que totaliza 800 horas ao fim do ano. O
estágio é o momento em que o aluno inicia definitivamente a transição da teoria para
prática, por essa razão é uma fase de muita importância, conhecimento e
experiência.
10

1.3 O Lamav

Esse apoio técnico é realizado no Inmetro, em específico no Lamav


(Laboratório de Microscopia Eletrônica Aplicada às Ciências da Vida) no qual
caracteriza-se por ser uma unidade de pesquisa científica e desenvolvimento
tecnológico.
O Lamav atua nas áreas industriais, das ciências e da saúde, através da
caracterização de micro e nano estruturas de células submetidas a diferentes
condições experimentais, e de materiais nanoestruturados, com confiabilidade
metrológica.

Esse laboratório fica localizado no prédio 47, e possui salas específicas, cada
sala com seus equipamentos e atividades. Na ala direita é possível localizar as salas
de processamento de amostras biológicas, lavagem e esterilização de materiais,
bioquímica, cultivo de células, difração de raio-x e estoque de insumos e reagente.
Na ala esquerda, ficam localizadas as salas de criotécnicas, crioultramicrotomia,
ultramicrotomia, microscopia eletrônica de transmissão e varredura, plataforma de
citometria de fluxo, preparo de amostra forense, microscópio de força atômica,
microscopia confocal de varredura à laser, microscópio de super resolução e
microscopia óptica II conforme descrito na NIT-Lamav-007.

1.4 Gestão da qualidade

O sistema de gestão é um arcabouço sob o qual o processo de decisão dentro


da organização está estruturado, de modo que os processos tenham consistência e
as ações evitem esforços inúteis. A gestão de qualidade assegura que uma
organização, produto ou serviço seja consistente. (ACC METROLOGIA).

A ISO/IEC 17025:2017 é uma norma técnica internacional que ratifica esses


pilares da implementação do sistema de qualidade no laboratório. Após a revolução
industrial houve-se uma necessidade de garantir a obtenção de insumos que fossem
adequados ao propósito da produção em massa realizada, para que não houvesse
falhas precoces ao adquirir insumos que não atendessem o propósito da produção.
Nesse contexto, surgiu a norma ISO9001, porém a própria não atendia ás
especificidades de um laboratório, por esse motivo foi criada a ISO/IEC Guide 25,
que foi uma norma percussora da ISO 17025 e sua primeira versão surgiu em 1990.
11

2 Objetivo

2.1 Objetivo Geral

O principal objetivo desse trabalho é descrever as atividades realizadas durante


o período de estágio e apresentar a importância dessas atividades para a vida
profissional de um técnico em biotecnologia, tanto para aperfeiçoamento quanto
para experiência do profissional.

2.2 Objetivo Específico

2.2.1 Treinamento sobre pipetagem;


2.2.2 Treinamento sobre descarte de resíduos químicos e biológicos;
2.2.3 Acompanhamento de cultivo de fungos;
2.2.4 Leitura de Norma Interna Específica e Norma Interna Técnica.

3 Materiais e Métodos
3.1 Treinamento de pipetagem

3.1.1 Materiais:
 Água Destilada;
 Balança analítica;
 Becker;
 Etanol;
 Óleo;
 Pipetas de 10μL - 100μL - 1000μL;
 Sacarose.

As micropipetas são instrumentos laboratoriais de transferência e medição de


volume de muita importância, pois são comumente utilizadas quando se trata de
volumes muito pequenos, e quando há a necessidade de precisão. As técnicas mais
utilizadas são a pipetagem direta e reversa. A pipetagem direta (modo positivo) é
comum para amostras liquidas. Essa técnica consiste em usar o segundo estágio
como etapa para dispensa total da amostra. Já a pipetagem reversa é adequada
para soluções mais viscosas e voláteis, diferentemente da pipetagem direta.
12

Essa técnica se dispõe em usar o segundo estágio como etapa para aspiração da
amostra. (LEAL, et al., 2019, p. 64).

O conhecimento e manuseio correto dos dispositivos e das técnicas são uns


dos fatores essenciais que assegura um resultado de qualidade na pipetagem.
(LEAL, et al., 2019, p. 61).

Este treinamento foi realizado com o objetivo de desenvolver conhecimentos


em relação às técnicas de pipetagem direta e reversa.

Para iniciar o treinamento pesou-se na balança analítica um béquer de 10mL e


anotou-se o seu valor. Em seguida foi pipetada (no modo direto) água destilada com
o volume máximo de cada micropipeta (P10, P100 e P1000); logo após, esse líquido
foi pesado no béquer e o seu valor anotado em uma tabela. Esse passo foi repetido
10 vezes, com cada micropipeta.

Posteriormente, foi pipetada (no modo reverso) água destilada com os volumes
totais de cada micropipeta (P10, P100 e P1000), e esses valores também foram
anotados em uma tabela. Esse processo foi repetido 10 vezes, com cada
micropipeta. (Essas duas etapas seguem o mesmo padrão, o que diferencia uma da
outra é a técnica de pipetagem que está sendo aplicada).

Após isso, foi pipetada água destilada com 10% do volume máximo de cada
micropipeta no modo direto, por exemplo, se for usada a (P1000) o valor a ser
pipetado será 100µL, pois 10% de 1000 são 100. Assim, o líquido foi transferido para
o béquer para ser pesado e o seu valor anotado. Esse passo foi repetido 10 vezes,
com cada micropipeta.

Do mesmo modo, foi pipetada água com 10% do volume máximo de cada
micropipeta, porém diferente da etapa acima, essa foi realizada no modo reverso.
Após feito isso, passou-se o líquido para o béquer e seu peso foi anotado. Esse
processo foi repetido 10 vezes, com cada micropipeta.

