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A Política Fiscal

Uma das atuações desenvolvidas pelo Estado é a Política Fiscal. A Política Fiscal é o nome dado
ao conjunto de decisões tomadas pelo Governo, destinadas a administrar as despesas e
receitas do país, influenciando assim a sua economia.

A Política Fiscal tem como objetivos facilitar e incentivar um bom desempenho da economia
nacional para atingir níveis aceitáveis ou um nível maior de crescimento, inflação e
desemprego, entre outras variáveis. Para cumprir os seus objetivos é preciso usar métodos
que estão relacionados com os ganhos e gastos sobre os quais o Estado tem influência.

•Em relação aos ganhos, o Estado pode controlar quem e em que quantidade são cobrados
impostos, pois pode desenvolver formas para garantir o pagamento dos mesmos.

•Relativamente aos gastos públicos, pode ser influenciado através dos salários, do aumento
destes no ano anterior, das contratações e do orçamento que é transferido para os
departamentos, municípios e outras entidades.

A política fiscal pode ser classificada em dois tipos:

Política fiscal expansionista: quando o objetivo é estimular a procura agregada, especialmente


quando a economia está a ultrapassar um período de recessão e precisa ser estimulada para se
expandir. Como resultado, temos a tendência de déficit ou provocar a inflação.

Os mecanismos desta política são aumentar a produção e reduzir o desemprego.


Frequentemente, os seus promotores realizam uma descida de impostos, por forma a
aumentar o rendimento disponível e estimular o consumo e, logo, os lucros das empresas que,
assim, aumentarão a contratação, reduzindo o desemprego. Assim, consegue-se uma
deslocação expansiva da procura agregada.

Política fiscal contorcionista: este tipo de política é usada quando o objetivo é reduzir a
procura agregada, por exemplo, quando a economia está num período de expansão excessiva
e a inflação começa a escapar ao controlo. Estão geralmente associadas a superáveis
orçamentais. Ao diminuir a Procura Agregada, a Politica Fiscal Contorcionista, reduz o emprego
e produz um excesso da oferta agregada de bens, criando assim uma pressão deflacionária na
moeda.

Os mecanismos utilizados por esta Política Fiscal são: a redução da Despesa Pública, pela
contração da Procura Agregada e da Produção; a subida dos impostos, de forma a baixar a
procura agregada e a produção. Os cidadãos ficam com menos rendimentos disponíveis e,
consequentemente, reduzem o seu padrão de consumo, o que leva a uma queda da Procura
Agregada.

Medidas do orçamento de estado, 2023 para a


politica fiscal
 Redução transversal do IRS
Redução transversal dos esc alões de IRS em
referencia ao valor de aumentos salariais em
2023. Tendo em consideração o atual contexto no
rendimento das famílias, o Governo dá
continuidade ao movimento de reforço do
rendimento das famílias ao reduzir novamente, e
de forma abrangente, o IRS, através da redução
em dois pontos percentuais, de 23% para 21%, da
taxa marginal do segundo escalão de IRS (o que
diminui a taxa média nos restantes escalões), a
qual permitirá a redução de imposto a pagar para
mais de 2 milhões de agregados.
 Reformulação das regras do mínimo de
existência
A reformulação deste pretende proteger
agregados de baixos rendimentos, ao impedir que,
da aplicação das regras de liquidação do IRS,
estes agregados fiquem na disposição de um
rendimento líquido inferior a determinado valor.  O
Governo propõe reformular as regras de forma a
conferir maior progressividade ao imposto,
(passando de uma lógica de aplicação no final da
liquidação para uma lógica de abatimento em
fase anterior ao cálculo do valor do imposto a
pagar.) Esta reforma permitirá, assim, acabar com
a taxa marginal de 100% (que existe hoje nos
rendimentos logo acima do Mínimo de Existência)
e diminuir as taxas médias. Paralelamente, o
Mínimo de Existência é fixado em 10 640 euros
para 2023 (face aos 9 870 euros em 2022),
passando nos anos seguintes a ser atualizado em
função da evolução do IAS.  Em 2023, o benefício
por titular será, em média, 195 euros por ano,
atingindo cerca de 425 euros para os titulares
atualmente mais afetados.
 Novo modelo de retenções na fonte
O sistema atual de retenções na fonte de IRS
baseia-se na aplicação de uma taxa de retenção
sobre a totalidade do rendimento. Assim, no limiar
da mudança do escalão de rendimento, em que a
taxa aumenta, ocorrem situações de
regressividade, em que um aumento do
rendimento bruto não é refletido num aumento do
rendimento líquido, nesse mês. A reformulação
do sistema de retenções na fonte garantirá que a
um aumento do rendimento bruto corresponde
sempre a um aumento no rendimento líquido, no
próprio mês.
 Alargamento do IRS Jovem
O regime do IRS Jovem será reforçado, no sentido
de aumentar a isenção aplicável aos rendimentos
dos jovens, atualmente prevista em 30% nos dois
primeiros anos, 20% nos dois anos subsequentes
e 10% no último ano, para 50% no primeiro ano,
40% no segundo ano, 30% nos terceiro e quarto
anos e 20% no último ano. Adicionalmente, os
limites máximos de isenção sofrem um aumento.
 Redução voluntária das retenções na fonte para
titulares de crédito à habitação
Para amenizar os efeitos do aumento das taxas
de juro no crédito à habitação, prevê-se a redução
da taxa do escalão de retenção na fonte aplicável
aos rendimentos de trabalho dependente, para os
titulares, com créditos à habitação, que aufiram
até 2.700 euros mensais, e que pretendam aceder
a esta faculdade.

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