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NAS EMPRESAS:
UM GUIA PRÁTICO
YSMAR VIANNA MAURÍCIO VIANNA ANA BANACH ARTHUR CASTRO
IZABEL SANTOS MURILO PEDROSO JULIANA YUE ISABELLA COSTA
AGILIDADE
NAS EMPRESAS:
UM GUIA PRÁTICO
YSMAR VIANNA MAURÍCIO VIANNA ANA BANACH ARTHUR CASTRO
IZABEL SANTOS MURILO PEDROSO JULIANA YUE ISABELLA COSTA
Revisão Design
Dayane Dechiche Lis Vidal
Mianon Macedo Nascimento
Isabela Sampaio Diagramação
Ana Clara Quinhões
Cases Beatriz Santos
Carolina Soares
A44
Inclui bibliografia
Autores: Ysmar Vianna, Maurício Vianna, Ana Banach, Arthur Castro,
Isabella Costa, Izabel Santos, Juliana Yue, Murilo Pedroso.
ISBN 978-65-997518-0-6
CDD: 004.2
3
O conceito de Métodos Ágeis nasceu, originalmente, na área
de TI, e a grande maioria das empresas só começou a aplicá-lo
em outros setores há pouco tempo. Mas a MJV já se consolidou
neste sentido, após a criação de projetos para várias áreas, como
Vendas, Marketing Ágil e Jurídico Ágil, um dos nossos diferen-
ciais no mercado.
4
A Agilidade se conecta muito bem, tanto com o Design Thinking
quanto com o Data Science. Mas essa facilidade de conexão vai
muito além, sendo o Ágil um método que também se adapta e se
relaciona bem com outras áreas.
Ele também será uma boa fonte de consulta para sanar dúvidas e
orientar quanto às necessidades e dores de cada momento.
5
Todo o conteúdo foi dividido em três grandes partes:
Boa leitura!
Ysmar Vianna
6
7
8
SUMÁRIO
PARTE 1 > CONCEPÇÃO
9
PARTE 1
CONCEPÇÃO
10
MINDSET ÁGIL
É mais do que fazer, é como pensar
11
Modelos de trabalho Ágeis se tornaram, com o passar dos anos,
fundamentais nas organizações. Entretanto, devido à falta de
conhecimento e ao desejo de obter resultados imediatos, empre-
sas falham em sua implementação. Antes de qualquer ação é
preciso transformar a forma de pensar, o mindset. Esse, sim,
deve ser o primeiro passo.
12
Mas no meio desse caminho temos ideias, necessidades, novas
prioridades. E é aí que o modelo Ágil entra. Além disso, o mundo
atual precisa testar ideias antes de implementá-las. O modelo
Ágil também atende perfeitamente essa demanda.
X
CASCATA
ÁGIL
13
constantes, ou seja, a todo momento o cliente tem uma degus-
tação de como será o projeto dele. Os feedbacks, por sua vez,
ajudam o time a ser mais assertivo. A todo momento há entrega
de valor ao cliente.
OLVIMENTO
ENV
S
DE
MO
DELA M
TESTES
GE
ENTENDIMENTO IMPLEMENTAR?
M
OD
OD
OD
ELAGEM
ELAGEM
ELAGEM
TESTES
TESTES
TEST S
E
14
O maior atrativo de uma empresa são as pessoas. Na cultura
management 3.0 - que abordaremos mais adiante -, costuma-se
dizer que as pessoas “são o bem mais precioso”, afinal, são elas
que executam. Portanto, para projetos bem-sucedidos, preci-
samos criar um ambiente de inovação em que todos se sintam
parte e não sejam somente executores. E para isso é necessário
que o propósito da organização seja claro e que haja confiança
uns nos outros.
15
que já nasceu assim etc. Outras características dessas pessoas
são: dificuldade em ver suas próprias limitações, não crer que o
esforço possa gerar mudanças e encarar problemas sem espe-
rança de resolvê-lo.
16
1. Autogerenciamento - Liderança Servidora
17
2. Trabalho em equipe
3. Comunicação
18
Para exemplificar: no modelo cascata, é como se fosse uma
brincadeira infantil chamada “telefone sem fio”. Cada área repre-
senta uma pessoa que recebe a informação e depois a repassa
à área seguinte. A cada vez que essa informação é passada,
alguns detalhes se perdem. E, ao final, a entrega pode ser bem
diferente da solicitação inicial.
4. Visibilidade
19
Manifesto Ágil
1
Indivíduos e suas
interações mais
que processos
e ferramentas
2
Software funcionando
mais que
Documentação
abrangente
3 Responder a
mudanças mais
que seguir um
plano
Colaboração com
o cliente mais que
negociação de
contratos
4 Fonte: Manifestagile.org
20
Ou seja, embora haja valor nos primeiros itens, valorizamos
mais os segundos.
21
22
BUSINESS AGILITY
a estratégia organizacional
23
Ao observar uma curta história a respeito da evolução do
uso de técnicas ágeis, percebe-se como a palavra Agilidade
foi se desvinculando da ideia de existência única para times.
Seguiu evoluindo para contextos escalados nas organizações,
levando boas práticas e ferramentas ágeis para áreas como RH,
Marketing e Jurídico, até ocupar espaço nos comitês diretores
de grandes empresas ao redor do mundo, que se preocupam
não somente em adaptar seu negócio, mas em criar tendências
de mercado. Atualmente, portanto, é o momento de pensar a
Agilidade em contexto dos negócios, para que as organizações
sejam verdadeiramente flexíveis.
24
1. Quais as evidências, por meio de indicadores de desempe-
nho, de que a companhia está de fato entregando valor?
1
IBARRA, Heminia; HANSEN, Morten T. Are you a collaborative leader? Harvard
Business Review. Disponível em: https://hbr.org/2011/07/are-you-a-collaborative-
leader Acesso em: fev. 2022.
2 RIGBY, Darrell; ELK, Sarah; BEREZ, Steve. The Agile C-Suite: a new approach
to leadership for the team at the top. Harvard Business Review. Disponível em:
25 https://hbr.org/2020/05/the-agile-c-suite Acesso em: fev. 2022.
As organizações Ágeis podem diferir das burocráticas tradicio-
nais de muitas maneiras, como na fluidez das definições de fun-
ções e na falta de vantagem competitiva a longo prazo. Práticas
orientadas à qualidade de processos e entregas já eram parte
da rotina de muitas organizações, como, por exemplo, a gestão
da qualidade em empresas com a ISO 9001, o que, para muitos,
representava práticas burocráticas.
Liderança através
da complexidade
(eficácia da liderança)
26
Para proporcionar tais mudanças, as seguintes camadas devem
ser consideradas:
• Governança;
• Pessoas;
• Cultura;
• Liderança;
• Estratégia.
27
VUCA significa:
V
Volatility/Volatilidade - remete à velocidade da mudança
em uma indústria, mercado ou no mundo em geral. Quanto
mais volátil é o mundo, mais rápido as coisas mudam.
U
incapacidade das pessoas entenderem o que está
acontecendo. Ambientes incertos são aqueles que não
permitem nenhuma previsão. Quanto mais incerto o
mundo é, mais difícil prevê-lo.
C
Complexity/Complexidade - refere-se ao número de
fatores que precisamos levar em conta para tomar decisões
mais eficientes, sua variedade, e as relações entre eles.
Quanto mais fatores, maior a variedade e quanto mais
interligados, mais complexo é o ambiente.
A
para interpretar algo. Não diz respeito a analisar a maior
quantidade de dados, e sim fazer análises avançadas dos
KPIs certos. Uma situação é ambígua, por exemplo, quando
a informação é incompleta, contraditória ou muito imprecisa
para tirar conclusões claras.
28
O conceito VUCA foi, por muito tempo, utilizado para orientar as
organizações a se desenvolverem em cenários de volatilidade,
incerteza, complexidade e ambiguidade. O termo servia, princi-
palmente, para criar sentido frente às incertezas de um mundo
em constante mudança, cada vez mais interligado e digital.
29
BANI significa:
B
Brittle/Frágil - a ideia é que estamos suscetíveis a catás-
trofes que podem ocorrer a qualquer momento e todas as
empresas construídas sobre bases frágeis podem desmo-
ronar da noite para o dia.
A
mais presentes na atualidade e isso se reflete também no
mercado de trabalho. Estamos vivendo no limite e
isso ocasiona um senso de urgência, que pode pautar
muitas decisões.