Seguidamente, o passo 2 e 3 foram repetidos com etanol, óleo e solução de


sacarose.
13

Enfim, no último passo foi pipetada água destilada com 20%, 40%, 60%, 80%
e 100% do volume máximo de cada micropipeta no modo direto. Pesou-se o líquido
e foi anotado seu valor. Além disso, 4 valores aleatórios foram escolhidos, sendo
eles, 2 nos sentindo horário de rotação do bulbo da pipeta e 2 no sentido anti-horário
do bulbo da pipeta.

3.2 Treinamento de descarte de resíduos

O descarte correto de materiais em um ambiente laboratorial é de extrema


relevância, pois quando realizado corretamente previne contaminações dos
colaboradores e impactos ambientais. Para realizar esse treinamento foi necessário
ler a NIE-Dimav-058 e a NIE-Dimav-031.

3.2.1 Resíduos Químicos

De acordo com a NIE-Dimav-058, os resíduos químicos são classificados em


dois grupos: perigosos e não perigosos.

CLASSE I CLASSE II
RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS RESÍDUOS PERIGOSOS

CLASSE II A CLASSE II B
RISCO À SAÚDE PUBLICA NÂO INERTES INERTES

RISCO AO AMBIENTE BAIXA


BIODEGRABILIDADE CAPACIDADE DE
COMBUSTIBILIDADE REALIZAÇÃO E
SOLUBILIDADE EM SOLUBILIDADE EM
INFLAMABILIDADE
ÁGUA ÁGUA
CORROSIVIDADE
REATIVIDADE
TOXIDADE
PATOGENICIDADE

Figura 1- Classificação dos resíduos. Fonte: LEAL, et al., 2019, p. 27).

Esses resíduos possuem suas particularidades no momento do descarte,


portanto é fundamental possuírem uma identificação correta. Conforme descrito na
NIE-Dimav-058, o usuário gerador do resíduo é o responsável pela identificação da
substância criada. Utilizam-se etiquetas de descartes para essas identificações de
acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduo de Serviço de Saúde e o MOD-
14

Dimav-012. Nessas etiquetas é necessário conter o nome da(s) substância(s), data


e periculosidade, no caso de etiqueta para caixas de papelão e bombonas.

No caso de garrafas e frascos de 1L é necessário ter o nome da(s)


substâncias(s), data, periculosidade e nome de quem fez o descarte.

Além de materiais no estado sólido, também são considerados resíduos:


frascos, garrafas vazias de produto químicos, descartáveis que entraram em contato
com produtos químicos e perfurocortantes.

Em relação ao descarte de produtos químicos no estado sólido que não estejam


mais no uso do laboratório é necessário colocá-los no armazenamento interno de
resíduos químicos. Os materiais descartáveis contaminados com resíduos químicos
precisam ser colocados em descartes adequados, que estão localizados dentro da
capela de exaustão química, ou próximos ao local de geração desse resíduo. Já os
perfurocortantes como vidraria quebrada e frascos vítreos quebrados de produtos
químicos, devem ser descartados em caixa de papelão, de acordo com o PGRSS.
No caso de outros perfurocortantes que entraram em contato com resíduos
químicos, os demais devem ser descartados em um recipiente de descarte para
perfurocortantes com risco químico, identificados apenas com símbolo(s) de risco
químico.

No caso de resíduos químicos no estado líquido, eles precisam ser descartados


em bombonas de tampa fixa, essas bombonas devem ser previamente solicitadas à
equipe de Gestão Ambiental da Diretoria de Administração e Finanças (Diraf).

3.2.2 Resíduos biológicos

De acordo com a NIE-DIMAV-031, os materiais descartáveis contaminados


com resíduos biológicos devem ser acondicionados pelo usuário gerador do resíduo
em um saco autoclavável contendo o símbolo de risco biológico. A quantidade do
material não pode ultrapassar 2/3 da capacidade do saco. Materiais como tubos tipo
“Falcon”, placas de petri e similares devem ser parcialmente fechados, mas não
totalmente vedados, antes de serem acondicionados nos sacos. Ponteiras com
resíduos biológicos não devem ser descartadas em sacos, mas em um coletor
específico para resíduos perfurocortantes.
15

O técnico responsável pelo acondicionamento de resíduos da Unidade


Operacional precisa preencher os campos existentes no saco autoclavável com as
seguintes informações: Unidade Principal (UP)/Unidade Opercaional(UO) geradora,
data do fechamento do saco, classificação do grupo dos resíduos contidos no saco,
nome do responsável técnico pelos resíduos e qualquer observação relevante,
usando uma caneta permanente. Além desse procedimento, também é
recomendável utilizar etiquetas (MOD-Dimav-012) presas junto à abraçadeira
plástica. O técnico responsável deve realizar tratamentos físicos ou outros
processos validados para a descontaminação total do resíduo.

Após a autoclavação, o técnico responsável deve armazenar os sacos em


coletor para acondicionamento dos Resíduos de Serviço de Saúde (RSS), para
transporte interno do resíduo biológico descontaminado, conforme NIG-Diraf-165.

Vidrarias e frascos reutilizáveis contaminados com microrganismos precisam


ser autoclavados pelo técnico responsável. Após isso, o conteúdo deve ser
descartado na pia e o material reutilizável precisa ser mantido submerso em solução
aquosa com detergente neutro a 2% por um tempo de 12 a 24h, sendo assim lavado
e pronto para ser reutilizado. Vidrarias rachadas ou quebradas que estão
contaminadas com resíduos biológicos são descartadas pelo técnico responsável
em um coletor de perfurocortantes autoclavável.

Ponteiras, agulhas, tubos e semelhantes que são considerados


perfurocortantes devem ser descartados pelo usuário gerador do resíduo somente
em um coletor específico para resíduo perfurocortante, chamado DESCARPACK®.
As agulhas precisam ser descartadas junto com as seringas (quando descartáveis).

Resíduos líquidos contaminados com microrganismos ou provenientes do


cultivo de células de mamíferos precisam ser armazenados pelo usuário gerador do
resíduo em um recipiente resistente e devidamente tampado. O volume dentro do
recipiente não pode ultrapassar 50% de sua capacidade. Em seguida, o recipiente
será autoclavado pelo técnico responsável. Ao fim desse processo, o líquido
descontaminado pode ser descartado na pia da sala de lavagem. Esse
procedimento deve ser realizado com a torneira aberta, por um tempo de 1 minuto
para impedir o acúmulo de sujidades no interior do tubo de esgotamento. É de
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extrema importância observar se esse resíduo biológico está misturado a um resíduo


químico, pois nesse caso, não é permitido descartar na pia segundo a norma ABNT
NBR 10004:2004. Nessa ocasião, o material deverá ser armazenado como produto
químico em um recipiente resistente, sem ruptura e vazamento, para ocorrer assim o
transporte interno de acordo com a NIG-Diraf-165.

Em casos em que não é possível o uso da autoclave, como por exemplo: em


reagentes químicos, os resíduos provenientes de células de mamíferos podem ser
descontaminados fazendo o uso do hipoclorito de sódio á concentração final de 1%,
por 12 a 24h. Após isso, os resíduos serão armazenados como resíduos químicos.

Os resíduos biológicos líquidos derivados de tecidos vivos precisam ser


acondicionados pelo usuário gerador em um frasco de policarbonato ou de vidro, de
uso exclusivo para este fim, e deve ser identificado como: Descarte de resíduos
biológicos derivados de líquidos corpóreos.

Ao final do treinamento foi realizado um questionário online sobre alguns dos


conteúdos abordados.

3.3 Acompanhamento de cultivo de fungos

3.3.1 Materiais:
 Ágar;
 Agitador magnético;
 Água destilada;
 Autoclave;
 Balança analítica;
 Becker;
 Bisturi;
 Cabine de segurança biológica;
 Esterilizador;
 PARAFILM®;
 Placas de Petri de plástico;
 Papel alumínio;
 Meio de cultura Potato Dextrose;
 Luvas.
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Inicialmente foram pesados na balança analítica 13g de ágar e 7,8g de Potato


Dextrose para a preparação do meio sólido. Para isso, foi utilizado um papel
alumínio, que após tarar a balança analítica foi colocado em cima. Tarou-se a
balança novamente e foi despejando-se aos poucos o ágar até chegar na
quantidade requerida, repetiu-se esse processo com o Potato de Dextrose.

Em seguida, foram adicionados 200mL de água destilada dentro de um béquer


de 500mL e conduzidos ao agitador magnético na velocidade 5, onde ficaram por
aproximadamente cinco minutos a 70°C, para ocorrer a homogeneização desse
meio. Após estar completamente dissolvido, o meio foi levado para autoclave por 15
minutos em 121°C, com o objetivo de deixar o meio totalmente esterilizado.

Posteriormente, ao sair da autoclave, o meio foi depositado em placas de petri


que possuíam um diâmetro de 32,8mm. Após isso, foram levadas para a geladeira,
onde ficaram por 24h com o intuito de torná-los mais consistentes.

No mesmo dia a técnica de repique foi realizada. Todo esse processo precisa
ser realizado dentro da cabine de segurança biológica com o Equipamento de
Proteção Individual (EPI) adequado, nesse caso foram utilizados luvas e jaleco.

A técnica de repique corresponde a cortes feitos por um bisturi que precisa


passar por um esterilizador. Os cortes são realizados em placas com
microrganismos já cultivados conforme a figura 2. Ao realizar os cortes, eles são
colocados por cima do meio da outra placa, após isso as placas são fechadas,
englobadas por um PARAFILM® e armazenadas. Essa técnica é realizada a cada
três meses com o objetivo de crescimento e armazenamento do microrganismo
cultivado. Com esse método é possível assegurar e preservar um estudo/pesquisa
que está sendo realizado. Um exemplo muito prático: se caso o meio que está sendo
usado contaminar, será possível utilizar o outro que está armazenado, e assim não
será um trabalho perdido.
18

Figura 2. Repique das placas fúngicas mais antigas.


Fonte: Dimav/Lamav,2022.

3.4 Leitura de Norma Interna Técnica e Norma Interna Específica

É muito importante que um técnico saiba como funciona o ambiente


laboratorial onde ele trabalha. O Inmetro oferece um sistema chamado -Intranet-
onde existe outro sistema (Sistema de Controle de Qualidade de Documentos -
SIDOQ) que possibilita a seus colaboradores fazerem pesquisas sobre normas do
próprio instituto. Através dessas normas é possível se familiarizar com a forma de
serviço da equipe e com as regras a serem seguidas. As normas são de extrema
relevância, pois trazem um padrão na forma de trabalho e conhecimento sobre
várias áreas, visando sempre à segurança e um bom resultado nas atividades.

A NIT (Norma Interna Técnica) é uma norma em que somente um laboratório


está envolvido na sua elaboração. Já a NIE (Norma Interna Específica) é quando
dois ou mais laboratórios estão envolvidos na elaboração do documento.

