Você está na página 1de 20

Modelos Híbridos

Sumário
2.1 O que é Ensino Híbrido?
2.2. Aprendizagem ativa híbrida, personalizada, compartilhada e por tutoria/mentoria
2.3. Aprendizagem personalizada
2.4. Aprendizagem em grupo e em redes
2.5. A aprendizagem por tutoria/mentoria
Saiba mais

2.1 O que é Ensino Híbrido?


O ensino híbrido é mais conhecido como uma abordagem pedagógica que mistura
possibilidades de combinar atividades em sala de aula com atividades em espaços
digitais (Por ex. aula invertida e trabalho com projetos)

Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A educação sempre foi misturada,


híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, metodologias,
públicos. Esse processo agora, com a mobilidade e conectividade, é muito mais
perceptível, amplo e profundo: é um ecossistema mais aberto e criativo. Podemos
ensinar e aprender de inúmeras formas, em todos os momentos, em múltiplos
espaços. Híbrido é um conceito rico, apropriado e complicado.

Tudo pode ser misturado, combinado e


podemos, com os mesmos ingredientes,
preparar diversos “pratos” com sabores
muito diferentes.

O conceito básico de Ensino Híbrido é o


de mesclar e otimizar os espaços, tempos
e metodologias presenciais e online para

1
oferecer as melhores experiências de
aprendizagem à cada estudante.

Esse conceito do híbrido evoluiu bastante nos últimos tempos pela expertise
adquirida com a ida forçada para o digital. Aumentou a consciência de que as
misturas podem ser muito mais amplas: Espaços, tempos, metodologias, formas de
avaliar. Não faz muito sentido dar aulas expositivas nos encontros presenciais do
modelo híbrido, pois a parte expositiva pode ser melhor planejada no online (com
acesso assíncrono, onde cada um acessa no seu tempo e quantas vezes quiser). O
online também pode ser para pesquisa, participar de alguns projetos e desafios,
alguns momentos de apresentação. Mas o presencial ainda é insuperável para um
contato mais amplo, para projetos mais mão na massa, para práticas mais reais e
imersivas, para áreas de criação coletiva como teatro, dança e principalmente para
criar vínculos.

O conceito amplo do Ensino Híbrido implica em redesenhar as melhores


combinações possíveis na integração de espaços, tempos, metodologias, para
oferecer as melhores experiências de aprendizagem à cada estudante. Deve ser
pensado institucionalmente como um programa de organização do currículo, de
forma flexível, com diversas combinações de acordo com as necessidades do
estudante (personalização) e o modelo pedagógico institucional (disciplinar,
modular, por projetos).

Com o avanço das plataformas digitais e facilidade de ver-nos de forma síncrona, as


possibilidades do híbrido se ampliaram de forma muito diversificada e intensa.
Podemos pensar o híbrido ativo e participativo em ambientes, total ou parcialmente
online. Antes víamos a parte online do híbrido só como acesso à informação, como

1
Autoria com colagens e imagens shutterstock

2
uma etapa de preparação para a sala de aula, onde poderíamos aprofundar e aplicar
os conceitos estudados previamente no online. Agora percebemos que também
podemos desenvolver projetos no online de forma assíncrona e síncrona, podemos
discutir casos, compartilhar experiências. Muitas das atividades que imaginávamos
que só seriam viáveis no presencial podem ser realizadas com bastante qualidade no
online, principalmente com crianças maiores, jovens e adultos. Muitas atividades de
experimentação corporal (dança), ou de práticas médicas precisam mais de
contato físico que dependem do contato físico. Mas mesmo elas, podem ser
integradas e combinadas com experimentações em ambientes virtuais imersivos. O
avanço e domínio das tecnologias neste período longo de ida para o digital nos fez
experimentar possibilidades que antes pareciam pouco relevantes.

O híbrido com metodologias ativas está em uma fase de reavaliação das


experiências para ver o que do que era provisório pela crise, pode agora tornar-se
definitivo.

Está claro que os modelos híbridos serão preponderantes daqui em diante, com
várias combinações e desenhos didáticos, mas vieram para ficar e impactarão
profundamente a educação em todos os níveis nos próximos tempos.

Teremos em primeiro lugar o híbrido imediato, forçado pela pandemia como


solução provisória para voltar as aulas com segurança. Estamos nessa fase de
redesenho de uma saída pelo híbrido, que otimize o presencial restrito e traga
dinamismo a um digital forçado. Muitos só enxergam este híbrido provisório, que
esperam finalizar daqui a seis meses ou um ano, com a normalização da vida mais
segura.

Já são muitos que estão enxergando mais longe: Um híbrido flexível predominante,
adequado às necessidades de cada estudante, escola, instituição de ensino superior.