N
Nonlinear/Não-linear - nesse período, vivemos em um
mundo cujos eventos parecem desconectados e despro-
porcionais. Sem uma estrutura bem definida e padronizada,
não é possível construir organizações estruturadas. Logo,
planejamentos detalhados e de longo prazo podem não
fazer mais sentido.
Incomprehensible/Incompreensível - a incompreensão
I
é gerada quando tentamos encontrar respostas, mas as
respostas não fazem sentido. As certezas estão abaladas
frente ao que desconhecemos. Dessa forma, precisamos
entender que não temos o controle de tudo.
30
Um ponto fundamental em uma organização Ágil, que aplica os
princípios de Business Agility de maneira consciente e estra-
tégica, é a liderança. O estilo de liderança, inclusive, é um dos
maiores desafios enfrentados na adoção de Business Agility pela
maioria das empresas. Por isso, busca-se um mindset de lide-
rança baseado na Agilidade, como características para engajar,
capacitar, delegar, treinar, inspirar e viabilizar.
31
transparência entre indivíduos, equipes, departamentos
e filiais/unidades de negócios. Por meio de equipes
autogerenciáveis e alinhadas com o propósito da liderança,
as decisões acontecem mais rapidamente, o que implica em
entregas assertivas e menos desperdícios nos processos
constantemente mapeados.
32
2 Coloque as pessoas e a inovação no centro
33
4 Desenvolva produtos e serviços
centrados no usuário
5 Abrace a tecnologia
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automação. Exemplos incluem desenvolvimentos como
Inteligência Artificial (aprendizado de máquina, sobre-
tudo), a Internet das Coisas e a robótica. Logo, a adoção
da tecnologia como um eixo fundamental nos negócios é
urgente. Agora é hora de, por exemplo, acelerar a digita-
lização e a democratização da informação. O aumento do
volume, a transparência e a distribuição de informações
exige que as organizações se envolvam rapidamente na
comunicação multidirecional e na colaboração complexa
com clientes, parceiros e colegas.
35
O Lean e o Business Agility
Reconhecer o problema
Aceitar a responsabilidade
Reconhecer
Reconhecer o problema
o problema das falhas Aceitar a responsabilidade das falhas
Aceitar a responsabilidade das falhas
Aceitar a responsabilidade das falhas
Aceitar a responsabilidade das falhas Criar um plano de ação para melhoria contínua
Aceitar
Criar um
Criar um a plano
responsabilidade
plano de ação
de ação paradas falhas contínua
melhoria
para melhoria contínua Criar um plano de ação para melhoria contínua
Figura 3 -Criar
Três um
elementos doação
plano de Hansei
para melhoria contínua
36
Não dá para ter resultados diferentes fazendo a mesma coisa.
1. Produzir em excesso;
2. Estoque;
3. Transporte;
4. Processamento;
5. Movimentação;
6. Espera;
7. Defeitos;
8. Ideias.
37
O Design Organizacional:
Identificando aspectos disfuncionais do fluxo de trabalho
Maior eficiência e
Maior lucratividade
tempo de ciclo
38
Por design, estamos falando sobre a integração de pessoas com
os principais processos de negócio, tecnologia e sistemas.
39
2 Avaliação do estado atual do negócio
4 Implementação do design
40
A integração dos papéis no
Business Agility
41
Independentemente do nome atrelado às funções, o importante
é perceber a mudança de mindset necessária para que o
Business Agility de fato represente entrega de valor para a
companhia, e que aos poucos este movimento se torne intrínseco
a todos. Comece com o que tem, mensure suas mudanças e
melhore continuamente.
42
Estágio do Mindset
Aprendizagem Melhoria Implacável
Business Agility
Loops de feedback
Temos uma expectativa (”inspecionar e adaptar”) e
organizacional de práticas associadas (como
aprendizado e a retrospectiva) estão em
experimentação. O erro é vigor no nível de equipe.
visto como uma As equipes se concentram
Engatinhando oportunidade para aprender. em melhorar o que fazem e
como fazem isso.
A aprendizagem não é
Construção de uma cultura
mais apenas “segura”, mas
de excelência através
é esperada. Temos uma
da aprendizagem
organização que requer
e experimentação.
(e financia) pessoas para
É uma parte crítica de
experimentar, aprender
Voando quem somos.
e errar
Conclusão
44
Melhorar o time to market, ter mais eficiência nos processos,
mais foco no cliente, capacitação constante e retenção de talen-
tos para construir uma cultura de Agilidade na gestão
do negócio, portanto, reflete uma liderança viabilizadora,
que entende os benefícios atrelados à cultura de
crescimento exponencial.
45
46
MANAGEMENT 3.0
Gerencie sistemas e não pessoas
47
Inicialmente, no começo do século XX, as empresas funcionavam
a partir de um organograma hierárquico. Desse modo, os
gerentes determinavam os trabalhos que precisavam ser feitos e
os funcionários realizavam o serviço de forma bem mecanizada.
Além disso, os colaboradores eram supervisionados de perto
por seus superiores. Esse, portanto, era o modelo de gestão 1.0,
conhecido como top-down, no qual a função da equipe consistia
apenas em obedecer ordens.
48
Outro fator que não segue um curso linear é o comportamento
humano. Ao compreender que um ambiente de trabalho
contempla vários tipos de profissionais, com suas características
próprias, tornando os processos ainda mais complexos,
chega-se à conclusão de que um novo modelo de gestão se faz
necessário. Surge, então, o Management 3.0, que foca na gestão
de sistemas e não de pessoas.
1
A partir de seu livro “Management 3.0: Leading Agile Developers, Developing
Agile Leaders”, lançado em 2010, Jugger Appelo deu início ao Management 3.0.
Nesse trabalho, ele define o conceito e detalha o novo jeito de gerenciar projetos
e empresas.
49
motivação por parte dos colaboradores e mais eficiência na
realização dos projetos, visto que todos se sentem responsáveis
pelo resultado final.
• Copiar e adaptar;
50
Alinhar
restrições
Empoderar Desenvolva a
times competência
Melhore
tudo
Escalar a
Energize estrutura
as pessoas
As 6 visões organizacionais
1. Energize as pessoas
51
assim, fazer com que eles cresçam e se tornem cada vez mais
capacitados é um dos pontos motores dessa gestão. Dessa
maneira, líderes têm a função de manter as pessoas ativas e
também recompensá-las por seu desempenho e esforço.
Merit Money
53
+10 Projeto finalizado
Kudo cards
54
Essa entrega dos cartões também serve como um termômetro
para avaliar o desempenho de cada um, tanto para os gestores
perceberem a dinâmica da equipe como para cada colaborador
autoavaliar-se. Caso alguém não receba nenhuma recompensa,
por exemplo, pode ser um sinal de que algo está errado. Os
kudo cards se tornaram uma grande febre nas empresas por
ser uma técnica de custo quase nulo e que engaja a todos. O
feedback não deve vir somente de cima e sim de todos os lados.
Muitas organizações criaram seus próprios kudos ajustando o
layout para cores da empresa ou mesmo personagens de dese-
nhos ou séries.
Moving motivator
55
Muitas empresas utilizam essa técnica em processos seletivos
para entender se a motivação do candidato está alinhada aos
objetivos do desafio. O líder, junto ao time, também pode enten-
der quais são os motivadores do projeto, assim como cada mem-
bro da equipe. Essa iniciativa trará visibilidade do que podemos
ajustar para evoluirmos o processo de melhoria do time.
2. Empoderar times
56
O consentimento do líder torna a auto-organização mais efi-
ciente. Desse modo, cria-se a confiança de que o trabalho será
feito sem a necessidade de cobrança frequente ou de fiscaliza-
ção constante. Além disso, equipes empoderadas são mais resi-
lientes e ágeis, sabem se adaptar a situações inesperadas com
mais eficiência. Afinal, têm o poder de resolução de problemas e
condução de processos, ou seja, o poder não está mais centra-
lizado. Ainda que precisem resolver algo que vá além das restri-
ções determinadas, o diálogo com o líder sempre será aberto.
3. Alinhar restrições
57
Para isso, a equipe precisa ter enraizado na sua rotina essas
informações - que devem ser compreendidas e aplicadas - ao
ponto de impactarem na tomada de decisões.
