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E-BOOK

FINANÇAS SOB
CONTROLE EM
2023

COMO TOMAR AS MELHORES


DECISÕES PARA ORGANIZAR
DE VEZ SUA VIDA FINANCEIRA

Janeiro | 2023
BEM-VINDO, 2023

Pensar em finanças pessoais vai muito além de saber investir. É ter


condições para lidar com o dinheiro de forma inteligente para tomar as
decisões corretas não só na hora de poupar, mas também quando for
preciso gastar. É poder estar no controle para ter mais liberdade para tomar
decisões.

De olho nas oportunidades de (re)começo que todo ano novo oferece, o


ebook "Finanças sob controle em 2023" vai ajudar você a organizar a sua
vida financeira e até a se livrar daquela bola de neve de dívidas que impede
que os planos de curto e longo prazo sejam viabilizados.

Nesse caminho em busca de uma vida financeira equilibrada, é preciso


também saber quais erros podem ser evitados. Equívocos estão presentes
tanto na hora de se planejar quanto no momento de escolher o que é melhor
para investir e, por isso, é preciso estar atento a eles.

Então, aproveite o início de ano para colocar em prática uma mudança.


Lembre-se da importância de ter as finanças sob controle e tenha em mente
que esse tipo de planejamento vai fazer com que você organize a sua vida
financeira de uma vez por todas e permitir que as dívidas fiquem para trás, e
que os investimentos não saiam mais da sua vida.

Bom começo de 2023!


ÍNDICE
1. Como organizar a sua vida financeira para 2023 ............................ 04
2. Como se livrar das dívidas ..................................................................... 09
3. 10 erros de 2022 para não repetir em 2023 ..................................... 13
4. Como começar a investir ........................................................................ 18
5. Os piores investimentos de 2022 - e como evitá-los em 2023 ... 22
COMO ORGANIZAR A
SUA VIDA FINANCEIRA
PARA 2023?
Planejamento é palavra de ordem para quem quer ter a vida financeira organizada. E ele passa
pelas tarefas mais cotidianas.

Antes de ficar tentando adivinhar o valor gasto com pizza todo mês, por exemplo, a orientação
é inserir a despesa em um app de controle financeiro (como o Minhas Economias) ou colocar
no papel, para entender a representação sobre sua receita mensal, que inclui valores de salário,
de serviços prestados como pessoa jurídica, microempreendedor individual ou de forma
autônoma.

Ao lado desses números, é fundamental inserir sempre seus gastos diários, entre os fixos e os
eventuais, inclusive os bem pequenos, que costumam ser desprezados.

"É muito importante anotar despesas e receitas, e não gastar mais do que ganha", afirma
Thiago Ramos, gerente da Serasa. "Parece simples, mas muitas pessoas não fazem isso. (...)
Depois de três meses, o consumidor já começa ter a noção de quanto gasta."

De acordo com Ramos, cerca de 20% dos brasileiros costumavam realizar esse exercício em
2020. Já no segundo ano da pandemia de Covid-19, em 2021, a parcela aumentou para 40%,
tendo em vista a preocupação maior com a situação financeira, agravada pela crise econômica
do período.

Eduardo Dellavolpi, planejador financeiro com certificação CFP e consultor CVM, destaca que o
orçamento tem que ser fidedigno, contemplando realmente os gastos e os destinos do
dinheiro. Ele sugere uma planilha anual para que a realidade financeira fique mais clara,
facilitando o planejamento.

Da lista de receita versus despesas, devem constar itens como IPVA (Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores) para quem tem carro, IPTU (Imposto Predial e
Territorial Urbano) para proprietários de imóveis, seguros de saúde e de veículos e
mensalidades escolares, entre outros, destaca.

"Quando a pessoa faz essa lista, pode ficar um pouco decepcionada", diz Dellavolpi, citando a
possibilidade de se perceber que a receita é menor do que os gastos.

Nesse caso, algo tem que ser feito para mudar a situação. É aí que o planejamento se torna
ainda mais necessário, inclusive para avaliar o caso de mudança de emprego ou a necessidade
de trabalhos extras para cobrir o orçamento.

Com o aplicativo Minhas Economias, o processo de controle das


contas é facilitado. Além de poder inserir seus dados
manualmente, o app está conectado às instituições Santander,
Itaú, Nubank, Banco Inter e Bradesco.

Os clientes desses bancos podem checar, por meio do Minhas


Economias, suas informações sobre gastos em cartões, limites e
saldo em conta corrente, entre outros. É possível, por exemplo,
visualizar o saldo consolidado de todos os bancos e o de cada
um separadamente, assim como acessar os dados da fatura do
cartão de crédito.

