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A Deus..............................
A meus pais, que me mostraram o caminho.
iv
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA................................................................................. ................iii
AGRADECIMENTOS.........................................................................................iv
ÍNDICE DE ANEXOS........................................................................... .............vi
ÍNDICE DE FIGURAS.......................................................................................vii
ÍNDICE DE TABELAS.....................................................................................viii
RESUMO......................................................................................... ............... ...ix
PENSAMENTO........................................................................................ ...........x
INTRODUÇÃO.................................................................................................... 1
1 A LEITURA…………...................................................................................... 4
2 A CRIANÇA DE ZERO A SEIS ANOS.......................................................... 7
3. METODOLOGIA DE PESQUISA……..……………….............................. 16
4. ATITUDES E INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS SUGERIDAS ............ 25
CONCLUSÃO.................................................................................................... 41
BIBLIOGRAFIA................................................................................................ 43
ANEXOS.............................................................................................................46
vi
ÍNDICE DE ANEXOS
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE TABELAS
RESUMO
Quando soube que o ato de educar deve ter a intenção de formar pessoas capazes
de dar uma contribuição social adequada às capacidades específicas, e que a
leitura é o meio necessário a esta participação social, optei pelo tema do presente
trabalho. Nele tive a intenção de:
• Alertar os educadores para a importância dos seis primeiros anos de
vida, na Educação, com destaque na formação do leitor eficaz.
• Sugerir aos educadores comportamentos e atividades pedagógicas
que estimulem as crianças em seus seis primeiros anos de vida,
facilitando a sua formação como leitoras textuais.
• Descrever os materiais e espaços necessários para estimular a
leitura nas crianças.
PENSAMENTO
INTRODUÇÃO
O ato de escrever (simbolizar) permite ao outro compartilhar daquilo que vi; ao ler
(compreender), compartilho aquilo que o outro viu. Sou mais ser para o mundo
através da comunicação, portanto, da leitura. (Silva, 1996, pág. 66)
Paulo Freire (2003) já alertava para o fato de que sem a possibilidade de ler e
compreender o que se lê a pessoa não pode participar do contexto em que vive,
seja desfrutando dele, ou contribuindo para expandi – lo, enriquecê- lo.
Para alcançar esses objetivos, procurei evidenciar neste trabalho idéias que
estimulassem e facilitassem a leitura textual, visando obter um número cada vez
maior de leitores conscientes. Nele fiz constar a importância da valorização da
“leitura de mundo” para a faixa etária de 0-6 anos. Como nessa fase a criança
ainda não é leitor de texto, destacou-se a figura do adulto nas suas atitudes e
intervenções favoráveis ao desenvolvimento da leitura da imagem e da leitura
textual ou “leitura de palavras”.
Depois de considerar o que é leitura, quem é a criança de que estamos tratando,
realizei uma pesquisa de campo com a finalidade de verificar o grau de
importância que os adultos estão atualmente dando para a leitura como fator
educacional. No último capítulo, relaciono sugestões para a intervenção
pedagógica que entendo, são facilitadoras da formação do leitor eficaz.
1 - A LEITURA
Aprender a ler é, antes de tudo, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto,
não em uma manipulação mecânica de palavras, mas em uma relação dinâmica que
vincula linguagem e realidade. Mas é importante dizer, que da “leitura” do meu
mundo, da rica experiência de compreensão do meu mundo imediato, é que eu
comecei a ser introduzido na leitura da palavra. A decifração da palavra fluía
naturalmente da “leitura” do mundo particular. (Freire, 2003, pág.8)
Com base em Paulo Freire (2003), entendo que a figura do adulto deverá trazer,
para a criança, o maior número possível de imagens, assuntos e experiências,
para aumentar seu universo vocabular, ampliando sua realidade ou “leitura do
mundo”. Quanto mais ampla for sua “leitura de mundo”, mais significativa será
sua “leitura da palavra”.