4. Desenvolva a competência
58
• Ouvir e prestar atenção - estar atento às demandas do time;
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Membros do time
Níveis de
competência Nome Nome Nome
Competências requeridos
1
Tecnologia
4
0
Contabilidade 5
2
Barista
1
5
Hardware
0
1
Cozinhar
1
5. Escalar a estrutura
60
• Pessoas com habilidades em T na equipe - generalistas
mas também especialistas;
61
6. Melhore tudo
Além disso, quando uma equipe comete algum erro, ela pode tirar
conhecimento e lições dessa situação. As falhas precisam ser
encaradas com naturalidade e a organização, por sua vez, deve
criar um ambiente seguro para que elas ocorram. Desse modo,
incentiva-se a realização de mais experimentos sem a cultura da
culpa ou do medo de fracassar.
62
2 Liste suas observações
63
PARTE 2
MODELOS DE TRABALHO
64
SCRUM
O framework mais
conhecido da agilidade
65
Além de ser um framework simples e propositalmente incompleto
- como comentado no Scrum Guide1 -, o Scrum é também
complexo, afinal exige mudança de cultura e compreensão por
parte das equipes antes de começar a utilizá-lo. Assim, é preciso
compreender que o uso deste framework refere-se a uma gestão
do conhecimento e não a uma atividade mecanizada.
Daily
Scrum Scrum
Master
24H
Product Time de
Owner Desenvolvimento SPRINT
1-4 semanas
1
O Scrum Guide é um guia que contém as definições do Scrum e está
disponível na internet gratuitamente e em vários idiomas. Pode ser baixado
no site: https://scrumguides.org/
66
equipe. Sabendo então que em um time Scrum todo mundo
é responsável pelas entregas, entender o contexto de cada
membro, como ele está, é fundamental. Porém, vale dizer que
esse é um dos grandes desafios na implementação e no uso
desse framework, tornando-o, portanto, complexo.
Lean Thinking
1. Valor
67
Lista de inspeção:
2. Fluxo de valor
Lista de inspeção:
68
3. Fluxo contínuo
Lista de inspeção:
4. Produção puxada
Lista de inspeção:
69
5. Melhoria contínua
Lista de inspeção:
Empirismo
70
A cada dia que passa, o time entende mais sobre o negócio, a
tecnologia, as pessoas e o produto. As estimativas da equipe,
por exemplo, serão baseadas na sua experiência. Desse modo,
as previsões sobre o andamento e a conclusão de uma atividade
não serão as mesmas após um período médio de tempo. Afinal,
trata-se de um trabalho de gestão do conhecimento, que tem
muitas variantes.
SCRUM
Transparência
Adaptação
Inspeção
71
1. Transparência
72
Lista de inspeção:
2. Inspeção
Lista de inspeção:
Realizamos a daily;
Realizamos a review;
73
O time sempre olha para a meta do sprint que tem que
atingir;
3. Adaptação
Lista de inspeção:
74
O time sempre foca na melhoria do processo/fluxo em vez de
apontar pessoas;
Valores
CORAGEM
FOCO
COMPROMISSO
Os valores do
SCRUM
RESPEITO
ABERTURA
75
1. Coragem
Lista de inspeção:
76
2. Foco
Lista de inspeção:
77
3. Compromisso
Lista de inspeção:
78
4. Respeito
Lista de inspeção:
5. Abertura
79
Porém, é preciso trabalhar internamente esse comportamento,
já que todos precisam ouvir para também serem ouvidos e,
acima de tudo, lembrar que as entregas são feitas por meio da
cooperação.
Lista de inspeção:
80
To Do Doing Done
Lista de inspeção:
81
1. Time de desenvolvimento
Lista de inspeção:
82
2. Product owner
83
Product Owner
É NÃO É
3. Scrum master
FACILITADOR SECRETÁRIO
Tem como objetivo facilitar as Fica agendando todas as reuniões
atividades para que o time consiga internas e externas do time e pedindo
caminhar bem e resolver seus próprios material de escritório.
problemas.
PRODUCT OWNER
AGENTE DE MUDANÇA Não prioriza o product backlog.
Trabalha para promover mudanças que
DONO DO TIME
ajudarão o time a melhorar o seu fluxo
Não diz o que cada um tem que fazer
de trabalho.
ou como fazer e nem cobra horas.
LÍDER SERVIDOR
INTERMEDIÁRIO ENTRE O
Tem por objetivo remover qualquer
TIME E O P.O
problema que impeça o seu time de
Tudo o que o P.O precisa tratar com o
alcançar o objetivo. Ele está abaixo do
time ele fala com o S.M, que repassa
time com o propósito de impulsioná-los.
para o time.
ESPECIALISTA EM SCRUM
Tem domínio profundo sobre o
framework.
FACILITA AS CERIMÔNIAS
Auxilia o time no momento das
cerimônias, para que consiga atingir
seu objetivo com sucesso.
Facilita as cerimônias;
Eventos Scrum
1. O sprint
87
Deve-se ter muita atenção quanto ao tempo de sprint, pois é
preciso entender como é o fluxo de trabalho para então determi-
nar seu tempo de duração. Cada time tem suas particularidades,
alguns fazem sprint de 1 ou 2 semanas, enquanto outros podem
precisar de 3 a 4. Por isso, não se deve fazer comparações.
Também não quer dizer que por um time ter uma sprint de 4
semanas ele só vai entregar valor ou colocar algo em produção
ao final das 4 semanas, isto é um engano.
Lista de inspeção:
88
2. Planning
89
Lista de inspeção:
3. Daily
90
Cabe ao scrum master facilitar o momento, mas é importante
que o time saiba que não deve depender dele para que o evento
aconteça. Além disso, o P.O. deve estar presente como um
ouvinte - é essencial que ele participe para que esteja ciente do
progresso das atividades e não solicite, durante o dia, o status
de algo que já foi apontado na daily.
Lista de inspeção:
4. Review
91
Tudo o que não vai ser entregue precisa ser comunicado com
antecedência pelo P.O., para que o time possa traçar um plano
do que será feito para conseguir realizar a entrega.
Lista de inspeção:
5. Retrospectiva
92
mais descartada, visto que, normalmente, os times entendem
que não têm o que melhorar ou que ela não agrega valor. Mas a
retrospectiva é muito importante, pois a melhoria contínua é algo
significativo para os times.
Por sua vez, cabe ao scrum master mostrar o valor dessa cerimônia
e fazer com que ela seja bem utilizada, e mais do que isso, que
gere planos de ação que sejam executados e medidos.
Para que seja uma cerimônia que entregue valor, é necessário que
o time tenha um ambiente seguro para poder falar. É muito impor-
tante que o S.M. trabalhe para que os membros possam ter aber-
tura para se expressar e também tenham visão sistêmica, sempre
olhando para o processo em vez de apontar para as pessoas.
93
Quando o time identifica os pontos a serem melhorados, o
próximo passo é realizar a priorização de quais itens serão tra-
balhados no sprint seguinte para definir o responsável pela exe-
cução do plano de ação. Essa função é atribuída ao time e não
ao scrum master, apesar de muitas equipes não fazerem desse
modo, mostrando uma disfunção que precisa ser corrigida. Após
identificar, priorizar e definir um responsável pela ação é preciso
determinar quais serão os critérios de sucesso e também como
os itens do plano de ação serão medidos, para que saibamos se
o que estamos trabalhando vai realmente agregar valor para o
time ou não.
Lista de inspeção:
94
Artefatos
Product
Backlog
Sprint
Backlog
Incremento
1. Product backlog
95
Geralmente, quando falamos de product backlog, costuma-se dar
mais atenção ao que é importante para o cliente, o que de fato
é relevante. Porém, vale lembrar que também é preciso dar um
retorno interno aos próprios gestores. A falta de feedback para a
organização durante o processo pode comprometer a continuidade
dos negócios no futuro.
Lista de inspeção:
96
2. Sprint backlog
1. Meta do sprint
3. Tarefas
São elas que vão dizer como será feito para entregar cada uma
das atividades do sprint.
97
a primeira a mais importante, cabe a ele orientar que o time
respeite a ordem independentemente do grau de dificuldade.
Do contrário, a equipe pode entregar a terceira atividade, a mais
fácil, inicialmente, e não conseguir entregar a primeira a tempo,
que é a mais importante.
Lista de inspeção:
3. Incremento
Lista de inspeção:
98
CASE
99
100
KANBAN
Comece com o que você tem hoje
101
O Kanban tem seus valores, princípios e práticas, que serão
abordados no decorrer deste capítulo. Trata-se de um método
que utiliza uma abordagem de mudança evolucionária, na qual
vamos mudando aos poucos o fluxo de trabalho, sem que haja
tanta resistência.
Valores
Transparência
Equilíbrio
Colaboração
Foco no Cliente
Fluxo
Liderança
Entendimento
Acordo
Respeito
VA L O R E S
Para que cada vez mais seja possível agregar valor para o
cliente ao entregar um produto/serviço, é necessário que tudo
seja colocado às claras, que os problemas sejam mostrados,
as informações sobre os clientes sejam passadas de forma
objetiva e que estas estejam acessíveis a todas as pessoas.
Não podemos ter medo de repassar informações entre áreas ou
pessoas, pois temos que ter o entendimento de que estamos
todos juntos pelo cliente.
2. Equilíbrio
3. Colaboração
103
Frequentemente, observa-se que muitos membros do time se
preocupam somente com a própria demanda, negligenciando
as etapas anteriores e posteriores do fluxo. Porém, se no final
a equipe não entregar o serviço/produto, o trabalho individual
será em vão. Sendo assim, se for possível ajudar outras pessoas
em suas atividades, contribuindo para a entrega final, o valor da
colaboração terá sido alcançado.
4. Foco no cliente
104
5. Fluxo
6. Liderança
105
7. Entendimento
8. Acordo
9. Respeito
106
Agendas Kanban
Plano de sustentabilidade
Plano de sobrevivência
107
Princípios
Princípios da Gestão de Mudança
108
3. Encorajar atos de liderança em todos os níveis
109
item x ou y. As oportunidades precisam ser delegadas, para que as
pessoas possam trabalhar de forma colaborativa. Dessa forma, elas
mostrarão suas habilidades, que muitas vezes são negligenciadas
pela forma limitada de trabalho, em silos.
Para que as entregas sejam cada vez melhores e seja viável alcançar
ótimos resultados, é importante definir políticas de como os itens
funcionarão dentro do fluxo. Para passar da etapa de pré-venda para
a etapa de venda, por exemplo, o que é necessário acontecer?
Com políticas que orientem, tudo fica mais claro, mais certo e
dificilmente acontecerão erros. As políticas podem mudar de
acordo com a maturidade do processo e novas políticas podem ser
acrescentadas para maximizar os resultados, visto que sempre se
estará em um fluxo de melhoria contínua.
Práticas Gerais
Visualizar
Limitar o WIP
Gerenciar o Fluxo
Tornar as Políticas
Explícitas
Ciclos de Feedback
Melhorar e Evoluir
P R ÁT I C A S
111
2. Limitar o WIP (work in progress)
112
3. Gerenciar o fluxo
Kanban Board
2 3 2 1
Backlog Priorizado Desenvolvimento Testes Deploy Finalizado
em feito em feito
F G progresso progresso
A
H C B
I D E
itens de data
intangivel defeito
trabalho fixa
113
Um time composto por dois desenvolvedores e um testador,
além do P.O. e do S.M., conversam com o CTO da empresa, pois
percebem que o time não estava entregando suas demandas
devido à limitação técnica do testador, que não conseguia
dar vazão às atividades. O time, por sua vez, estava sendo
impactado por causa disso, portanto precisava de mais um
testador. O CTO achou muito estranho e perguntou se eles
realmente tinham certeza de que o problema era a pessoa e não
o fluxo de trabalho. Então, questionou quanto à qualidade das
histórias, se os desenvolvedores e o testador realizavam um
alinhamento no início do desenvolvimento para que o testador
já pudesse se preparar, se os critérios de aceite estavam bem
descritos, entre outros fatores.
114
5. Ciclos de feedback
Estratégica de Risco
Mudança
de Serviço Mudança
Mudança
Info
Info
Info
115
Tipos de cadência:
116
Análise estratégica (strategy review)
117
6. Melhorar e evoluir
1. Identificar os serviços
118
2. Propósito do cliente
4. Analisar a demanda
5. Analisar a capacidade
120
8. Desenhar o sistema Kanban
121
CASE
Uma curiosidade sobre este case é que não havia um líder direto,
o próprio diretor da conta atuava como facilitador, que tinha o
entendimento do negócio. Dessa forma, além de tornar o pro-
cesso muito mais transparente, foi possível extrair métricas que
permitiram entender quais eram os principais gargalos no fluxo
de venda e atuar para resolvê-los.
122
123
124
SCALED AGILE
Como escalar e continuar
sendo ágeis
125
Muitas ferramentas e metodologias surgiram para tentar consolidar,
de forma clara e organizada, o passo a passo para atingir a tão
sonhada Agilidade de Negócios. A mais utilizada, atualmente, é o
SAFe, mas existem também: Scrum@Scale, LeSS, Nexus, Disciplined
Agile e outras.
BUSINESS AGILITY
1
Conceito explicado no capítulo Business Agility: a estratégia organizacional.
126
Para alcançar um nível elevado de maturidade em Business Agility, é
imprescindível que todos os elos da organização, envolvidos na con-
cepção, criação e entrega de soluções, estejam comprometidos com
uma abordagem centrada no cliente. E escalar a agilidade é um passo
crucial para atingir essa sinergia e alcançar esse objetivo.
TRANSFORMAÇÃO CULTURAL
Como escalar?
127
consiste em um encontro entre representantes de cada time
Ágil, no qual cada um reporta o progresso e os impedimentos do
seu respectivo time em relação ao objetivo comum. Veja a ima-
gem a seguir.
SCRUM OF SCRUMS
A B C
Embora o SoS tenha sido mencionado pela primeira vez por Jeff
Sutherland e Ken Schwaber, criadores do Scrum, e incorporado
ao Scrum@Scale, ele se popularizou e está presente também em
outras estruturas de agilidade escalada.
128
1. Scrum@Scale
Priorização
do Backlog
r
Ci
ste
clo
r um Ma
do Pr
Coordenação
entre times
oduct O
do Sc
wn
er
C
Incremento
do Produto
129
Um conceito importante aqui é o de escala fractal, que veio da mate-
mática e significa uma estrutura geométrica complexa cujas proprie-
dades, em geral, repetem-se em qualquer escala. A ideia é que, inde-
pendentemente da escala, a estrutura Scrum se repita e tenha, mais
ou menos, as mesmas características. O S@S ajuda as organizações
a enfrentarem os problemas de definição eficiente de prioridades,
dada a limitação de recursos; fornecimento de funcionalidades com
alta qualidade em um timebox específico; refatoração de software; e
rápida adaptação às mudanças.
2. Nexus
130
Nexus Sprint
Cross-Team Retrospective
Refinement
Daily
Scrums
Nexus Inte-
gration Nexus
Team Daily
Scrum
Nexus Nexus
Sprint Integrated Sprint
Planning Work Review
131
3. LeSS
klog
Bac duto
P r o
do
In
do pr cremento
o
cialme duto poten
t nte en -
duc treg
Pro er vel á-
Own
Scrum Master
& Feature Team
SM
132
Shu Siga as regras para aprender o básico;
4. SAFe
134
Estratégia Portfolio
Strategic Themes
135
O SAFe tenta obter uma visão mais ampla do(s) produto(s) e pra-
zos, permitindo, em um mundo ideal, alguma flexibilidade com um
roadmap aproximado das próximas 8-12 semanas. Esse grande
período de tempo é conhecido como um incremento de produto
(Product Increment – PI), que, normalmente, tem uma grande sessão
de planejamento de várias equipes no início. Nessa sessão de pla-
nejamento do PI, as dependências entre equipes são identificadas
e minimizadas, permitindo que trabalhem de forma independente
tanto quanto for possível.
5. Disciplined Agile
136
Scrum XP Lean
Processo
Unificado de Des. PMBOK Kanban
de Software
Frameworks Desenvolvimento
de Ágil de Software E mais...
Escalado Tradicional
137
A definição de qual ciclo de vida a ser adotado varia conforme
o contexto de cada empresa.
2
Project Management Institute (PMI). Introduction to Disciplined Agile®
(DA™). Disponível em: https://www.pmi.org/disciplined-agile/introduction-to-
disciplined-agile Acesso em: dez. 2021.
138
A forma de organizar e conduzir as cerimônias pode variar
de acordo com cada estrutura, mas vale reforçar que o
desafio é fazer a integração entre os times. Sendo assim, os
times realizam suas cerimônias normalmente, e a escala como
um todo realiza as cerimônias envolvendo todas as equipes.
Por exemplo, cada time faz o planejamento da iteração, mas
em algum momento todos eles se juntam para fazer o planeja-
mento integrado de toda a escala. O mesmo acontece para
as outras cerimônias.
139
Desafios
140
Escalar a Agilidade significa também investir em práticas de
engenharia Ágil. Construir softwares de alta qualidade e rápido
requer automação efetiva do processo de criação, teste e auto-
mação completa do pipeline de entrega, além de uma arquitetura
desacoplada e práticas de controle de versão.
141
CASE
142
A organização desses times em equipes multidisciplinares e
auto-
organizáveis permitiu maior colaboração, cadência e eficiência.
143
144
MÉTRICAS
O que não é medido não
pode ser acompanhado
Uma das características encontradas em times Ágeis é
a busca contínua pela melhoria dos processos de trabalho,
almejando sempre a entrega de um produto com mais
qualidade e valor para o cliente.
145
Realizar melhorias é um processo que requer inspeção, adapta-
ção e transparência constante ao longo do desenvolvimento de
um produto. Olhando especificamente para o pilar da inspeção,
na prática, como podemos exercê-la? Através das métricas
ágeis e de fluxo.
146
O que buscamos não é o controle das métricas, elas existem para
evidenciar o ritmo do desenvolvimento do projeto e diminuir a
variabilidade do sistema. Métricas não são metas, portanto não
faz sentido, por exemplo, estabelecer uma meta para a quanti-
dade de entregas por sprint de um time. O objetivo é entender
qual é o ritmo saudável de entrega para aquela equipe e com
isso estabelecer uma margem aceitável. Quando essa margem é
extrapolada o problema não é a métrica em si, ela apenas está
evidenciando que algo não está saudável e precisa ser investi-
gado para identificar o problema a ser resolvido.
147
Métricas são utilizadas para orientar o time, promover um ambiente sau-
dável e com melhores resultados. Para garantir esse cenário e iniciar a
construção das métricas vale responder às seguintes questões:
Tipos de métricas
1. Burndown/Burnup
148
O Burndown auxilia no acompanhamento do trabalho restante
dentro do sprint, enquanto o gráfico de Burnup auxilia no acompa-
nhamento do trabalho concluído no sprint. Os dois gráficos ajudam
a responder à pergunta: estamos no caminho certo para concluir
as tarefas que planejamos até a data de término do sprint?
16
14
12
10
0
Start Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 Dia 8 Dia 9 Dia 10
149
não finalizadas, que pode ser personalizado, como story points, ou
a contagem de um tipo de item de trabalho, histórias de usuário,
por exemplo. Você também pode definir um gráfico de Burndown
ou Burnup de bugs ou qualquer outro work item que exista no fluxo
de trabalho do sprint, a fim de acompanhar a conclusão de um
conjunto deles em uma determinada data.
2. Lead Time
150
1 item
25
20 data: 14/11/2021
19 tempo de ciclo: 16 dias 95%
16 84%
15
13 70%
10
8 50%
0
01/10/2021 01/11/2021 14/11/2021 01/12/2021
itens de trabalhos
151
do time (história, bug, impedimento, task…). Também pode-se
efetuar o cálculo de forma manual, sem contar com o uso de
nenhuma ferramenta de gerenciamento de projetos.
O tempo médio indicado pelo Lead Time pode ser usado para
definir a previsibilidade de entrega de um produto para o cliente,
pois trata-se do mapeamento do tempo de desenvolvimento
a contar da ocasião em que o item é criado até o momento de
entrega para o cliente.
3. Cycle Time
152
Existe uma correlação bem definida entre o Cycle Time/Lead
Time e o trabalho em andamento (WIP - Work In Progress).
Quanto maior for seu WIP, maior será seu Cycle Time, que
também deixará seu Lead Time maior. O oposto também é ver-
dadeiro, quanto menor for seu WIP, menor será seu Cycle Time
e, consequentemente, o Lead Time. Então, quando a equipe de
desenvolvimento se concentra em menos itens, eles reduzem
os tempos de Cycle e de Lead Time, cenário que buscamos em
times Ágeis.
1 item
data: 10/12/2021
25
tempo de ciclo: 22 dias
22 92%
20 85%
15
10
9 70%
6 50%
5
0
01/11/2021 01/12/2021 10/12/2021 01/01/2022
itens de trabalhos
4. Throughput
154
A métrica Throughput informa sobre o ritmo de entrega, e com
isso permite gerar insights sobre a previsibilidade.
10 9
quantidade de itens entregues
8 7
6
6 5
4 4
4 3
2
0
0
/0
1
/0
1 /0
1
/0
2 02 /0
2
/0
2
/0
3
11 18 25 01 - 8/ 15 22 01
- - - - 02 - - -
01 /0
1 /0
1
/0
1 4/ /0
2
/0
2
/0
2
7/ 14 21 28 11 18 25
semana
Gráfico 4 - Throughput
155
5. Velocity
400
200
0
Sprint 4 Sprint 5 Sprint 6 Sprint 7 Sprint 8
156
No Gráfico 5, a cor vermelha representa as demandas que foram
planejadas; as vermelhas médias, as demandas planejadas que
foram concluídas na sprint; as vermelhas claras, as demandas
não concluídas e as cinzas são demandas que vieram de outra
sprint e foram concluídas na atual.
157
CASE
158
MÉTRICA PROBLEMA C: gráfico de Throughput, no qual eram
apresentados a quantidade de itens entregues por dia.
159
160
DESIGN THINKING
O par perfeito
161
Em 2021, 11 anos depois, o mesmo estudo buscou entender as novas
perspectivas do mundo pós-pandêmico, suas fragilidades, ansiedades
e não linearidades. A conclusão foi de que a pergunta central para a
nova Era seria: “O que precisamos para nos tornarmos essenciais –
para nossos clientes, funcionários, comunidade e investidores?”.
Isso faz com que sua principal tarefa seja identificar problemas e
gerar soluções. Ele entende que dificuldades afetam o bem-estar
das pessoas e são de natureza diversa. Portanto, é preciso mapear a
cultura, os contextos, as experiências pessoais e os processos na vida
dos indivíduos para ter uma visão mais completa e assim identificar
melhor as barreiras e gerar alternativa para transpô-las.
162
• Criar a capacidade de absorver e praticar empatia;
163
soluções ocultas é uma habilidade coletiva humana que apenas
recentemente passou a ser vista como algo que necessita de algum
talento excepcional.
2. Genérico
r
gi
er
nv
co
165
As fases do Design Thinking se combinam para formar um appro-
ach interativo que pode ser testado e adaptado dependendo da
necessidade e do desafio do negócio.
166
Algumas ferramentas utilizadas nesse momento são:
PESQUISA EXPLORATÓRIA
PESQUISA DESK
167
MAPEAMENTO DE STAKEHOLDERS
• Como agem?
• O que pensam?
• Como se sentem?
1 Entrevistas
168
2 Cadernos de sensibilização
3 Simulações
4 Sombra
Análise - consolidar e
ordenar para conquistar
CARTÕES DE INSIGHT
PERSONAS
170
MAPAS DE EMPATIA
171
Nessa etapa, é possível aplicar as seguintes técnicas:
1. BRAINSTORMING
2. WORKSHOP DE CO-CRIAÇÃO
172
Ideias para fazer um workshop
1. CARDÁPIO DE IDEIAS
173
2. MATRIZ DE POSICIONAMENTO
3. MAPA X
174
Prototipagem - tire a ideia do papel
1 Protótipo em papel
175
2 Modelo de volume
3 Encenação
4 Storyboard
176
Este método foi desenvolvido e anunciado pela Google Ventures,
fruto da criação de Jake Knapp, com o intuito de testar e aplicar
novas ideias em apenas 5 dias. A design sprint une técnicas
de Design Thinking e Métodos Ágeis. Ao mesmo tempo que é
centrada no usuário, é também iterativa, prática e colabora-
tiva. Sua premissa é testar hipóteses rapidamente e acelerar o
aprendizado.
DEFINIDOR
ESPECIALISTA EM FINANÇAS
177
ESPECIALISTAS NO CONSUMIDOR
ESPECIALISTA EM TECNOLOGIA
ESPECIALISTA EM DESIGN
178
• Quinta-feira: a intenção é que um protótipo de média/alta
fidelidade seja criado até o fim do dia para que os usuários
possam testar na sexta-feira.
