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Sumário
2.1 O que é Ensino Híbrido?
2.2. Aprendizagem ativa híbrida, personalizada, compartilhada e por tutoria/mentoria
2.3. Aprendizagem personalizada
2.4. Aprendizagem em grupo e em redes
2.5. A aprendizagem por tutoria/mentoria
Saiba mais
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oferecer as melhores experiências de
aprendizagem à cada estudante.
Esse conceito do híbrido evoluiu bastante nos últimos tempos pela expertise
adquirida com a ida forçada para o digital. Aumentou a consciência de que as
misturas podem ser muito mais amplas: Espaços, tempos, metodologias, formas de
avaliar. Não faz muito sentido dar aulas expositivas nos encontros presenciais do
modelo híbrido, pois a parte expositiva pode ser melhor planejada no online (com
acesso assíncrono, onde cada um acessa no seu tempo e quantas vezes quiser). O
online também pode ser para pesquisa, participar de alguns projetos e desafios,
alguns momentos de apresentação. Mas o presencial ainda é insuperável para um
contato mais amplo, para projetos mais mão na massa, para práticas mais reais e
imersivas, para áreas de criação coletiva como teatro, dança e principalmente para
criar vínculos.
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Autoria com colagens e imagens shutterstock
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uma etapa de preparação para a sala de aula, onde poderíamos aprofundar e aplicar
os conceitos estudados previamente no online. Agora percebemos que também
podemos desenvolver projetos no online de forma assíncrona e síncrona, podemos
discutir casos, compartilhar experiências. Muitas das atividades que imaginávamos
que só seriam viáveis no presencial podem ser realizadas com bastante qualidade no
online, principalmente com crianças maiores, jovens e adultos. Muitas atividades de
experimentação corporal (dança), ou de práticas médicas precisam mais de
contato físico que dependem do contato físico. Mas mesmo elas, podem ser
integradas e combinadas com experimentações em ambientes virtuais imersivos. O
avanço e domínio das tecnologias neste período longo de ida para o digital nos fez
experimentar possibilidades que antes pareciam pouco relevantes.
Está claro que os modelos híbridos serão preponderantes daqui em diante, com
várias combinações e desenhos didáticos, mas vieram para ficar e impactarão
profundamente a educação em todos os níveis nos próximos tempos.
Já são muitos que estão enxergando mais longe: Um híbrido flexível predominante,
adequado às necessidades de cada estudante, escola, instituição de ensino superior.
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Figura - Definição do Ensino Híbrido,está é a conceituação da definição completa, 2
Esses autores definem quatro modelos que categorizam a maioria dos programas de
ensino híbrido ou blended: flex, blended misturado, virtual enriquecido e rodízio.
O modelo blended misturado consiste no cenário no qual o aluno opta por realizar uma ou
mais disciplinas totalmente on-line para complementar as disciplinas presenciais. É o caso,
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Figura extraída de Clayton Christensen Institute, Ensino Híbrido: uma Inovação Disruptiva? Uma introdução à teoria
dos híbridos. tradução Instituto Península, 2013. p. 10. Disponível em: https://www.pucpr.br/wp-
content/uploads/2017/10/ensino-hibrido_uma-inovacao-disruptiva.pdf
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por exemplo, de a grade curricular oferecida presencialmente não dispor de disciplinas de
interesse do aluno, e que são oferecidas on-line.
No modelo virtual enriquecido, a ênfase está nas disciplinas que o aluno realiza on-line,
sendo que ele pode realizar algumas atividades presencialmente como, por exemplo,
experiências práticas, laboratórios ou mesmo uma disciplina presencial. Esse modelo
difere do blended misturado pelo fato de a maior parte do ensino estar acontecendo on-
line, complementado com poucas atividades presenciais.
O modelo por rotação propõe que o aluno desenvolva vários tipos de atividades de acordo
com as necessidades dos alunos, do seu número e da infraestrutura existente. Os
estudantes são organizados em grupos e revezam as atividades realizadas de acordo com
um horário fixo ou com a orientação do professor.
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3. Sala de aula invertida: Na abordagem da sala de aula invertida, os materiais
básicos são estudados online, antes da aula presencial, com apoio das tecnologias
digitais. A sala de aula torna-se o lugar de discussão, de aprofundamento dos temas
pesquisados inicialmente online, de desenvolvimento de atividades, desafios ou
projetos. As informações iniciais são estudadas em casa, no formato on-line, por
meio de leituras e vídeos, que são avaliados online pelo professor para ter uma
noção mais precisa do grau de conhecimento de cada aluno sobre o tema em
questão. Com isso pode planejar para o momento presencial, na sala de aula,
diferentes tipos de atividades adequadas para as necessidades reais. Os momentos
presenciais são utilizados para discussões, resolução de atividades, entre outras
propostas.
Diversos estudos têm demonstrado que os estudantes constroem sua visão sobre o
mundo ativando conhecimentos prévios e integrando as novas informações com as
estruturas cognitivas já existentes para que possam, então, pensar criticamente
sobre os conteúdos ensinados. Essas pesquisas também indicam que os alunos
desenvolvem habilidades de pensamento crítico e têm uma melhor compreensão
conceitual sobre uma ideia quando exploram um domínio primeiro e, a partir disso,
têm contato com uma forma clássica de instrução, como uma palestra, um vídeo ou
a leitura de um texto.