Este conceito de leitura significativa, que tem sentido para o leitor, ocorre
quando ele procura seus interesses no texto, quando ele interage com o texto,
não ficando na simples decodificação.
Assumir o controle da própria leitura implica ter objetivos para ela, assim como
poder gerar hipóteses sobre o conteúdo que se lê. (Gallart, 1998, pág.47)
Ao relacionar o ato de ler a crianças menores de seis anos, pode parecer que se
está exigindo precocemente capacitações que as crianças ainda não têm. Esta
hipótese é contestada por Smith (1999, pág. 17) quando apresenta a seguinte
opinião:
A leitura não exige de nossos olhos nada que eles já não façam, quando olhamos ao
redor de uma sala. A leitura não exige nenhuma habilidade lingüística que não tenha
sido demonstrada na compreensão da fala. E aprender a ler não envolve nenhuma
habilidade especial de aprendizagem. As crianças são aprendizes altamente
habilitados e experientes,...
Smith alerta, no entanto, para o fato de que a linguagem deve ter sentido e
utilidade para a criança que está aprendendo a ler e, portanto, deve ser mediada
por adultos que conheçam a criança, individualmente, e os temas de leitura que
lhe são apresentados.
Devemos lembrar também, que hoje não mais faz sentido deixarmos a
alfabetização para depois dos sete anos. Atualmente a criança percebe que o
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mundo valoriza muito a escrita e assim, deseja ter o domínio desse meio de
comunicação que o mundo a seu redor valoriza.
A criança atual, principalmente aquela que é criada nos centros urbanos, difere
das crianças do passado por não ter a mesma liberdade para as brincadeiras de
rua, que são estímulos importantes para a auto - superação e para a criatividade.
Essa criança está mais sedentária e desestimulada em relação a tudo o que exige
esforço pessoal. Com a chegada da televisão e do computador, as crianças,
atraídas pelas imagens e informações “prontas” que esses aparelhos fornecem,
intensificaram a atitude sedentária, mas nela não está incluído o interesse pelas
boas leituras, mesmo a leitura para lazer, isto porque toda leitura exige esforço
para se estabelecer relações e criar imagens que favoreçam um bom
aproveitamento.
Completando essa idéia, têm-se os seguintes dados levantados por Doman, (in
Véras, s/d, pág.3):
• O cérebro humano contém mais de 10 bilhões de neurônios
• O cérebro cresce com o uso.
• Atualmente, utilizamos uma porcentagem mínima destes neurônios.
• Todo o crescimento significativo do cérebro está completo aos seis anos
de idade.
• Quando melhoramos uma função do cérebro, melhoramos em certo grau,
todas as demais funções.
• O cérebro das crianças cresce tanto quanto lhe damos a oportunidade para
que cresça.
• A estimulação deve ser sensorial e motora.
9
ES
TÁ ÁREAS DO DESENVOLVI/ IDAD1E MATURACIONAL COMPETÊNCIA VISUAL COMPETÊNCIA
GIOS CEREBRAL DE LINGUAGEM
Fonte: http://www.iahp.org/
13
Sabe-se que a inteligência de uma criança depende 70% da educação, ou seja, dos
estímulos recebidos, e apenas 30% da herança genética. (Manglano, 2006, pág.25)
A criança de dois a três anos > Tem seu maior desenvolvimento no campo
da sensibilidade. Gosta de atividade física gosta de ouvir música e dançar.
Possui certa coordenação viso-manual. Completa desenhos simples. Traça uma
linha unindo dois pontos. Compreende mais palavras do que fala. Nas
brincadeiras pode se utilizar do monólogo. Utiliza o “porquê ”, que permite um
amplo conhecimento. Está no período ideal para a aprendizagem de outras
línguas. No aspecto cognitivo, a criança liberta – se da realidade e capaz de
entrar na fantasia. Aprende por imitação. A fantasia distorce sua realidade,
surgindo o medo. Tem consciência clara de si. Gosta de colaborar com o adulto
e de ouvir as mesmas histórias repetidamente. É capaz de reconhecer algumas
letras e associar marcas comerciais a seus respectivos logotipos.