BÔNUS
• Quarta: prototipar;
• Quinta: testar;
179
Design Thinking e os Métodos Ágeis -
a união faz a força
180
O Design Thinking não é o fim
182
REAL TIME
O Marketing na era da Agilidade
183
Além de tornar o dia a dia da empresa mais dinâmico, o
Marketing Ágil oferece ao cliente melhores resultados com cus-
tos menores. Afinal, as estratégias são elaboradas para serem
realizadas em menos tempo - em comparação ao formato tra-
dicional das agências - e serem avaliadas no momento em que
estão sendo executadas.
184
Um dos caminhos que o Marketing Ágil indica é o da visão estra-
tégica, isso significa ter objetivos claros desde o início da formu-
lação da campanha, saber onde se quer chegar, qual consumidor
deseja atingir e como fazer isso acontecer. Com uma equipe apta
para avaliar todo o andamento das ações planejadas, esse traba-
lho se torna mais fácil.
185
Além das entregas de resultados serem mais rápidas e contínuas,
toda essa dinâmica colabora para segmentar e identificar o consumi-
dor ideal para a marca. Ao observar como uma ação é recebida
e o comportamento que ela gera, por meio de testagem de hipóte-
ses, o time vai alinhando sua estratégia para que ela seja cada vez
mais certeira. O resultado é a alta conversão e a retenção de um lead
de qualidade.
Marketing tradicional x
Marketing Ágil
186
O Marketing Ágil difere do tradicional em vários aspectos, entre
eles no desenvolvimento de campanhas enxutas. Se antes
um projeto de Marketing para uma marca levava em torno de 6
meses para ser criado, executado e finalizado, atualmente esse
processo é dividido em etapas mais curtas que levam menos
tempo.
187
têm um tempo de duração mais curto. Além disso, esse investimento
pode ser dividido não só para realizar as ações da campanha, mas
para aprimorar, manter o que está dando certo e também inovar.
Anteriormente, a marca despendia uma grande quantia para a exe-
cução de uma campanha de longo prazo, era um valor único para
todas as etapas que já eram predeterminadas. Caso o objetivo da
campanha não fosse alcançado, o dinheiro gasto seria “perdido”.
Mas para que isso não ocorra, o Marketing Ágil traz uma nova visão
ao processo. Em vez de elaborar um plano de campanha amplo, sem
um público-alvo bem definido, dá-se preferência à definição de
uma persona para a marca. Essa técnica de segmentação dos con-
sumidores, ou potenciais clientes, de uma marca eleva as chances
de conversão. Isso dá, portanto, mais assertividade às campanhas
desenvolvidas com o Método Ágil. O foco será sempre no consumi-
dor e suas necessidades.
188
Manifesto de Marketing Ágil
189
PRINCÍPIOS DO MANIFESTO DE MARKETING ÁGIL
10 Simplicidade é essencial!
Fonte: https://agilemarketingmanifesto.org/principles/
190
Já os valores, além de serem inspirados no Manifesto Ágil, foram
desenvolvidos e votados durante o evento SprintZero. Ao final,
chegaram a 5 orientações que auxiliam nas tomadas de decisão
e estratégias de Marketing aplicadas no dia a dia.
Valores do Manifesto de
Marketing Ágil
191
2. Entregar valor desde o início e frequentemente
em vez de buscar a perfeição
Nesse processo não há o medo de cometer falhas, pois são por meio
delas que a equipe aperfeiçoa seu trabalho e apura sua visão. O
importante é não cometer os mesmos erros. A pressão pela perfeição
pode interferir negativamente no andamento da campanha e adiar a
entrega de valor ao cliente.
192
4. Colaboração interfuncional mais que silos
e hierarquias
193
Modelos de frameworks
1. Scrum
194
meetings), quando todos compartilham sua evolução, dificulda-
des e outras opiniões; sempre de pé para que não se torne uma
reunião demorada.
195
• Sprint backlog - com base no product backlog, cria-se o
sprint backlog. Ou seja, uma nova lista, mais específica, de
todos os afazeres que devem ser realizados dentro de um
sprint. Nela constam também os prazos que a equipe deve
cumprir;
2. Kanban
196
Com essa facilidade de gerenciamento, as reuniões regulares,
características do Scrum, passam a não ter tanta necessidade.
Contudo, vale dizer que elas não são eliminadas nessa metodolo-
gia, apenas não são tão frequentes.
3. Scrum + Kanban
197
Como implementar o Marketing Ágil
198
CASE
199
200
RH ÁGIL
Pessoas mais que processos
201
Porém, essa é uma realidade que tem se apresentado apenas
recentemente nas empresas. Ao contrário do que propõe o RH
Ágil, de serem mais “humanos” e menos “recursos”, no início, o
trabalho dos profissionais da área era muito mais burocrático e
distanciado do dia a dia dos colaboradores.
História do RH
202
Com a chegada da Revolução Digital, surge, entre os anos de
1950 e 1970, o RH 3.0. Nesse novo ciclo, os profissionais de RH
se beneficiam da automação de processos burocráticos. Com o
auxílio da tecnologia, não precisam mais incluir na sua rotina tra-
balhos que robôs podem realizar sem supervisão humana, o que
otimiza processos e acelera resultados.
Manifesto do RH Ágil
203
Entretanto, vale sublinhar que, conforme o próprio Manifesto res-
salta, os hábitos anteriores ao RH Ágil têm o seu valor, mas não
cabem mais no contexto atual. Por isso a necessidade das novas
orientações dispostas neste Manifesto.
MANIFESTO RH ÁGIL
Fonte: https://www.agilehrmanifesto.org
204
Mais do que se adaptar a frameworks e adquirir novos progra-
mas, é preciso mudar o mindset. Por exemplo, compreender que
um processo de seleção longo e automatizado pode ser substi-
tuído por uma entrevista que não se atém apenas ao currículo e
às experiências, mas que engaja o candidato e desperta sua von-
tade de fazer parte da empresa. Desse modo, ele se sentirá parte
do todo e a decisão de quebrar esse vínculo não será simples.
205
julgamentos. E essa tática deve fazer parte de um esforço
maior do RH de reconstrução do treinamento e do desenvol-
vimento dos supervisores, com o objetivo de aprimorar seu
papel na organização.
Porém, esse olhar não deve ser destinado somente aos cola-
boradores e gestores. A equipe de recursos humanos também
precisa se adequar às diretrizes Ágeis para obter melhores
resultados internamente. A comunicação e o trabalho cola-
borativo, aliás, são fatores imprescindíveis no RH Ágil. Ainda
que haja funções e processos diferentes para cada um, sem
um trabalho em equipe muitas informações podem se perder e
gerar contratempos, como retrabalho e lentidão.
206
Panorama do RH no mundo em 2020
metodologia ágil
206 19 desafios resultados
entrevistados países
207
a dificuldade que empresas do mundo todo têm de acomodar os
líderes a uma nova realidade de equipes multifuncionais e empo-
deradas fazendo com que deixem de julgar os colaboradores do
próprio time e passando a guiá-los no decorrer dos projetos.
208
32%
das empresas
adotou o RH Ágil
há menos de 2 anos
Benefícios:
209
56% 47% 27%
Gestão Ágil
Scrum Kanbam
do Portfólio
210
resultados nas atividades de aprendizado e desenvolvimento
(56%), performance e feedback (54%), recrutamento (37%), onbo-
arding e offboarding (34%), analytics para RH (26%) e remunera-
ção e benefícios (25%).
211
212
DATA SCIENCE
A importância de Dados para
tomada de decisão
213
Objetivamente, trata-se de extrair informações úteis de dados
brutos e implementar modelos de Machine Learning (aprendizado
de máquina), por meio de experimentação, criatividade, testes,
validação de hipóteses e também falhas - pois é um processo
que não é obrigatoriamente linear e envolve um alto nível de
incerteza dos resultados.
¹ GARTNER. Gartner Says Self-Service Analytics and BI Users Will Produce More
Analysis Than Data Scientists Will by 2019. 2018. Disponível em: https://www.gartner.
com/en/newsroom/press-releases/2018-01-25-gartner-says-self-service-analy-
tics-and-bi-users-will-produce-more-analysis-than-data-scientists-will-by-2019.
Acesso em: dez 2021.
214
essas tecnologias as mais estratégicas e estão investindo bas-
tante na disponibilização de ferramentas e na disseminação da
cultura data driven.