Na primeira tela do aplicativo, está disponível o total de ganhos


obtidos e gastos realizados no mês, separados por forma de
pagamento e categorias, além de gráficos com análises desses
dados.
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"50%-30%- 20%"
Para conseguir se planejar, é importante ter um método como guia. O indicado por
profissionais em educação financeira é o dos "50%-30%-20%". "Os consumidores que adotam
esse método diminuem muito o risco de ficarem inadimplentes", afirma Ramos, da Serasa.

O modelo define a parcela da receita que pode ser gasta com determinadas despesas. Nos
50%, são incluídos os gastos básicos - como aluguel, prestação de financiamento imobiliário,
água, luz, gás, supermercados, educação e impostos.

Outros 30% da renda devem cobrir gastos com lazer, viagens, roupas, lanches, refeições fora
de casa, eletroeletrônicos, eletrodomésticos e compras diversas realizadas no cartão e de itens
de pequeno valor. "E tudo que se tem de parcelamento deve entrar nesses 30% também",
assinala o gerente da Serasa.

O mais importante é não deixar os gastos correspondentes ao bolo de 30% avançarem no


dinheiro que sobrar – os 20% restantes, que servirão como “reserva de emergência”.

Reserva para emergência

"Quando você guarda 20% todo mês, depois de cinco meses, tem um mês inteiro de despesas
[cobertas]. É um bom pé-de-meia que ajuda na tomada de decisões melhores, a se preparar
para emergências”, diz Ramos.

O gerente da Serasa ressalta que 2023 não dá sinais de uma situação macroeconômica melhor
que a de 2022. Por isso, não dá para descuidar (mesmo!) da reserva financeira.

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Atenção aos cartões

Agora, atenção às compras parceladas no cartão de crédito. O valor total delas tem que ser
considerado no orçamento mensal. Ao somar as parcelas a vencer mês a mês, pode sobrar
pouco ou quase nada para a realização de novas compras, sejam elas à vista ou parceladas.

"Senão, vira uma bola de neve. No quarto mês, por exemplo, tem três, quatro parcelas [de
várias compras] a pagar, já ultrapassando o limite dos 30%", diz Ramos.

Caso esse teto seja atingido, a orientação é interromper as compras parceladas até que sejam
zeradas.

"De acordo com esse método, não se pode gastar mais. E aí é hora de apertar o cinto e ficar,
infelizmente, sem dar aquela saída para o shopping, sem fazer aquela viagem, sem comprar
uma roupa", alerta o gerente da Serasa.

Quanto mais cartões de crédito o consumidor tiver, mais complexo fica administrar as
despesas. Pesquisa da Serasa de 2020 mostrou que 29% dos entrevistados tinham cinco
cartões ou mais.

"Imagine você casar todas essas datas de vencimento com o recebimento do seu salário? O
brasileiro tem o costume de pagar quase tudo no cartão de crédito. Então, fica muito perigoso
deixar a administração de cartões de crédito solta.”

Os empréstimos feitos no cartão de crédito são, inclusive, os principais responsáveis pela


inadimplência dos brasileiros hoje.

Em segundo lugar estão as contas básicas (água, luz e gás), e, em terceiro, as dívidas com o
comércio, desde o de bairro até as lojas de shoppings, como as grandes varejistas.

Fale sobre finanças!

Compartilhar a situação financeira com a família é uma forma de poder ter mais controle da
vida financeira. "Quando isso é feito, todos podem ajudar a economizar", diz Dellavolpi.

Para o planejador, a clareza da realidade financeira deixa todos os integrantes da família mais
comprometidos com a gestão das receitas e das contas a pagar.

Informações e orientações sobre o tema estão disponíveis no canal da Serasa no Youtube e no


blog da instituição. Há também um produto pago por meio do qual o usuário tem disponível,
entre outros, o serviço de alerta sobre alguma consulta de fornecimento de crédito feita em
seu nome, o que pode ser útil para prevenção de fraudes.

Tem espaço para investir?


Depois de organizar as contas, com os gastos adequados à regra dos 50%, 30% e 20%, é
hora de pensar em investimentos. Estudar o mercado é imprescindível, destaca Kelly
Carvalho, assessora econômica da FecomercioSP.

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"É preciso conhecer para investir. Como se vai investir no que não se conhece?", diz o gerente
da Serasa.

A iniciativa pode até começar pela poupança, mas depois é necessário procurar outra
aplicação, ainda que de baixo risco, porém com maior retorno, considerando o cenário de
incertezas econômicas à frente, ressalta a assessora da FecomercioSP.

E vale ficar atento novamente: o recurso para o investimento tem que sair dos 30% ou dos
50%, e não da fatia dos 20%. "O investimento não é uma reserva de emergência", diz Ramos.

A chamada reserva de emergência precisa estar à mão, disponível, com possibilidade de ser
resgatada a qualquer momento para cobrir despesas não programadas.

O ideal é buscar alguma opção conservadora, como no Tesouro Direto, em títulos bancários
como CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) ou fundos do tipo DI, de preferência sem
taxa de administração.