A criança de quatro anos > Tem seu maior desenvolvimento no campo das
percepções e da linguagem. Utiliza o futuro. Brinca com as palavras e gosta de
falar absurdos. Gostam de livros com ilustrações bonitas. Deseja aprender a ler.
Recita, canta e dança para divertir os outros. No aspecto motor, anda com bom
equilíbrio, sobe e desce escadas. Consegue correr para frente, para trás, para os
lados. Dobra e recorta papéis com facilidade. Encontra livro específico, quando
lhe pedem. Aponta para figuras simples, quando nomeadas. Segura o lápis com
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os dedos polegar e indicador. A curiosidade a leva a folhear livros que lhe estão
accessíveis.
3- METODOLOGIA DE PESQUISA
1. Em sua opinião, o que MAIS se deve esperar de uma criança, quando adulta?
- que ela ajude a melhorar a sociedade ( )
- que ela tenha sucesso e tudo mais que quiser ( )
- que ela se sinta feliz e integrada ao seu mundo ( )
O que espera de uma criança Total de cada Total de cada opção dada pelos Total de resultados
quando for adulta? opção dada pelos 24 professores encontrados nos 59
35pais adultos entrevistados
que ela ajude a melhorar a 14 10 24 > 41%
sociedade
que ela tenha sucesso e tudo mais 4 7 11 > 20%
que quiser
que ela se sinta feliz e integrada 24 11 35 > 59%
ao seu mundo
O hábito da leitura é necessário 35 24 59 > 100%
para o alcance dessa proposta
de vida?
Hábitos relacionados com a
leitura?
Você, em geral, lê quando está 31 24 55 > 93%
junto de suas crianças?
Rótulos, listagens, manuais são 18 18 36 > 61%
lidos com suas crianças?
Notícias de jornais são 22 14 36 > 61%
comentadas com suas crianças?
As crianças têm acesso fácil aos 29 22 51> 86%
livros/revistas/jornais?
Que textos estão mais ao
alcance das crianças?
O que esperar de uma Total de cada Total de cada opção dada Total de
criança quando for opção dada pelos 24 professores resultados
adulta? pelos 35pais encontrados
nos 59
adultos
entrevistados
que ela ajude a melhorar a 14 10 24 > 41%
sociedade
que ela tenha sucesso e 4 7 11 > 20%
tudo mais que quiser
que ela se sinta feliz e 24 11 35 > 59%
integrada ao seu mundo
COMENTÁRIO:
O índice de 20% que identifica uma atitude mais egocêntrica permite concluir
que 80% dos adultos educam para formar pessoas que venham a dar uma
contribuição para o mundo.
COMENTÁRIO:
A pesquisa de campo realizada demonstrou que há uma conscientização da
importância da leitura como fator educacional
20
Hábitos relacionados com Total de cada Total de cada opção dada Total de
a leitura opção dada pelos 24 professores resultados
pelos 35pais encontrados
nos 59
adultos
entrevistados
Você, em geral, lê quando 31 24 55 > 93%
está junto de suas crianças?
Rótulos, listagens, manuais 18 18 36 > 61%
são lidos com suas
crianças?
Notícias de jornais são 22 14 36 > 61%
comentadas com suas
crianças?
As crianças têm acesso fácil 29 22 51> 86%
aos livros/revistas/jornais?
COMENTÁRIO:
Os adultos entrevistados estão vivendo os estímulos naturais que facilitam o
hábito da leitura.
