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Cada uma já expressa por si mesma, o seu conteúdo e seu valor; chama a atenção a
colocação das Artes precedendo o estudo da Astronomia; a colocação é acertada, pois, a
pausa sonora, educa o ouvido para adaptá-lo a escutar o som das “esferas celestiais”.
Não se há que confundir Astronomia com Astrologia.
Somente após vencidas essas sete etapas, que demanda um longo estágio é que o
Companheiro poderá adentrar no Templo.
Interessante verificar que até aqui, o trabalho é realizado no “ÁTRIO”. Mas, dirão
os leitores: tanto os Aprendizes como os Companheiros não trabalham dentro de um
Templo?
Evidentemente que sim, no entanto, não se deve esquecer da existência do “Templo
Interno”, que cada um possui.
O Templo material não pode ser confundido com o Templo Espiritual. O Aprendiz
trabalha em um lugar denominado de “Oficina”.
O Companheiro, já trabalha em uma “Escola”, embora dentro de um Templo; quem
trabalha em uma escola, não está dentro de um templo do saber?
Esses aspectos curiosos são próprios da Maçonaria que aparentemente são
contraditórios ou paradoxais, mas que analisados, apresentam, sempre, a sua razão de
ser.
Para o ingresso em um Templo Maçônico se faz necessária uma adequada
“preparação”, interna e externa; a vestimenta, a marcha, a luz e o som, são requisitos a
observar com rigor.
Um dos pontos “fracos” da Maçonaria Brasileira é o pouco cuidado que se tem
quanto ao trabalho do Companheiro, pois, se dá mais atenção ao Aprendiz.
Nos Painéis dos Átrios colocados nas paredes laterais das Escadarias, notam-se
ramos de trigo, videira e oliveira, os três alimentos principais originários do Egito,
simbolizando que a “alimentação” deverá ser observada com adequação, evidentemente
se trata do “alimento” da mente e do espírito.
A Escadaria apresenta, apenas parte do corrimão, e vem colocado à esquerda,
abrangendo os cinco degraus dos sentidos e é constituído por um balaústre formado de
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colunetas que reproduzem cinco ordens: Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita.
Isso expressa que o primeiro ciclo de aprendizado abrange o conhecimento da
construção passada, grega e itálica, pois no Egito, não existiam Colunas apenas
ornamentais, mas simbolizando a estatuária.
Como detalhe, a “Estrela Flamejante” vem colocada, também no Átrio. Não está
definido, como deva ser ornamentado um Templo para o trabalho no Grau de
Companheiro.
Por uma questão prática e financeira, porque os Templos no Brasil são pobres, como
parca é a própria Instituição, todos os trabalhos são realizados, inclusive no Grau três,
no Templo de Aprendiz.
Impossível de contornar, o “jeitinho” brasileiro deverá funcionar para que nada
sofra constrangimento.
Bibliografia: