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AULA 03 - ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA, SINAPI E SICRO

Custo é tudo aquilo que onera o construtor. Representa todo o gasto envolvido na produção, ou seja,
todos os insumos da obra, assim como toda a infraestrutura necessária para a produção.

Preço é o valor final pago ao contratado pelo contratante.


Preço de venda = Custos Diretos x (1 + BDI)

O SINAPI apresenta uma estrutura para formação do preço composta por Custo (direto e indireto) e BDI:

PREÇO
CUSTO BDI
DIRETO INDIRETO DESPESA BONIFICAÇÃO
• Materiais
• Administração local
• Equipamentos • Administração central
(mobilização e • RH
desmobilização) • Tributos (ISS, PIS e COFINS)
• Veículos • Lucro
• Mão de obra • Risco, seguro e garantia
• Canteiro de obras
• Ferramentas (instalação, manutenção, • Despesa financeira
mobilização e desmobil.)
• EPI

a) Administração local e canteiro de obras (instalação, manutenção, mobilização e desmobil.):


• SICRO 2 BDI
• SICRO 3 e SINAPI Custo Indireto
• TCU e CNJ Custo Direto

b) O SINAPI considera a despesa financeira como integrante do BDI.


Orçamento:

a) Os atributos de um orçamento de obra são os seguintes:


• Aproximação: todo orçamento é aproximado, baseado em previsões e estimativas. Não
se deve esperar que seja exato, porém, necessita ser preciso.
• Especificidade: todo orçamento é específico e decorrente de características particulares
como o porte da empresa apta a realizar a obra e as condições locais.
• Temporalidade: o orçamento representa a projeção dos recursos necessários para a
produção de uma obra num dado momento.

Quanto ao grau de detalhamento ou precisão, o orçamento pode ser:


• Estimativa de Custo: avaliação expedita com base em custos históricos e comparação
com projetos similares (Ex.: CUB, custo por MW de potência, custo por km de rodovia). O
orçamento estimado é montado a partir do anteprojeto.
• Orçamento Preliminar: pressupõe o levantamento de quantidades dos serviços mais
expressivos e requer pesquisa de preços dos principais insumos.
• Orçamento Discriminado ou Detalhado: elaborado com composições de custos e
pesquisa de preços dos insumos. Procura chegar a um valor bem próximo do custo “real”. O
orçamento detalhado e o orçamento base são montados a partir do projeto executivo.

Quanto à finalidade, os orçamentos podem ser:


• Gerenciais: servem para amparar decisões.
• Contratuais: amparam as ações de execução.
• Periciais ou de auditoria: embasam decisões sobre pendências ou solucionam dúvidas a
respeito dos gastos necessários para a execução do empreendimento ou obra.

Em relação à apresentação de informações, o orçamento pode ser:


• Sintético: apresenta os custos de uma obra agrupando serviços por macroitens ou por
etapas. O orçamento sintético é um resumo do orçamento analítico / detalhado.
• Analítico: apresenta visão detalhada de macroitens ou etapas ao detalhar quantitativos e
custos unitários de cada serviço a ser executado, além de parcelas referentes ao custo
indireto.
• Paramétrico: Apresenta a ordem de grandeza dos custos (CUB, SINAPI).
01 - CUSTOS DIRETOS:

Os custos diretos resultam da soma de todos os custos dos serviços necessários para a execução física
da obra, obtidos pelo produto das quantidades de insumos empregados nos serviços, associados às
respectivas unidades e coeficientes de consumo, pelos seus correspondentes preços de mercado.

Os componentes do custo direto são:


a) Materiais;
b) Equipamentos (mobilização e desmobilização); e
c) Mão de obra acrescida de:
• Encargos Sociais aplicáveis;
• Encargos Complementares (EPI’s, transporte, alimentação, ferramentas, etc.)

Em relação ao Custo Horário com Equipamentos (CHE):


a) Referem-se a serviços executados em áreas urbanas;
b) Apropriam a ineficiência devido às interferências no serviço, como: restrições à
movimentação dos equipamentos, tráfego urbano, redes de água, esgoto, gás, etc.;
c) Não contemplam impactos resultantes de paralisação em decorrência de chuvas ou de
eventos extraordinários, tais como greves, falta de materiais ou de frentes de serviço;
d) Os custos necessários para a utilização dos equipamentos, utilizados nas composições de horas
produtivas e improdutivas, são apropriados no intervalo de uma hora;
e) Depende diretamente do seu índice de aproveitamento;
f) O SINAPI não considera custos decorrentes de seguros de sinistros e avarias, assim como
pedágios;
g) O SINAPI considera o cálculo da depreciação pelo método linear (ou da linha reta);
Depreciação Horária = Custo de Aquisição - Valor Residual
Número de Horas de Vida Útil
h) O custo com a mão de obra operativa é dado pela mão de obra diurna.
Para a mão de obra noturna, a hora deve ser computada pelo tempo de 52 minutos e 30
segundos e ter remuneração superior ao trabalho diurno em pelo menos 20%.
Assim, deve ser considerado um coeficiente majorador de 37,5%.