Algumas propostas de Ensino Híbrido (Blended)

Vários pesquisadores como Christensen, Horn e Staken divulgaram experiências e projetos


de instituições com diferentes propostas de aprendizagem ativa personalizada com apoio
de tecnologias digitais. Essas mesmas experimentações estão sendo acompanhadas,
registradas e divulgadas também no Brasil. O livro Ensino Híbrido... e o curso “Ensino
Híbrido: personalização e tecnologia na educação....” mostram exemplos de combinação
de aprendizagem ativa com modelos híbridos focados na personalização dos roteiros, dos
percursos, das escolhas de níveis mais simples, dentro de uma disciplina até os mais
avançados, inter ou transdisciplinares.

3
Figura - Definição do Ensino Híbrido,está é a conceituação da definição completa, 2

Esses autores definem quatro modelos que categorizam a maioria dos programas de
ensino híbrido ou blended: flex, blended misturado, virtual enriquecido e rodízio.

No modelo flex, a âncora do processo de ensino e de aprendizagem é o conteúdo e as


instruções que o aluno trabalha via plataforma on-line. A parte flexível e adaptável
corresponde ao tipo de suporte que ele recebe na situação presencial, podendo ser um
apoio substancial de um professor certificado, ou uma pequena ajuda de um adulto que
auxilia o aluno de acordo com a sua necessidade, ou que supervisiona uma atividade em
grupo ou projeto sendo desenvolvido pelo aluno.

O modelo blended misturado consiste no cenário no qual o aluno opta por realizar uma ou
mais disciplinas totalmente on-line para complementar as disciplinas presenciais. É o caso,

2
Figura extraída de Clayton Christensen Institute, Ensino Híbrido: uma Inovação Disruptiva? Uma introdução à teoria
dos híbridos. tradução Instituto Península, 2013. p. 10. Disponível em: https://www.pucpr.br/wp-
content/uploads/2017/10/ensino-hibrido_uma-inovacao-disruptiva.pdf

4
por exemplo, de a grade curricular oferecida presencialmente não dispor de disciplinas de
interesse do aluno, e que são oferecidas on-line.

No modelo virtual enriquecido, a ênfase está nas disciplinas que o aluno realiza on-line,
sendo que ele pode realizar algumas atividades presencialmente como, por exemplo,
experiências práticas, laboratórios ou mesmo uma disciplina presencial. Esse modelo
difere do blended misturado pelo fato de a maior parte do ensino estar acontecendo on-
line, complementado com poucas atividades presenciais.

O modelo por rotação propõe que o aluno desenvolva vários tipos de atividades de acordo
com as necessidades dos alunos, do seu número e da infraestrutura existente. Os
estudantes são organizados em grupos e revezam as atividades realizadas de acordo com
um horário fixo ou com a orientação do professor.

1. Rotação por estações: os estudantes são organizados em grupos, e cada um


desses grupos realiza uma tarefa de acordo com os objetivos do professor para a
aula. Um dos grupos estará envolvido com propostas on-line que, de certa forma,
independem do acompanhamento direto do professor. É importante notar a
valorização de momentos em que os alunos possam trabalhar colaborativamente e
momentos em que trabalhem individualmente. Após determinado tempo,
previamente combinado com os estudantes, eles trocam de grupo, e esse
revezamento continua até que todos tenham passado por todos os grupos. As
atividades planejadas não seguem uma ordem de realização, sendo de certo modo
independentes, embora funcionem de maneira integrada para que, ao final da aula,
todos tenham tido a oportunidade de ter acesso aos mesmos conteúdos.

2. Laboratório rotacional: os estudantes usam o espaço da sala de aula e o


laboratório de informática ou outro espaço com tablets ou computadores, pois o
trabalho acontecerá de forma on-line. Assim, os alunos que forem direcionados ao
laboratório trabalharão nos computadores individualmente, de maneira autônoma,
para cumprir os objetivos fixados pelo professor, que estará, com outra parte da
turma, realizando sua aula da maneira que considerar mais adequada. Na rotação
em sala de aula; porém, no laboratório rotacional, eles devem dirigir-se aos
laboratórios, onde trabalharão individualmente nos computadores, sendo
acompanhados por um professor tutor. Esse modelo é sugerido para potencializar o
uso dos computadores em escolas que contam com laboratórios de informática.

A proposta é semelhante ao modelo de rotação por estações, em que os alunos


fazem esses laboratórios, onde trabalharão individualmente nos computadores,
sendo acompanhados por um professor tutor.

5
3. Sala de aula invertida: Na abordagem da sala de aula invertida, os materiais
básicos são estudados online, antes da aula presencial, com apoio das tecnologias
digitais. A sala de aula torna-se o lugar de discussão, de aprofundamento dos temas
pesquisados inicialmente online, de desenvolvimento de atividades, desafios ou
projetos. As informações iniciais são estudadas em casa, no formato on-line, por
meio de leituras e vídeos, que são avaliados online pelo professor para ter uma
noção mais precisa do grau de conhecimento de cada aluno sobre o tema em
questão. Com isso pode planejar para o momento presencial, na sala de aula,
diferentes tipos de atividades adequadas para as necessidades reais. Os momentos
presenciais são utilizados para discussões, resolução de atividades, entre outras
propostas.

