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AJUDÂNCIA-GERAL
SEPARATA
DO
BGPM
Nº 12
Seção de
Educação a
Distância
( - Separata do BGPM Nº 12, de 11 de Fevereiro de 2020 - ) Página: ( - 3 - )
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Autores:
Agnaldo de Souza Schuab, Maj PM
Rafael Diego Soares Silva, 2º Sgt PM
Professora Isabel Cristina Paiva M. Nazareth, Pedagoga da APM
Professora Resângela Pinheiro de Sousa, Pedagoga da APM
Organização:
Professora Isabel Cristina Paiva M. Nazareth
Professora Resângela Pinheiro de Sousa
Produção Gráfica:
Gráfica da Polícia Militar de Minas Gerais
Сара:
Rafael Diego Soares Silva, 2º Sgt PM
Revisão de Texto:
Emanuele Garbero Lins Reis, 2º Sgt PM
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SUMÁRIO
4.1 Personagem...................................................................................................... 22
4.4 Anexos............................................................................................................. 24
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 27
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ATENÇÃO!!!
Para o planejamento e a implementação de cursos e treinamentos, a legislação e
as normas da Educação de Polícia Militar devem ser consultadas.
Ao se pensar em um curso ou treinamento, alguns itens devem ser verificados e, para tanto,
algumas indagações devem ser feitas.
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Ver a Instrução de Educação de Polícia Militar Nº 007/2019 - Regula sobre os documentos de ensino no âmbito da
Educação de Polícia Militar (EPM).
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Decidindo-se o tipo de atividade, a próxima etapa é pensar para quem e para que será essa
atividade.
Este item é de suma importância para o planejamento, pois subsidia tanto a escolha de
conteúdos, quanto o seu nível de abordagem, a partir das necessidades levantadas.
As perguntas norteadoras são: Quem são os profissionais que irão participar? Qual é a
formação que possuem? Onde trabalham ou irão trabalhar? Já possuem algum conhecimento
prévio do assunto?
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Segundo a Wikipédia “A taxonomia dos objetivos educacionais, também popularizada como taxonomia de
Bloom, é uma estrutura de organização hierárquica de objetivos educacionais. Foi resultado do trabalho de uma
comissão multidisciplinar de especialistas de várias universidades dos Estados Unidos, liderada por Benjamin S.
Bloom, no ano de 1956. A classificação proposta por Bloom dividiu as possibilidades de aprendizagem em três
grandes domínios: cognitivo, afetivo e psicomotor.”
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Tais domínios tem relação direta com os conjuntos de competências previstos no artigo 3º das DEPM: “I -
Competências Cognitivas (conhecimentos): requerem o desenvolvimento do pensamento por meio da investigação e
da organização do conhecimento; habilitam o discente a pensar de forma crítica e criativa, a posicionar-se, a
comunicar-se e estar consciente de suas ações; II - Competências Operativas (habilidades): preveem a aplicação do
conhecimento teórico em uma prática responsável, refletida e consciente; e III - Competências Atitudinais (valores,
atitudes e normas).” (MINAS GERAIS, 2018).
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Ao declarar os objetivos, o verbo selecionado deverá considerar o que o discente “será capaz
de”. Para ajudar na definição de alguns verbos, o Quadro 1 apresenta os verbos associados às
diferentes categorias.
Categoria Verbos
Conhecimento definir, escrever, selecionar, sublinhar, selecionar, relembrar, declarar, listar, reconhecer,
reproduzir, nomear, rotular, medir
Compreensão identificar, ilustrar, explicar, justificar, representar, julgar, selecionar, nomear, constatar,
indicar, formular, classificar
Aplicação predizer, escolher, encontrar, construir, selecionar, mostrar, computar, avaliar, demonstrar,
usar, explicar, desempenhar
Análise analisar, selecionar, justificar, identificar, separar, resolver, concluir, comparar, separar,
diferenciar, contrastar, criticar
Síntese combinar, arguir, selecionar, repetir, discutir, relacionar, sumarizar, organizar, generalizar,
sintetizar, derivar, concluir
Avaliação julgar, suportar, identificar, avaliar, defender, evitar, determinar, atacar, selecionar,
reconhecer, criticar, escolher
Fonte: Adaptado do texto Taxonomia de Bloom.
Ex: “O curso X tem como objetivo capacitar o profissional a atuar em/nas ________, de
forma correta e padronizada, cumprindo e fazendo cumprir a lei”.
As orientações metodológicas dizem respeito à escolha dos meios ou métodos que farão parte
do curso/treinamento virtual, considerando as peculiaridades que envolvem o ensino a
distância. O foco é o discente e as formas de interação com o conteúdo no ambiente EaD, as
metodologias ativas e os materiais didáticos poderão suprir a necessidade de exposição do
conteúdo.
O ensino deve envolver interatividade entre discentes e professores, entre os discentes, e entre
estes e os materiais de aprendizagem. A interatividade deve ser estimulada e aumentada por
meio das estratégias de ensino que serão selecionadas.
Para a seleção das estratégias de ensino, algumas questões devem ser respondidas:
Que situações de aprendizagem devo organizar no AVA para que sejam atingidos os objetivos
delineados?
Qual o formato dos materiais didáticos (apostila, Caderno, CD, vídeos, áudios)? Todos os
discentes poderão ter acesso ao meio selecionado?
Para isso, vamos entender essas modalidades de avaliação, conforme está estabelecido nas
Diretrizes da Educação de Polícia Militar (DEPM)5:
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Aprovadas por meio da Resolução nº 4739, de 26 de outubro de 2018.
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Por que avaliar? Trata-se da verificação do alcance dos objetivos e compreende verificar se:
O que avaliar?
Como avaliar:
Quando avaliar?
O conteúdo programático deverá atender aos propósitos dos objetivos geral e específicos,
apresentar coerência com o tempo disponível da carga horária do componente curricular,
organizada em unidades e subunidades.
Além da IEPM nº 001/2019, outras normas afetas a esse assunto devem ser consultadas:
Para a construção do material didático impresso e virtual, as unidades didáticas que compõem
o conteúdo programático do curso/treinamento e ou componente curricular deverão ser
organizadas em módulos, agrupados por assuntos que sejam inter-relacionados, não
necessitando, porém, que sejam do mesmo tamanho.
Os módulos devem ser criados de forma apartada, ou seja, independente, pois assim poderão
compor outro curso/treinamento, quando demandados.
O importante é que todo o conteúdo referente a cada módulo seja tratado nele!!!
A partir do tema principal, (ou de um componente curricular) o conteúdo deve ser organizado
em módulos e, posteriormente, em unidades. As unidades, subunidades e tópicos devem ser
colocados em ordem lógica, do menos complexo para o mais complexo. Deve ser definido,
ainda, como os conteúdos serão abordados, ou seja, o escopo de cada módulo ou unidade.
a) abertura contendo orientações sobre como será o estudo, ou seja, uma introdução que
apresente:
- as competências que os discentes terão de desenvolver, descritas em forma de objetivos
de aprendizagem (conforme programa do componente curricular ou plano de aula);
- as orientações para o estudo;
- a indicação do que será alvo de revisão;
- os equipamentos ou meios que serão necessários ao estudo;
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Deve-se, ainda, procurar utilizar diferentes mídias, por meio de sua integração, o que enriquece
o aprendizado, por meio da interação dos diversos atores envolvidos.
O material didático impresso/digital para o discente que está distante fisicamente deve ser
interativo, conectando o tutor e o discente por meio do texto, dos recursos didáticos e das
mídias.
Para iniciar a estruturação do conteúdo, por meio do texto, a primeira etapa é a realização de
uma pesquisa acerca do conteúdo a ser produzido e organizado em formato de texto. É
importante, nessa fase de seleção do conteúdo, levar em consideração os elementos visuais
(figuras, imagens, gráficos, tabelas), os elementos audiovisuais (filmes, vídeos, palestras), os
elementos da internet (hiperlink, artigos, textos, dados, informações jornalísticas) que poderão
compor o material e complementar a capacitação do discente.