i) Os custos de remuneração do capital dos equipamentos (juros) são considerados como parcela
formadora do custo horário, e não do BDI;
j) As despesas que são incluídas para o cálculo do CHE são: CHE = CM + CP + CO
I - Custos de Manutenção: reparos em geral, material rodante / pneus, partes de desgaste
(bordas cortantes, dentes de caçamba, ferramenta de penetração no solo, entre outras).
II - Custos de Propriedade: depreciação, custo de oportunidade do capital, seguros e
impostos;
III - Custos de Operação: combustível, filtros / lubrificantes, mão-de-obra de operação;
k) O Custo Horário Produtivo (CHP) é o custo horário do equipamento durante a sua operação
efetiva, dado pela soma das seguintes parcelas:
• Depreciação e Juros por disponibilidade; CHP = DJ + MAN + MAT + MO
• Manutenção;
• Custos com materiais na operação;
• Custos com mão de obra na operação (diurna ou noturna);
Exceto em equipamentos em que o operador não é exclusivo, como uma betoneira,
por exemplo;
• No caso de veículos, o SINAPI acrescenta o custo de Seguros e Impostos.
l) O Custo Horário Improdutivo (CHI) é o custo horário do equipamento posto à disposição do
serviço, porém não efetivamente em uso produtivo.
O equipamento, quando avaliado pelo seu CHI, encontra-se geralmente com o motor
desligado, porém sempre disponível, de forma que o CHI é composto pela soma das
seguintes parcelas:
• Depreciação por disponibilidade;
• Juros;
• Custos com mão de obra na operação (diurna ou noturna), exceto equipamentos
de pequeno porte ou que não exijam a presença do operador;
• No caso de veículos o SINAPI acrescenta custos com seguros e impostos.

Os custos com a mão de obra podem ser divididos em:

a) Remuneração: é o valor pago regularmente ao trabalhador na forma de salário. É resultado de


pesquisa realizada pelo IBGE para as 27 localidades.

b) Encargos sociais: são formados pelos custos incidentes sobre a folha de pagamento de
salários e têm sua origem na CLT, Constituição Federal, em leis específicas e nas convenções
coletivas de trabalho. Incidem de forma percentual sobre os valores dos salários informados pelo
IBGE.

c) Encargos complementares: são custos associados à mão de obra como alimentação,


transporte, equipamentos de proteção individual, ferramentas manuais, exames médicos
obrigatórios, seguros de vida e cursos de capacitação, cuja obrigação de pagamento decorre das
convenções coletivas de trabalho e de normas que regulamentam a prática profissional na
construção civil. Os valores decorrentes dessas obrigações não variam proporcionalmente aos
salários.
Sobre os encargos sociais:
a) O SINAPI detalha os encargos sociais para cada estado e Distrito Federal, tanto para mão de
obra horista como mensalista.
b) Os encargos sociais divulgados pelo SINAPI não consideram trabalho noturno, cabendo ao
orçamentista realizar os ajustes aplicáveis.
c) Nas composições do SINAPI, também não há previsão de periculosidade ou insalubridade.
d) Os encargos sociais são divididos em grupos:
• Grupo A: encargos sociais básicos, derivados de legislação específica ou de convenção
coletiva de trabalho, que concedem benefícios aos empregados (como Previdência Social -
INSS, seguro contra acidente de trabalho, salário educação e FGTS) ou que instituem fonte
fiscal de recolhimento para instituições de caráter público (tais como INCRA, SESI, SENAI e
SEBRAE). São iguais para horistas e mensalistas.
• Grupo B: encargos Sociais que recebem incidência do Grupo A e caracterizam-se por
custos advindos da remuneração devida ao trabalhador sem que exista a prestação do
serviço correspondente, tais como o repouso semanal remunerado, feriados e 13º salário.
• Grupo C: encargos Sociais que não recebem incidência do Grupo A, os quais são
predominantemente indenizatórios e devidos na ocasião da demissão do trabalhador, como
aviso prévio, férias (quando vencidas) e outras indenizações;
• Grupo D: incidência de um grupo sobre o outro.
e) Os dados de rotatividade de mão de obra são retirados do CAGED – Cadastro Geral de
Empregador e Desempregados.

Sobre os encargos complementares:


a) Os custos com alimentação são considerados os mesmos para toda a mão de obra operária,
sendo que a variação de valores ocorre apenas em função da localidade.
b) Em relação ao transporte, o SINAPI adotou uma situação paradigma de uma passagem de ida e
uma de volta, adotando o valor médio das tarifas da região.
• A Lei Federal 7.418/85 determina que o empregador participe dos gastos com
deslocamento do trabalhador, com o equivalente à parcela que exceder 6% de seu
salário base, ou seja, não é o empregador que arca com todo o custo de transporte.
• Os custos com transporte também são considerados os mesmos para toda a mão de obra
operária, variando em função da localidade.
c) O cálculo dos custos com EPIs e ferramentas considera o custo, a vida útil/durabilidade e a
frequência de uso.