Colocar a fatia de 20% em investimentos de renda variável, como ações, pode levar à perda de
parte do valor, caso haja necessidade de resgate em um momento de baixa no preço dos
papéis, por exemplo.

Segundo o gerente da Serasa, não há outro método a seguir para a organização das finanças,
mas as pessoas podem adequá-lo à sua realidade, inclusive mexendo nos gastos entre os 30%
e os 50%, desde que não extrapole os 80% de limite de uso da receita mensal.

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TEM DÍVIDAS? CONFIRA
AS DICAS PARA SE
ORGANIZAR E SABER O
QUE PRIORIZAR NA
NEGOCIAÇÃO
Com a chegada de um novo ano, a decisão de organizar as finanças ganha um lugar prioritário
na lista de consumidores endividados. E quem tem diversas contas a pagar sabe que lidar com
elas não é tarefa simples.

Para começar, definir as prioridades de quais dívidas devem ser liquidadas primeiro é
imprescindível. Antes, porém, a pessoa endividada deve ter a clareza de todos os fatores que
prejudicam seu ganho mensal e, a partir disso, manter a disciplina para colocar em prática um
plano para a gestão das contas a pagar.

"É importante que o consumidor faça o planejamento, anote suas dívidas, todas as compras do
dia a dia e as pequenas despesas que podem comprometer o orçamento para começar a
colocar a vida financeira em ordem", afirma Kelly Carvalho, assessora econômica da
Fecomercio-SP.

Quais são as dívidas prioritárias?

No topo das prioridades, devem ser consideradas as dívidas de maior risco. São aquelas que
possuem bens materiais como garantia e as de juros elevados, como as detidas em cartões de
crédito e cheque especial.

Há também as dívidas relacionadas à educação. Nesse caso, prefira negociar com a instituição
a usar o cheque especial para pagar mensalidades de faculdade ou escolares atrasadas. Os
juros desse tipo de crédito concedido por bancos são muito superiores aos cobrados por
instituições de ensino em caso de atraso no pagamento, destaca Thiago Ramos, gerente da
Serasa.

Em outubro de 2022, a taxa do cheque especial alcançou uma média de 132,5% ao ano,
segundo dados do Banco Central. O crédito pessoal tem uma taxa menor, de 83,5%, assim
como o consignado, de 27,6% ao ano.

Palavras de ordem: negociação de valor e prazo

Antes de pagar qualquer dívida, a tarefa mais importante é negociar o valor devido, assim
como a quantidade de parcelas. Bancos e outras instituições financeiras tendem a reduzir os
montantes a serem pagos com o intuito de receber algum recurso que, de certa forma, já era
considerado perdido.

Thiago Ramos, gerente da Serasa, aponta que, passada essa etapa, o endividado deve
considerar o número de parcelas negociadas para a quitação do valor. A quantia a ser paga a
cada mês precisa caber no orçamento, levando em conta as demais contas do dia a dia, como
as essenciais (água, luz, moradia), para que a negociação assumida seja viável.

Ele afirma que, eventualmente, deixar de pagar uma dessas contas básicas por um mês pode
ser mais adequado do que atrasar uma parcela de dívida com juros elevados, como os
cobrados por instituições financeiras.

E, se houver alguma possibilidade, vale propor o pagamento da dívida em uma única parcela.
Para isso, há a opção até da contratação de um empréstimo com juros mais baixos, que
inclusive pode ser suficiente para quitar o valor devido.

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Cartão de crédito

Uma ação a ser evitada é o uso do rotativo do cartão, que corresponde a um crédito oferecido
ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura até o vencimento. Em outubro,
a taxa média desse tipo de financiamento atingiu 196,9% ao ano.

“Partir para uma negociação também é melhor do que pagar o valor mínimo exigido [que só
posterga a dívida para o mês seguinte], mesmo que isso signifique o congelamento do limite
do crédito do cartão. A medida é melhor do que começar a pagar juros, já que, em dois meses,
a fatura pode até dobrar de tamanho", afirma o gerente da Serasa.

Parar de usar o cartão pode ser uma ação necessária para evitar gastos acima da renda ou do
orçamento já abarrotado de dívidas. "Se o consumidor guardar o cartão, a fatura do mês
seguinte vai ser zero", ressalta Eduardo Dellavolpi Ribeiro, planejador financeiro com
certificação CFP e consultor CVM.

Cheque especial

A orientação é que a pessoa endividada também deixe de usar o chamado "cheque especial",
um tipo disponível em conta para o cliente recorrer sempre que precisar. Nesse caso, não é
necessário que o correntista vá ao banco assinar um contrato de empréstimo a cada
necessidade de uso do cheque especial.

Então, nada de utilizar recursos extras concedidos pelas instituições financeiras e o chamado
"limite" disponível no cartão de crédito como "extensão do salário", alerta Ramos.

