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Texto 01
“Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio
trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez.”
(Simone de Beauvoir)
Texto 02 Texto 03
Quantas vezes você já se pegou checando e-mails pelo celular no horário do
almoço? Ou verificando, a cada cinco minutos, se chegou uma nova mensagem de
texto? Se você se identifica com as situações acima, cuidado: esses podem ser sinais da
nomofobia — síndrome em que o paciente fica dependente do telefone ou da internet.
— Aquela pessoa que usa muito o celular por causa do trabalho, ou por algum
outro motivo, não necessariamente tem a doença. Mas se o esquecimento do aparelho
em casa já é suficiente para gerar um sofrimento, é preciso procurar ajuda — explica a
pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da
UFRJ, Anna Lucia Spear King.
A PhD em Saúde Mental estudou o tema em sua tese de doutorado. No estudo,
34% dos entrevistados sem problemas psicológicos afirmaram ter alto grau de
ansiedade sem o telefone por perto. E 54% disseram ter "pavor" de passar mal na rua
sem o celular.
— A nomofobia não costuma aparecer sozinha. Em geral, está associada aos
transtornos de ansiedade, que podem ser síndrome do pânico, transtorno bipolar,
estresse pós-traumático, entre outros. Tratando essas doenças com remédios e terapia, a
nomofobia também desaparece.
Quem suspeitar ter a doença,pode agendar atendimento gratuito com Anna pelo
número (21) 9219-1233.
Uma pesquisa feita pela revista "Time" e pela Qualcomm, em diversos países,
mostrou que o uso do celular está cada vez mais intenso. Dos cinco mil participantes,
79% disseram que se sentem mal sem o telefone. No Brasil, 58% afirmaram que usam
Texto 4 o celular a cada 30 minutos e 35% a cada dez minutos.