As normas lidas foram:

 NIT-Lamav-007 - Política de uso do Lamav

O objetivo dessa norma é estabelecer uma política para o uso das


dependências e dos equipamentos do Laboratório de Microscopia Aplicada às
Ciências da Vida (Lamav). Essa norma se aplica aos usuários internos ou externos
do Lamav, localizado no prédio 47 do Inmetro. Nessa norma estão descritas as
19

áreas de atuação do Lamav, o pessoal, a infraestrutura, o controle de acesso, a


biossegurança, equipamentos e serviços, o uso dos equipamentos e serviços,
manutenção dos equipamentos e serviços, recebimento de amostras de clientes,
uso da sala de processamento de amostras para microscopia, uso da sala de
lavagem, uso da sala e cultivo celular, transporte de material biológico nas
dependências do Lamav, limpeza e arrumação das salas, registros da qualidade e
apresentação dos resultados.

 NIE-Dimav-048 - Política de uso da sala de lavagem e esterilização do


prédio 47

Essa norma tem como objetivo principal descrever a política para a utilização da
sala de lavagem do prédio 47 da Dimav. Seu campo de aplicação se estende a
todos os usuários da sala de lavagem dos laboratórios o prédio 47. Nessa norma
são relatadas as atividades realizadas na sala de lavagem, regras gerais de uso da
sala, encaminhamento do material contaminado, esterilização, localização e
reposição dos materiais limpos.

 NIE-Dimav-058 - Descarte, identificação e acondicionamento de resíduos


químicos

Essa norma tem como objetivo orientar o procedimento para um descarte correto
de resíduos químicos gerados e aplica-se às UOs da Dimav. Nessa norma estão
relatadas as classificações dos resíduos químicos, as identificações desses
resíduos, o descarte de resíduos químicos no estado sólido e materiais
contaminados com esses resíduos, o descarte de resíduos químicos no estado
líquido, o armazenamento interior de resíduos químicos, acondicionamento e
encaminhamento de resíduos químicos.

 NIE-Dimav-031 - Descarte de resíduos biológicos

Essa norma tem como finalidade estabelecer o procedimento correto de descarte


de resíduos biológicos contaminados ou não com resíduos químicos, visando
atender à Política de Segurança e Proteção Biológica (PSPB) do Inmetro e ao Plano
de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS). Sua aplicação é
voltada para todos aqueles que manipulam agentes ou materiais biológicos nas
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instalações laboratoriais da Dimav. Essa norma descreve procedimentos como


reponsabilidade com o resíduo, descarte de materiais descartáveis contaminados
com resíduos biológicos, descarte de vidrarias e frascos reutilizáveis contaminados,
descartes de perfurocortantes contaminados, descarte de resíduos biológicos
líquidos e descarte de resíduos biológicos líquidos derivados de tecidos vivos.

 NIE-Dimav-055 - Procedimento para checagem intermediária de


instrumentos de medição

Esta norma procura estabelecer o plano e os procedimentos de checagem


intermediária dos instrumentos de medição da Dimav. Ela descreve o princípio
adotado para a checagem intermediária de instrumentos de medição, como
balanças, medidor de pH, pipetas automáticas, termômetro e termo-higrômetros.

3.5 Curso em biossegurança

O curso de biossegurança era obrigatório para os frequentadores dos


laboratórios da Dimav e foi realizado no período de 04 a 18 de julho de 2022, com
uma carga horária de 15h. O objetivo desse curso é treinar com informações
adequadas e confiáveis os profissionais que atuam em laboratórios de ensaio e
pesquisa para o manejo seguro de agentes biológicos potencialmente
contaminantes e produtos químicos e seus efeitos adversos em decorrência de
manipulações inadequadas. O curso foi composto por aulas e a cada aula foi
realizada uma avaliação.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),


biossegurança é uma condição de segurança alcançada por um conjunto de ações
destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades
que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. (LESSA, et
al., 2014).

Em outros termos a biossegurança é um conjunto de normas e medidas que


visam à segurança dos trabalhadores, prevenindo-os de riscos biológicos e
acidentes de trabalho. As medidas de biossegurança englobam uma série de
atitudes, desde o uso adequado dos EPIs até o descarte correto dos resíduos.
21

A lei que permeia essas normas está descrita na Lei de Biossegurança


11.105 de 24 de março de 2015. Essa lei visa preservar a vida e promover mais
segurança em qualquer atividade no ambiente de trabalho. (ON SAFETY, et al.,
2020).

Entre as medidas mais comuns voltadas para essa proteção aos riscos do
profissional de laboratório estão;

Uso de EPI- Equipamento de proteção individual: Luvas, jalecos,


máscaras, óculos de proteção, sapatos fechados, etc. Um exemplo seria a utilização
de jaleco no laboratório. Desse modo, se alguma substância cair, não entrará em
contato com a pele do indivíduo.

Uso de EPC- Equipamento de proteção coletiva: Cabine de segurança


biológica, lava olhos, capela química, exaustores, placas de sinalização, etc. Outro
exemplo seria sobre a importância do lava olhos, pois se alguma subatância entrar
em contato com os olhos é preciso lavar imediatamente, fazendo assim a
higienização imediata dos olhos.

3.6 Preparação do pôster para a III Jornada Científica e Tecnológica


do Inmetro
A III Jornada Científica e Tecnológica do Inmetro foi realizada nos dias 28 e
29 de setembro com uma carga horária de 12h. O pôster elaborado continha
informações parciais dos resultados até o momento da sua realização, pois a
jornada ocorreu no meio do período do estágio. Foram descritas informações sobre
todo o processo do estágio, treinamentos realizados, NIT e NIEs lidas e resultados
relacionados a pipetagem. A apresentação teve duração de 1 a 2 horas nos dois
dias. Ao final foi concedido a todos os participantes um certificado.