Atendimento no Procon-SP

Por meio do Procon-SP, o consumidor endividado consegue orientação para organizar sua vida
financeira e planejar os pagamentos de dívidas, além de obter ajuda para renegociar valores
com os credores.

O chamado Programa de Apoio ao Superendividado (PAS) é um trabalho conjunto do Núcleo


de Tratamento do Superendividamento da Fundação Procon-SP e do Centro Judiciário de
Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
(TJSP).

O público-alvo são pessoas físicas com qualquer renda familiar.

E na Serasa, o consumidor pode consultar o CPF e verificar se existem dívidas em seu nome,
por meio do uso de seus dados financeiros e documentos.

Além disso, há o serviço de negociação de dívidas que pode ser feito nos Correios, em uma
parceria com a Serasa. O consumidor interessado pode ir a uma das agências com seu CPF e
um documento oficial com foto e solicitar atendimento para o Serasa Limpa Nome.

Lá mesmo, é possível consultar as dívidas, fechar acordo, se for o caso, e receber o boleto para
pagamento. De acordo com a Serasa, a baixa da dívida por ocorrer em até cinco dias.

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Dívidas, não mais!

Nesse caminho de combate ao endividamento, há também a "proibição" de adquirir novas


dívidas antes que se tenha o controle do que foi planejado e se tudo está correndo como
previsto.

É sempre importante não ultrapassar o patamar de dívidas considerado adequado para a vida
financeira. "O endividamento saudável é o que não compromete mais que 30% da renda", diz
Carvalho.

O objetivo é gerar um grau de segurança para que a parcela da renda destinada a dívidas não
afete a receita mensal a ponto de impedir o pagamento de consumo e serviços básicos e de
levar à inadimplência.

13º salário

Para ter mais fôlego diante das dívidas, o 13º salário vem a calhar. A venda das férias também
pode ser um recurso pontual para contribuir para a quitação do saldo devedor. Caso o
endividado não tenha direito a esse período de forma remunerada, deve pensar em adiar a
saída para o período de descanso para evitar gastos em eventual viagem ou com atividades de
lazer não rotineiras.

Na avaliação de Dellavolpi, a gestão da dívida esbarra muitas vezes no medo que as pessoas
têm de saber quanto realmente estão devendo. Com isso, a bola de neve só aumenta, e há
uma maior dificuldade para o saneamento das contas.

Em casos muito complexos, de alto endividamento e um número elevado de contas em atraso,


o planejador financeiro sugere a suspensão dos pagamentos por um período para que tudo o
que se tem a quitar seja colocado em ordem de prioridade.

A partir de então, é possível enxergar melhor a capacidade de pagamento mensal, negociar


com os credores com mais tempo e, aí sim, retomar os pagamentos.

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CONFIRA 8 ERROS DE
FINANÇAS PESSOAIS QUE
DEVEM SER EVITADOS
EM 2023 (E SEMPRE!)
A dificuldade em organizar as finanças está presente no nosso dia a dia, e se planejar nessa
área demanda tempo e organização. Sem isso, cometer erros financeiros acaba se tornando
algo comum.

Para evitar repetir falhas cometidas em 2022 no ano que vem, veja dicas de especialistas para
pular a fogueira nessa área e saber cuidar melhor do dinheiro.

1 - Desorganização financeira é passado!

A primeira orientação é exatamente a organização das finanças. Não deixe sua vida financeira
ficar bagunçada. No mínimo, você tem que saber exatamente quanto ganha e quanto gasta,
destaca Thiago Ramos, gerente da Serasa.

O orçamento tem que ser bem-feito, com "entrada e saída" de recursos, afirma também
Eduardo Dellavolpi, planejador financeiro CFP e consultor CVM.

Segundo pesquisa da Serasa realizada em março de 2022, 63% dos entrevistados revelaram já
ter tido algum impacto psicológico relacionado à saúde financeira. Entre os efeitos, foram
citadas a dificuldade para dormir, tristeza, ansiedade e vergonha de falar sobre endividamento
e inadimplência.

2 - Não faça dívidas por outros

Nunca "empreste" seu nome para que parentes, amigos ou outros façam dívidas. Se eles
deixarem de pagar as parcelas do financiamento, você é quem será responsabilizado.

Na prática, isso quer dizer que é o seu nome que entra em cadastros de inadimplência, o que
piora as chances de conseguir empréstimos ou um limite maior no cartão de crédito, por
exemplo.

O problema também dificulta a negociação por condições melhores em dívidas que você já
tenha, aponta Ramos.

Esse tipo de situação ocorre bastante com militares, aposentados e funcionários públicos, que
têm direito, por exemplo, ao crédito consignado.

A modalidade tem juros mais baixos e liberação menos burocrática, porque o débito do
empréstimo é feito em folha de pagamento, ou seja, antes de o salário ser depositado na conta
do aposentado ou empregado.

