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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: VOCÊ SABE TUDO QUE

DEVERIA SABER? UMA ANÁLISE SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS


PSICOLÓGICAS DO ABORTO VELADO

Érika Arêas Freitas de Castro Marins


Pós Graduada em Auditoria em Saúde
erika.marins@gmail.com

Ivy de Campos
Mestranda em Pesquisa Operacional e Inteligência Computacional
pela Universidade Cândido Mendes
ivydecampos@gmail.com

Isadora Rangel Machado de Andrades


Aluna especial do Mestrado em Cognição e Linguagem pela
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
isadorarm12@gmail.com

Evandro Monteiro de Barros Junior


Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Cognição e Linguagem
da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
evandroadv2009@htmail.com

Luiz Fernando Gonçalves de Castro


Professor da Faculdade Metropolitana São Carlos
luisfergcastro@hotmail.com

Introdução

O aborto é a interrupção por meios naturais ou induzidos, de uma gestação. Há


controvérsias sobre o que poderia ser ou não considerado um aborto diante do tempo de
gestação. De toda forma a discussão sobre fazer ou não um aborto induzido atinge não
somente a esfera legal, mas principalmente as leis morais.
Estatisticamente não se sabe o número real de abortos induzidos por ser uma
prática, em sua maior parte, clandestina em países onde sua prática é considerada crime,
como no Brasil, por exemplo.
A pergunta mais pertinente e que perpassa todos os elementos deste estudo diz
respeito ao questionamento que não toca no quesito que se refere à moralidade do
aborto induzido, mas pretende levantar suposições acerca dos motivos pelos quais os
métodos anticonceptivos tais como Dispositivo Intrauterino e pílula do dia seguinte não
são considerados abortivos numa sociedade onde o aborto é legalmente proibido e
moralmente condenado.
1. Fundamentação teórica

O código genético está contido em regiões denominadas genes, responsáveis por


determinar as características de cada indivíduo. Além do código genético, o DNA
possui, também, regiões que não são responsáveis pelo desenvolvimento de
características. Estas regiões, aparentemente sem função, são denominadas de DNA
silencioso.
Estas regiões estão presentes ao longo de toda a molécula de DNA. Na verdade,
existem em maior número que as regiões gênicas e, curiosamente, apresentam
sequências polimórficas, isto é, que apresentam diferenças, variando de um indivíduo
para outro. O conjunto destas regiões polimórficas nos faz únicos, funcionando como
impressões digitais do DNA e, portanto, servem para identificar as pessoas e sua
origem, tanto materna como paterna, uma vez que são herdadas e transmitidas de pais
para filhos, da mesma forma que os genes (MARTIN, 2006).
Estas regiões estão presentes ao longo de toda a molécula de DNA. Na verdade,
existem em maior número que as regiões gênicas e, curiosamente, apresentam
sequências polimórficas, isto é, que apresentam diferenças, variando de um indivíduo
para outro. Segundo Leal (1994), a história de cada um de nós começa com a fusão de
dois gametas, o óvulo materno e o espermatozoide paterno, que irão reunir em uma
nova célula suas informações genéticas, criando um indivíduo com características
próprias.
No núcleo desta primeira célula, está o DNA, o ácido desoxirribonucleico. Esta
molécula, que herdamos de nossos pais, é tão grande que se encontra enrolada e
compactada no interior do núcleo, na forma denominada cromossomo. Nossa espécie
possui 23 pares de cromossomos.
Quando a primeira célula iniciar seu processo de divisão celular, a informação
contida no código genético, herdada de cada um nossos pais, será transmitida para todas
as novas células formadas. Isto significa que o DNA existente no núcleo de cada uma
dessas novas células é sempre igual (MARTIN, 2006).

2. Resultados alcançados

O conjunto destas regiões polimórficas nos faz únicos, funcionando como


impressões digitais do DNA e, portanto, servem para identificar as pessoas e sua
origem, tanto materna como paterna, uma vez que são herdadas e transmitidas de pais
para filhos, da mesma forma que os genes (MARTIN, 2006).
O dispositivo anticonceptivo intrauterino, popularmente conhecido como
DIU, é uma é uma pequena estrutura em forma de T que é inserida no útero por um
ginecologista, de preferência durante o período menstrual, lá permanecendo durante
cerca de cinco anos, em alguns casos ele pode permanecer no útero por até 12 anos. Em
geral os dispositivos intrauterinos são feitos de polietileno, com ou sem adição de
substâncias metálicas (cobre) ou hormonais (progesterona).
A pílula do dia seguinte, também conhecida como contracepção de emergência,
é um método contraceptivo que pode ser eficaz até 72 horas após uma relação sexual
sem precauções contra a gravidez e pode diminuir drasticamente as chances de ela
acontecer (PEDRO, 2010).
A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), nega o efeito
abortivo da pílula, porém seus dados são baseados em pesquisas com animais cujo ciclo
hormonal não tem nada a ver com o da mulher, e em um estudo feito com mulheres,
mas sem validade estatística.
A estratégia utilizada para que seja garantida a comercialização do medicamento
em países que protegem a vida humana desde a concepção é de negar seu efeito
abortivo (PAIVA, 2014).
Hoje em dia no mercado é possível encontrar fármacos que garantem a
eficácia contra a gravidez até cinco dias depois do ato sexual, de forma que passadas
tantas horas, como já mencionado acima, a concepção obviamente já terá ocorrido e este
medicamento não poderia mais se enquadrar, devido a este fato, na classificação de
contraceptivo.

Conclusões

Concluímos que o uso de métodos contraceptivos tais como DIU, seja o feito de
cobre ou o DIU hormonal, bem como de pílula do dia seguinte configuram-se como
abortivos, embora seu uso seja aceito pela sociedade médica e seu uso seja até mesmo
incentivado tanto pelas autoridades legais quanto pela sociedade. Observamos que evita-
se falar sobre o assunto e são utilizados frequentemente termos técnicos inacessíveis à
população leiga na área da medicina, de forma a não levantar o debate a respeito da
questão, o que poderia recair sobre a venda dos métodos contraceptivos que impedem a
nidação, e que possivelmente representaria uma queda na venda destes em sociedades
que condenam legal e moralmente a prática do aborto.
Referências

LEAL, O. F. Sangue, fertilidade e práticas contraceptivas. In: ALVES, P. C.; MINAYO,


M. C. S. (Org.). Saúde e doença: um olhar antropológico. Rio de Janeiro: Editora
Fiocruz, 1994. p. 127-139

MARTIN, E. A mulher no corpo: uma análise cultural da reprodução. Rio de


Janeiro: Garamond, 2006.

PEDRO, J. M. A trajetória da pílula anticoncepcional no Brasil (1960-1980). In:


MONTEIRO, Y. N. (Org.). História da saúde: olhares e veredas. São Paulo: Instituto de
Saúde – SES/SP, 2010. p. 141-157.

PAIVA, S. P. Silêncio, não dito e vergonha no balcão da drogaria: estudo


etnográfico sobre a comercialização da contracepção de emergência no Rio de
Janeiro/RJ. 2014. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva)–Instituto de Estudos em Saúde
Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.

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