No entanto, podemos considerar algumas maneiras de aprimorar esse modelo,


envolvendo a descoberta, a experimentação, como proposta inicial para os
estudantes, ou seja, oferecer possibilidades de interação com o fenômeno antes do
estudo da teoria.

Diversos estudos têm demonstrado que os estudantes constroem sua visão sobre o
mundo ativando conhecimentos prévios e integrando as novas informações com as
estruturas cognitivas já existentes para que possam, então, pensar criticamente
sobre os conteúdos ensinados. Essas pesquisas também indicam que os alunos
desenvolvem habilidades de pensamento crítico e têm uma melhor compreensão
conceitual sobre uma ideia quando exploram um domínio primeiro e, a partir disso,
têm contato com uma forma clássica de instrução, como uma palestra, um vídeo ou
a leitura de um texto.

4. Rotação individual: cada aluno tem uma lista das propostas que deve completar
durante uma aula. Aspectos como avaliar para personalizar devem estar muito
presentes nessa proposta, visto que a elaboração de um plano de rotação individual
só faz sentido se tiver como foco o caminho a ser percorrido pelo estudante de
acordo com suas dificuldades ou facilidades, identificadas em alguma avaliação
inicial ou prévia. A diferença desse modelo para outros modelos de rotação é que os
estudantes não rotacionam, necessariamente, por todas as modalidades ou
estações propostas. Sua agenda diária é individual, customizada conforme as suas
necessidades. Em algumas situações, o tempo de rotação é livre, variando de
acordo com as necessidades dos estudantes. Em outras situações, pode não ocorrer
rotação e, ainda, pode ser necessária a determinação de um tempo para o uso dos
computadores disponíveis. O modo de condução dependerá das características do
aluno e das opções feitas pelo professor para encaminhar a atividade.

6
O quadro seguinte sintetiza os diferentes modelos de ensino híbrido3:

O ensino híbrido em cenários e níveis diferentes

A aprendizagem mais intencional (formal, escolar) se constrói num processo


complexo e equilibrado entre três movimentos ativos híbridos principais: a
construção individual – em que cada aluno percorre e escolhe seu caminho, ao
menos parcialmente -; a grupal – em que amplia sua aprendizagem por diferentes
formas de envolvimento, interação e compartilhamento de saberes, atividades e
produções com seus pares, com diferentes grupos, com diferentes níveis de
supervisão docente e a tutorial, em que aprende com a orientação de pessoas mais
experientes em diferentes campos e atividades (curadoria, mediação, mentoria).

Geralmente associamos híbrido a uma parte online, em plataformas e aplicativos


digitais. Esse é o conceito predominante, mas que em países com realidades tão

3
http://porvir.org/wp-content/uploads/2014/08/PT_Is-K-12-blended-learning-disruptive-Final.pdf. p.52.

7
diferentes como o nosso, exigem ama ampliação e adaptação às diferentes
situações que docentes e estudantes enfrentam com bastante frequência.

Os modelos híbridos podem ser utilizados com acessos diferentes a tecnologias. Em


muitas instituições educacionais os docentes precisam planejar os modelos híbridos
para os que têm acesso regular ao digital, para os que têm acesso parcial ao digital e
para os que dificilmente têm ou não tem acesso. Isto implica que, a partir do
conhecimento da situação de cada estudante, desenhar roteiros que mantenham o
essencial: aprendizagem ativa em contextos híbridos diferentes para níveis de
acesso diferentes

2.2. Aprendizagem ativa híbrida, personalizada, compartilhada e por


tutoria/mentoria
Metodologias ativas e modelos híbridos permitem combinar e integrar de forma
equilibrada a personalização – em que cada estudante percorre e escolhe seu caminho, ao
menos parcialmente e avança no seu ritmo -; a aprendizagem em grupo – através de
projetos, problemas, desafios, debates, aprendizagem por times, instrução por pares,
jogos, narrativas em momentos presenciais e online e a tutorial/mentoria, em que a ação
docente é mais direta, problematizando, orientando, ajudando na síntese, avaliando. As
plataformas digitais caminham para adaptar-se mais às diversas necessidades dos
estudantes e tornam visíveis para todos – estudantes e docentes - os diversos percursos e
ritmos, os avanços e dificuldades de cada um, o que contribui para que os professores
possam planejar melhor as atividades em sala e desenvolver melhor seu papel tutorial, de
orientação.

A aprendizagem mais intencional (formal,


escolar) se constrói num processo complexo e
equilibrado entre três movimentos ativos híbridos
principais: a construção individual – em que cada
aluno percorre e escolhe seu caminho, ao menos
parcialmente -; a grupal – em que amplia sua
aprendizagem por diferentes formas de
envolvimento, interação e compartilhamento de
saberes, atividades e produções com seus pares,
com diferentes grupos, com diferentes níveis de
supervisão docente e a tutorial, em que aprende
com a orientação de pessoas mais experientes em diferentes campos e atividades
(curadoria, mediação, mentoria).

