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O TEMPLO MAÇÔNICO E SEUS SÍMBOLOS

Daremos início a estas reflexões sobre o Simbolismo do Templo, revisando


previamente alguns conceitos, muitas vezes mal interpretados pelos que
pertencem a esta Augusta Ordem. Refiro-me aos termos LOJA e TEMPLO.

Ambos os termos analisaremos brevemente, desde o ponto de vista


EXOTÉRICO e desde o ponto de vista ESOTÉRICO.

LOJA MAÇÔNICA

A – EXOTÉRICO

É o conjunto de pessoas que integram a família maçônica. Tal como a Igreja,


que é simplesmente a congregação de seus fiéis, a Loja não é um LUGAR
FÍSICO, senão que a associação ou somatório daquelas pessoas que realizam
o trabalho maçônico, quer dizer, a intenção de continuar o caminho que
empreenderam no momento da sua Iniciação Maçônica. Única maneira –
portanto – de alcançar a verdadeira iniciação, pois é inegável que a cerimônia
dedicada a este propósito, está constituída somente por uma série de símbolos
que se oferecem ao Recipiendário, para que ele, com o trabalho tenaz e
ininterrupto, alcance a Iniciação Real.

B - ESOTÉRICO

A Loja é a congregação do exército de virtudes que se unem e se dispõem a


luta contra os instintos, os vícios e as paixões que a escravizam e lhe roubaram
o seu reino.

TEMPLO MAÇÔNICO

A – EXOTÉRICO

É o edifício, a estrutura física, na qual se reúnem os maçons para avançar na


senda até a perfeição.

B – ESOTÉRICO

Desde este ponto de vista, podemos assinalar que o Templo Maçônico é o


Corpo Humano, onde mora o SER, a Essência Infinita, o Espírito de Deus. É
chamado de Templo porque não é outra coisa que o santuário que utiliza a
Divindade (o homem é a chispa divina com os mesmos atributos do Criador)
para manifestar-se neste universo físico.

DIFERENÇAS ENTRE LOJA E TEMPLO

Do ponto de vista EXOTÉRICO existe uma diferença palpável, pois uma coisa
é o conjunto de irmãos que se congregam para crescer em sabedoria e virtude,
e outra, muito diferente, é o lugar onde se reúnem.
Todavia, quando observamos as coisas sob o ponto de vista que está mais
além das aparências (ESOTÉRICO), damo-nos conta que não existem
diferenças, pois assim como à © em cima, é embaixo, ou seja, que tanto as
pessoas que se reúnem como as paredes do Templo, no qual trabalham, não
são outra coisa que ENERGIA CONSCIENTE E INTELIGENTE. Todo este
universo é uma, e exclusivamente esta, Energia que mantém cada coisa
exatamente no lugar em que deve estar. Cada Ser Humano cria seu próprio
universo e o segue criando até o dia em que decide partir, para logo voltar a
criar outro universo novo, na medida das suas necessidades espirituais.

O QUE CONTÉM UMA LOJA E O QUE CONTÉM O TEMPLO MAÇÔNICO?

A Loja sendo a congregação dos irmãos, que não são outra coisa que
pequenos universos, contêm todas as virtudes e todas as boas intenções de
seus membros em sua luta para alcançar a Maestria sobre si mesmos. Ela é,
então, o somatório das Luzes de todos e de cada um de seus membros.
Também na Loja se encontram simbolizadas todas as manifestações do
universo físico que, observadas desde o ponto de vista esoté rico, só refletem a
imensidão espiritual que se encontra no interior do Ser Humano.
O Templo, por sua parte, está pleno de Símbolos e Alegorias que servem para
recordar aos Irmãos sua origem celestial (por dar-lhe um nome) e que dentro
de seu próprio corpo há tantas estrelas, ou mais, das que se encontram
espargidas no espaço infinito.
A estes Símbolos dedicaremos alguns minutos da nossa exposição, não sem
antes deixar bem assentado – bem claro – que a palavra Templo implica o
conceito de SAGRADO. Um Templo pode se situar fora de nós mesmos ou
pode se encontrar em nossa interioridade, ficando sempre invariável essa
condição de SAGRADO.

O TEMPLO MAÇÔNICO, SEUS ESPAÇOS FÍSICOS

O Templo Maçônico (Exotérico), em geral está constituído por uma série de


espaços entre os quais podemos destacar os seguintes:

1 – O QUARTO (CÃMARA) DAS REFLEXÕES

Representa o planeta Terra no qual nascemos, morre mos e encontramos o


repouso eterno. O Q.: Ir.: Pedro Barboza de la Torre, Grande Inspetor Geral da
Ordem, em uma de suas importantes obras, manifesta que este simboliza, em
primeiro lugar, a Matéria que é a base dos seres e que se oferece aos sentidos
em diferentes estados. Representa, também, o centro da terra e a matriz da
mãe, onde o novo ser se forma e se prepara para nascer. Ali morre o homem
para os vícios e as paixões e nasce para praticar a virtude, a sabedoria e o
bem.