100
GLOBAL ÁSIA-PACÍFICO EUROPA AMÉRICA
DO NORTE
65
58 55
53
41
36
32 32
22 25 25
20 20 19 19
18
0
2017 2018 2019 2020
215
Com isso é possível entender a necessidade das empresas
começarem a se posicionar de forma estratégica no digital,
investindo na área de dados, e explorarem um grande potencial
bruto e transformá-lo em informações relevantes e insights valio-
sos para o crescimento e resultados dos seus negócios.
216
• Detecção de fraudes em serviços financeiros - por
meio de reconhecimento de comportamentos suspeitos e
ações anômalas;
217
Assim, a aplicação de práticas Ágeis baseadas em frameworks
como Scrum e no método Kanban, com uma abordagem adap-
tada ao dia a dia dos times de dados e sempre bem alinhada ao
conceito de Lean/Lean Startup, tornam o processo empírico mais
acelerado e otimizam o processo de melhoria contínua. Como
consequência, a qualidade das entregas de valor costumam
aumentar e percebe-se uma maior cadência nas entregas.
218
Diferenças do Ágil em um time de dados
219
Fluxo de trabalho e frameworks
mais comuns
As etapas são:
• Compreensão do negócio;
• Modelagem;
• Avaliação;
• Desenvolvimento/Implantação.
220
Compreensão Compreensão
do negócio dos dados
Preparação
Desenvolvimento/ dos dados
implantação
Data
Modelagem
Avaliação
221
Desenvolvimento/
Implantação
Avaliação
Modelagem
Preparação
dos Dados
Compreensão
dos Dados
Compreensão
do Negócio
222
Desenvolvimento/
Implantação
Avaliação
Modelagem
Preparação
dos Dados
Compreensão
dos Dados
Compreensão
do Negócio
223
Governança
& Organização
2
Aquisição e
Harmonização
dos dados
5
1 Design
Thinking
Imersão nos IA
Início do Negócios e Workbench Fim do
Projeto nos Dados Thinking
Design Projeto
4 6
8
Implantação
Focada no
Negócio
7
Arquitetura
de Dados
3
224
1. SCRUM
Pontos positivos:
• Evidência empírica;
• Foco no cliente;
• Cadência no trabalho e entrega de valor;
• Autonomia do time;
• Inspeção contínua;
• Transparência;
• Ciclos de feedback e melhoria contínua;
• Aumento do senso de responsabilidade e de urgências.
Desafios:
225
Portanto, a priorização de um processo focado na resolução
de itens e tarefas, um trabalho mais puxado, sem um timebox
fechado e mantendo um fluxo contínuo pode fazer mais sentido
em alguns projetos e times. Logo, explorar o método Kanban
pode ser uma solução interessante.
2. Kanban
Pontos positivos:
• Simples;
• Gestão visual;
• Gera pouca resistência e embates;
• Muito adaptável ao fluxo de trabalho;
• Facilita a coordenação do trabalho;
• Limitação do work in progress (WIP);
• Permite ao time definir as políticas e cadências mais
apropriadas às suas necessidades.
Desafios:
• Não é prescritivo;
• Necessita de uma maturidade maior do time;
• Falta de prazos;
• Definir o fluxo e as colunas do Kanban;
• Necessidade de definir regras e políticas claras;
• Atualização dos cards.
226
Um grande ponto positivo do Kanban é permitir criar o fluxo e a gestão
visual que se enquadre à realidade do time. Isso gera um grande valor
no processo de transparência do status das tasks, além de propiciar
maior entendimento da necessidade de limitar o WIP.
Entendimento
do negócio | 2 Feature 1 Feature 2
Limpeza e
Qualificação | 1 Feature 3
Análise
Exploratória | 1 Feature 4
Modelagem | 1
Feature 5
Avaliação | 0
228
229
CASE
230
Após alguns sprints sem chegar ao resultado esperado, deci-
dimos então pivotar um pouco e deixar de lado a estratégia de
tentar contatar somente as pessoas que tinham maior propensão
de pagar a dívida (fechar um acordo), pois os resultados ainda
não estavam atingindo números tão relevantes quanto o espe-
rado. Esse, aliás, sempre foi um ponto de discussão na busca por
planos de ação e melhorias nas retrospectivas e plannings. Logo,
resolvemos testar um caminho um pouco diferente.
6.5
6.0
5.5
5.0
4.5
4.0
3.5
3.0
2.5
2.0
1.5
1.0
0.5
0.0
0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 0.15 0.18 0.21 0.24 0.27 0.30 0.33 0.36 0.39 0.42 0.45 0.48 0.51 0.54 0.57 0.60 0.63 0.66 0.69 0.72 0.75 0.78 0.81 0.84 0.87 0.90 0.93 0.96 0.99
Limiar
231
232
COMERCIAL ÁGIL
Visibilidade e assertividade,
torne a área de vendas a sua
vitrine comercial
233
Um modelo tradicional de vendas conta com modelos rígidos e
engessados, o que ocasiona perda de tempo em etapas burocrá-
ticas que muitas vezes não agregam valor final. O envio de listas
extensas para entender um cliente, por exemplo, não traz mais
resultados. Isso significa que ele não responderá e essa ação
não trará o efeito esperado. Possivelmente, ficará “cansado” e
buscará outra alternativa. No entanto, com a adesão dos métodos
Ágeis, o processo de vendas terá mais visibilidade, melhor comu-
nicação e se antecipará às necessidades de cada cliente.
234
superiores e não têm um embasamento que as tornem alcançá-
veis, o que pode gerar frustração ou falta de engajamento por
acreditar ser inalcançável.
235
1. Scrum
Backlog Backlog
da Sprint da Sprint
Planej. da Sprint
Meta
Plano de Vendas
Retrospectiva
Backlog
da Sprint
Sprint 1
Planej. da Sprint
Meta
Retrospectiva
Sprint 2
Demais Sprints
Meta Anual
de Vendas
236
um product backlog estruturado, o time define o sprint backlog, que
se traduz nas oportunidades que serão trabalhadas a cada sprint.
2. Quadro Kanban
To Do Doing Done
237
Aos poucos, o time pode identificar novas colunas que fazem
parte do fluxo e adicioná-las ao quadro. Todo modelo de
Agilidade começa simples e depois ganha sua forma conforme a
necessidade do time/área.
238
239
CASE
240
Ao final, o resultado alcançado foi tão positivo que o projeto,
que tinha a duração de 6 meses e estava limitado a uma squad
multidisciplinar, se expandiu para 6 áreas diferentes da empresa
e trouxe um aumento de 35% em vendas de produtos.
241
242
JURÍDICO ÁGIL
O Legal Design e a
Inovação no Direito
O cenário de mudanças exponenciais trazido pela tecnologia
digital trouxe não apenas novos produtos e serviços, mas
também novas formas de se trabalhar. Estamos na Quarta
Revolução Industrial, marcada pela conexão entre os mundos
digital, físico (material, das coisas) e biológico (os seres vivos).
Novas tecnologias como robótica, inteligência artificial, big
data e internet das coisas tendem a mudar o perfil de diversas
funções que existem hoje, além de criar outras novas. Isso
se deu em praticamente todos os campos profissionais,
inclusive o Direito. Hoje, softwares já realizam funções antes
desempenhadas por advogados, como analisar documentos
ou sugerir estratégias legais.
243
Não é de hoje que a informação técnica jurídica per si não é o
bastante para gerar ou sustentar um diferencial competitivo,
principalmente em um mundo em que a inovação é essencial
para a sobrevivência dos negócios. De fato, podemos nos
questionar sobre pontos como: qual o papel do advogado nesse
mundo hiperconectado, no qual informações legais podem ser
obtidas na velocidade de um clique? Como o setor jurídico pode
se tornar uma ferramenta para a inovação? Como funciona o
departamento jurídico de uma startup, onde prazos são acelera-
dos ainda mais e correr riscos é parte integrante do negócio?
244
os muros que cercam os departamentos jurídicos das outras
áreas de uma organização estão sendo derrubados - à medida
que as empresas estão buscando cada vez mais uma formação
de equipes interdisciplinares (cross), como squads, com auto-
nomia para criação de soluções que geram um alto valor ao
cliente. E é justamente isso que todos buscamos: gerar valor
ao cliente, por meio da inovação dos serviços jurídicos, de
forma competitiva (Figura 1).
- +
245
Assim como no Marketing, o consumidor é a bússola que guia
o andamento da campanha do cliente. Para o jurídico Ágil, o
cliente, interno ou externo, é a bússola que orienta o sucesso do
atendimento. Dessa forma, cabe ao profissional jurídico garantir
que o cliente, no contexto do seu negócio, tenha a melhor nave-
gabilidade no arcabouço jurídico (leis, jurisprudências, costumes
e tendências legais etc).