3- Compra por impulso, jamais!

A lição é ouvida constantemente, mas nem sempre aprendida. A compra por impulso
pressupõe que não houve pesquisa de preço para a aquisição de um determinado item, nem
um cálculo inicial para verificar se o valor cabia no orçamento.

Na linha do "eu mereço", a compra acaba acontecendo, afirma o gerente do Serasa. Mas antes
disso, o que o consumidor deveria se perguntar é: "eu preciso realmente desse produto?”.

Ramos chama especial atenção às idas a shoppings e a procura de preços baixos em datas
promocionais, como a Black Friday.

Dellavolpi destaca que as compras passaram a ser vistas como ato de lazer, o que deve ser
evitado. Navegar o tempo todo em aplicativos de varejo também não pode ser visto como uma
atitude positiva para a saúde financeira.

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4 - A viagem dos sonhos tem que ser programada!

Pensar na viagem dos sonhos ou naquelas tão imaginadas férias é crucial para as contas não
embolarem já na ida. Imagine como pode ser a volta nesse caso?

Pesquise o preço das passagens aéreas em diversas companhias, agências de viagem e


aplicativos do segmento. O mesmo deve ser feito com hospedagem, seja hotel, pousada ou
apartamentos e casas reservados por meio da internet.

Dilua os gastos previamente identificados ao longo dos meses que faltam para a viagem,
orienta Ramos.

O mesmo deve ser feito quando o objetivo é a compra de um carro ou de qualquer outro bem
de maior custo, com planejamento do montante a ser gasto até a data final.

Ter uma meta que exija quantidade relevante de recursos pode ajudar a se evitar alguns dos
erros financeiros, como a compra por impulso ou a falta de organização das finanças.
"Naturalmente, você vai priorizando a meta", destaca o gerente do Serasa.

5- Atenção às fraudes financeiras (de todos os tipos)

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As fraudes financeiras que prejudicam a população brasileira são inúmeras.

Algumas são voltadas especificamente para os endividados. Em uma delas, por exemplo, um
boleto é enviado com a informação de que, se pago, o nome da pessoa é retirado da lista
"suja" do Serasa.

Outro tipo apela para o chamado "score". Os golpistas prometem melhorar a nota de crédito
do consumidor – ou seja, aumentar as chances de ele conseguir empréstimos mais baratos –
em troca do pagamento de um boleto.

É importante também sempre conferir o nome do destinatário do valor a ser pago por meio de
boletos, alerta o gerente do Serasa.

"Desconfie de preços baixos demais, disponíveis na internet. Evite acessar aplicativos e fazer
pagamentos em redes públicas," complementa Ramos.

A atenção ao que chega por email, whatsapp e mensagem no celular deve ser redobrada.
Nunca acesse links que chegam por esses meios. Além disso, não forneça dados pessoais
aleatoriamente.

E não dá para esquecer também dos golpes que ocorrem no mundo físico, com a retirada do
cartão de crédito para "investigação" de "suposta" fraude.

6 - Tenha apenas um cartão e, se possível, escolha um sem anuidade

Diminua o risco de se embolar em dívidas comprando com diferentes cartões de crédito ao


mesmo tempo. A dica do gerente da Serasa é ter apenas um cartão, de preferência sem
anuidade, para que o custo de manutenção dessa ferramenta de pagamento seja o menor
possível.

O erro mais cometido nesse caso é o consumidor se perder nas despesas e perceber que não
vai conseguir pagar o valor total da fatura dos cartões.

Se apenas uma parte da conta for paga, a dívida restante cresce muito rapidamente, porque os
juros dos cartões de crédito são muito altos.

Uma dívida de R$ 1.000, por exemplo, pode aumentar R$ 135 de um mês para o outro,
considerando a taxa média de juros cobrada nos cartões de crédito, segundo dados do Banco
Central.

Não pagar juros no chamado rotativo do cartão é um erro grave a ser combatido, segundo o
consultor Dellavolpi.

Outro risco é deixar de pagar uma fatura para quitar outra. "Provavelmente, no mês seguinte, a
pessoa não vai conseguir pagar essa fatura [que ficou em aberto]", alerta Ramos.

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7 - O produto oferecido pelo banco vale mesmo a pena? Cuidado!

É preciso entender melhor cada um dos produtos oferecidos pelos bancos aos correntistas – e
isso vale tanto para investimentos quanto para empréstimos.

"É um erro investir em um fundo de renda variável só porque o gerente falou que é bom. Tem
que tentar entender o que estão oferecendo", assinala Dellavolpi.

Nem sempre o oferecido é o mais adequado ao perfil do consumidor.

Quem precisa de crédito, por exemplo, precisa estar atento às condições e, principalmente, ao
custo do financiamento.