8
Em todos os níveis há ou pode haver orientação, supervisão e ela é importantíssima para
avançar mais profundamente na aprendizagem, mas na individual a responsabilidade
principal é de cada um, da sua iniciativa, do que é previsto pela escola e do que ele
constrói nos demais espaços e tempos.

O mesmo acontece na colaborativa: depende muito -mesmo com supervisão – da


qualidade, riqueza e iniciativas concretas dos grupos, dos projetos que desenvolvem, do
poder de reflexão e sistematização realizada a partir das atividades desenvolvidas.

O papel principal do especialista, do docente é o de orientador, de tutor de estudantes


individualmente e das atividades em grupo, em que os alunos são sempre protagonistas.

2.3. Aprendizagem personalizada

A personalização, do ponto de vista do alunos, é o movimento de construção de trilhas


que façam sentido para cada um, que os motivem para aprender, que ampliem seus
horizontes e os levem a processos de ser mais livres e autônomos. Cada estudante, de
forma mais direta ou indireta, procura respostas para suas inquietações mais profundas e
as pode relacionar com seu projeto de vida e sua visão de futuro, principalmente se conta
com mentores competentes e confiáveis.

A personalização, do ponto de vista do educador e da escola, é o movimento de ir ao


encontro das necessidades e interesses dos estudantes e de ajudá-los a desenvolver todo o
seu potencial, a motivá-los, a engajá-los em projetos significativos, em construção de
conhecimentos mais profundos e no desenvolvimento de competências mais amplas.

Há diversas formas e modelos de personalização.

● Um primeiro modelo de personalização é planejar atividades diferentes para que


os alunos aprendam de várias formas (rotação por estações, por exemplo).
● Um outro modelo é desenhar um mesmo roteiro básico para todos os alunos e
permitir que eles possam executá-lo no seu próprio ritmo, realizando a avaliação
quando se sentirem prontos e podendo refazer o percurso, sempre que
necessário[1].
● Uma outra forma de personalização é colocar os alunos numa plataforma
adaptativa (ex. A Khan, em matemáticas) e acompanhar as atividades online dos
alunos, percebendo o grau de domínio de alguns temas em relação aos outros, e
organizando algumas atividades de apoio de acordo com as necessidades
observadas na visualização online[2].
● Há modelos de personalização mais avançados, nos quais os estudantes podem
escolher parcial (algumas disciplinas ou temas) ou totalmente seu percurso. Esta

9
última opção acontece em alguns projetos educacionais mais inovadores. (BARRERA
GOUVEIA,2016)[3].

A personalização é um processo complexo, que exige maturidade e autonomia dos


estudantes e também docentes muito bem preparados, remunerados, bom apoio
institucional e infraestrutura tecnológica. Os professores precisam descobrir quais são as
motivações profundas de cada estudante, o que os mobiliza mais para aprender, os
percursos, técnicas e tecnologias mais adequados para cada situação e combinar
equilibradamente atividades individuais e grupais, presenciais e online.

A aprendizagem é mais
significativa quando motivamos os
alunos intimamente, quando eles
acham sentido nas atividades que
propomos, quando consultamos
suas motivações profundas,
quando se engajam em projetos
em que trazem contribuições,
quando há diálogo sobre as foto: shutterstock

atividades e a forma de realizá-


las.

Para isso é fundamental conhecê-los, perguntar, mapear o perfil de cada estudante. Além
de conhecê-los, acolhê-los afetivamente, estabelecer pontes, aproximar-nos do universo
deles, de como eles enxergam o mundo, do que eles valorizam, partindo de onde eles
estão para ajudá-los a ampliar sua percepção, a enxergar outros pontos de vista, a aceitar
desafios criativos e empreendedores.

Temos plataformas e aplicativos que nos oferecem cada vez mais possibilidades de
personalização e acompanhamento. As plataformas adaptativas monitoram os avanços de
cada aluno em tempo real, sugerem alternativas e permitem que cada um estude sem
professor no seu próprio ritmo, até um determinado ponto. Cada aluno conta com um
dashboard, um quadro em que visualiza o percentual de conclusão de cada tema ou
atividade e mais estatísticas do seu desenvolvimento. Ele consegue perceber que temas
domina mais, onde apresenta mais dificuldades e precisa de mais ajuda. Em paralelo, o

10
professor visualiza esses mesmos avanços e dificuldades dos seus alunos em um quadro
em tempo real.[4]

Aprendendo a desenvolver trilhas na vida com significado

As instituições mais inovadoras desenham uma política clara de personalização da


aprendizagem em torno do projeto de vida do aluno. A personalização encontra seu
sentido mais profundo quando cada estudante se conhece melhor e amplia sua percepção
do seu potencial em todas as dimensões.