21
Que textos estão mais ao Total de cada Total de cada opção dada Total de
alcance das crianças? opção dada pelos 24 professores resultados
pelos 35pais encontrados
nos 59
adultos
entrevistados
livros infantis/ juvenis?
livros de artes 27 24 51> 86%
livros com fotografias de 7 13 20 > 37%
animais, plantas, etc?
revistas infantis, gibis 24 18 42 > 71%
20 18 38 > 64%
COMENTÁRIO:
Livros de arte: o índice de 37% pode revelar:
- desconhecimento/desinteresse dos adultos pelo tema “arte”
- a crença na incapacidade das crianças para lê-los
22
Você leva suas crianças a Total de cada Total de cada opção dada Total de
passeios culturais em: opção dada pelos 24 professores resultados
pelos 35pais encontrados
nos 59
adultos
entrevistados
parques 32 13 45 > 76%
teatros/ concertos musicais 16 14 30> 51%
viagens 23 4 27 > 46%
museus 11 12 23 > 39%
bibliotecas/ livrarias 22 8 30> 51%
shopping centers 26 0 26 > 44%
supermercados 25 2 27 > 46%
parque de diversões 23 2 25 > 42%
COMENTÁRIO:
Os índices mostram a grande freqüência nos passeios; a pesquisa, no entanto não
foi capaz de identificar se há intenção educacional nesses passeios.
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Quantas vezes na semana você Total de cada Total de cada opção dada pelos Total de resultados
conta histórias para suas opção dada pelos 24 professores encontrados nos 59
crianças? 35pais adultos entrevistados
1
2 4 0 4 > 6,5%
3 3 3 6 > 10%
4 10 3 13 > 22%
5 3 5 8 > 13,5%
6 3 9 12 > 20%
7 2 1 3 > 5%
nunca 5 3 8 > 15%
de vez em quando 0 0 0%
5 0 5 > 8%
20% 4 vezes
22%
5 vezes
13,5
6 vezes
7 vezes
COMENTÁRIO:
Os índices “nunca” - 0% e mais de 3vezes por semana – 83,5%, revelam a
importância dada pelos adultos, ao hábito de se contar histórias.
24
Quantos livros você, Total de cada Total de cada opção dada Total de resultados
adulto, lê em média por opção dada pelos 24 professores encontrados nos 59
ano? pelos 35pais adultos
entrevistados
1 9 3 12 > 20%
De 2 a 5 9 15 24 > 41%
De 6 a 10 10 3 13 > 22%
Mais de 10 4 3 7 > 12%
nenhum 3 0 3 > 5%
COMENTÁRIO:
O índice de apenas 95% (20% + 41% + 22% + 12%) de pessoas que lêem livros
por ano, é compatível com a amostra pesquisada, composta, na sua maioria, por
pessoas com nível universitário, além de se haver, na amostra pesquisada, muitos
evangélicos que têm por costume a leitura da Bíblia.
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A inteligência, capacidade do homem de poder reconhecer o que lhe é bom para sua
realização e evitar o que lhe é ruim é aprofundada em sua habilidade de ler. (Valls,
1989, pág.1)
A média de leitura dos brasileiros é de dois livros por ano, talvez se conseguirmos
aumentar esse número, a sociedade se comunique mais e melhor. (Kuntz, In: Ser
Família, 2007, pág. 20)
Quando educar
Shaffer em seu livro Psicologia do desenvolvimento (2005, pág. 209), afirma que
bebês de 2 a 3 meses de idade são capazes de reter uma informação significativa
por semanas ou mais, respondendo a um estímulo que já conhecem, e que ocorra
nas mesmas circunstâncias em que ocorreu, anteriormente, o mesmo estímulo.
Essa experiência foi feita colocando-se um móbile ao tornozelo do bebê, de
modo que o bebê movia o móbile, com o movimento de sua perna.
Já que os recém – nascidos são capazes de associar seus comportamentos com suas
conseqüências, eles deveriam aprender, logo que possam obter respostas favoráveis de
outras pessoas. Por exemplo, os bebês podem realizar gestos sociáveis como o sorriso
ou balbucio porque descobrem que essa resposta normalmente atrai a atenção e o afeto
de seus cuidadores. (Shaffer, 2005, pág. 209).