3.7 Checagem de medidor de pH

A calibração de um sistema de medição é de extrema importância para um


laboratório e seus usuários. Ter um protocolo de checagem e um sistema funcional
para isso é essencial, pois equipamentos que realizam medições erradas levam os
profissionais ao erro e como resultado é obtido um trabalho de baixa qualidade e
precisão (NIT-Lamav-041,2021).
22

O pHmetro não é um aparelho calibrável, sendo assim são feitas operações


de ajuste e checagens intermediárias. No caso do pHmetro existem soluções padrão
para que essa checagem seja realizada. Na primeira etapa da checagem
intermediária é preciso lavar o eletrodo e secá-lo suavemente e colocá-lo na primeira
solução com o pH ácido, sendo o limite mínimo dessa solução é de 3,81 e o máximo
de 4,21. (NIT-Lamav-041,2021).
Após isso, lavar o eletrodo novamente, secá-lo e colocá-lo na segunda
solução com o pH básico, o limite mínimo a ser alcançado dessa solução deve ser
de 6,67 e o máximo de 7,07. Em seguida lavar o eletrodo mais uma vez, secá-lo e
colocá-lo na solução de pH básico, onde o limite mínimo a ser alcançado deve ser
de 9,81 e o máximo de 10,21

Na segunda etapa é feito o ajuste, onde é medido o slope de cada uma das
soluções padrão. Por definição, slope é o grau de concordância entre o potencial
(em mv ou pH) esperado e o real de uma solução padrão ou do Material de
Referência Certificado (MRC).

Nessa etapa é necessário lavar o eletrodo, secá-lo e inseri-lo na solução de


pH ácido, apertar o botão de ligar, desligar e de ajuste, mantendo-o pressionado até
aparecer a palavra CAL no visor. Após esse procedimento, o valor irá aparecer na
tela e em seguida a palavra END aparecerá para sinalizar que o ajuste foi feito. O
valor de slope deve estar dentro de (85-110%), esse valor é indicado pelo manual do
equipamento. Repetir esse processo com a solução básica. Esse ajuste não é
realizado com a solução neutra, pois o equipamento não informa o slope dessa
solução. Sempre que realizar ambos os processos de ajuste com pHmetro é preciso
registrar os valores obtidos no formulário FOR-Dimav-291, que normalmente fica
localizado perto do próprio aparelho.

3.8 Treinamento de microbiologia

Esse treinamento foi realizado no prédio 47 pelos técnicos do Lamic. O


treinamento foi divido em três dias. No primeiro dia foi abordado o assunto sobre
descarte e elaboração do meio de cultura, no segundo dia apresentado técnicas de
plaqueamento e no terceiro dia foi discutido os resultados e a técnica de
criopreservação.
23

3.8.1 Elaboração dos meios de cultura


3.8.1.1 Materiais:
 Água destilada;
 Alça bacteriológica;
 Ácool;
 Algodão;
 Barbante;
 Balança semi-analítica;
 Fita para autoclave;
 Gaze;
 Papel alumínio;
 Papel kraft;
 Placas de petri;
 Proveta;
 TSA;
 TSB.

Inicialmente, foi mencionado sobre o descarte correto dos resíduos e materiais.


Em seguida, foi apresentada a forma de utilização da cabine de segurança biológica
e como é importante seguir as regras de uso e de reserva do equipamento para
manter a organização. Sempre que o fluxo for utilizado é preciso limpar as paredes
dos lados e a do fundo com álcool, repetir esse processo também na bancada onde
serão colocados os materiais de uso próprio, após isso, fechar o fluxo e ligar a luz
Ultra Violeta por aproximadamente 20 minutos.

Anotar o tempo de uso da UV desse equipamento é muito importante, pois a luz


UV tem um tempo de vida determinado pelo fabricante. O laboratório tem um
procedimento onde no final são somados todos os minutos usados, para que seja
verificado se será preciso fazer a troca da UV. Quando esses minutos não são
anotados, automaticamente eles não entram no somatório e consequentemente
prejudicam o resultado do trabalho dos técnicos, pois a luz UV não estará realizando
a esterilização com eficácia.
24

Após isso, os meios de cultura foram preparados. Inicialmente, foi feito uma
rolha para ser utilizada no ERLENMEYER. Para isso, é preciso centralizar o
ERLENMEYER. e colocar as gazes na abertura do recipiente, após isso, colocar o
algodão fazendo com que o próprio forme um tampão para a vidraria. Quando todas
essas etapas estiverem prontas é preciso amarrar um barbante fechando a gaze.
Em seguida, retirar o tampão do ERLENMEYER. Ao tirar o tampão, é preciso que
ele emita um barulho, isso irá significa que a rolha foi feita corretamente.

Posteriormente, prepararam-se dois meios, o TRYPTIC SOY AGAR (TSA - meio


sólido) e o TRYPTICASE SOY BROTH (TSB - meio líquido). A utilização desses
meios irá depender totalmente do microrganismo que está sendo usado. O meio
sólido, por exemplo, é normalmente utilizado para bactérias em geral, esse meio é
ótimo para fazer contagem, identificação e manutenção das cepas. Já o meio líquido
não possui a presença de agentes solidificantes. Esse meio serve para vários
propósitos, como a propagação de um grande número de organismos, estudo de
fermentação e outros testes. (SPLABOR, 20170). O meio líquido também é muito
usado para bactérias que não precisam tanto de oxigênio, como por exemplo:
bactérias anaeróbias e facultativas. Uma técnica bastante usada com esse meio é o
pour plate, que se resume em um espalhamento em profundidade.

Para saber a quantidade correta a ser pesada do meio é preciso fazer algumas
contas, no frasco do próprio meio é informado um valor base para a realização. No
meio sólido foi requerido um valor final de 300mL e para isso o meio informou uma
medida de 40g em 1L.

Para realizar a conta foi preciso fazer uma regra de três onde, 40g ficou para
1000mL e X(valor requerido) para 300mL. O resultado foi de 12g do meio de cultura.