OBS:
• Os encargos sociais:
a) Incidem de forma percentual sobre a remuneração do trabalhador;
b) São maiores para os horistas e menores para os mensalistas (exceto os do Grupo A).
• Os encargos complementares não variam proporcionalmente aos salários.
02 - CUSTOS INDIRETOS:

Os custos indiretos estão associados aos custos de logística e gestão necessária para a realização da
obra. Correspondem à soma dos custos dos serviços auxiliares e de apoio à obra, para possibilitar a sua
execução. É a parte do custo do serviço que não pode ser associada de forma proporcional às
quantidades produzidas. Englobam os custos previstos para:
• Administração local;
Remuneração da equipe de administração e gestão técnica da obra (engenheiros, mestres
de obra, encarregados, almoxarifes, apontadores, secretárias, RH, etc.);
• Veículos;
• Canteiro de obras (instalação, manutenção, mobilização e desmobilização).
• Equipamentos não considerados nas composições de custos de serviços específicos
(gruas, cremalheiras, etc.);

OBS:
• Os custos indiretos, assim como os custos diretos, são estimados com base em dados extraídos
do projeto e do planejamento da obra, e são expressos em valor monetário (quantitativos x preços
unitários).
Isso não acontece com o BDI, que é estimado como um percentual a incidir sobre os
custos.
• Custo direto: é o resultado da soma de todos os custos dos serviços necessários à execução
da obra.
• Custo indireto: é o custo de toda infraestrutura necessária para a execução da obra e
corresponde à soma dos custos auxiliares de apoio.
03 - BONIFICAÇÃO E DESPESAS INDIRETAS (BDI):

A taxa de Bonificação e Despesas Indiretas (BDI), também chamado de Lucros e Despesas Indiretas
(LDI), é composta:
• pelas Despesas Indiretas (despesas decorrentes da atividade empresarial); e
• pelo Lucro ou Bonificação (remuneração da empresa pelo desenvolvimento de sua atividade
econômica).

O Decreto Federal 7983/2013 define o BDI como o valor percentual que incide sobre o custo global
de referência para realização da obra ou serviço de engenharia, e ainda prescreve que:
Art. 9º O preço global de referência será o resultante do custo global de referência acrescido do
valor correspondente ao BDI, que deverá evidenciar em sua composição, no mínimo:
I - taxa de rateio da administração central;
II - percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos aqueles de
natureza direta e personalística que oneram o contratado;
III - taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e
IV - taxa de lucro.

OBS: O SINAPI cita, ainda, a parcela de Despesas Financeiras, que são gastos relacionados ao
custo do capital decorrente da necessidade de financiamento exigida pelo fluxo de caixa da obra.
São as despesas que a empresa contratada terá em virtude da necessidade de aportar
dinheiro antes de receber qualquer contrapartida do contratante.

A taxa de BDI é específica para cada empresa, uma vez que cada uma possui características próprias.

A administração central envolve as despesas efetuadas com salários do pessoal administrativo e técnico
lotado na sede central da empresa, no almoxarifado central, na oficina de manutenção geral, pró-labore de
diretores, viagens de funcionários a serviço etc.
Uma empresa com um maior número de contratos poderá praticar uma taxa menor de
administração central.

Os tributos, no geral são compostos por:


• ISS: tributo municipal que varia de 2% até 5% e tem como base o preço do serviço.
• PIS e COFINS.

OBS: O IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e a CSSL (Contribuição Social Sore o Lucro
Líquido) são tributos de natureza direta e personalística e não devem ser incluídos nos
orçamentos de obras públicas, uma vez que estão relacionados com o desempenho financeiro da
empresa e não com a execução do serviço.

A taxa de risco se aplica para empreitadas por preço unitário, preço fixo, global ou integral, para cobrir
eventuais incertezas decorrentes de omissão de serviços, quantitativos irrealistas ou insuficientes, projetos
mal feitos ou indefinidos, especificações deficientes, inexistência de sondagens do terreno, etc.

O seguro pode ser adquirido pelo licitante a fim de se resguardar de incidentes.

A garantia contratual faz parte das cautelas que a Administração Pública pode tomar. Quando
necessária, deve ser prevista no edital de licitação.