Antes de contratar qualquer produto, fique atento ao Custo Efetivo Total (CET). Ele mostra
quanto o empréstimo vai custar de verdade, pois inclui juros, tarifas, impostos e outras
cobranças que ficarão a cargo do cliente.

A divulgação do CET é obrigatória, e ele é uma ferramenta que facilita a comparação entre os
produtos oferecidos por diferentes instituições financeiras. Quanto maior o CET, mais caro será
o financiamento.

Quem quer investir também precisa ficar atento.

Se você está construindo uma reserva financeira ou vai aplicar com foco em uma necessidade
quase imediata, por exemplo, não deve contratar produtos com um intervalo longo entre o
pedido de resgate dos recursos e a data em que eles serão depositados em conta.

Resgatar um CDB antes do prazo, por exemplo, pode levar o investidor a sair com um valor
inferior ao desejado, assim como ocorre com fundos de investimento e até mesmo títulos
públicos.

8 – Dívidas novas? Só depois de pagar as velhas!

É importante ter como regra evitar assumir novas dívidas enquanto ainda estiver terminando
de pagar as antigas.

Isso porque uma compra parcelada em 12 meses, por exemplo, compromete o orçamento por
todo esse período.

Se o consumidor consegue separar R$ 1.000 por mês para gastar como quiser, mas ainda
precisa pagar R$ 300 em parcelas de compras anteriores, na prática, deve agir como se tivesse
apenas
R$ 700 para gastar.

Por isso, a orientação é diminuir as contas parceladas no cartão de crédito. A ideia é que você
conte com os recursos que ganha mensalmente para seus gastos no período. O crédito dado
nessa forma de pagamento, por parcelas, não pode ser entendido como parte da renda, alerta
Dellavolpi.

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7 PASSOS PARA
COMEÇAR A INVESTIR
EM 2023
As dívidas não são mais uma bola de neve e a vida financeira está sob controle? Então esse
pode ser um bom momento para tomar a decisão de começar a investir, embora nem sempre
os primeiros passos estejam muito claros para os iniciantes.

Há sempre dúvidas sobre o que é melhor fazer primeiro, qual o valor ideal para aportar
mensalmente e onde deixar o dinheiro aplicado.

A boa notícia é que poupar pode ser menos complicado do que parece e, quando se torna um
hábito, garante a conquista de diferentes objetivos financeiros.

E nada como um começo de ano para aprender mais sobre investimentos e ver como eles
podem viabilizar aquela viagem dos sonhos, uma aposentadoria ou a compra da casa própria.

Para dar aquele “empurrão”, confira sete dicas para virar de vez um investidor em 2023.

1) Orçamento sob controle

Não adianta querer saber qual a melhor ação para investir ou se é um bom momento para
comprar criptoativos se você ainda não tem o controle sobre o que ganha e o quanto gasta.

Sabendo para onde vai a renda mensal, fica mais fácil traçar um plano de investimento.

"Se a pessoa não souber para onde está indo o dinheiro, vai ficar difícil saber o que dá para
cortar ou quais gastos podem ser limitados", diz Letícia Camargo, planejadora financeira com
certificação CFP.

2) Trate o investimento como prioridade

Também é preciso estabelecer um valor mensal para investir. Deixar para poupar só o que
"sobra" do salário costuma ser uma medida ineficaz, então o ideal é fazer a aplicação de um
montante predefinido assim que a renda mensal estiver disponível em conta. Imagine que é
uma prestação que você tenha com você mesmo e que precisa pagá-la todos os meses.

E para construir esse hábito de poupar, uma das ferramentas é utilizar as aplicações
automáticas disponibilizadas por algumas instituições financeiras e plataformas de
investimento, em que o valor estipulado é destinado diretamente à aplicação escolhida – e
várias possuem opções de valores mínimos acessíveis, como R$ 100 ou R$ 200.

3) A escolha do primeiro investimento

O mundo dos investimentos é vasto, mas quem ainda está dando os primeiros passos precisa
se concentrar em formar uma reserva de emergência, que é aquele dinheiro que irá ajudar a
lidar com imprevistos.

Para a reserva de emergência, o que deve ser priorizado são as aplicações consideradas de
menor risco e com liquidez, ou seja, em que o dinheiro pode ser acessado facilmente e sem
risco - afinal, e se surgir um imprevisto?

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Camargo recomenda que esse dinheiro da reserva fique aplicado em CDBs que paguem ao
menos 100% do CDI, no Tesouro Selic ou em fundos DI com taxa zero de administração.

"Para a reserva de emergência, não adianta querer ganhar a maior rentabilidade. O importante
a ter liquidez e segurança", diz.

4) Quanto poupar para a reserva de emergência?

A reserva de emergência é importante para lidar com imprevistos, como a perda repentina do
emprego. Dessa forma, a pessoa terá recursos suficientes para se bancar até a realocação.

Essa reserva financeira deve ser feita com base nos gastos médios mensais. Um valor que
cubra entre seis e 12 meses dessas despesas é o mais recomendado.

