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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE


UNAÍ – FACTU
CURSO DE DIREITO

GABRIELLA BRANDÃO DO NASCIMNETO

TRABALHO DIREITO CONSUMIDOR (CDC)

UNAÍ – MG
2022
Super endividamento art. 54 A do cdc
a) principio do credito responsável: é a norma que direciona o ordenamento jurídico em favor
de praticas negociais saudáveis.
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O superendividamento é por sua vez, a situação de um individuo de boa-fé que não tem
condição de pagar suas dividas sem comprometer o mínimo existencial art. 54-a, §1º do CDC.
Boa-fé e principio do credito responsável:
Exige do consumidor (devedor) um comportamento prudente em consonância com a boa-fé
objetiva ao assumir dividas para evitar futuras inadimplências.
A tutela do patrimônio como pedra fundamental a preocupação com a dignidade da pessoa
humana (art. 6, XII ART. 54-A §1º DO CDC).
Não alcança situações que o mínimo existencial esta salvo.
§ 2º as dividas englobam qualquer compromisso financeiro assumido decorrente da relação de
consumo, exigíveis e vencido, inclusive operação de credito de compras a prazo e serviços de
prestação continuada.
Não se aplica a lei
a) as dividas contraídas mediante fraude ou má-fé.
b) dividas oriundas de contratos celebrados dolosamente com o propósito de não realizar o
pagamento.
c) contratos que decorram da aquisição ou contratação de produtos e serviços de luxo de alto
valor.
Transparência e práticas abusivas na oferta de crédito (art. 6º, XII, art. 54-C I A IV e
parágrafo único, art. 54 d e 54 g do CDC).
Art. 54-b no fornecimento de credito e na venda a prazo, o fornecedor ou o intermediário
devera informar o consumidor previa e adequadamente no momento da oferta.
Proibição da oferta.
O cdc explana algumas condutas vedadas ao fornecedor no momento que oferta o credito. (é
pratica abusiva vedada)
Art. 54 c é vedado:
a) indicar que a operação poderá ser concluída sem consulta a serviços de proteção ao credito
ou sem avaliação da situação financeira do consumidor.
b) ocultar ou dificultara compreensão sobre os ônus e riscos da contração a prazo.
c) assediar ou pressionar o consumidor para contratar o fornecimento do produto
principalmente a idosos, analfabetos, doentes.
d) condicionar o atendimento de pretensões do consumidor ou inicio a tratativas à renuncia ou
à desistência de demandas judiciais.
Conseqüência (art.52 e 54 do CDC), redução de juros, encargos danos morais e materiais.
Deveres do fornecedor na oferta de credito
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O art. 54 d, elenca exemplificativamente uma serie de condutos a serem tomados previamente


por aquele:
a) informar e esclarecer adequadamente o consumidor considerado sua idade sobre a natureza
e a modalidade de credito (...).
b) avaliar de forma responsável as condições de credito do consumidor.
c) informar a identidade dos agentes financiados e entregar ao consumidor copia do contrato
de credito.
Contratos conexos: art. 54 F, são conexos coligados ou interdependentes, entre outros, o
contrato principal de produto e os contratos acessórios de credito que lhe garantem o
financiamento.
Praticas abusivas vedadas na concessão do credito
a) art. 39 CDC meramente exemplificativo.
b) art. 54 g. é proibido proceder à cobrança ou ao debito em conta de qualquer quantia que
tiver sido contestada pelo consumidor enquanto não for solucionada a controvérsia desde que
o consumidor tenha notificado a administradora da carta com antecedência de 10 dias.
Compra com cartão de credito.
c) recusar entregar copia da minuta do contrato principal de consumo ou de credito.
d) impedir ou dificultar em caso de utilização fraudulenta de cartão de credito o imediato
bloqueio do pagamento ou restituição dos valores indevidamente recebidos.
Processo de repactuação de dividas.
Condição de configurado.
Instauração de processo de repactuação de divida.
Requerimento do consumidor o juiz digna audiência conciliatória, a qual devera comparar
todos os credores.
O consumidor apresenta proposta de plano de pagamento no prazo de cinco anos.
Na proposta devera preservar o mínimo existencial para o consumidor com as garantias e
formas de pagamento que foram originalmente pactuadas.
a) dividas excluída do processo de repactuação.
A1) contraídas de contratos celebrados dolosamente, sem que o consumidor tivesse interesse
em realizar o pagamento.
A2) dividas decorrentes de contratos de credito de garantia real ou financiamento imobiliário
e os oriundos de credito rural.
O não comparecimento do credor suspende a exigibilidade do debito, interrompe a incidência
dos encargos de mora.
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Sujeito compulsoriamente ao plano de pagamento da divida, caso seja conhecido e certo o


montante.
Plano aceito será homologado por sentença judicial que descrevera o plano de pagamento.
Uma vez homologado, o consumidor somente poderá requerer outro plano 2 anos depois,
contado o pagamento de todas as obrigações.
Termos que devem constar no plano:
Medidas de dilação dos prazos de pagamento e redução dos encargos da divida.
Suspensão ou extinção das ações judiciais em curso.
Data que haverá a exclusão do consumidor do banco de dados.
Condicionamento de seus efeitos à obtenção do consumidor de condutas que importem o
agravamento de superendividamento.
Processo de superendividamento
Requerimento do consumidor, quando não houve êxito na conciliação. (art. 104 b).
Citação de todos os credores que deixaram de entregar o acordo celebrado.
O juiz analisara todos os documentos e informações prestados em audiência, citando os
credores faltosos lhe concedendo prazo de 15 dias para que juntem documento e apresentem
as razões que não aceitaram o acordo.
É facultada ao juiz a nomeação de um administrador para apresentar plano de pagamento no
prazo de 30 dias. (§ 3º art. 104 b).
O plano judicial compulsório devera:
a) assegurar aos credores, no mínimo, o valor do principal corrigido.
b) prever a liquidação total da divida no prazo de 5 anos após a quitação do plano consensual.
c) descimento da 1º parcela no Maximo de 180 dias após a homologação do plano.
Processo de repactuação perante órgãos do SNDC.
Alem de repactuação perante o judiciário, o cdc prevê a possibilidade do consumidor perante
os órgãos públicos integrantes do SNDC ingressar com o pedido de superendividamento.
Clausulas abusiva no CDC.
O cdc traz um sistema próprio de nulidade. O STJ tem entendimento que clausulas abusivas
não são possíveis de reconhecimento por oficio. (STJ ag no resp. 782.895)
Clausulas abusiva é aquela que viola o equilíbrio contratual que deve existir entre as
prestações. Trata-se de um conceito abusivo, estipulado no ar. 51 do CDC.
Rol exemplificativo
Art.51 são nulos de pleno direito:
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a) impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de


qualquer natureza. Chamada clausula de não indenizar ex: não se responsabiliza.
OBS. A responsabilidade exclusiva do consumidor ocasiona a não responsabilidade do
fornecedor.
Por furto do casso no estacionamento do hotel.
b) subtraiam ao consumidor a opção do reembolso. Ex. direito de arrependimento, art.7º do
CDC.
c) transfiram responsabilidade a terceiros.
O CDC em regra prestigia a solidariedade. Ex. cooperativa de saúde.
d) estabelecem obrigações consideradas iníquas, abusivas que coloque o consumidor em
desvantagem exagerada.

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