Cliente = Usuário
246
Quantas vezes grandes plataformas digitais não “pivotaram”
seus negócios em função das preferências dos usuários? Vale
ressaltar que quem não escutá-lo ficará defasado, como Orkut,
MySpace e diversos outros exemplos. No mundo digital e globa-
lizado, o cliente, agora usuário, tem um universo de ofertas aces-
síveis em um clique. Portanto, quem compreender a fundo esse
cliente e passar a conduzir as decisões de negócio a partir das
suas necessidades aumentará as chances nesse cenário incerto
e competitivo. Por isso, cresce cada vez mais o campo que cuida
da experiência do cliente ao utilizar os serviços e produtos.
247
casa de um estranho ou pagar um desconhecido para te conduzir
a um lugar, basta observar a pontuação e as resenhas críticas de
outros desconhecidos. A colaboração dos usuários é imprescin-
dível para que o negócio funcione.
248
A resposta é sim. É possível uma transformação gradual, desde
a adoção pontual de ferramentas até a incorporação dos valores
do Ágil. Neste mundo de aprendizado contínuo e multidisciplinar,
basta observarmos o comportamento dos departamentos jurídi-
cos de grandes plataformas digitais, em que advogados fazem
rotação entre áreas e especialidades, simplificam ao máximo a
comunicação jurídica por meio do Visual Law 1, aprendem a pro-
gramar e por aí vai. Mas não é preciso fazer parte do jurídico de
uma startup para incorporar o Ágil.
249
Vale lembrar que a principal característica do Ágil é ser flexível
e adaptável. Não há uma receita de bolo a ser seguida, como o
Fordismo no mundo industrial. O segredo é observar o contexto,
as condições e os recursos com os quais o jurídico conta, traçar
metas e métricas para se estabelecer onde chegar e daí introdu-
zir aos poucos ferramentas da metodologia para que se progrida
de forma contínua. É na prática, testando e ajustando, que essa
transformação pode ocorrer gradativamente.
250
• Geração de valor ao cliente - foco nos aspectos que geram
valor, em vez de apenas gerenciar o risco.
251
• Comunicação eficaz - clareza e simplificação da informação,
garantindo que os usuários compreendam o conteúdo para
tomada de decisão, em vez de apenas se esforçar para obter
precisão legal. Informações e interações são criadas com
design intencional, ou seja, forte apoio no pensamento visual e
não apenas usando texto.
252
• Desenhar mecanismos de confiança - facilitar acordos
e relacionamentos sustentáveis de longo prazo, em vez de
apenas vitórias rápidas ou conexões únicas.
253
CASE
254
Foram geradas mais de 50 ideias em diversos níveis de profun-
didade em resposta aos desafios propostos, das quais 9 foram
priorizadas e detalhadas.
255
GLOSSÁRIO
256
Agile Coach / Leader: busca Fluxo de trabalho: sequência de
desenvolver e disseminar boas como os processos são realizados
práticas da metodologia ágil, além de dentro de uma organização.
fomentar a troca de conhecimento
entre os agilistas e facilitar treina- Framework: apenas indica
mentos e capacitações. qual a trajetória, mas não indica
exatamente como fazer.
Apriorísticas: que confere
importância aos conhecimentos, Internet das coisas: termo que
conceitos ou pensamentos “a priori” se refere à inserção de internet em
que não dependem da experiência diversos objetos, de eletrodomésticos
ou da prática. a peças de roupas.
257
Modelo cascata: modelo Teamwork: é o processo feito
de desenvolvimento de em conjunto com foco em um
software sequencial. objetivo comum realizado por
várias pessoas.
Modus operantis: expressão
utilizada para designar uma TI: Tecnologia da Informação.
maneira de executar ou agir em
uma atividade. Timebox: este termo significa
tempo determinado, ou seja, uma
Motivação intrínseca: motivação estratégia de gestão para garantir
interna relacionada à força interior a produtividade da equipe em
que é capaz de se manter ativa relação às reuniões ou cerimônias
mesmo diante das adversidades. dentro do Scrum. Quando se cria
uma “caixa de tempo”, também se
Pair Programming: técnica de define uma meta para que uma
desenvolvimento de software ágil determinada tarefa seja realizada
em que dois programadores dentro de um intervalo definido.
trabalham juntos.
Tribos: na metodologia
Prototipar: técnica para Spotify, uma Tribo são vários
desenhar, rabiscar ou realizar Squads que trabalham em uma
o protótipo de algo. área relacionada.
258
259
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
260
2021 CEO Study: Find your essential. How to thrive in a post-pandemic
reality. IBM Institute for Business Value, 2021. Disponível em: https://www.
ibm.com/thought-leadership/institute-business-value/c-suite-study/ceo
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CAROLI, P. É – Não é – Faz – Não faz. Blog Caroli.org, 2015. Disponível em:
https://www.caroli.org/e-nao-e-faz-nao-faz/ Acesso em: out. 2021.
FILHO, A. F. G. Scrum Master: quem é e o que faz. Blog K21, 2019. Disponível
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IBARRA, Heminia; HANSEN, Morten T. Are you a collaborative leader?
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IBM 2010 Global CEO Study: Creativity Selected as Most Crucial Factor for
Future Success. IBM, 2010. Disponível em: https://www.ibm.com/news/ca/
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MJV. Management 3.0: por que você deve conhecer esse modelo de gestão?
Blog MJV, 2021. Disponível em: https://www.mjvinnovation.com/pt-br/blog/
management-3-0/ Acesso em: set. 2021.
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Disponível em: https://conteudo.mjv.com.br/scrum-guia-para-implementar-
gerenciamento-de-projetos. Acesso em: out. 2021.
RIGBY, Darrell; ELK, Sarah; BEREZ, Steve. The Agile C-Suite: a new approach to
leadership for the team at the top. Harvar Business Review, 2020. Disponível
em: https://hbr.org/2020/05/the-agile-c-suite Acesso em: fev. 2022.
SANDER, C. O que é lean thinking? Saiba como ter clientes mais satisfeitos.
Blog CAE Treinamentos, 2020. Disponível em: https://caetreinamentos.com.br/
blog/lean-manufacturing/lean-thinking/ Acesso em: out. 2021.
263
SOBRE OS
AUTORES
264
Ysmar Vianna e Silva Filho
265
Maurício José Vianna e Silva
266
Ana Banach
267
Arthur Castro
268
Isabella Costa
269
Izabel Santos
270
Juliana Yue
271
Murilo Pedroso
272
273
SOBRE A MJV
MJV Technology & Innovation
www.mjvinnovation.com
274
A MJV é composta por cinco pilares, estruturados em
completa sinergia:
CONSULTORIA EM TECNOLOGIA
Desenvolvimento e implementação de serviços personalizados
nas áreas de Business Analytics, TI e Internet das Coisas
(Internet of Things).
ESTRATÉGIA DIGITAL
Desenvolvimento e implementação de estratégia corporativa e
Experiência do Usuário, posicionando a Transformação Digital
como fio condutor do negócio.
OUTSOURCING DE PROFISSIONAIS
Alocação de profissionais de UX, UI, Marketing e TI,
com o acompanhamento estratégico e operacional da MJV,
otimizando entregas.
INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS
Desenvolvimento e implementação de soluções inovadoras, com
o objetivo de reduzir custos, aumentar e gerar novas receitas,
além de desenvolver novos modelos de negócios.
TRANSFORMAÇÃO ESG
Desenvolvimento e implementação de soluções de impacto
positivo considerando aspectos de todo o seu ecossistema,
olhando para o negócio, as pessoas e o planeta.
275
AMÉRICA DO NORTE: EUROPA:
SP Alphaville
alp@mjvinnovation.com FRANÇA
Paris
Curitiba par@mjvinnovation.com
cwb@mjvinnovation.com
COLÔMBIA
Bogotá
bgt@mjvinnovation.com
276
Os últimos acontecimentos globais deixaram claro que se adaptar rapidamente
às mudanças é mais do que preciso, é fundamental. Lidar com esse cenário de
incertezas pode parecer complexo, mas neste guia prático você irá comprovar
que com a Metodologia Ágil o caminho é mais tranquilo. Nestas páginas,
especialistas apresentarão frameworks, aplicação da Agilidade em diversas áreas
e cases de sucesso da MJV. Confira e mude a realidade da sua empresa.