Portanto, foi pesado 12g de TSA na balança semi-analítica e transferido para o


ERLENMEYER de 500mL. Em seguida, foi despejado 300mL de água destilada
dentro do ERLENMEYER e misturou-se todo o conteúdo. Após isso, o tampão de
gaze foi colocado e uma barreira de papel kraft na ponta do ERLENMEYER foi feita,
conforme a figura 3. Essa barreira é feita para que não ocorra troca de ar. No papel
kraft que foi utilizado para fazer a barreira precisa conter uma identificação do
gerador do resíduo, data e o nome do resíduo. Por fim, é colocada uma fita para
25

autoclave, essa fita inform se o meio já foi autoclavado, pois ao entrar em contatos
com a água traços pretos se formam indicando a autoclavação.

Seguidamente, repetiu-se o passo da rolha e das contas para o meio líquido e foi
pesado 1,5g de TSB. Em seguida, foi transferido 50mL de água destilada para o
ERLENMEYER de 150mL e todo o conteúdo foi homogeneizado. Após esse passo
colocou-se o tampão. Também foi feita uma barreira com o papel kraft para evitar a
troca de ar e as vidrarias foram levadas para autoclave, onde permaneceram por 30
minutos em 15°C.

Figura 3. Meios para serem autoclavados. Fonte:


Cobio/Labio, 2022.

Posteriormente, foi feita a preparação das placas. Nessa etapa foi utilizado o
fluxo com o intuito de manter o ambiente estéril, nesse sentido é de muita
importância preparar o material que será utilizado dentro do equipamento e passar
álcool em todos, evitando assim, o risco de contaminação. Também é recomendável
não passar a mão por cima do trabalho que está sendo realizado. Para a realização
desse processo, pegou-se o meio sólido e o colocou na placa, de modo que não
ultrapassasse a borda e deixasse o meio na metade do recipiente. Em seguida, as
26

placas foram sendo direcionadas para o canto do fluxo, como na figura 4, com a
tampa entreaberta para não ocorrer formações de gotículas de água, evitando assim
uma contaminação.

Após isso, as placas foram agrupadas e envolvidas por um PARAFILM® e


devidamente identificadas, na identificação é preciso conter o nome do meio, nome
do usuário gerador, data do preparo, lote de autoclavação e teste de esterilidade de
acordo com a figura 5.

Figura 4. Preparo das placas. Figura 5. Meio sólido em placa.


Fonte: Cobio/Labio, 2022. Fonte: Cobio/Labio, 2022.

Na última etapa do primeiro dia do treinamneto foi realizada a inoculação da


Bacillus Subitilis em meio líquido (TSB), para ser utilizada no segundo dia de
treinamento.

Para esse fim, foi utilizada uma placa com a Bacillus Subitilis já cultivada. Com
uma alça bacteriológica que já estava dentro do fluxo, pegou-se uma colônia e a
transferiu para um tuvo Falcon. Em seguida, o meio foi agitado em movimentos
circulares para a mistura. É recomendável fazer sempre a inoculação duplicada,
para assegurar o trabalho que está sendo desenvolvido, como na figura 6. Depois de
todo o processo é preciso identificar o tubo com o nome do meio, cepa, data e nome
do colabor.
27

Ao realizar todas as etapas, os meios sólidos e líquidos foram levados para o


shaker por 30°C de um dia para o outro, com o objetivo de realizar o teste de
esterilidade e fertilidade. Se crescer algo nesse tempo, o teste de fertilidade é
comprovado, mas se não crescer, o teste de esterilidade que é comprovado.

Figura 6. Inoculação da Bacillus Subtilis. Fonte:


Cobio/Labio, 2022.

3.8.2 Técnicas de plaqueamento


3.8.2.1 Materiais:
 Água destilada;
 Alça de drigalsky descartável;
 Bacillus Subtilis;
 Eppendorfs;
 Pipetas;
 Ponteiras;
 Placas de petri;
 Tsa;
 Tubo tipo falcon.

Inicialmente, foi realizada a diluição seriada para diminuir a concentração de


bactéria, com o intuito de formar colônias isoladas. Com esse objetivo, nomearam-se
28

os eppendorfs de acordo com o número de diluição que seria realizada, nesse caso
-0 -7
foi do 10 ao 10 .
Após isso, pipetou-se 900mL de água destilada no primeiro eppendorf e repetiu-
se esse passo 7 vezes em cada eppendorf. Em seguida, foi pipetada 100μl da
solução que foi inoculada no dia anterior e a substância foi despejada no eppendorf
-1 -1
de número 10 . Logo após, foi pipetada 100μl da solução do eppendorf 10 e
-2
despejada no eppendorf 10 . Repetiu-se esse processo 7 vezes, até o eppendorfe
-7
de número 10 . Sempre pegando 100μl da solução anterior e despejando no
eppendorf seguinte, como apresentado na figura 7.

Figura 7: Exemplo de diluição seriada. Fonte: Kasvi,2018.

Após a dilução, o plaqueamento com a técnica spread plate foi realizado. Essa
técnica consiste em um espalhamento em superfície, normalmente utilizada para
bactérias em geral. Para a realização dessa metodologia foi preciso identificar as
placas que seriam utilizadas. Cada placa foi identificada com o nome, data, meio e o
número da solução que seria pipetada.
Inicialmente, foi pipetada 100μl da solução contida no tudo falcon inoculado no
-0
dia anterior e despejado na placa 10 . Logo após, foi utilizada à alça de drigalsky
para estirar. Esse passo foi realizado oito vezes, e cada placa recebeu 100μl dos
respectivos eppendorfs com a solução diluída.
Posteriormente, foi realizado o plaqueamento pela técnica pour plate foi feito.
Esse plaqueamento se baseia em um espalhamento por profundidade, normalmente
usado para bactérias que não necessitam ou usam pouco O2. Para a realização
dessa técnica foi pipetado 100μl da solução do tubo falcon concentrado na primeira
placa vazia, sem o meio. Após isso, foi despejado 5mL de meio na placa por cima da
29

solução pipetada. Depois foram feitos movimentos em foram de 8, para misturar


todo conteúdo. Esse processo se repetiu 7 vezes com as soluções diluídas nos
eppendorfs.