O projeto de vida é um componente

curricular transversal importante,

que visa promover a convergência,

de um lado, entre os interesses e

paixões de cada aluno e, de outro, foto: shutterstock

seus talentos, história e seu

contexto.
Estimula-se a busca de trilhas de uma vida com significado e util, pessoal e socialmente, e,
como consequência, é ampliada a motivação intrínseca para aprender e evoluir em todas
as dimensões. São trilhas pessoais de vida porque elas se refazem, redefinem, modificam
com o tempo. Não são roteiros fechados, mas abertos, adaptados às necessidades de cada
um. São projetos porque estão em construção e tem dinâmicas que ajudam a rever o
passado, a situar-se no presente e a projetar algumas dimensões do futuro.

Os projetos de vida olham para o passado de cada aluno (história), para o seu contexto
atual e para as suas expectativas futuras. Isso pode ser trabalhado com a metodologia de
design, focando a empatia, a criação de ambientes afetivos e de confiança, em que cada
aluno pode expressar-se e contar seu percurso, suas dificuldades, seus medos, suas
expectativas e ser orientado para encontrar uma vida com significado e desenhar seu
projeto de futuro.

Todos os professores e todas as atividades de ensino-aprendizagem podem contribuir


para que cada aluno se conheça melhor, se oriente de forma mais consciente. Alguns o
fazem de forma mais institucional, direta e assumem o papel de mentores, acompanhando

11
mais de perto os alunos no seu dia a dia, ajudando-os a descobrir seus interesses, talentos
e fragilidades e a ir tomando decisões para modificar sua visão de mundo e desenhar
caminhos para seu futuro. É importante ter uma equipe de mentores com perfis
complementares para que consigam acompanhar as diversas etapas de cada projeto
(diagnóstico, design, implementação, avaliação) e as diferentes visões de mundo dos
alunos. No começo deve ficar bem claro para o aluno todo o processo, os momentos mais
fortes, os materiais de apoio, os mentores específicos atribuídos. Isso garantirá que não
seja só uma ideia no papel, mas uma ação viva continuada. [5] Um caminho interessante
para o projeto de vida é o da construção de narrativas, em que cada aluno conte sua
história utilizando as diversas tecnologias disponíveis (storytelling)

Sozinhos vamos até um certo ponto

que se amplia com a interação com os

demais (aprendizagem entre pares)

e com pessoas mais experientes.


foto: shutterstock

O movimento de aprendizagem individual ultrapassa a escola e o que é exigido no ensino


formal. Hoje há inúmeras possibilidades de pesquisa, acesso a materiais, cursos, vídeos
para que cada um escolha os que mais lhe motivam [1].

2.4. Aprendizagem em grupo e em redes


Um segundo movimento importante para aprender acontece pelas múltiplas
possibilidades de encontros com pessoas próximas e distantes/conectadas, que se
agrupam de forma mais aberta ou organizada, pontual ou permanente, formal ou informal,
espontânea ou estruturada, sem supervisão ou com supervisão, em contextos confiáveis,
de apoio e também nos desafiadores.

Nosso cérebro aprende conectando-se em rede, segundo a neurociência. Todas as


iniciativas para abrir os espaços das escolas para o mundo, ampliando as diferentes redes
sociais e tecnológicas pessoais, grupais e institucionais, contribuem para oferecer ricas
oportunidades de aprendizagem.

A combinação de tantos ambientes e possibilidades de troca, colaboração, co-produção e


compartilhamento entre pessoas com habilidades diferentes e objetivos comuns traz
inúmeras oportunidades de ampliar nossos horizontes, de desenhar processos, projetos,

12
descobertas, construir soluções, produtos e mudar valores, atitudes e mentalidades. A
combinação equilibrada da flexibilidade da aprendizagem híbrida, misturada, entre pares
com metodologias ativas - fazendo, refletindo, avaliando e compartilhando - facilita a
ampliação da nossa percepção, conhecimento e competência em todos os níveis, se
formos abertos e competentes.

O mundo da cocriação, coworking, economia criativa, design

colaborativo, da cultura maker, comprovam a força da

colaboração, do compartilhamento, da sinergia para descobrir

novas soluções, processos, produtos, organizações.

As sociedades mais dinâmicas são as que incentivam a

colaboração, o empreendedorismo e a criatividade.

A aprendizagem por projetos, problemas, desafios, em times, por design, construindo


histórias, vivenciando jogos, interagindo com a cidade com apoio de mediadores
experientes, equilibrando as escolhas pessoais e as grupais, é o caminho que
comprovadamente traz melhores resultados em menor tempo e de forma mais profunda
na educação formal.

Sozinhos podemos aprender a avançar bastante; em grupos,s entre pares podemos


conseguir chegar mais longe e, se contamos com a tutoria/mentoria de pessoas mais
experientes, podemos alcançar horizontes inimagináveis.