O Lucro é a parcela destinada a remunerar o acervo de conhecimentos acumulados ao longo dos anos de
experiência no ramo, responsabilidade pela administração do contrato e condução da obra por estrutura
organizacional da empresa e investimentos na formação profissional do seu pessoal e criar a capacidade
de reinvestir no próprio negócio.
Para o cálculo do BDI, ou LDI, o TCU apresenta a seguinte fórmula:

Em que:
LDI é a taxa de BDI;
AC é a taxa de rateio da administração central;
DF é a taxa de despesas financeiras;
R é a taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento;
L é a taxa de lucro ou bonificação do construtor;
I é a taxa de tributos.

Em relação à desoneração do BDI:


A desoneração da folha de pagamento consiste na redução dos encargos sociais, especificamente a
parcela de INSS componente do Grupo A, porém com acréscimo do BDI em função da inclusão do
imposto de Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruto (CPRB). Assim, o construtor passa a pagar
a contribuição previdenciária em função da sua receita.
Consiste no recolhimento, por parte das empresas, da contribuição patronal, que antes era de 20%
sobre a folha de pagamento, para 2% sobre a receita bruta da empresa. Dessa forma, o custo com
mão de obra é reduzido, mas o construtor recebe uma maior incidência de impostos sobre o seu
faturamento.

Parcelas que compõem o BDI:


PARCELAS QUE COMPÕEM O BDI
• Salários do pessoal administrativo da sede da empresa
• Almoxarifado central
Administração Central
• Pró-labore de diretores
• Outros
• ISS
• PIS
Tributos
• COFINS
• CPRB (somente nos casos de desoneração)
• Depende da complexidade da obra e regime de execução, entre
Risco, Seguro e Garantia
outros fatores
Lucro • Remuneração esperada pelo contratado
Despesas Financeiras • Custo de capital decorrente da necessidade de financiamento e/ou
(SINAPI) fluxo de caixa
04 - CONCEITOS BÁSICOS DO SINAPI E DA COLETA DE PREÇOS:

O Manual do SINAPI define insumos como elementos básicos da construção civil constituídos de:
• materiais (cimentos, blocos, telhas, tábuas, aço etc.);
• equipamentos (betoneiras, caminhões, equipamentos de terraplenagem etc.); e
• mão de obra (pedreiro, pintor, engenheiro etc.).

Os insumos do SINAPI compõem o Banco Nacional de Insumos, cujos relatórios de preços são
divulgados mensalmente na página da CAIXA para todas as capitais brasileiras e para o Distrito Federal,
com validade para o estado, enquanto referência.

Cabe à CAIXA:
• Definir e atualizar, a partir de critérios de engenharia, as especificações técnicas dos insumos;
• Definir as famílias homogêneas com as especificações dos insumos que as compõem e formular
propostas de revisão de insumos submetida ao IBGE.

Cabe ao IBGE:
• Coleta de preços de insumos de Banco Nacional (materiais, salários, equipamentos e serviços);
• Coleta extensiva periódica para subsidiar a revisão das famílias homogêneas, a revisão dos
coeficientes de representatividade e a formação de novas famílias de insumos.

OBS: O SINAPI é mantido:


• pela CAIXA: quanto às definições técnicas de engenharia; e
• pelo IBGE: quanto à pesquisa de preço.

Sobre a coleta de preços, os insumos no SINAPI são organizados em famílias homogêneas, para as
quais é selecionado o insumo mais recorrente no mercado nacional como insumo representativo, sendo
os demais da mesma família denominados insumos representados.
• Preço dos insumos representativos: é coletado;
• Preço dos insumos representados: não é coletado, sendo obtido por meio da utilização de
coeficientes de representatividade, os quais indicam a proporção entre o preço do chefe da família
(insumo representativo) e os preços de cada um dos demais insumos da família.

Os preços dos insumos são coletados em estabelecimentos cadastrados, para condição de pagamento
à vista, não incluindo frete, exceto se indicado na descrição do insumo.

Em relação à periodicidade da coleta de preços dos insumos:


a) SICRO: Bimestral.
b) SINAPI:
• Insumos representativos: Mensal.
• Insumos representados: Não há coleta de preços, mas, sim, a utilização de coeficientes
de representatividade.

O preço mediano de um insumo representado é o produto do preço do insumo pelo coeficiente do


representado.
Quando o IBGE não dispõe de quantidade mínima de dados de preços estabelecidos em metodologia
para um determinado insumo em uma capital, é atribuído o preço de São Paulo para a localidade.

Nesse sentido, a especificação dos insumos nos relatórios do SINAPI apresenta a seguinte notação para
indicar a origem dos preços:
• C: preço coletado pelo IBGE adotado para o mês de referência do relatório;
• CR: preço obtido por meio do coeficiente de representatividade do insumo (metodologia família
homogênea de insumos);
• AS: preço atribuído com base no preço do insumo para a localidade de São Paulo (devido à
impossibilidade de definição de preço para a localidade em função de dados coletados).