4. Rotação individual: cada aluno tem uma lista das propostas que deve completar
durante uma aula. Aspectos como avaliar para personalizar devem estar muito
presentes nessa proposta, visto que a elaboração de um plano de rotação individual
só faz sentido se tiver como foco o caminho a ser percorrido pelo estudante de
acordo com suas dificuldades ou facilidades, identificadas em alguma avaliação
inicial ou prévia. A diferença desse modelo para outros modelos de rotação é que os
estudantes não rotacionam, necessariamente, por todas as modalidades ou
estações propostas. Sua agenda diária é individual, customizada conforme as suas
necessidades. Em algumas situações, o tempo de rotação é livre, variando de
acordo com as necessidades dos estudantes. Em outras situações, pode não ocorrer
rotação e, ainda, pode ser necessária a determinação de um tempo para o uso dos
computadores disponíveis. O modo de condução dependerá das características do
aluno e das opções feitas pelo professor para encaminhar a atividade.
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O quadro seguinte sintetiza os diferentes modelos de ensino híbrido3:
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http://porvir.org/wp-content/uploads/2014/08/PT_Is-K-12-blended-learning-disruptive-Final.pdf. p.52.
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diferentes como o nosso, exigem ama ampliação e adaptação às diferentes
situações que docentes e estudantes enfrentam com bastante frequência.
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Em todos os níveis há ou pode haver orientação, supervisão e ela é importantíssima para
avançar mais profundamente na aprendizagem, mas na individual a responsabilidade
principal é de cada um, da sua iniciativa, do que é previsto pela escola e do que ele
constrói nos demais espaços e tempos.
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última opção acontece em alguns projetos educacionais mais inovadores. (BARRERA
GOUVEIA,2016)[3].
A aprendizagem é mais
significativa quando motivamos os
alunos intimamente, quando eles
acham sentido nas atividades que
propomos, quando consultamos
suas motivações profundas,
quando se engajam em projetos
em que trazem contribuições,
quando há diálogo sobre as foto: shutterstock
Para isso é fundamental conhecê-los, perguntar, mapear o perfil de cada estudante. Além
de conhecê-los, acolhê-los afetivamente, estabelecer pontes, aproximar-nos do universo
deles, de como eles enxergam o mundo, do que eles valorizam, partindo de onde eles
estão para ajudá-los a ampliar sua percepção, a enxergar outros pontos de vista, a aceitar
desafios criativos e empreendedores.
Temos plataformas e aplicativos que nos oferecem cada vez mais possibilidades de
personalização e acompanhamento. As plataformas adaptativas monitoram os avanços de
cada aluno em tempo real, sugerem alternativas e permitem que cada um estude sem
professor no seu próprio ritmo, até um determinado ponto. Cada aluno conta com um
dashboard, um quadro em que visualiza o percentual de conclusão de cada tema ou
atividade e mais estatísticas do seu desenvolvimento. Ele consegue perceber que temas
domina mais, onde apresenta mais dificuldades e precisa de mais ajuda. Em paralelo, o
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professor visualiza esses mesmos avanços e dificuldades dos seus alunos em um quadro
em tempo real.[4]
contexto.
Estimula-se a busca de trilhas de uma vida com significado e util, pessoal e socialmente, e,
como consequência, é ampliada a motivação intrínseca para aprender e evoluir em todas
as dimensões. São trilhas pessoais de vida porque elas se refazem, redefinem, modificam
com o tempo. Não são roteiros fechados, mas abertos, adaptados às necessidades de cada
um. São projetos porque estão em construção e tem dinâmicas que ajudam a rever o
passado, a situar-se no presente e a projetar algumas dimensões do futuro.
Os projetos de vida olham para o passado de cada aluno (história), para o seu contexto
atual e para as suas expectativas futuras. Isso pode ser trabalhado com a metodologia de
design, focando a empatia, a criação de ambientes afetivos e de confiança, em que cada
aluno pode expressar-se e contar seu percurso, suas dificuldades, seus medos, suas
expectativas e ser orientado para encontrar uma vida com significado e desenhar seu
projeto de futuro.
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mais de perto os alunos no seu dia a dia, ajudando-os a descobrir seus interesses, talentos
e fragilidades e a ir tomando decisões para modificar sua visão de mundo e desenhar
caminhos para seu futuro. É importante ter uma equipe de mentores com perfis
complementares para que consigam acompanhar as diversas etapas de cada projeto
(diagnóstico, design, implementação, avaliação) e as diferentes visões de mundo dos
alunos. No começo deve ficar bem claro para o aluno todo o processo, os momentos mais
fortes, os materiais de apoio, os mentores específicos atribuídos. Isso garantirá que não
seja só uma ideia no papel, mas uma ação viva continuada. [5] Um caminho interessante
para o projeto de vida é o da construção de narrativas, em que cada aluno conte sua
história utilizando as diversas tecnologias disponíveis (storytelling)
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descobertas, construir soluções, produtos e mudar valores, atitudes e mentalidades. A
combinação equilibrada da flexibilidade da aprendizagem híbrida, misturada, entre pares
com metodologias ativas - fazendo, refletindo, avaliando e compartilhando - facilita a
ampliação da nossa percepção, conhecimento e competência em todos os níveis, se
formos abertos e competentes.