Uma pessoa que é funcionária pública ou com poucas obrigações financeiras, como um jovem
que mora com os pais, pode pensar em uma reserva mais próxima dos seis meses, segundo
Camargo.

Já aqueles que possuem um financiamento ou pagam escola para os filhos precisam de uma
reserva de emergência mais robusta, já que são gastos mais difíceis de serem cortados de uma
hora para outra.

5) O que considerar para traçar objetivos para o curto, o médio e o longo prazo?

Feita a reserva de emergência, que não será construída de um mês para outro, o investidor
pode começar a procurar aplicações mais condizentes com os seus objetivos financeiros.

Esses objetivos podem ser de curto prazo, médio e longo prazo.

A construção da reserva financeira deve ser o primeiro objetivo de curto prazo. Nele cabem
também uma poupança para realizar desejos mais ligados ao consumo, como uma viagem ou o
pagamento de um curso.

Para o médio prazo, considere aquelas metas para realizar em dois, três ou quatro anos, como
comprar um carro.

Já o objetivo de longo prazo é aquele que vai concentrar as atenções e os cuidados pela
próxima década, como uma previdência já pensando na aposentadoria.

20
6) Troca inteligente

Uma das dificuldades para criar o hábito de investir é precisar abrir mão do que se está
acostumado a fazer para ter os recursos necessários para destinar para os aportes
mensais.

Para não cair em tentação, é importante ter claros os objetivos e sempre pensar neles
quando precisar renunciar a algo de consumo imediato. A dica é encarar como uma troca, e
não como se estivesse "perdendo" um momento de diversão, por exemplo.

7) Tenha paciência

Assim como a reserva financeira não será construída da noite para o dia, o investidor não
verá o montante investido crescer de forma significativa em apenas um ou dois anos.

Camargo afirma que a ansiedade e a pressa do investidor iniciante fazem com que muitas
vezes ele tome decisões equivocadas, como buscar opções de maior risco (de olho em
retornos mais gordos) mesmo antes de ter uma reserva de emergência.

"Tem investidor que fica ansioso em ver resultado e toma mais risco do que deveria.
Investir é paciência", assinala a planejadora.

21
QUAIS FORAM OS
PIORES INVESTIMENTOS
DE 2022 E COMO
NÃO ERRAR EM 2023
O ano acabou e é hora de fazer o balanço para ver o que deu certo ou errado na escolha dos
investimentos da carteira. E é claro que a intenção do investidor é escolher recorrentemente
uma aplicação para ganhar dinheiro, mas nem sempre a aposta é certeira e erros de avaliação
fazem com que o resultado possa ficar (bem) aquém do esperado. O ano de 2022 teve
escolhas equivocadas para todos os lados: criptoativos, renda fixa, renda variável e ativos
internacionais.

Essas perdas, de forma direta ou indireta, estão ligadas ao ciclo de aperto monetário que
ocorreu no Brasil e ainda está em curso nas principais economias.

"Foi um ano difícil de forma geral. A Bolsa americana teve a maior queda em muitos anos. No
Brasil, os juros mais altos e persistentes também penalizaram empresas que não estavam
entregando boa lucratividade", avalia Luan Alves, analista-chefe da VG Research.

Confira o que mais corroeu a carteira do investidor em 2022 e o que é possível fazer para
não repetir esses erros ao longo de 2023.

Criptoativos em baixa

Quem tem Bitcoin viu o patrimônio cair mais de 60% em reais no ano. Caminho semelhante
tiveram outros ativos digitais.

"Entre os ativos que acompanhamos, o mundo de criptoativos foi algo que definitivamente deu
muito errado em 2022. Esse é um tipo de ativo que atingiu grande alcance em 2021 após uma
valorização explosiva. Mas a verdade é que muita gente entrou com a festa acabando", diz
Alves, da VG.

E por que a festa acabou (ao menos por enquanto)? Os criptoativos não estão imunes ao que
acontece ao resto do mundo.

O aumento de juros nas principais economias e o temor de uma recessão levaram a uma
aversão maior a ativos de risco. Somam-se a isso problemas na FTX, uma das maiores
corretoras desse mercado, que também afetou a credibilidade dessa indústria.

Bolsas internacionais x alta dos juros

A vida também ficou difícil para quem tem parte de seu portfólio em ações americanas. O
índice Nasdaq, tido como um termômetro de desempenho de empresas de tecnologia,
acumulou queda de 33% em 2022 e o S&P 500, referência de desempenho das principais
empresas do mercado de ações americano, recuou cerca de 19% no mesmo período.

A inflação e um ciclo de aperto monetário, vulgo, mais juros, promovido pelo Federal Reserve
(Fed, o banco central americano) justificam essa derrocada.