Infelizmente muitos não exploram todas as possibilidades da aprendizagem em rede:


limitam-se a compartilhar imagens, vídeos e outros materiais de entretenimento, a
manter conversas banais ou a encastelar-se em grupos que reforçam visões estreitas,
simplistas ou preconceituosas do mundo. Estar em rede, compartilhando, é uma grande

13
oportunidade de aprendizagem ativa, que uns conseguem explorá-la com competência,
enquanto outros a desperdiçam em futilidades.

2.5. A aprendizagem por tutoria/mentoria

O terceiro movimento na aprendizagem acontece no contato com profissionais mais


experientes (professores, tutores, mentores). Eles podem ajudar-nos a ir além de onde
sozinhos e em grupos de pares conseguimos chegar. Eles desempenham o papel de
curadores para que cada estudante avance mais na aprendizagem individualizada;
desenham algumas estratégias para que a aprendizagem entre pares seja bem sucedida e
conseguem ajudar os aprendizes a que ampliem a
visão de mundo que conseguiram nos percursos
individuais e grupais, levando-os a novos
questionamentos, investigações, práticas e sínteses. Sugestão -
Que imagem inserir aqui?
Os bons professores e orientadores sempre foram e Apresente no comentário a sua
sugestão
serão fundamentais para avançarmos na
aprendizagem. Ajudam a desenhar roteiros
interessantes, problematizam, orientam, ampliam
os cenários, as questões, os caminhos a serem
percorridos. O diferente hoje é que eles não
precisam estar o tempo todo juntos com os alunos, nem precisam estar explicando as
informações para todos. A combinação no projeto pedagógico de aprendizagens
personalizadas, grupais e tutoriais é poderosa para obter os resultados desejados.

O que a educação formal hoje precisa levar em conta é que a aprendizagem individual,
grupal e tutorial avança no cotidiano fora das escolas, pelas muitas ofertas informais na
rede. Temos inúmeras oportunidades de aprender sozinhos, em grupo e em coaching ou
orientação de diversos tutores. Há inúmeros cursos massivos abertos, grupos de
colaboração acessíveis e pessoas mais experientes que podem ajudar-nos (de forma
gratuita ou remunerada) fora das instituições formais. De outro lado, se a educação formal
quer continuar sendo relevante precisa incorporar todas estas possibilidades do cotidiano
aos seus projetos pedagógicos. Incorporar os caminhos individuais de aprender, os
colaborativos e os de orientação.

A comunicação através da colaboração se complementa com a comunicação um a um, com


a personalização, através do diálogo do professor com cada aluno e seu projeto, com a
orientação e acompanhamento do seu ritmo. Podemos oferecer sequências didáticas mais
personalizadas, monitorando-as, avaliando-as em tempo real, com o apoio de plataformas

14
adaptativas, o que não era possível na educação mais massiva ou convencional. Com isso o
professor conversa, orienta seus alunos de uma forma mais direta, no momento que
precisam e da forma mais conveniente.

O papel ativo do professor como design de caminhos, de atividades individuais e de grupo


é decisivo e o faz de forma diferente. O professor se torna cada vez mais um gestor e
orientador de caminhos coletivos e individuais, previsíveis e imprevisíveis, em uma
construção mais aberta, criativa e empreendedora.

Sozinhos vamos até um certo ponto; juntos, vamos além. Essa interconexão entre a
aprendizagem pessoal e a colaborativa, num movimento contínuo e ritmado, nos ajuda a
avançar muito além do que o faríamos sozinhos ou só em grupo. Os projetos pedagógicos
inovadores conciliam, na organização curricular, espaços, tempos e projetos que
equilibram a comunicação pessoal e a colaborativa, presencial e online e que, sob
orientação de um orientador, nos levam a um patamar mais elevado de síntese e de novas
habilidades.

A maior parte do tempo - na educação presencial e a distância - ensinamos com materiais


e comunicações escritos, orais e audiovisuais, previamente selecionados ou elaborados.
São extremamente importantes, mas a melhor forma de aprender é combinando
equilibradamente atividades, desafios e informação contextualizada. Para aprender a
dirigir um carro, não basta ler muito sobre esse tema; tem que experimentar, rodar com o
ele em diversas situações com supervisão, para depois poder assumir o comando do
veículo sem riscos.

As instituições educacionais interessantes combinam o melhor da personalização, do


compartilhamento e da tutoria. Cada estudante, em cada fase da vida, avança na
autonomia (personalização) na aprendizagem grupal, colaborativa, compartilhada com
tutoria (mediação, mentoria) de pessoas mais experientes em diversas áreas de
conhecimento.

Saiba mais

[1] Para aprofundar este tema: BACICH, L.; TANZI NETO, A.e TREVISANI, F. de M. Ensino Híbrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.

[2] Para o leitor que não experimentou plataforma adaptativa, pode entrar em
https://pt.khanacademy.org e inscrever-se como aluno e realizar os exercícios que achar
conveniente. Logo visualizará seu progresso, através de pontos e medalhas. Se for professor, entre
como professor e cadastre alguns alunos e conseguirá ver o percurso de cada um, onde tem mais
domínio e mais dificuldades em matemática

15
[3] BARRERA, Tathyana Gouvêa. O Movimento Brasileiro de Renovação Educacional no início do
Século XX. SP: FE-USP, 2016. Tese de Doutorado.