2 – SALÃO DE BANQUETES

Local destinado à celebração de reuniões do tipo social.

3 – CÃMARA DE MESTRE ou CÃMARA DO MEIO


Lugar onde os Mestres Maçons realizam seus trabalhos.

4 – SALA DE PASSOS PERDIDOS

Lugar onde se concentram os Irmãos antes de entrar no Templo propriamente


dito ou lugar de trabalho (Câmara). É o lugar onde devem ser recebidos os
Visitantes antes de serem anunciados. É ali e não dentro do Temp lo onde se
assina o Livro de Presença e a Prancha Convocatória ou de Citação. Também
é ali onde os Irmãos devem colocar os Aventais, Colares e demais
condecorações.

5 – ÁTRIO

É a linha, ou espaço físico, que separa o mundo profano do sagrado, pois é


neste lugar que os maçons se recolhem e se concentram, antes de entrar no
Templo. É, segundo Juan Carlos Daza, no Dicionário da Franco-Maçonaria, o
“umbral do Templo e simboliza o espaço de trânsito e de união, que separa o
exterior do interior, e é onde se espera, em recolhimento, para ser acolhido ou
introduzido”.
Para Lorenzo Frau Abrines - para citar outro autor -, é o espaço ou sala que se
acha diante da entrada ou porta do Templo onde se celebram os trabalhos.
Alguns autores o chamam Parvis, que segundo eles, é a peça que precede ao
Templo.

6 – TEMPLO OU CÃMARA – Seus Símbolos

O Templo é um lugar fechado onde se realizam os trabalhos ma çônicos no


grau de Aprendiz, e que tem a forma de um paralelogramo ou quadrado
oblongo, estendido do Oriente ao Ocidente, quer dizer, em direção à Luz; sua
largura é de Norte ao Sul, sua profundidade é da Superfície ao Centro da Terra
e sua altura do Zênite ao Nadir, porque a Maçonaria é, simplesmente,
Universal e o Mundo é uma Loja.
O Templo não tem janelas, por quanto não deve receber luz de fora, senão
que, exclusivamente, de dentro, e só uma porta de entrada localizada no
ocidente, pois o homem entre e sai deste mundo por uma só porta.
O Templo Maçônico, nos diz Juan Carlos Daza, “é a matriz, é o Athanor
hermético, onde renasce a vida espiritual mediante a correta utilização dos
símbolos e das ciências, os quais operam como portadores de uma mensagem
que nos regenera, quanto mais interiorizamos sua significação espiritual e
operam com utensílios ou ferramentas para edificar nosso templo interior, o
qual vive dentro da dialética d o movimento do mundo, de sua criação e de sua
destruição”.
De sua parte, Orlando Solano Barcenas, faz uma interessante descrição em
sua obra “A Loja Universal”: “O Templo maçônico não é a simples delimitação
arquitetônica de um espaço qualquer, senão a consagração simbólica de um
espaço considerado sagrado”.
“Por sagrado não deve entender-se religioso. A respeitabilidade do templo ou
sua sacralidade fazem com que este lugar participe de uma série de valores
culturais, éticos e simbólicos que o convertem no reflexo de uma cosmovisão
própria do pensamento maçônico...”.
O Templo – antes que procedamos a entrar nele – “como lugar respeitável
permanece separado do nível da experiência corrente, banal ou cotidiana. Em
outros termos, permanece separado do profano e das indiscrições do mundo
exterior”. Dentro do Templo, logicamente, não se deve fumar, comer nem beber
e sempre há que se penetrar nele com as insà gnias do grau devidamente
colocadas, em silêncio e respeito, evitando todo o tipo de conversação, por
quanto é um lugar destino ao trabalho interior.
A respeito, o Dr. Serge Raynaud de la Ferriere, no Livro Negro da Franco-
Maçonaria, destaca que “freqüentemente o Templo não corresponde senão