"Os fundos de ações internacionais estão caindo muito. Só o S&P tem uma queda de 20% no
ano. Os ativos de risco de forma geral cederam muito refletindo o aumento dos juros", diz
Fernando Araújo, gestor da FCL Capital.

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BDRs: o peso das techs

Na esteira das bolsas americanas, os BDRs (recibos de ações negociados na B3) também
tiveram um ano de perdas expressivas.

O BDRX, que é o índice que concentra os recibos mais negociados na B3, acumulou uma queda
de 28%, a primeira desde 2016, puxada, principalmente, pelas empresas de tecnologia, como
Apple e Alphabet, controladora do Google, que acumulam desvalorizações de 33% e 42%,
respectivamente. Esse é um setor mais sensível a cenários de alta de juros (sim, esse foi o tema
de 2022).

As empresas de tecnologia têm, em geral, maior necessidade de investimento e trabalham mais


alavancadas, ou seja, com maior nível de dívida em relação à geração de caixa. Com juros mais
altos, essas companhias tendem a entregar resultados piores.

Ações no Brasil

Na comparação com os pares internacionais, a Bolsa brasileira até que não fez feio em 2022,
com o Ibovespa subindo 4,7% no ano. Esse desempenho, contudo, não foi o mesmo para todas
as ações.

"Temos muitos setores com rentabilidade negativa no ano, como varejo, as aéreas e o setor
imobiliário. São empresas que performam pior com juros altos. No caso da construção civil, o
juro alto pressiona margem. No varejo, inibe vendas", explica Thiago Celestine, economista e
sócio da Dom Investimentos, escritório de assessoria de investimento.

As ações do Magazine Luiza, por exemplo, acumularam queda de praticamente 60% em 2022.
O efeito no Ibovespa dessa baixa, e de outros papéis em situação similar, foi limitado pela
trajetória de ações com ganhos no ano e que possuem peso relevante na composição do
índice, como é o caso da Vale, que acumulou alta de 14%.

Títulos com retornos Prefixados

Os juros mais altos favorecem os investimentos em renda fixa, mas isso não quer dizer que
todos os papéis dessa classe de ativos passaram ilesos por 2022.

A taxa Selic começou a subir em março de 2021, quando estava em 2% ao ano, e chegou a
13,75% em agosto de 2022, devendo ficar nesse patamar até meados de 2023.

Isso não quer dizer, no entanto, que quem tinha aplicação de renda fixa na carteira não sofreu
perdas.

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"Os prefixados muito longos foram penalizados quando a curva de juros começou a abrir, ou
seja, indicar a alta", explica Celestine, da Dom.

Quem tinha papéis longos na carteira, como o Tesouro Prefixado com juros semestrais e
vencimento em 2033, viu o preço desses títulos caírem ao longo de 2022, com a intensificação
do aperto monetário.

Para se ter uma ideia, em fevereiro, a taxa de compra do papel era de 11,66%, chegou a 13,70%
em julho e está terminando o ano um pouco mais baixa, mas ainda no patamar de 13% ao ano.
Vale lembrar que, quando as taxas aumentam, os preços dos papéis caem.

Como evitar os erros de 2022 em 2023?

Ter investido em algum desses mercados ao longo de 2022 não significa ter cometido algum
erro, mas é preciso estar atento às mudanças do cenário para compreender se as suas
aplicações seguem com fundamentos para o longo prazo ou se sofreram algum tipo de
ruptura.

O aperto monetário (a alta dos juros) justifica boa parte do desempenho dos investimentos que
decepcionaram em 2022. E embora o investidor não tenha poder de influenciar nas decisões
de bancos centrais, saber como as mudanças podem afetar os ativos em sua carteira pode
minimizar o risco de vê-los na lista de piores investimentos do ano.

Na hora de comprar uma ação ou qualquer outro ativo, é importante levar em conta não só os
fundamentos da empresa, mas também o efeito do cenário macroeconômico. E se esse cenário
muda, a tese de investimento pode ser revista.

O investidor também deve tomar cuidado com ativos que subiram muito no horizonte recente,
apostando que o ganho será certeiro no futuro. Foi esse erro de avaliação que levou muita
gente a perder dinheiro com criptoativos em 2022, por exemplo.

"É preciso suspeitar de um ativo que está com muita ‘espuma’, ou seja, subindo muito rápido
em um determinado período", aconselha Araújo, da FCL Capital.

E a diversificação da carteira também ajuda o investidor a blindar o seu patrimônio. Mesmo que
um ativo tenha um desempenho muito ruim, a carteira estará parcialmente protegida se o
investidor tiver feito uma diversificação entre ativos e classes dentro do seu perfil de risco e
objetivo.

Estar atento ao perfil de risco é importante para não acrescentar na carteira ativos que possam
deixar o investidor mais exposto ao risco, como uma fatia grande do patrimônio em BDRs,
cujos preços são influenciados também pela variação cambial.

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