[4] Algumas plataformas adaptativas que estão em evolução são, além da Khan, a Geekie, o
QMágico, a Knewton, entre muitas outras.

[5] Milena MASCARENHAS. Aula de projeto de vida prepara jovem para desafios.
http://porvir.org/porpensar/aula-de-projeto-de-vida-prepara-jovem-para-desafios/20150609

[Outros]

→ “O que significa implantar um sistema de Disponível em: https://ined21.com/sistema-


personalizado-de-aprendizaje/
aprendizagem personalizado?” Este texto é um
trecho adaptado do documento: "Da Visão

à Realidade. Aprendizado personalizado baseado em competências para todas as crianças


» escrito por Virgel Hammonds e Jesse Moyer para KnowledgeWorks. 2018

→ CHRISTENSEN, C,: HORN, M; STAKER, H. Ensino Disponível em: http://porvir.org/wp-


Híbrido: uma Inovação Disruptiva?. Uma content/uploads/2014/08/PT_Is-K-12-
blended-learning-disruptive-Final.pdf
introdução à teoria dos híbridos. Maio de 2013.

→ PORVIR. Educação sob medida. Especial sobre Disponível em:


Personalização, disponível em http://www.porvir.org/especiais/personaliza
cao/#indice

--> Blended Learning. Proyectos de innovación http://www.theflippedclassroom.es/ed-


educativa en el ámbito de la Educación Superior. superior-blended-learning/

Experiencias (em espanhol).

→ PORVIR. Educação sob medida. Especial sobre http://www.porvir.org/especiais/personaliza


Personalização, disponível em cao/#indice

Este texto é um trecho adaptado do documento: " Da Visão à Realidade. Aprendizado


personalizado baseado em competências para todas as crianças » escrito por Virgel
Hammonds e Jesse Moyer para KnowledgeWorks. 2018.

O que significa implantar um sistema de aprendizagem personalizado?


Este documento está descrito, não por acaso, sobre resultados e idéias teóricas que são
oferecidas sobre o processo de implementação de um sistema de aprendizagem
personalizado baseado em competências, (...).
Como esse processo envolve os responsáveis? Estamos acostumados que as
modificações ou mudanças educativas sejam deliberados pelo legislativo e venham

16
impostos de cima para baixo. Como sabemos por experiência. isso quase nunca funciona.
As mudanças de verdade ou ocorrem no campo onde elas devem ser implementadas, ou
não serão efetivas.
Bem, neste artigo eu apresento uma síntese, elaborada a partir da tradução de um
documento que cito abaixo, no qual as responsabilidades e implicações de cada agente
são apontadas , no processo de mudança.

Papéis dos agentes envolvidos em um processo de implementação de uma educação


personalizada baseada em competências .

PARA OS Os alunos são a parte mais importante de um sistema de aprendizagem


ESTUDANTES
personalizado baseado em competências. Um grande esforço deve ser
dedicado para fornecer as ferramentas necessárias para eles navegarem
neste sistema. Entre elas: realizar práticas com o estudante -
aprendizagem centrada para levá-lo à aprendizagem mais profunda,
incluindo o desenvolvimento de sua mentalidade, alfabetização e
capacidade de trabalhar com os professores para co-criar procedimentos
operacionais padrão para ser realizado em sala de aula.

A operacionalização de todos esses conceitos em sala de aula, combinada


com expectativas rigorosas para todos os alunos, permite que eles
busquem seu próprio sucesso. Devemos oferecer ser uma constante
possibilidade estabelecer um ambiente que se adapta em tempo real, para
atender as necessidades dos alunos, enquanto eles compartilham no
processo de aquisição de conhecimento, onde cometer erros é parte do
próprio processo de aprendizagem.

Protagonismo do aluno e capacitação dos alunos para usar sua voz e a


capacidade de escolher sua própria aprendizagem. No aprendizado
personalizado, em um ambiente baseado em competências, o protagonista
do aprendiz refere-se especificamente ao nível de controle, autonomia e
voz que o aluno experimenta. Isto pode ocorrer na sala de aula em muitas
maneiras diferentes, incluindo estudantes ' compreensão sobre como eles
aprendem melhor, como eles fornecem evidências de aprender objetivos
específicos, se eles estão prontos para se mover, ou se eles precisam de
apoio adicional para conseguir o domínio.

Ou oportunidades ampliadas de aprendizado, muitas vezes além das


paredes da sala de aula, oferecendo tarefas autênticas e rigorosas,

17
baseadas em problemas projetados para garantir altos níveis de
comprometimento. Essas experiências de aprendizado permitem que os
alunos demonstrem domínio do conteúdo e habilidades socioemocionais,
usando o design do pensamento para resolver problemas do mundo real
que se conectam com seus interesses e paixões. Professores e alunos
podem co-projetar essas experiências e aprender, fora do horário escolar,
o que pode ser credenciado como parte do processo de aprendizagem .