que a um simples nome, em vez de possuir todas as suas qualidades; com
efeito o Santuário deve estar glorificado da presença do G.: A.: D.: U.: e, por
tanto, não é só o ritual parafraseado o necessário, senão que um ambiente
muito especial”.
Como assinalamos antes, o Templo Maçônico só tem um lugar para ingressar,
de maneira que vamos agora penetrar nele e, para isso, falemos em primeiro
lugar da Porta, que como seu nome o indica é o lugar de entrada ou de saída
de todo o aposento fechado ou, também, o elemento arquitetônico que facilita a
passagem entre duas áreas separadas por algum tipo de fecho. Do ponto de
vista maçônico é a abertura que comu nica dois mundos, é dizer o mundo
profano e o mundo sagrado.
Juan Carlos Daza: “A porta da Loja é, por si mesma, um Templo; suas duas
colunas e a arquitrave representam o ternário e o elemento fundamental de
toda a construção”. Este mesmo autor manifesta que “na cerimônia de
iniciação, o recipiendário trespassa a primeira porta, ao ser despojado dos
metais... Esta porta é muito baixa, não como sinal de humildade, senão que
para assinalar a dificuldade da passagem a uma nova vida, como a criança que
vem ao mundo e começa a aprender a andar avançando primeiro de gatinhas”.
Jorge Adoum, em “As Chaves do Reino Interno”: “A porta do Templo é a
primeira estância da iniciação interna; para aprender os mistérios do espírito,
deve-se entrar no Templo interior onde estão ocultos tesouros”.
Orlando Solano Barcenas, em “A Loja Universal”: “Sua forma, sua situação e
sua orientação, traduzem uma série de escolhas de valores e spirituais e
culturais que, em seu simbolismo, servem para diferenciar o espaço sagrado
do Templo Maçônico”. “Fixa a direita e a esquerda do Templo, direções
simbólicas que traduzem a base do triângulo que fixa a hierarquia da Oficina.
Representa a aurora, porque em seu umbral, participa também da sacralidade
ao separar e definir o interno território sagrado, vedado aos intrusos, aos
profanos”.
No Templo de Salomão, segundo está estabelecido no Primeiro Livro de Reis,
tal como na maioria dos templos ou antigos santuários, cujas características
eram similares, havia um Pórtico ou Ulam de 20 côvados de largura, por 10 de
comprimento e 30 de altura, além do Lugar Santo ou Heijal ou, ainda, Hekal e o
Sancto Sanctorum ou Debir.
Diante do Pórtico havia duas grandes colunas de bronze, ou revestidas dele,
que constituíam a Porta do Templo, que não tinham razão estrutural alguma e
cuja intenção era estritamente simbólica.
Da análise destes conceitos e os de muitos outros autores, como Edgar
Perramon, no “Breve Manual Maçônico”, que expressa que “A entrada estavam
duas colunas, B (a força) e J (a beleza) sobre as quais se encontravam o
Universo e uma Romã ligeiramente aberta como símbolo da maturidade”.
Raymond Capt, no “Templo do Rei Salomão”; em “Meus Três Passos”, de
Pedro Camacho Roncal; e também Jorge Adoum, em “O Aprendiz e seus
Mistérios”, referem que “entre ambas as colunas se achava a porta do Templo”.
Alec Melor, em sua obra “A Encruzilhada da Maçonaria”, Tomo II, diz que “A
porta da Loja se achava no Ocidente, quer dizer, frente ao Oriente, entre duas
Colunas, com capitéis ornados de lírios e coroados de maças e romãs
simbolizando a família”; poderíamos então considerar que a Porta do Templo
Maçônico está constituída pelas duas Colunas (B e J) e que o espaço entre a
porta física e estas duas colunas poderia ser o Átrio. Todavia, outra considera
ção nos poderia levar a pensar que as duas colunas sejam colocadas uma a
cada lado da porta.