Segundo Piva Jr., et al. (2009, p. 8), a produção de um texto pode ter melhores resultados se
observados alguns pontos principais:
d) transformar palavras abstratas em verbos, pois isso reduz a carga cognitiva necessária
para interpretação das frases/textos;
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e) ativar o conhecimento prévio do discente; ele deve ser utilizado a seu favor, melhorando
a retenção de conteúdo para tornar a leitura mais agradável;
f) sempre que puder, inclua exemplos para estabelecer comparações entre diferentes
situações ou abordagens.
Ao elaborar materiais didáticos, você deve ter em mente a necessidade de dar ao texto
características estilísticas que facilitem a compreensão do discente.
Para tornar o material didático mais rico e atraente, existem alguns aspectos que podem ser
utilizados. A Unidade 3 trata sobre os aspectos visuais que podem ser utilizados como recursos
didáticos nesse material: os elementos gráficos.
O material didático para cursos, treinamentos ou disciplinas virtuais deve contar com
instrumentos que enriqueçam o processo de aprendizagem. Nesse contexto, faz-se necessário
discorrer brevemente sobre a importância dos elementos gráficos, que podem ser usados
como recursos didáticos na construção dos conteúdos.
Eles podem ser fotos, imagens, desenhos, símbolos, mapas, ícones, gráficos, tabelas,
modelos, entre outros para que o aprendizado seja mais agradável e significativo para o
discente.
d) ser autoexplicativo.
Ressalta-se que as imagens devem, sempre que possível, aproximar-se do contexto policial-
militar, sendo familiares e compreensíveis aos discentes. Não se deve esquecer de que a
autoria de qualquer imagem deve ser preservada e explicitada de acordo com as normas da
ABNT.
3.2.1 Figuras
São desenhos que retratam situações, objetos ou pessoas. Ao utilizarmos uma figura, devemos
optar pelas mais simples, sem muitos detalhes.
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3.2.2 Fotografias
São uma cópia exata da realidade. Devem retratar, preferencialmente, situações cotidianas e
familiares aos discentes.
3.2.3 Mapas
O mapa é uma descrição gráfica de uma realidade geográfica em menor escala. Sua
elaboração requer certo nível de conhecimento e compreensão, mas é de grande auxílio na
representação de lugares e distâncias e traz informações diversas sobre limites geográficos e
políticos (LAASER, 1987).
São comparações gráficas de dados. Eles possibilitam a visualização de dados e números por
meio das linhas. Esses recursos nos ajudam a interpretar e comparar fatos.
São sinais gráficos que representam ou caracterizam um objeto, uma ideia ou um processo e
são muito usados pelos designers para otimizar a comunicação do discente em um sistema
web. Ícone é um signo que detém uma relação de proximidade palpável ou emotiva para
representar um objeto. Dessa forma, o ícone não é o objeto, ele é algo próximo do objeto, seja
por forma emotiva ou palpável. Tomemos como exemplo o ícone a seguir.
Este ícone sem texto pode significar uma agenda, um caderno, um livro. Ele lembra algo que
precisa ser lido, mas precisa de um texto para definir melhor do que se trata. Por isso, deve
haver uma descrição do que ele significa exatamente (livro, manual, caderno doutrinário, entre
outros).
Ele pode vir ou não seguido do termo “HOME”, pois o discente já saberá a que se refere, visto
que já se tornou senso comum.
Para tornar a aula mais interativa e interessante, existem alguns recursos que podem ser
utilizados no e-book e pensados pela equipe de design instrucional (composta por designer,
pedagogos e programadores). O e-book, de origem inglesa (electronic book), significa “livro
eletrônico”. É uma forma de publicação e pode ter formatos variados (.pdf, .epub, .doc, .odt, .txt
etc).