Em decorrência da origem de preço dos insumos, a composição tem seu custo indicado com a
seguinte origem de preço, no relatório de composições:
• C: quando todos os itens utilizados na composição têm preço coletado pelo IBGE ou pela CAIXA
adotado para o mês de referência do relatório;
• CR: quando existe ao menos um item da composição com preço obtido por meio do coeficiente
de representatividade do insumo, desde que não haja nenhum item com preço atribuído à
localidade de São Paulo;
• AS: quando existe ao menos um item da composição com preço atribuído com base no preço de
insumo para a localidade de São Paulo.

Quanto à coleta de preços dos insumos de mão de obra, ela corresponde a custos de equipes próprias,
não sendo considerados custos de regime de empreitada ou de terceirização.

Situações em que o SINAPI recomenda que o orçamentista promova ajustes eventualmente


necessários. Isto ocorre quando as premissas de coleta de preços de insumos do SINAPI são muito
diferentes do caso particular, como por exemplo:
• Caso de obras de grande porte, onde a compra de material seja predominante por atacado e/ou
diretamente com a indústria ou produtores;
• Circunstância de obras distantes da capital, que tenham preços de insumos locais diferenciados
ou que precisam ser transportados de outro centro urbano, com a necessidade de inclusão de frete;
• Situação onde o insumo tem origem de preço “AS” (atribuído São Paulo) e é muito significativo na
curva ABC do orçamento.
05 - LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE UMA COMPOSIÇÃO UNITÁRIA DE SERVIÇO

É preciso saber interpretar os coeficientes da composição unitária de serviço. Com pedreiro, por exemplo,
a composição indica um coeficiente de 0,72, com unidade hora. Isso significa que um pedreiro gastará
0,72 horas para produzir 1 m² de alvenaria. Esse coeficiente também é conhecido como Razão Unitária
de Produção (RUP).

Mas essa é a produtividade do pedreiro? Em teoria não... A RUP dá um indicativo da produção, uma vez
que quanto menor ela for, maior será a produtividade. Mas a produtividade de fato é o inverso da RUP,
haja vista que ela é a quantidade de serviço que o pedreiro ou equipamento executa por unidade de
tempo. Assim, no caso do pedreiro, a sua produtividade será:

Produtividade = 1 → Produtividade = 1 → Produtividade = 1,39 m²/h


coeficiente 0,72

Logo, um pedreiro produz 1,39 m² a cada hora de serviço.

Exemplo: suponha que para executar esse serviço tenhamos à disposição uma equipe de um pedreiro e
um servente, qual será a produtividade dessa equipe?

A produtividade de um pedreiro nós já calculamos. A do servente vale:

Produtividade = 1 → Produtividade = 1 → Produtividade = 2,78 m²/h


coeficiente 0,36

Observe que o coeficiente (ou RUP) do servente é menor do que o do pedreiro, o que é um indicativo que
a sua produtividade é maior. De fato, calculamos que a produtividade do servente é de 2,78 m²/h.
Ou seja, o servente produz o dobro de alvenaria que o pedreiro é capaz de produzir.

Assim, qual é, afinal, a produtividade da equipe se o pedreiro faz 1,39 m²/h e o servente 2,78 m²/h???
Será a menor, ou seja, a do pedreiro. O servente poderia ser um “the flash” e fazer 10 m²/h que de nada
adiantaria, pois o pedreiro só consegue fazer 1,39 m²/h, então o pedreiro é o “chefe” dessa equipe.
O que acontecesse com o servente nessa equipe? Ele fica ocioso metade do tempo de trabalho do
pedreiro.

Agora imagine que montemos a composição com dois pedreiros e um servente, qual seria a
produtividade??? Isso mesmo, agora sim será 2,78 m²/h, uma vez que cada pedreiro faz 1,39 m²/h.
Dessa forma, os dois pedreiros produzem a mesma quantidade de alvenaria do servente e a equipe fica
totalmente equilibrada, sem ninguém ocioso. Assim, o SINAPI prevê que um servente é capaz de atender
dois pedreiros na execução desse serviço de alvenaria.
06 - DECRETO FEDERAL 7.983/2013:

Art. 3º O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços e obras de
infraestrutura de transporte, será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto
que integra o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos
unitários de referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi,
excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como
de construção civil.
a) Em regra: Preços medianos do SINAPI;
b) Exceções:
• Obras de infraestrutura de transportes: custo global de referência obtido a partir das
composições dos custos unitários previstos no projeto que integra o edital de licitação,
menores ou iguais aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do SICRO,
cuja manutenção e divulgação caberá ao DNIT; e
• Obras de montagem industrial ou que não possam ser consideradas como
construção civil.