COLUNAS

No Templo Maçônico encontramos as colunas sob diversas formas. Todavia,


hoje daremos maior ênfase às duas colunas que, como antes expressamos,
constituem a Porta do Templo, é dizer as colunas B e J. Estas são construídas
de bronze ou imitação deste metal, de Ordem Coríntia, sobre cujos capitéis se
encontram romãs entreabertas e lírios e, sobre cada uma das colunas uma
esfera, a primeira terrestre, para simbolizar a matéria, o inferior, e a outra
celeste, para representar o espírito, ou seja, o superior. Na primeira, ou seja, a
B, se localiza a terrestre e no capitel da outra – J – a esfera celeste. Estas
colunas demarcam o local de trabalho dos Aprendizes e dos Companheiros e
recordam as colunas que adornavam a entrada do Templo de Salomão, em
Jerusalém.
De acordo com estudos realizados se estima que estas colunas, como antes de
indicou, eram totalmente ocas e, em sua parte posterior, para que não fossem
observadas desde a entrada do Templo, tinham 3 (três) pequenas portas, uma
sobre a outra, que serviam como caixas para os arquivos, para guardar o Livro
da Lei e outros documentos.
Estas colunas, segundo Aldo Lavagnini: “representam os dois princípios
complementares, humanizados em nossos dois olhos, qualidade manifesta em
quase todos os nossos órgãos, nos lados direito e esquerdo do nosso
organismo e nos dois sexos que integram a espécie humana e se refletem em
todos os reinos da vida e da natureza”.
C. W. Leadbeater: “estas duas colunas estão colocadas à entrada do Templo,
porquanto por ela havia de passar quem, procedente do mundo profano da vida
ordinária, entrava no mundo superior da Loja e, sob este aspecto,
simbolizavam o vencer, na natureza inferior, da turbulência das emoções
pessoais e a velocidade da mente concreta”.
Serge Raymond de la Ferriere, no â �œLivro Negro da Franco-Maçonaria”:
“Estas duas colunas correspondem, ademais, ao Phallus Ideal (Princípio
Criador) e a Cteis Formal (Princípio Criado); a inserção do Phallus vertical na
Cteis horizontal forma o staurus dos Gnósticos e, ainda, nossa Cruz Filosófica.
É o homem e a mulher; o Princípio e o Verbo, o ativo e o passivo, a unidade (J)
e o binário (B) ou, também, o Ying (Unidade) e o Yang (Binário), dos trigramas
do FO_H (I Ching)”.
Jorge Adoum: “Estas duas colunas do Templo da Sabedoria, que é o homem,
são o símbolo do aspecto dual de toda a nossa experiência no mundo terrestre.
É a dualidade dos nossos órgãos. São os dois lados – direito e esquerdo – do
nosso corpo; são os dois sexos; são os dois princípios – positivo e negativo –
que integram o homem; são, por fim, Atividade, Inércia-Espírito, Matéria-
Essência, Substância-Enxofre e Sal representados no Quarto (Câmara) das
Reflexões”.
Finalmente, para refe rirmos as colunas B e J, é importante destacar como
resultado das investigações e estudos arqueológicos do Templo de Salomão,
que estas não cumpriam nenhuma função na estrutura, além de decorativa e
eminentemente simbólica, constituindo-se na verdadeira Porta do Templo. Esta
circunstância nos faz pensar, então, que as doze colunas chamadas Zodiacais,
porque sobre elas se situam os signos do Zodíaco, devem estar localizadas,
seis a cada lado do Templo, sem incluir, todavia, o Oriente. Destas doze
colunas poder-se-ia assinalar muitos conceitos, aos quais os estudiosos da
matéria têm dedicado muitas páginas, todavia o tempo não o permite hoje, de
maneira que só deixaremos como matéria de investigação, que estas
simbolizam as doze pedras brancas com as quais Moisés circunscreveu o
terreno sagrado ao pé do Monte Sinai, para colocação da Arca da Aliança.
O Dr. Jorge Adoum, em “As Chaves do Reino Interno”, escreve a respeito:
“Assim como as doz e colunas da Loja indicam os doze signos do Zodíaco,
dentro do corpo físico se acham doze partes, doze faculdades que estão
influenciadas por aqueles signos e que estão repartidos ao redor do Sol
espiritual do homem. O ano tem doze meses, Jacob teve doze filhos, Jesus
doze discípulos e o homem como contraparte da Lei cósmica tem doze
faculdades do espírito nele. Durante o ano o Sol Pai visita seus doze filhos, no
Zodíaco, o Sol Cristo no homem também vivifica durante o ano as doze
faculdades, representadas pelos doze filhos de Jacob ou discípulos de Jesus...
as doze colunas representam as doze faculdades [1] do Espírito, colocadas no
corpo físico do homemâ � .
Também são colunas os bancos localizados ao Norte e ao Sul do Templo,
onde se situam os membros das Lojas quando realizam seus trabalhos e
recebem o nome de Colunas do Templo.
A Coluna da Harmonia, que não deve faltar nos Templos Maçônicos, cuja
origem corresponde à época do reinado de Luís XV, para referir-se ao conjunto
de instrumentos que harmonizava as cerimônias. Hoje, em nossos dias, se
refere ao dispositivo de reprodução musical que é utilizado para a execução de
música apropriada, especialmente durante a execução das cerimônias rituais.
Finalmente, assinalamos as Três Grandes Colunas que sustentam o Templo
Maçônico, chamadas de Sabedoria, Força e Beleza. Também chamadas
Colunas de Ordem. A primeira, Sabedoria, corresponde ao Venerável Mestre,
ou seja, a inteligência criadora que concebe e manifesta interiormente o plano
do G.: A.: D.: U.:, representada pela Deusa Minerva; a Força, que corresponde
ao Primeiro Vigilante, é a força volitiva que trata de realizar o que a primeira
concebe, representada por Hércules e a Beleza, consignada ao Segundo
Vigilante e representada por Vênus. Estas três faculdades também as
encontramos dentro do mesmo homem, segundo nos diz Jorge Adoum.
Recebem, também, o nome de Colunas Morais. A Sabedoria, ou pensamento
que a dirige; a Força, ou Energia Moral que a executa e a Beleza, ou Harmonia
das forças mentais.
Estas Colunas, e tudo quanto encontramos no Templo Maçônico, descansam
sobre um ladrilhado ou Pavimento Mosaico, como um tabuleiro de Xadrez, com
múltiplos significados, entre os quais hoje destacamos, somente, o aspecto
positivo e o negativo que tudo tem na vida; também a diversidade de raças,
classes, religiões, nacionalidades que podem ser aceitos nos Templos. Há
quem o interprete como as Virtudes ou como a alma pura do iniciado,
representada pela cor branca e as paixões e vícios que acompanham o
profano, pela cor negra. Também a quem nos indique que os quadrados
brancos e negros entre si representam o contraste de posições sociais, idéias
políticas e crenças religiosas dos maçons, os quais, apesar da diversidade de
critérios de cada um, podem viver na mais absoluta harmonia dentro da Ordem.