Diversos programas podem “ler” esse livro no computador, no tablet e no celular. Existem
alguns dispositivos específicos como o Kindle e o Kobo (eReaders), que é a abreviação de
electronic readers, ou seja, leitores eletrônicos. Vamos ver alguns exemplos desses recursos.
4.1 Personagem
O indicado é que o personagem seja representativo da PMMG e que não sejam utilizados
personagens referentes a outras corporações ou organizações, civis ou militares, salvo se for o
objeto de aprendizagem.
A expansão de texto é um meio que permite reduzir a quantidade de recursos na tela para
organizar o conteúdo por níveis hierárquicos diferentes. Ao clicar sobre um ícone ou box, o
discente tem a oportunidade de expandir o texto, que pode abarcar dicas, conceitos e
definições.
Os arquivos multimídia são aqueles inseridos para enriquecer o texto. Podem ser vídeos,
áudios e fotos. Um texto deve direcionar o discente para os arquivos. A Figura 4 mostra um
exemplo.
4.4 Anexos
Os anexos são arquivos referentes às leis, termos, modelos de documentos, manuais, dentre
outros, com o objetivo de oportunizar uma consulta mais rápida por parte dos discentes.
Ex.: Você concluiu o Módulo I, no qual tratamos sobre o uso diferenciado da força nas
ações policiais. Para fins de fixação do conteúdo apresentado, será aplicado um
questionário para que você verifique o seu nível de assimilação do conteúdo!
Importante:
A escolha do tipo de questão a ser formulada para provas e trabalhos depende da
natureza do conteúdo, da competência a ser verificada e da carga horária disponível.
Os exercícios lúdicos, a exemplo das palavras cruzadas e caça palavras, também podem ser
utilizados. Os exercícios ligados às competências cognitivas solicitam que o discente
conceitue, defina e liste aspectos ligados às teorias e às leis, entre outros. Essas questões
podem ser do tipo “múltipla escolha”, “V ou F”.
Existem outros tipos de exercícios que podem ser utilizados: formulários para preenchimento,
elaboração de relatórios e de projetos, por exemplo.
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ATENÇÃO!!!
Para elaborar as questões de exercícios e provas, consulte a IEPM nº 008/2019 que
regula procedimentos e critérios para a elaboração, aplicação e correção dos
instrumentos de avaliação de aprendizagem e revisão de avaliação no âmbito da
Educação de Polícia Militar.
Chegamos ao fim deste Manual, que teve como objetivo apresentar alguns aspectos a serem
considerados ao se planejar um curso, disciplina ou componente curricular virtual da EPM.
Esperamos que este material tenha servido de subsídio para o seu trabalho!
O mais importante é que você tenha em mente que qualquer que seja o material a ser
elaborado, ele deve ser aquele que observe, não só os aspectos técnicos e legais, mas acima
de tudo, ele deve ser capaz de oportunizar ao público-alvo o desenvolvimento de
competências, conforme os objetivos pretendidos!
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REFERÊNCIAS
FERRAZ, Ana Paula do Carmo; BELHOT, Renato Vairo. Taxonomia de Bloom: revisão
teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos
instrucionais. Gest. Prod. [online]. 2010, vol.17,n.2, p.421-431. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2.pdf . Acesso em 12dez 2019.
PIVA JR., Dilermando; FREITAS, Ricardo Luís de; MISKULIN, Rosana Giaretta Sguerra.
Linguagem Dialógica Instrucional: A (re)construção da linguagem para cursos online. Centro
Paula Souza - Faculdade de Tecnologia Indaiatuba – FATEC-ID. PUC-Campinas. São Paulo,
Campinas, 2009
SANTOS, Carlos Eduardo Rocha dos. Perspectivas sobre o uso do design instrucional
para uma EaD inclusiva: por onde estamos caminhando. 2013. Disponível em:
http://www.matematicainclusiva.net.br/pdf/PERSPECTIVAS%20SOBRE%20O%20USO%20DO
%20DESIGN%20ISTRUCIONAL%20PARA%.pdf. Acesso em: 10 ago. 2018.
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