Nos casos em que o SINAPI e o SICRO não tenham os preços que o órgão público está precisando,
ou as composições sejam incompatíveis, o Decreto estabelece a possibilidade de a administração
produzir uma nova referência, desde que demonstrem sua necessidade por meio de justificativa técnica e
os submetam à aprovação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Art. 6º Em caso de inviabilidade da definição dos custos [...], a estimativa de custo global poderá ser
apurada por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência formalmente aprovada por
órgãos ou entidades da administração pública federal em publicações técnicas especializadas, em sistema
específico instituído para o setor ou em pesquisa de mercado.
Caso a Administração não tenha como formar preços de referência, o Decreto permite a utilização
de publicações especializadas.

Art. 8º Na elaboração dos orçamentos de referência, os órgãos e entidades da administração pública


federal poderão adotar especificidades locais ou de projeto na elaboração das respectivas composições de
custo unitário, desde que demonstrada a pertinência dos ajustes para a obra ou serviço de engenharia a
ser orçado em relatório técnico elaborado por profissional habilitado.

Parágrafo único. Os custos unitários de referência da administração pública poderão, somente em


condições especiais justificadas em relatório técnico elaborado por profissional habilitado e
aprovado pelo órgão gestor dos recursos ou seu mandatário, exceder os seus correspondentes do
sistema de referência adotado na forma deste Decreto, sem prejuízo da avaliação dos órgãos de
controle, dispensada a compensação em qualquer outro serviço do orçamento de referência.
Abre uma possibilidade para utilização de preços superiores aos de referência (SINAPI e Sicro).
Para tanto, deve ser apresentado relatório técnico justificado, elaborado por profissional habilitado
e aprovado pelo órgão gestor. Contudo, isso não prejudica a avaliação dos órgãos de controle.
07 - SICRO

O preço de referência é uma estatística obtida por meio de pesquisa e coleta de informações no
mercado. Tem como objetivo servir de parâmetro à tomada de decisões.
A periodicidade de divulgação dos resultados finais de preços do SICRO é bimestral.

O preço de venda é aquele estabelecido com base nos custos, ao qual o executor acrescenta as
despesas indiretas e as margens beneficiárias que pretende obter (Custo total dos serviços + BDI).

Custo é todo dispêndio envolvido diretamente na produção, ou seja, com todos os insumos da obra (mão
de obra, materiais e equipamentos), bem como com toda a infraestrutura necessária para a produção
(canteiros, administração local, mobilização e desmobilização).

Despesa é todo dispêndio necessário para a obtenção do produto, englobando os gastos com a
administração central, financeiros, lucro e com o pagamento de tributos, incorporados ao BDI.

Os insumos utilizados na construção de uma obra rodoviária são:


• Mão de obra;
• Equipamentos; e
• Materiais.

Durante a hora produtiva, o equipamento encontra-se dedicado ao serviço, com seus motores ou
acionadores em funcionamento. Neste caso, o equipamento encontra-se efetivamente executando uma
tarefa na frente de serviço.

Na hora improdutiva, o equipamento encontra-se parado, com o motor desligado e em situação de


espera, aguardando que algum outro membro da patrulha mecânica conclua sua parte, de modo a garantir
frente para que ele possa atuar.

a) Custo total da obra: é a soma dos custos diretos e indiretos.

I - Custo direto: é o resultado da soma de todos os custos dos serviços necessários à execução
da obra. É obtido pelo produto das quantidades de insumos empregados nos serviços pelos seus
respectivos custos.

II - Custo indireto: é o custo de toda infraestrutura necessária para a sua execução e corresponde
à soma dos custos auxiliares de apoio, tais como instalação e manutenção de canteiros de obras,
alojamentos, instalações industriais, administração local, mobilização e desmobilização de
equipamentos e pessoas.

b) Tipos de composição de custos:

I - Composição horária: consiste no detalhamento do custo horário do serviço que expressa a


descrição, quantidades, produção, custos de mão de obra, utilizações produtivas e improdutivas
dos equipamentos e custos dos materiais, necessários à execução do serviço em determinada
unidade de tempo, normalmente em uma hora.

II - Composição unitária: consiste no detalhamento do custo unitário do serviço que expressa a


descrição, quantidades, produções e custos unitários da mão de obra, dos materiais e dos
equipamentos necessários à execução de uma unidade de serviço.

III - Composição mista: é um procedimento misto onde parte da composição de custo é definida
no formato horário e o restante em formato unitário.
c) Classificação das composições de custos:

I - Composições de custos principais: são aquelas que representam os serviços essenciais de


uma determinada obra e contém o percentual de BDI aplicado e os custos relativos aos transportes
dos materiais. As composições principais constam da relação de serviços que compõem a planilha
orçamentária do projeto ou do contrato e são passíveis de medição e pagamento.