No que se refere ao hábito da leitura para bebês, Fabiana Faria (2007), diz:
mais duvida de que, quanto mais cedo a leitura for introduzida na vida dos pequenos,
melhor,pois isso faz que eles aumentem o vocabulário e passam a se expressar melhor.
Tem-se que estimular a criança no momento preciso e com o método adequado. Não
podemos cair na armadilha de dizer que a escolaridade deve ser antecipada. Isto é
realmente negativo! Devemos apenas oferecer à criança mais informações, mas, nunca
estruturar sua aprendizagem. Não se podem esquecer as outras dimensões da criança,
atendo-se apenas a dimensão intelectual. Todos os estímulos a serem oferecidos são
meios para alcançar o melhor desenvolvimento possível de cada criança. Para tanto se
devem respeitar os imprevistos que fazem parte da liberdade da criança, agindo-se
sempre com muita flexibilidade. (Valls, 1989, pág.1)
27
Podemos explicar com clareza para as crianças que quanto mais conhecimento
elas tiverem, mais elas poderão ajudar seus amigos.
Se as crianças entendem que estão aprendendo para ajudar os amigos dentro de
sua capacitação pessoal, elas não terão a angústia própria do medo de errar, pois
não serão cobradas além de suas capacidades, para atender uma satisfação de
orgulho dos pais ou professores.
A rotina
Viver uma rotina é importante para a criança assim ela pode organizar sua fala,
aprendizado e valores. (Barros, In: Jornal da Tarde, 1997, pág. 10)
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A nutrição
Como condição primeira e indiscutível, tem-se o cuidado com a nutrição da
criança, fator imprescindível ao seu desenvolvimento neurológico. É de grande
responsabilidade do adulto, criar bons hábitos alimentares em suas crianças. O
bom senso será seu melhor guia.
A higiene
A criança desde seu nascimento deve ter, dentro do possível, suas atividades de
higiene com horários programados. Com o tempo, a criança vai adquirindo uma
maior autonomia, acompanhada da supervisão adulta, ao mesmo tempo exigente
e confiante da resposta que a criança é capaz de dar. Não se pode rotular a
criança de preguiçosa, quando ela deixa de cumprir o hábito esperado. É uma boa
sugestão dizer a ela apenas que tínhamos certeza de que ela escovaria os dentes
após o almoço, e que temos certeza de que ela não vai mais esquecer se de fazê-
lo.
O hábito do sono
Dormir e sonhar são fundamentais para a aprendizagem. Durante o sono
profundo, memórias adquiridas em estado de vigília transitam por todo o cérebro
sem a interferência dos sentidos. Elas se alojam enquanto sonhamos. É nesse
momento que os genes, responsáveis pela plasticidade neuronal, são ativados.
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Contar história
Os contos de fada, as histórias infantis, assim como as histórias de família
vividas e contadas pelos pais, avós, são um vínculo afetivo de grande
importância. O “contar histórias” deve ser incluído na rotina diária, pois contribui
para a estabilidade emocional da criança.
A emoção
Sabe-se que a emoção, como conjunto de reações químicas e neurais causadoras
de profundas mudanças no corpo e na mente, causa a liberação de
neurotransmissores acelerando os circuitos cerebrais e conseqüentemente
facilitando a armazenagem de informações.
Emoção vem do latim, motio, assim como movimento, e significa “agitação de
sentimentos”. Além de provocar alterações nos músculos, na cor da pele e nos
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Bits de inteligência
Uma atividade enriquecedora da leitura de mundo é a apresentação dos “bits de
inteligência”, idealizados por Glenn Doman (2004).
Entende-se que é possível ampliar o mundo em que uma criança está inserida, se
apresentarmos a ela fatos e fotos de diversas realidades. Doman (id) acredita que
a apresentação de figuras de uma mesma categoria, por exemplo, raça de cães ou
bandeiras de países americanos ou qualquer outro tema, se apresentados em uma
mesma atividade, podem inclusive desenvolver a capacidade de abstração da
criança e, conseqüente, aplicação em outras imagens da mesma categoria,
ampliando ainda mais a sua leitura de mundo.