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oportunidade de aprendizagem ativa, que uns conseguem explorá-la com competência,
enquanto outros a desperdiçam em futilidades.
O que a educação formal hoje precisa levar em conta é que a aprendizagem individual,
grupal e tutorial avança no cotidiano fora das escolas, pelas muitas ofertas informais na
rede. Temos inúmeras oportunidades de aprender sozinhos, em grupo e em coaching ou
orientação de diversos tutores. Há inúmeros cursos massivos abertos, grupos de
colaboração acessíveis e pessoas mais experientes que podem ajudar-nos (de forma
gratuita ou remunerada) fora das instituições formais. De outro lado, se a educação formal
quer continuar sendo relevante precisa incorporar todas estas possibilidades do cotidiano
aos seus projetos pedagógicos. Incorporar os caminhos individuais de aprender, os
colaborativos e os de orientação.
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adaptativas, o que não era possível na educação mais massiva ou convencional. Com isso o
professor conversa, orienta seus alunos de uma forma mais direta, no momento que
precisam e da forma mais conveniente.
Sozinhos vamos até um certo ponto; juntos, vamos além. Essa interconexão entre a
aprendizagem pessoal e a colaborativa, num movimento contínuo e ritmado, nos ajuda a
avançar muito além do que o faríamos sozinhos ou só em grupo. Os projetos pedagógicos
inovadores conciliam, na organização curricular, espaços, tempos e projetos que
equilibram a comunicação pessoal e a colaborativa, presencial e online e que, sob
orientação de um orientador, nos levam a um patamar mais elevado de síntese e de novas
habilidades.
Saiba mais
[1] Para aprofundar este tema: BACICH, L.; TANZI NETO, A.e TREVISANI, F. de M. Ensino Híbrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
[2] Para o leitor que não experimentou plataforma adaptativa, pode entrar em
https://pt.khanacademy.org e inscrever-se como aluno e realizar os exercícios que achar
conveniente. Logo visualizará seu progresso, através de pontos e medalhas. Se for professor, entre
como professor e cadastre alguns alunos e conseguirá ver o percurso de cada um, onde tem mais
domínio e mais dificuldades em matemática
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[3] BARRERA, Tathyana Gouvêa. O Movimento Brasileiro de Renovação Educacional no início do
Século XX. SP: FE-USP, 2016. Tese de Doutorado.
[4] Algumas plataformas adaptativas que estão em evolução são, além da Khan, a Geekie, o
QMágico, a Knewton, entre muitas outras.
[5] Milena MASCARENHAS. Aula de projeto de vida prepara jovem para desafios.
http://porvir.org/porpensar/aula-de-projeto-de-vida-prepara-jovem-para-desafios/20150609
[Outros]
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impostos de cima para baixo. Como sabemos por experiência. isso quase nunca funciona.
As mudanças de verdade ou ocorrem no campo onde elas devem ser implementadas, ou
não serão efetivas.
Bem, neste artigo eu apresento uma síntese, elaborada a partir da tradução de um
documento que cito abaixo, no qual as responsabilidades e implicações de cada agente
são apontadas , no processo de mudança.
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baseadas em problemas projetados para garantir altos níveis de
comprometimento. Essas experiências de aprendizado permitem que os
alunos demonstrem domínio do conteúdo e habilidades socioemocionais,
usando o design do pensamento para resolver problemas do mundo real
que se conectam com seus interesses e paixões. Professores e alunos
podem co-projetar essas experiências e aprender, fora do horário escolar,
o que pode ser credenciado como parte do processo de aprendizagem .
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profissional, grupos baseados em conteúdo ou níveis educacionais, ou
através de uma organização nacional que reúne profissionais de todo o
país.
DISSEMINE O SISTEMA
Alguns professores, geralmente, podem ser críticos sobre ações necessárias para colocar
em curso a implementação, os líderes da escola e da secretária de Educação [governo
regional] devem cultivar as condições de cultura necessárias para sustentar a
transformação ao nível do sistema. Estes são alguns dos elementos a considerar:
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● Cada região deve manter um sistema de dados abrangente , que consiste no
gerenciamento de sistemas de aprendizagem, avaliação e informação do
estudante que estão disponíveis para estudantes e famílias em todos os
momentos .
● Cada região deve ter um programa de desenvolvimento de liderança que
identifique e treine líderes nos níveis de sala de aula, escola e município/estado.
● Estes também devem ter uma política tecnológica que permita acesso
onipresente e seguro à Internet.
● E assim, são também cultivadas parcerias com empresas, membros da
comunidade e do ensino superior em suas comunidades (incluindo o governo
local e do conselho, recreação, organizações juvenis, instituições religiosas, etc.).
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