II - Composições auxiliares: são aquelas elaboradas para contemplar as atividades de produção


de insumos ou de execução de partes do serviço. Os serviços considerados auxiliares não
recebem a incidência direta do BDI (este é aplicado apenas ao do custo final do serviço principal).

d) O custo da mão de obra envolve quatro parcelas:

I - Salários: são obtidos mensalmente por meio do levantamento dos dados referentes ao salário
nominal de mercado nos arquivos do CAGED;

II - Encargos sociais: representam as contribuições pagas pelo empregador e incidem


diretamente sobre os salários, de acordo com a legislação vigente;

III - Encargos complementares: são pagos pelo empregador em função da natureza do trabalho e
de acordos e convenções coletivas que regulamentam a atividade das categorias da construção
civil e pesada; e

IV - Encargos adicionais: são caracterizados como benefícios a que fazem jus os trabalhadores,
em função de determinações específicas de acordos ou convenções coletivas de trabalho de
diferentes regiões e entidades sindicais representativas, os quais resultam em desembolsos que
devem ser acrescidos aos encargos sociais e complementares.

e) Custos de um equipamento:

I - Custos de propriedade:
• Depreciação;
• Remuneração do capital;
• Seguros e impostos.

II - Custos de manutenção:
• Material rodante/pneus;
• Partes de desgaste;
• Reparos em geral;

III - Custo de operação:


• Combustível;
• Filtros e lubrificantes;
• Mão de obra de operação.

OBS:

a) Custo horário produtivo de um veículo ou equipamento: é formado pela soma das parcelas
relacionadas aos custos de propriedade, manutenção e de operação.

b) Custo horário improdutivo de um equipamento ou veículo: é formado pela soma dos


custos de propriedade (depreciação, oportunidade do capital, seguros e impostos) e de mão de
obra de operação.
f) Condições de levantamento de preços considerados no SICRO:

I - Preços refiram-se a condições de pagamento à vista;

II - Preços que contenham toda a carga tributária sobre eles incidente e frete;

III - Preços preferencialmente pesquisados em produtores, atacadistas ou representantes


comerciais de fábricas;

IV - Qualidade compatível com as especificações de materiais do DNIT.

g) Fator de Interferência de Tráfego (FIT): deve ser aplicado às obras em cuja execução haja
necessidade de interditar a pista ou de desenvolver medidas de segurança para prevenção de
acidentes, tais como nas seguintes obras:
• Restauração rodoviária;
• Construção de terceira faixa;
• Melhoramentos e adequação de capacidade;
• Duplicação de rodovia, quando a nova pista for contígua à pista original;
• Conservação na pista.

h) Fator de Influência de Chuvas (FIC): a ser aplicado diretamente sobre o custo unitário de execução de
alguns serviços, com o intuito de prever a influência da pluviometria e de outras condições climáticas
desfavoráveis sobre a eficiência dos equipamentos e a produção das equipes mecânicas e de mão de
obra.

I - As influências favoráveis da temperatura, dos ventos e da umidade relativa do ar no processo


de secagem e evaporação dos materiais não são consideradas na definição do FIC;

II - O FIT é calculado em função de diferentes fatores (natureza da atividade, permeabilidade do


solo, escoamento superficial e intensidade das chuvas) por unidade da federação.

i) Administração local da obra: compreende o conjunto de gastos com pessoal, materiais e


equipamentos incorridos pelo executor no local do empreendimento e indispensáveis ao apoio e à
condução da obra.

I - É exercida normalmente por pessoal técnico e administrativo, tais como: engenheiro supervisor,
engenheiros setoriais, gestores administrativos, segurança do trabalho, etc.

II - Além da gerência técnica e administrativa da obra, inclui-se na administração local as equipes


responsáveis pelo controle de produção das frentes de serviço, pelo controle tecnológico da obra e
pelos serviços gerais de apoio, como topografia.

III - Além dos custos referentes à mão de obra, a administração local deve ainda prever uma série
de despesas que ocorrem no andamento das obras e que são suportados diretamente pelo
executor, tais como:
• Materiais de consumo e de expediente (xerox, fotografias, etc.);
• Custos das concessionárias (água, esgoto, luz e energia, etc.);
• Aluguéis;
• Segurança e vigilância.
7.1 - OBSERVAÇÕES DO PASSO ESTRATÉGICO:

a) Na utilização do SICRO, é possível, por meio do fator de conversão, ajustar as capacidades nominais
dos equipamentos, definidas em unidades de volume, às unidades de medida e aos critérios de
pagamento dos serviços referenciais de obras rodoviárias.

• O Fator de Conversão é obtido a partir da relação entre o volume medido e o volume manipulado
pelo equipamento que dispõe de caçamba, reservatório ou implemento equivalente.

• No caso específico de terraplenagem, o Fator de Conversão consiste na relação entre o volume


do material em sua condição natural ou compactada e o volume deste mesmo material que está
sendo manipulado (solto).

b) Diferentes conceitos e tipos de custos:

I - Os custos de mobilização englobam os dispêndios com o transporte dos recursos humanos e


equipamentos indispensáveis até o local da obra.