PARA OS O atuar em cada ambiente de aprendizagem personalizado baseado em


PROFESSORES
competências, requer um desenvolvimento significativo e um
compromisso por parte dos professores.

Desenvolvimento profissional personalizado projetado para construir


capacidade. Embora muitas das mudanças em um ambiente de
aprendizagem personalizado baseado em competências, recaem sobre os
professores para sua implementação, a maioria dos programas de
treinamento e oportunidades de desenvolvimento profissional, não
preparam os educadores para desafios diários com todo estudante.

Para que o desenvolvimento profissional tenha o impacto mais profundo


possível, ele deve ser personalizado de acordo com as necessidades dos
professores, da mesma forma que o aprendizado é personalizado para
atender às necessidades de cada aluno.

LIBERDADE de experimentar coisas novas, aprender com os erros e


melhorar continuamente. Isso inclui não apenas os andaimes no
desenvolvimento profissional, de modo que uma habilidade depende de
outra, mas também mede o impacto e a transferência de aprendizado
através de pesquisas on-line, visitas à escola, autorreflexão e observação
em a aula. Inicialmente, essas estratégias de coleta de dados fornecerão
uma linha de base para orientar os processos de desenvolvimento e o
projeto sistêmico, que atende às necessidades de cada um. Utilizados ao
longo do tempo, os dados coletados desses processos podem ser usados
para mostrar o crescimento profissional, oportunidades para organizar
apoios adicionais para educadores e progresso contínuo para a visão da
comunidade e o perfil de um graduado.

Redes professores para aprender a partir de outro. Isso pode se manifestar


de diferentes maneiras, incluindo comunidades de aprendizagem

18
profissional, grupos baseados em conteúdo ou níveis educacionais, ou
através de uma organização nacional que reúne profissionais de todo o
país.

DISSEMINE O SISTEMA

Alguns professores, geralmente, podem ser críticos sobre ações necessárias para colocar
em curso a implementação, os líderes da escola e da secretária de Educação [governo
regional] devem cultivar as condições de cultura necessárias para sustentar a
transformação ao nível do sistema. Estes são alguns dos elementos a considerar:

● E-currículo, consistindo de padrões e objetivos de aprendizagem, deve ser


consistente e de fácil compreensão para todos os interessados, especialmente
para estudantes. No entanto, as maneiras pelas quais eles atendem a esses
padrões podem ser diferentes para fornecer uma experiência de aprendizado
personalizada para cada aluno.
● À instrução devem se concentrar em ensinar os alunos a aprender, a partir de um
modelo liderado pelo professor, um modelo liderado pelo estudante, que pode
incorporar instrução diferenciada, instrução direta, aprendizagem guia, blended
learning e baseado em projetos, modelos inversos, etc.
● Faz necessário implementar um sistema de avaliação abrangente, incluindo a
formação, avaliações intermediárias e sumativa, fornecendo dados que podem ser
usados para rastrear o progresso do aluno e ajustar as atividades de
aprendizagem diárias.
-- x – x – x –
● Cada região deve cultivar ambientes de aprendizagem flexíveis, tanto dentro
como fora dos muros da escola que suportem as altas expectativas de todos os
alunos e, ao mesmo tempo promover uma cultura de confiança, apoio, igualdade
e voz inclusão.
● Os estudantes devem obter o apoio a tempo de que necessitam para aprender
bem, para terem sucesso quando eles precisam, não depois de completar uma
avaliação sumativa no final do ano.
● Cada região deve fornecer programa de desenvolvimento profissional de
trabalho integrado, que esteja alinhado com a visão proposta pela região, para o
ensino e aprendizagem e para as necessidades dos alunos. Isso deve fomentar
uma cultura de colaboração e melhoria contínua, aproveitando a tecnologia para
criar uma experiência personalizada para cada professor, que estará disponível
em qualquer lugar, a qualquer hora .

19
● Cada região deve manter um sistema de dados abrangente , que consiste no
gerenciamento de sistemas de aprendizagem, avaliação e informação do
estudante que estão disponíveis para estudantes e famílias em todos os
momentos .
● Cada região deve ter um programa de desenvolvimento de liderança que
identifique e treine líderes nos níveis de sala de aula, escola e município/estado.
● Estes também devem ter uma política tecnológica que permita acesso
onipresente e seguro à Internet.
● E assim, são também cultivadas parcerias com empresas, membros da
comunidade e do ensino superior em suas comunidades (incluindo o governo
local e do conselho, recreação, organizações juvenis, instituições religiosas, etc.).

Fonte: Leitura complementar: “O que significa implantar um sistema de aprendizagem personalizado?”


Disponível em https://ined21.com/sistema-personalizado-de-aprendizaje/ Acesso em 09/03/2019.

20

Você também pode gostar