O Piso

Concluímos sobre o piso do Templo Maçônico, assinalando que este conjunto


harmônico de mosaicos brancos e pretos nos ensina que não existem
desigualdades entre os seres humanos, sem importar a origem, pois, em todo o
lugar, o homem sempre será o mesmo e sem divisões de nenhuma ordem.

O Teto

O Templo está coberto por uma Abóbada ou Cúpula, decorada com imagens
celestes com a finalidade de representar as constelações, sobre uma cor azul
celeste, mais clara no Oriente do que no Ocidente. Juan Carlos Daza, expressa
que esta Abóbada Celeste nos indica que “o Céu (Princípio Ativo ou masculino)
complementa a Terra (passiva e feminina) e da sua un ião surge o homem
(filho do céu e da terra) ou o embrião do imortal (simbolismo alquímico)”.

Pedra Bruta

Colocada ao pé da Coluna do Norte, ou coluna B, esta pedra nos manifesta o


estado de ignorância que tem o homem como conseqüência dos vícios e das
paixões. O Maçom, desde o momento de sua Iniciação, tem como labor
fundamental o poli-la com o malho da constância e com o cinzel da vontade,
para transformá-la em Pedra Cúbica ou polida.
Aldo Lavagnini, no “Manual do Aprendiz”: “Neste trabalho simbólico (polir a
pedra bruta), o Aprendiz é, a um só tempo, obreiro, matéria prima e
instrumento”.
Federico Landaeta, no livro “Maçonaria Dinâmica”: “Deixemos de atuar
inconscientemente, despertemos a realidade Maçônica, ponhamos mãos à
obra e talhemos essa pedra bruta tão valiosa. Cumpramos nossa obrigação
primordial: deixemos as cadeias que os vícios e os convencionalismos nos
impõem e submetamos, sem pie dade, esses tiranos que nos escravizam e nos
subjugam, impedindo-nos de talhar a pedra. Que possamos talhá-la habilmente
para que a Luz possa ser refletida em todo o seu esplendor”.
Serge Raynaud de la Ferriere: “A pedra bruta não deve ser nada mais que um
seixo abandonado à entrada do Templo, nem tampouco um símbolo ao qual
apenas se concede uma ligeira alusão: é necessário TRABALHÁ-LA”.
A Pedra Bruta é, em definitivo, a mais autêntica representação simbólica da
personalidade e do caráter do homem quando este se encontra no estado de
imperfeição, quer dizer de vícios e paixões e, ao mesmo tempo, carregado de
ignorância.
Não deve faltar em nenhum Templo Maçônico, pois nos recorda que somos
Aprendizes e que só com o trabalho, o estudo e com a prática das virtudes,
poderemos alcançar uma educação exemplar e purificar nossos corações no
erguimento do nosso templo espiritual.

Mar de Bronze

Alguns passos mais adiante da Pedra Bruta, deparamos-nos com o Mar de


Bronze, que simboliza a grande pia de bronze que se encontrava no Átrio do
Templo de Salomão, no lado esquerdo.
Alguns autores assinalam que a colocação dos bois com os quatro pontos
cardeais (sustentação do Mar de Bronze), possivelmente indicava que os
sacerdotes deviam lavar as mãos todos os dias neta pia, durante as quatro
estações do ano, como um símbolo da necessária purificação diária do seu
respectivo ser espiritual.
No Ritual e Catecismo da Grande Loja da República da Venezuela,
encontramos que, em uma das viagens simbólicas, especificamente na
Segunda Viagem, o Recipiendário é conduzido ao Mar de Bronze, onde são
submergidas suas mãos três vezes. Concluída a viagem, o Venerável Mestre
dirá: “Haveis recebido uma tríplice ablução, para purificar vosso corpo, assim
com a virtude deve purificar vossa alma, representando, ademais, vossa vitória
sobre o terceiro elemento: a Águaâ � . Este ato deve ser considerado,
precisamente, como um símbolo da necessária purificação diária do seu
respectivo ser espiritual.
Diego Rodriguez Marino, no livro “Os Mestres Construtores”: “O recipiente
simboliza a matriz onde se gera a vida que surge da água. Os doze bois que o
sustentam, as forças cósmicas atuando em um mundo da manifestação
material, representadas pelos doze signos do zodíaco, relacionados com as
Tribos de Israel, dirigidas no Leste, por Judá (o leão), ao Sul, por Ruben (o
homem), a Oeste por Ephrain (o boi) e ao Norte por Dan (a águia), assinalando
os quatro pontos cardeais e os elementos”.
Max Heindel, em “Iniciação Antiga e Moderna”: “O Mar de Bronze, é o símbolo
da santificação e da consagração da vida para o serviço”. Mais adiante
expressa: “Tal como o Espírito Santo descendo sobre Jesus quando saiu da
água batismal da consagração, assim também o maçom místico que se banha
no Mar de Bronz e, começa a ouvir, debilmente, a voz do Senhor dentro do seu
próprio coração, ensinando-lhe os segredos da Arte que deve usar para
benefício de seus semelhantes”.
Para concluir este aspecto, vou permitir-me citar uma parte do trabalho
apresentado pelo Ir.: Joseph Tuza Lukas, e publicado na Revista Maçônica da
Venezuela: “Só um néscio seria capaz de considerar-se limpo de manchas
durante a cerimônia de Iniciação, purificado de todos os seus vícios e paixões,
defeitos e pecados porque umedeceu as pontas dos seus dedos... Um espírito
libertino e dissoluto por natureza, jamais será limpo, nem purificado por
nenhuma água, se o mesmo não for capaz de purificar seu espírito, lustrar seu
coração nas águas da bondade e purificar-se nas águas das fontes da
misericórdia e da clemência”.

Paredes
Falamos sobre o piso e o teto e agora vamos nos referir, de maneira muito
breve, às suas Paredes. O Ritual nos diz que “as paredes devem estar
revestidas ou atapetadas com a cor vermelha [2]”. Por que essa cor?
A cor vermelha se refere ao fogo que era o símbolo da regeneração e da
purificação das almas. É também afeto, caridade e entusiasmo pela
beneficência.
Diz-se, também, que esta cor representa o ardor e o zelo que devem animar
aqueles que possuem a parte suprema da Maçonaria e é a cor que adquirem o
ferro e outros metais quando são submetidos a temperaturas muito elevadas.
Juan Carlos Daza, no “Dicionário da Franco-Maçonaria”: “Em Maçonaria a cor
vermelha é a cor do fogo e signo da afeição, caridade, filantropia e do
conhecimento. Simboliza a int eligência, o rigor e a glória. É a cor da coluna B
(conhecimento) e da coluna da Força (poder, potência), da fita que orla o
Avental do Mestre (sabedoria), das paredes do Templo das Lojas Simbólicas
(recinto sagrado).

Altar dos Juramentos

Avancemos agora até o centro do Templo e ali nos encontraremos com o


primeiro dos Altares. O Altar dos Juramentos, chamado também ARA, que
consiste em uma pequena mesa ou coluna de forma triangular, elevada sobre
três pequenas plataformas, cujas faces olham para o Ocidente, o Sul e o Norte,
respectivamente. Sobre o Ara ou Altar deve colocar-se um coxim de forma
triangular, estofado na cor vermelha, ricamente adornado com franjas de cor
vermelha.
Sobre este coxim se coloca o Volume Sagrado da Lei (Bíblia), um Esquadro e
um Compasso que, como sabemos, constituem as Três Grandes Luzes da
Maçonaria. Além disso, coloca-se a Constituição Maçônica da Grande Loja e
uma Espada Flamígera debaixo da Bíblia , apontando para o Oriente [3].
O Altar é semelhante, segundo muitos dos autores investigados, ao
Tabernáculo do Povo Hebreu e, também, aos altares egípcios e romanos, pela
forma da sua construção. Representa a verdade que todo o Maçom deve
descobrir pela perseverança, o estudo e a constância da prática de todas as
virtudes. Ao redor deste Altar encontramos três pequenas Colunas [4]
(Sabedoria, Força e Beleza), dispostas em forma de Esquadro, sobre as quais
se colocam Círios, que permanecerão acesos durante os trabalhos na Loja
(estrelas). Estas três Luzes que ardem, simbolizam a Ciência, a Virtude e a
Fraternidade.
O Dr. Pedro Barboza de la Torre, justifica a forma triangular do Altar porquanto
“parece mais simbólica, porque é o rodapé de uma coluna triangular truncada,
símbolo de uma vida interrompida pela morte. O homem é uma tríade e
pertence, simultaneamente. Ao reino biológico, ao psicológico e ao social. O
Ara é, além disso, símbolo da tumba, para a qual caminha o homem. Entre
Colunas, o Maçom representa o homem que nasce, mas esse homem marcha
até o Ara. Tudo está relacionado com o tempo em que deve trabalhar. Com
efeito, o Aprendiz trabalha desde o Meio-Dia (quando vê a Luz, entre Colunas)
até a Meia-Noite (quando morre). Se é Maçom desde o dia em que recebe a
Luz, até o dia em que se apaga nele a vida e morre”.
O Altar ou Ara constitui o lugar mais importante e mais sagrado do Templo
Maçônico, pois a sua frente se realiza os atos mais solenes, tais como
juramentos, consagrações, afiliações e outros sendo imprescindível para todo o
trabalho em Loja. Nele o Candidato deposita durante sua iniciação suas
paixões e seus vícios como uma oferenda e sacrifício à deidade e oferece seus
pensamentos de um coração puro, como o incenso mais justo para o G.: A.: D.:
U.:.
É a imagem do desconhecido, do espírito, do misterioso e nos dá a imagem de
ma tumba.
Os outros dois altares a que se referem alguns autores, como partes do
Templo Maçônico são: o Altar das Abluções, conhecido também com Mar de
Bronze, do qual fizemos antes referência, e o Altar dos Perfumes onde se
queimam incenso (geralmente localizado no Sul, próximo do Segundo Vigilante
[5]).

Cadeia de União

A maioria dos autores que estudam o Simbolismo do Templo chama de Cadeia


de União a que se localiza na parte superior do Templo e chamam-na,
simplesmente, Cadeia. Outros a chamam de Cadeia da Fraternidade, deixando
o termo Cadeia de União para aquela que efetuam os membros das Lojas, no
final das Sessões ou em Rituais de Pompas Fúnebres.
Em todo o caso, convém ressaltar, nesta ocasião, que no interior do Templo
Maçônico, em sua parte superior, rodeando as paredes do mesmo, se encontra
pendurada ou pintada uma cadeia de elos ou, em seu lugar, uma corda com
nós que se abrem no Ocidente, no centro, sobre a porta de entrada.
Esta Cadeia representa os maçons esparsos sobre a s uperfície da terra e a
união entre cada um destes; manifesta-nos, além disso, a solidariedade
maçônica que jamais deve romper-se.
O cordão é uma alegoria da Elíptica que recorre a terra, em seu movimento de
translação para produzir as quatro estações do ano. Os doze nós [6]
correspondem, também, às doze colunas que, exceto no Oriente, rodeiam o
recinto da Loja; há quem os denomina de laços de amor que terminam em
duas borlas que caem sobre as esferas que sustentam as duas colunas de
entrada do Templo.
Aldo Lavagnini, diz no “Manual de Aprendiz”: “Debaixo do teto, desde a porta
ocidental, onde terminam seus dois extremos, está é a mí stica Cadeia de
União, entrelaçada em doze nós laterais e descansando sobre os capitéis de
doze colunas distribuídas assim: seis no lado Norte e seis no Sul, simbolizando
os seis signos ascendentes e os seis signos descendentes do zodíaco”.
O que parece um erro é que a Cadeia permaneça unida ou fechada em todo o
comprimento e largura, dadas as múltiplas explicações que se encontram na
bibliografia existente para referir-se a este símbolo, especialmente a que nos
indica que o setor aberto no Ocidente, sobre a Porta do Templo, simboliza que
por ali podem se integrar novos Irmãos, cuja intenção seja a de fazer maior e
mais forte a Cadeia Universal.
Em relação à Cadeia de União, é interessante destacar que, quando esta se
realiza ao final das Reuniões, está se conseguindo, segundo o manifesta Juan
Carlos Daza, “uma importante união encadeada e fraterna de todas as forças
vivas presentes na Loja que, desta maneira, estabelecem uma comunicaç ão
sutil e espiritual entre suas respectivas individualidades, servindo isso de
suporte à manifestação da influência sagrada”. Também este autor manifesta o
seguinte: “Para que a Cadeia de União seja efetiva, deve assinalar-se uma
finalidade a mesma, para que o Venerável Mestre, por si ou solicitando a outro
irmão, proponha uma dedicação sobre a qual se concentrem todos os que a
compõem. Este é o ponto material desde o qual se canalizam as vontades que,
ao tender para um fim comum, se somam e projetam até os planos sutis”.
Esta é uma boa prática que as Lojas deveriam seguir, porquanto se trata de
uma viva alegoria do formoso símbolo que representa a fraternidade, a
solidariedade e a união de todos os maçons do mundo.
Francisco Ariza expressa que “ao mesmo tempo, no rito da Cadeia de União,
se concentra a entidade coletiva constituída por todos os antepassados que
realmente participaram da Tradição e seu conhecimento, e dos que se diz
moram no Oriente Eterno...”.
Percorremos o Templo desde sua Porta, quer dizer desde suas Coluna B e J,
às quais dedicamos alguns minutos, revisado alguns conceitos gerais de
alguns de seus símbolos básicos, tais como a Pedra Bruta, o Ladrilhado ou
Pavimento Mosaico, a Abóbada Celeste, as diversas Colunas, o Altar dos
Juramentos ou Ara, a Cadeia e a Cadeia de União, o Altar dos Perfumes, o
Altar das Abluções ou Mar de Bronze, e a cor das paredes.
Chegamos agora, através de Três Degraus[7], ao Oriente, que é o espaço
constituído entre o início dos degraus e a parede oposta ao Ocidente. A origem
dos Três Degraus a encontramos no Egito, pois em s eus Templos, era
indispensável ascender através de três degraus, para alcançar a entrada ou
chegar aos altares destas edificações, ao ponto em que podemos afirmar que
não existe um local onde se encontre um objeto sagrado que não tenha três
degraus para poder chegar até eles.
Para alguns autores, estes Três Degraus simbolizam a Força, a Beleza e a
Pureza [8], porquanto o Maçom deve ser Forte, não só desde o ponto de vista
físico, senão também em seu aspecto Moral, para poder dominar com êxito, os
obstáculos que vá encontrando no transcurso de sua vida. Deve o Maçom
amar a Beleza, em qualquer de suas manifestações, porquanto no Belo, se
man ifesta tudo quanto seja nobre, sublime e grande. E, finalmente, simboliza a
Pureza, porquanto a atuação de todos os membros da Ordem deve estar
sustentada pela pureza de suas ações, de suas palavras e de seus
pensamentos.
Para outros representa a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, pois o
Maçom deve amar a Liberdade sobre todas as coisas, porquanto constitui a
mais importante aspiração humana. O maçom deve, além disso, velar pela
mais absoluta igualdade entre os homens, não reconhecendo entre eles outra
diferença que o talento e as virtudes. Um homem iniciado nos Augustos
Mistérios da Franco-Maçonaria deve ser, também, um extraordinário propulsor
da Fraternidade, muito especialmente com seus irmãos, filhos de uma mesma
mãe, a natureza.
A. Gallatin Mackey, diz: “Os três degraus representam, exotericamente, as três
etapas ou fases da vida – juventude, virilidade e velhice – ou seja, os três
degraus de progresso através dos mistérios d a vida”.

Oriente

É o lado oposto a Porta, localizado sobre o nível do piso do Templo. Encontra-


se separado do resto do Templo por uma balaustrada ou beirada que se
levanta de ambos os lados e se acede como já antes mencionado, por meio de
três degraus. É o lugar de trabalho do Venerável Mestre, em seu Trono,
dispostos sobre dois [9] degraus, em cujos lados se encontram o Sol e a Lua.
O Oriente é a fonte da Sabedoria, motivo pelo qual os maçons marcham até
ele, em busca do conhecimento.
J. M. Ragón, diz: “A palavra Oriente, empregada para designar o lugar em que
se encontra o Venerável Mestre e os Irmãos Dignitários da Ordem , anuncia o
local de onde surge a Luz Física que nos ilumina, para cuja luz dirige
constantemente o homem o olhar considerando-a como origem de todas as
existências... recorda-nos que os mistérios da sabedoria vieram dos povos
orientais, dos quais procedem todos os conhecimentos”.
O Venerável Mestre situa-se em seu Trono, disposto sobre dois degraus. Por
traz do Trono, na parte superior e sobre a parede, encontra-se o Dossel, com
franjas e adornos de ouro e, sobre este, um triângulo dourado com um olho
dentro de um círculo, simbolizando a excelência da Criação, a perfeição divina
que não tem começo nem fim, representando a universalidade do G.: A.: D.:
U.:. Em alguns casos, este triângulo resplandecente ou Delta, leva inscrito em
seu centro, em caracteres hebraicos, a palavra I.O.D., cujo significado é DEUS,
ou seja, o nome de JEHOVÁ.
O Dossel tem a forma de um quadrado oblongo [10], coberto por uma espécie
de teto sem-circular, do qual pende, em ambos os lados, uma peça de seda
simetricamente colocada.
Juan Carlos Daza, diz: “O Dossel é símbolo de proteção para aquele que se
situa sob ele, e por isso, tradicionalmente, era colocado sobre os tronos dos
Reis, Papas e Imperadores. Representa a dignidade do que é centro de
radiação e do mundo. Se é retangular simboliza o reino terreno, se é circular o
reino sagrado”.
O Delta ou Triângulo Resplandecente, antes referido, nos sugere a trindade do
homem feita a imagem do Criador. Cada um de seus lados nos manifesta o
mistério da Unidade, da Dualidade e da Trindade, quer dizer, o verdadeiro
Mistério da Origem de todas as coisas e de todos os seres. Desde o Triângulo
que forma o Delta propriamente dito, irradiam em seus três lados grupos de
raios que terminam em uma coroa de nuvens. Estes raios simbolizam a força
expansiva do Ser Interno, que desde o ponto central no homem se estende e
enche o espaço infinito. A coroa de nuvens indica a força cristalizada, ou a
matéria interna e invisível e se condensa com o movimento de contração
(Jorge Adoum).
Chegamos ao fim desta exposição depois de haver percorrido e revisado
alguns dos Símbolos Fundamentais do Templo Maçônico, todavia, convém
recordar o que o ilustre Irmão Luis Umbert Santos escreveu: “O Simbolismo, é
alma e vida da Franco-Maçonaria, nasceu nela, é o germe do qual brotou a
árvore Maçônica e o que ainda a nutre a anima. Despojar a Franco-Maçonaria
do Simbolismo (Símbolos e Alegorias) como sonhou alguma vez algum iludido
possuído pela febre modernista, seria tirar-lhe a alma e o corpo, e reduzi-la a
uma massa inerte de mat éria, só capaz de uma rápida decomposição”.
Permitam-me concluir nossa exposição de hoje, destacando que, em definitivo,
o Templo é um lugar de convivência, no qual os homens se conhecem, se
descobrem e se percebe o mundo mais além das doutrinas, das religiões ou
das crenças. Um lugar que deve ser respeitado em toda a circunstância e
momento, máxime quando nele se realizem trabalhos de Loja.
O presente texto foi obtido no portal franco-maçônico de Valdívia, Chile, no
seguinte site:http://es.geocities.com/cllavagnini/index/html.

Tradução do espanhol para o português e notas de rodapé por José Carlos


Michel Bonato

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