II - Os custos relacionados à manutenção dos canteiros de obras e acampamentos


encontram-se incluídos na administração local.

III - O custo unitário de um serviço é o somatório dos custos de todos os insumos necessários à
execução de uma unidade, sendo obtido por meio de uma composição de custo unitário que
detalha os insumos (mão de obra, materiais e equipamentos) e as atividades auxiliares necessárias
à execução de determinado serviço.

IV - O custo unitário de referência é obtido a partir de uma composição de custo do sistema do


DNIT, definida em função de parâmetros locais, e deve incluir momentos de transporte, Fator de
Influência de Chuva (FIC) e Fator de Interferência de Tráfego (FIT), quando couber, serviços
executados por terceiros, ajustes ao BDI e outras particularidades.

V - O custo unitário de execução é a relação entre o custo horário de execução e a produção


calculada na mesma unidade de tempo.

c) No SICRO, as composições de custos dos serviços de pavimentação são apresentadas de forma única
e diferenciadas apenas na fase de projeto, em função do conhecimento do tráfego local e da determinação
do volume médio diário de veículos.
Não há distinção entre composições de custos de construção e restauração rodoviária.

d) No SICRO, não há diferenciação entre transporte local e comercial.

e) Os custos de referência dos materiais asfálticos devem ser definidos por meio de estudo
comparativo com, pelo menos, 3 origens diferentes e com maior proximidade em relação à localização da
obra, estabelecendo-se como referência a condição mais vantajosa ao erário em função do binômio
“aquisição + transporte”. Além disso, quando da utilização de preços por unidade da federação:

I - A origem do CAP e do asfalto diluído de petróleo: deve ser definida no local das refinarias da
Petrobras ou nas capitais das unidades da federação com divulgação de preços na base da ANP.

II - A origem de emulsões asfálticas e dos asfaltos modificados: deve ser definida nas bases
de industrialização do respectivo produto asfáltico mais próximo à localização das obras.
f) Conceitos sobre a operação dos equipamentos:

I - Os equipamentos utilizados em obras rodoviárias geralmente trabalham em operações


repetitivas, ou seja, em ciclos. O ciclo representa um intervalo de tempo durante o qual o
equipamento realiza certa quantidade de serviço, sendo caracterizado pelo tempo decorrido entre
duas passagens consecutivas do equipamento.

II - O Tempo de Percurso é o intervalo de tempo gasto pelo equipamento para ir carregado do


ponto de carregamento até o local de descarga.

III - O Tempo Fixo é o tempo necessário às operações de carga, descarga e manobra de um


equipamento.

h) A produção das equipes mecânicas corresponde normalmente a de seu equipamento principal ou líder
da patrulha, o qual condiciona a atuação do conjunto de equipamentos, em função de suas diferentes
capacidades e produções.

i) O SICRO considera como referência para os salários da mão de obra os dados de salários de mercado
constantes do CAGED do extinto MTE. Contudo, o SICRO deve respeitar os acordos e convenções
coletivas de trabalho celebrados entre sindicatos patronais e de trabalhadores.

j) A desoneração da mão de obra consiste no recolhimento, por parte das empresas, da contribuição
patronal, que antes era de 20% sobre a folha de pagamento, para 2% sobre a receita bruta da empresa.
Dessa forma, o custo com mão de obra é reduzido, mas o construtor recebe uma maior incidência de
impostos sobre o seu faturamento.

k) Os Encargos Complementares são custos com a mão de obra que são suportados pelo empregador
em função da natureza do trabalho e de acordos e convenções coletivas que regulamentam a atividade
das categorias da construção civil e pesada. São custos necessários para a execução e segurança do
trabalhador e do empregador, estando divididos em:
• Alimentação;
• Transporte;
• Ferramentas manuais;’
• Equipamentos de proteção individual; e
• Exames médicos admissionais, periódicos e demissionais.
Nos custos com equipamentos de proteção individual a definição dos custos horários por categoria
profissional é realizada em função da frequência média de utilização diária, da vida útil e do custo unitário
dos EPIs. Logo, o custo não é estimado como um percentual da mão de obra.

l) No cálculo da depreciação horária, o SICRO e o SINAPI adotam o método linear.

m) Os custos horários dos equipamentos do SICRO são calculados considerando as operações em


condições médias de trabalho.

n) Os equipamentos de pequeno porte são caracterizados por seu baixo custo de aquisição e pela não
inclusão da mão de obra de operação diretamente no custo horário.
Para esses equipamentos, a mão de obra necessária e qualificada à natureza de execução do
serviço deve ser apropriada diretamente no item de mão de obra da composição de custo do
serviço. Logo, não é inclusa diretamente no custo horário.

o) Os preços dos materiais pesquisados não incluem o frete para seu transporte até a obra, já que
os preços se destinam à inclusão nas tabelas de referência do SICRO, para uso genérico, e não para uma
obra em particular.

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