3.8.3 Resultado e Criopreservação

A última etapa do treinamento foi focada nos resultados do cultivo e sobre a


técnica de criopreservação. Através do isolamento de uma bactéria é possível
confirmar a identidade da própria através da coloração, morfologia e testes de
coloração de Gram, O isolamento também possibilita a contagem dessa bactéria,
que é realizada através do numero de colônias multiplicado pelo fator de diluição.

Existem técnicas que possibilitam o armazenamento de materiais biológicos por


um período de tempo maior, uma delas á a criopreservação. Essa técnica se baseia
em um congelamento realizado em 80°C, mas não é um congelamento direto, ele é
realizado gradativamente. O agente inibidor usado é o glicerol e é considerada uma
técnica de longo prazo, pois sua duração é de aproximadamente 5 anos.
Outra metodologia usada para preservação é o ágar inclinado. Diferente da
criopreservação, ele é realizado e mantido em temperatura ambiente, e o agente
inibidor é o óleo mineral, essa técnica é considerada uma técnica de médio prazo
pois sua duração é de 1 a 2 anos.
A preservação de células pode ser utilizada para múltiplas finalidades, como por
exemplo: criopreservação de embriões, óvulos, células troncos etc (Kasvi, 2018).

3.9 Checagem da calibração do termo-higrômetro (INSTRUTHERM-


HT350)
A calibração de um instrumento é muito importante. Através dessa atividade
é possível visualizar os valores e determinar se estão aceitáveis ou se podem
interferir no resultado final daquela medição.
Quando a calibração é feita, usa-se um material base para análise dos
valores obtidos. Esse material é o certificado de calibração. O certificado de
calibração é um documento que apresenta os erros e as incertezas da calibração
como mostra a figura 8. É por meio dele que o técnico se baseia e fica ciente dos
possíveis erros de precisão de um determinado equipamento. Desse modo, é
possível corrigir os erros quando um instrumento de medição for usado, e
30

consequentemente, serão obtidos resultados mais precisos confiáveis (Alfa


Instrumentos, 2018).
Sendo assim, foi realizada a checagem da calibração do termo-higrômetro
INSTRUTHERM- HT350. As medições foram realizadas em alguns ambientes
laboratoriais com o objetivo de checar a temperatura e umidade do local. Saber a
temperatura e umidade de um ambiente laboratorial é de extrema relevância, pois,
ambos podem interferir nos resultados obtidos.

Figura 8. Certificado de calibração do termo-higrômetro, INSTRUTHERM- HT350.


Fonte: Cobio/Labio.
31

4 Resultados e Discussão
 Pipetagem

Pipetagem com água (100% vol.)


Direta Reversa
P10 P100 P1000 P10 P100 P1000
8283,8 8372,1 9269,9 7699,3 7850,4 8929,2
8284,9 8373,4 9280,9 7698,7 7803,5 8936,3
8383,7 8375,1 9263,2 7698,3 7803,7 8922
8284,6 8374,4 9280,7 7698,8 7803 8832,7
8283,6 8373,8 9280 7698,9 7805,1 8928,6
8283,7 8378,2 9254,3 7698,7 7803,2 8932,9
8284 8373,9 9292 7699,1 7803,3 8932,8
8284,2 8373,7 9290,4 7698,6 7802,5 8931,1
8282,7 8373,7 9293,1 7699 7804,3 8931,8
8284,9 8374,8 9293,3 7698,8 7803,9 8927,7

Valor M: Valor M: Valor M: Valor M: Valor M: Valor M:


8294,01 8374,31 9279,78 7698,82 7808,29 8920,51
Desvio P: Desvio P: Desvio P: Desvio P: Desvio P: Desvio P:
31,52087 1,594748 13,52453 0,278089 14,81347 31,08942

Tabela 1- Resultado das pipetagens com água.

Pipetagem com óleo (100% vol.)


Direta Reversa
P10 P100 P1000 P10 P100 P1000
8284,8 8344,7 9203,4 8288,5 8383,9 9284
8284,7 8340,2 9103 8287,8 8386 9369,1
8286 8352,2 9010,1 8286,6 8379,4 9310,5
8282,7 8334,6 8984,8 8285,8 8430,7 9332,1
8283,9 8321,5 9033,6 8286,8 8374,8 9103,7
8282,4 8384 9067,4 8286,2 8368,4 9151,1
8284,8 8373,7 9121,4 8277,3 8394,1 9347,8
8284,4 8340,4 9072 8287,8 8380 9270,5
8284,4 8342,1 9022,9 8278,5 8375,3 9259,9
8281,6 8365,7 8989 8281,4 8365,8 9206,8

Valor M: Valor M: Valor M: Valor M: Valor M: Valor M:


8294,23 8349,91 9060,76 8284.67 8383,84 9263,55
Desvio P: Desvio P: Desvio P: Desvio P: Desvio P: Desvio P:
1,64725360719 9,139978526 8,015459034 4,0718682581 8,435304298 6,30674301

Tabela 2- Resultado das pipetagens com óleo.


32

Para observar os resultados foram feitas algumas tabelas. Uma com líquido
mais viscoso (óleo) e a outra com um líquido de baixa viscosidade (água). Após
realizar todas as medições foi possível observar um resultado calculado através do
desvio padrão. O desvio padrão é uma medida que apresenta o grau de variação de
um grupo de dados (IPEA, 2006).

Observando o desvio padrão é possível saber qual pipetagem desviou mais


do valor médio, qual possui o maior erro. Quando a variação apresenta um valor
muito grande significa que aquela medida não é exata, e quando possui uma
variação menor significa que aquela técnica de pipetagem é a mais adequada.

Comparando os valores de desvio padrão da tabela 3 e 4, é possível


visualizar que a pipeta de volme 100 (P100) e a pipeta de volume 1000 (P1000) da
pipetagem direta apresentam valores menores de desvio padrão em relação a P100
e a P1000 da pipetagem reversa.

Pipetagem Direta (água) P10 P100 P1000


Desvio padrão 31,52087 1,594748 13,52453

Tabela 3 – Valores do desvio padrão da pipetagem direta com água. Fonte: Próprio autor.

Pipetagem Reversa (água) P10 P100 P1000


Desvio padrão 0,278089 14,81347 31,08942

Tabela 4 – Valores do desvio padrão da pipetagem reversa com água. Fonte: Próprio autor.

Teoricamente, a pipetagem direta traz valores mais precisos quando se trata


de substâncias líquidas, como a água. Porém, a pipeta de volume 10 (P10) não
corrobora com esse critério, então esse resultado só ratifica que a pipeta (P10) está
com algum problema, pois apresentou um erro muito grande.

Avaliando também os valores de desvio padrão da tabela 5 e 6, foram


obtidos os seguintes resultados:

Pipetagem Direta (óleo) P10 P100 P1000


Desvio padrão
1,64725360719 9,139978526 8,015459034
Tabela 5 – Valores do desvio padrão da pipetagem direta com óleo. Fonte: Próprio autor.
33

Pipetagem Reversa (óleo) P10 P100 P1000


Desvio padrão
4,0718682581 8,435304298 6,30674301
Tabela 6 - Valores do desvio padrão da pipetagem reversa com óleo. Fonte: Próprio autor.

Desse modo, foi possível notar que os resultados do desvio padrão


apresentado na P100 e P1000 da pipetagem reversa possui valores menores
quando comparados a P100 e P1000 da pipetagem direta. Isso significa que o maior
erro em relação à substância viscosa se deu na pipetagem direta, ratificando assim
que a pipetagem reversa traz valores mais precisos quando se trata de substâncias
mais viscosas, como o óleo.

Teoricamente, a pipetagem reversa é mais precisa para substâncias viscosas.


Entretanto, a P10 não apresenta coerência a esse sistema. Então, esse resultado foi
ocasionado por um erro da própria pipeta (P10), pois a mesma medida foi repetida
10 vezes, descartando assim, a hipótese do erro ser do operador.

 Checagem da calibração do termo-higrômetro (INSTRUTHERM-


HT350)
No ambiente um, a temperatura foi de 22,8°C e a variação de umidade foi de
57,8. De acordo com o certificado, o valor de erro para essa média de temperatura é
de -0,4. Então é preciso acrescentar (0,4) para saber o valor real, que será 23,2°C.
O certificado também apresenta o valor de erro para a variação de umidade, que
para essa média de 57,8 é de 4,5. Então é preciso diminuir (4,5) para saber o valor
real, que será 53,3.
Desse modo, o valor aceitável e considerado agora será 23,2°C para
temperatura e 53,3 para umidade, de acordo com o certificado.

 Cultivo:

-4
Ao observar as culturas, foi possível visualizar que a 10 foi à única que
obteve as colônias mais separadas para a realização da contagem. Ao realizar a
-4
contagem nessa placa (10 ) foi encontrado um valor de 56 colônias. Aplicando a
34

fórmula para a contagem, que é o (número de colônias X o fator de diluição), foi


-3
obtido um valor de 5,6x10 .

Nº de
colônias
Totalizando= 0.0056, que quando
colocado para notação científica
Fator de -3.
56x10-4= diluição
resulta em 5,6x10

Figura 9: Fórmula para contagem de culturas. Fontes: Próprio autor.

5 Conclusão

O objetivo geral de todo esse período de estágio foi gerar conhecimento e


formar ótimos profissionais através das atividades práticas. Uma frase de um
pensador chamado Jadilson Pantaleão afirma isso “Um bom técnico não é bom
porque diz que é, e sim porque ele mostra que é bom, as teorias ensinam, porém só
a prática mostra”.

Todas as atividades desenvolvidas foram essenciais para a formação de um


técnico: procedimentos mais comuns no dia a dia de um laboratório, descarte de
materiais, lavagens de vidrarias, etc.

Ser um profissional competente e capacitado para a realização das atividades é


o que o mercado de trabalho procura e o Inmetro foi capaz de proporcionar todos
esses requisitos.

Dessa maneira, pode concluir-se que a etapa do estágio para a vida profissional
é extremante relevante para a formação de um profissional, pois, é por meio desse
período que o técnico se desenvolve e cria experiências conforme as práticas
realizadas.
35

Referências bibliográficas

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https://biochemie.com.br/gestao-da-qualidade-industrial/abnt-nbr-iso-iec-170252017/.
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LEAL, et al. Protocolos e técnicas laboratoriais de rotina. 1. ed. Rio Grande Do


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Disponível em: https://accmetrologia.com.br/por-que-fazer-a-calibracao-de-
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Preparo de solução em laboratório: concentração, fator de dilução e diluição


seriada. Kasvi, 2018. Disponível em: https://kasvi.com.br/preparo-de-solucoes-
laboratorio-concentracao-fator-diluicao-seriada/. Acesso em: 19 dez. 2022

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