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para um fator básico. A inovação de ontem ficou ultrapassada e uma Quando as organizações entendem a importância da experiência
nova é necessária. dos clientes, é comum passarem a acompanhar seus índices de satis
• COMENTARIO Tudo isso significa que muitas organizações priorizam a ino fação. As ferramentas mais visíveis são pesquisas online e offline, ou o
•Todos os dias utilizamos v:ação como um fator-chave para o sucesso e, à medida que serviços Net Promoter Score (NPS)' em particular, com milhares de organiza
serviços que não funcio11am - e se tornam visivelmente mais importantes para as empresas, o foco ções perguntando "Qual a probabilidade de você recomendar a nossa
isso precisa mudar. Design
de sua inovação se volta para os serviços. Elas tentam atender as empresa/produto/serviço a um amigo ou colega?': Essa valiosa métri
de serviço é projetar serviços
necessidades múltiplas dos seus clientes, e não apenas impressioná ca enfrenta o mesmo desafio de muitas medições quantitativas: quan
que funcionem."
-los com novos anúncios extravagantes ou extensões de linhas de seus do o seu NPS cai, você sabe que tem um problema, mas não sabe por
- lauren Cume
atuais produtos. quê. Ciclos de voz do cliente fortes e pontos de escuta podem oferecer
Assim, as empresas de hoje buscam meios de entender as necessi mais dados, mas não oferecem soluções para o problema em questão.
dades de seus clientes a fim de obt�r insights úteis e gerar ideias inte Eles indicam qual é o tamanho do problema, e talvez sua causa-raiz,
ressantes. Além disso, buscam maneiras de trabalhar essas ideias em mas não ajudam a descobrir como consertá-lo ou como inovar.
equipes inters�os (ou interorganizacionais), diversificando, filtrando, As organizações estão em busca de maneiras novas. confiáveis e
• COMENTÁRIO testando e evoluindo os conceitos de serviço até que sejam imple escaláveis de irem além das métricas, para que possam inovar e criar
"Empresas do segmento B2B mentados como ofertas, operações ou mesmo m_ôdelos de negócios estratégias de experiências dos clientes entre os silos. E cada vez mais
seguem migrando para o setor novos ou aprimorados. A inovação pode ser tanto incremental quanto elas se voltam para o que chamamos de design de serviço.
de serviços como um meio disruptiva e, por esse motivo, precisamos de técnicas que füncionem
de ampliar seus mercados.
em ambos os casos.
Is.o é válido para empresas
de produtos tradicionais, em
que novos negócios focados
em serviços são criados - à� 1.2.4 Reação das organizações
vezes em parceria com outras ,,, Reichheld, f. f. (2003). "Toe Une Number You Nttd to Grow." Harwtrd Bwlness .Ré,ri.,,.,, 81(12). '46-55.
r� ... .
01 Por que design de serviço? 14/15
O uesi 1" t.' servi 1,âo é útil apenas par-a criar valor para o design de serviço. Se considerarmos apenas os exemplos que constam
J(u uari rinai" ou o "dient 0". Ele considera todo o ecossistema de neste livro, eles incluem bancos, companhias aéreas, hospitais, indús
trias, empresas de telecomunicações, ONGs, instituições de ensino,
vai in-:i�.-:11 foco em ofertas direcionadas aos clientes finais operadoras de turismo, companhias de energia, governos e outras
e rna ·=- 1. (e a. mas também a outros negócios relacionados a
1 -com cada vez mais organizações voltando-se para a abordagem do
design de serviço a cada dia.
ic, ~eus p r\..eiro-ou colaboradores. Em outras palavras, o design ::te
As organizações enfrentam o desafio de oferecer novos e melho
servi;· tunc1onã tanto para serviços púb.licos, B2C e;'B2B quanto 1,aía res serviços, promovendo experiências do cliente de ponta a ponta
•") -esenho �� processos internos. em seus múltiplos canais. O conjunto de ferramentas emprestadas
e a abordagem pragmática e iterativa do design de serviço utiliza
ferramentas de pesquisa e compreensão, para focar nas necessidades
O design de serviço é uma atividade extremamente prática dos stakeholders, e de prototipação, para testar e desenvolver possíveis
e pragmática, o qne o torna inerentemente holí�tico. Para-criar soluções antes de serem feitos grandes investimentos. As organiza
experiências de valor, os designers de serviço devem aprender a ções podem utilizar o design de serviço para melhorar os serviços
º
lidar . com as atividades de bastidores do serviço ' e com os processos que oferecem hoje e também para desenvolver novas propostas de
na valor, talvez baseadas em uma nova tecnologia ou em novos avanços
linha de frente, que viabilizam o sucesso do negócio, levando sempre de mercado. O design de serviço proporciona às organizações uma
em consideração a implementação desses processos. Além disso, eles maneira de equilibrar suas necessidades operacionais comerciais e de
devem abordar a experiência dos diversos stakeholders de ponta a experiência de m�do robusto e acessível, oferecendo uma linguagem
ponta, e não apenas em momentos isolados do serviço, e devem comum e um conjunto de ferramentas extraordinariamente poderosas
também encontrar uma maneira de o negócio ser rentável para projetos que sejam inclusivos e que empoderem e mobilizem
considerando as necessidades da organização e o uso apropriado da uma vasta gama de stakeholders.
tecnologia.·
Com essas características, não é de se admirar que muitas
organizações estão implementando métodos de design de serviço sob
outras nomenclaturas, e que muitas mais estão contratando
consultorias de
"Bastidures Ju �rviço" se, refere aos processos ou ações que costumam ficar invislveis para o cliente,
como con�nr o estoqu.: ou recolher o lixo. Já "linha <le frente do serviço" �• refere às partes do processo
visíveis ao cliente.
No epílogo do livro Marketi11g 4.0, "Chegar ao UAU!'; •>s autores e Seliawan afirmam que: "No mundo do
Mark.!ting 4.0, �m que excelentes produtos e urviços do commodities, o fator UAU � o que diferencia uma
marca de �us concorrentes� Um momento UAU � uma experilncia surpreendente, pessoal• contagiante
que um cliente Jeve ter. "Empresas e marcas de 1ucesso do aquelas que nlo deixam os momentos VAU por
conta do acaso. Elas projetam .:.us momentos UAU com design.• Veja Kotler, P., Kutajaya, H,, & Setiawan,
J. (20J 6). Marketl11g 4.0: Movh,gfl.,,,._ Trad/tlonal to fllgltal. John Wiley & Sons, p. 168 (publicado no B111sil
i,cla editora Sex1ante, 2017).