Bits de palavras
As crianças podem ver “palavras” como sendo “imagens”. É comum vermos
crianças “lerem” logotipos como Mc Donald, Cebolinha, Fiat entre outros.
Seguindo essa idéia, Doman (id) recomenda os Bits de palavras que são temas
compostos por 5 palavras de mesma categoria, como o exemplo composto pelas
palavras que representam os membros de uma família: pai, mãe, irmão, tia, avô.
Ao colocarmos os Bits de palavras junto ao objeto que representa, permitimos à
criança a familiarização com o “desenho” da palavra, facilitando a sua leitura.
Os Bits de palavras são confeccionados em cartolinas brancas de 50 cm X 15
cm, com letras de cor vermelha, de 7cm de altura. Da mesma maneira, sugere
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que se apresentem à criança as 5 palavras, três vezes ao dia, por 15 dias. A cada
15 dias troca-se o tema das palavras. (em anexo, modelos de Bits de palavras)
Exercícios de psicomotricidade
Os desenvolvimentos físico e intelectual estão intimamente ligados. Quanto
melhor forem as capacidades motoras da criança, maior será seu
desenvolvimento neurológico.
e) Nadar:
Para um bebê, o programa de natação pode começar na banheira. Diariamente
entrar com o bebê e brincar na água. Nos dois primeiros meses de vida a criança
mantém os reflexos respiratórios intra-uterinos, mergulhando tranqüilamente.
É um esporte para toda a vida.
f) Equilibrar:
Além das atividades citadas, recomenda-se para o desenvolvimento do
equilíbrio físico os exercícios de::
• Cambalhota
• Rolar sobre si mesmo
• Andar sobre uma muro baixo, trava, banco ou traçado no chão
• Subir em árvores
• Pular de diferentes formas
• Girar, balançar
• Chutar bola
• Ginástica olímpica
• Boliche
Pode-se dizer que o Boliche trata-se de um esporte completo, porque ele proporciona
um “fechamento” das partes cognitivas, emotivas e motrizes, do bolichista. Além do
eu com a prática do Boliche, pode se melhorar o desempenho das estruturas
psicomotoras de base, através de um bom trabalho de esquema corporal, visando
melhorar habilidades manuais, de leitura e de escrita. A lateralidade é outro aspecto
para qual o Boliche pode contribuir, pois, pelas próprias características do jogo
ajuda a criança a ir percebendo a diferença entre direita e esquerda, o que também a
irá ajudar a reconhecer a ordem em um quadro e a seguir corretamente a direção
gráfica, fundamental às atividades de leitura. Com o jogo de Boliche, pode-se fazer a
criança perceber posições, direções, distâncias, tamanho, o movimento e a forma dos
corpos, enfim contribuindo para o desenvolvimento da estruturação espacial da
criança.O Boliche torna-se um facilitador da aprendizagem a medida que estimula o
37
Brincadeiras
É importante salientar a imperiosa necessidade de se proporcionar às crianças
uma infância sem atropelos onde haja, ao lado das atividades sugeridas, sempre
um tempo também para brincar, tempo este essencial ao bom desenvolvimento
emocional e intelectual, uma vez que as crianças têm a oportunidade de
espontaneamente expor sua personalidade, emoções e fantasias.
Para a educadora e psicopedagoga Silvia Amaral (outubro de 2006, pág. F6) até
os seis anos, estar matriculado em uma boa escola é mais do que suficiente. O
tempo livre é imperativo nesta fase. “Tudo o que aprendem, é vivenciado através
da brincadeira”. É nessa hora que a criança pode fantasiar criar, expor sua
38
personalidade e até colocar emoções para fora. Segundo a autora, isto também
estimula um desenvolvimento mais sadio emocionalmente.
O exemplo
A educação se faz pelo exemplo. É assistindo ao pai como ele é que se constrói para
os filhos um modelo. Modelo não significa “clone”. Não se deseja que o filho seja
igual ao pai. Modelo significa critérios que favoreçam um sistema de orientação.
(Reginato, In: revista “Ser Família”, 2007, pág. 30)
Em um lar onde se valoriza a leitura, no qual se tem um acesso fácil aos livros,
com cantos de leitura, onde há comentários de textos lidos, e se vêem os pais
estudando ou optando pela leitura como meio de lazer, com certeza é oferecido
às crianças o prazer pelos textos. No depoimento da Dra. Iscia Lopes Cendes,
médica geneticista, professora da UNICAMP, esta diz:
“Para ser um bom cientista, ajuda muito ter crescido em um lar em que o estudo é
valorizado e o acesso ao conhecimento seja valorizado.” (In: revista VEJA, 11/10/06,
pág. 91)
Clube de alfabetização
Termo dado por Frank Smith (1999) para designar o ambiente natural de leitura
em que a criança, que se sabe incluída, desenvolve-se como leitor mais
facilmente. Para Smith, “saber-se incluída” no clube de alfabetização, significa
perceber-se membro de um grupo, que tendo como interesse comum a
linguagem escrita, faz com que a criança respeite e se inclua como mais um
potencial leitor eficaz. A existência de ”pistas” possibilita a inferência da leitura.
A autora Meira Cavalcante (março de 2006, pág. 29) diz que “nas escolas em
que circulam diversos tipos de textos, como livros, jornais e revistas, os alunos
39
CONCLUSÃO
Este resultado, por ser uma amostra muito pequena, realizada basicamente na
região centro – sul da cidade de São Paulo, entre pessoas de nível universitário e
maiores recursos culturais, contraria a visão negativa atribuída à realidade
educacional brasileira, citada na introdução do trabalho. Assim sendo, entendo
que o questionário teve, para os adultos pesquisados, o papel de recordar e
fortalecer a importância do hábito da leitura na educação, e por meio das
perguntas realizadas, sugerir uma maior intenção educativa para os
comportamentos questionados.
Como nos adverte Viktor Frankl, aquele que tem um sentido para a vida consegue
encontrar forças para ir ao encontro e superar-se(...) Seguem o velho ditado:”quando
existir um porquê, encontrará um como.” (Reginato, In Ser Família”, nº 6, pág 20)
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A análise dos dados revelou que quando questionados, todos os adultos colocam
uma expectativa para suas crianças quando forem adultas. Fica a pergunta: “Se
não é colocada esta questão por terceiros, os adultos terão uma meta educacional
para suas crianças?”.
Mais uma vez entendo que o questionário contribuiu como alerta a esta
necessidade na Educação. Se o adulto sabe a personalidade que pretende formar,
reconhece a importância da leitura textual nesta formação, conscientiza-se das
atitudes e atividades que facilitam o hábito da leitura e, acredita na enorme
capacidade de aprendizagem nos primeiros anos de vida, a Educação, ciência
responsável pela formação humana, certamente intensificará a responsabilidade
das pessoas pelo mundo que têm a sua volta.
Aprender a ler é, antes de tudo, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto,
não em uma manipulação mecânica de palavras, mas em uma relação dinâmica que
vincula linguagem e realidade. (Freire, 2003, pg.8)
Espero com estas idéias ter contribuído para uma reflexão sobre a formação
infantil, ajudando assim o educador em uma ação que facilite às crianças se
realizarem e serem felizes.
43
BIBLIOGRAFIA
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44
ANEXOS
Bits de Inteligência
raças de
cães
AIREDALE TERRIER
FIGU
47
HUSKY
SIBERIANO
DALMATA
48
GOLDEN RETRIEVER
Bits de Palavras
mamã
50
irmão