Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Até janeiro de 2005, havia um único regime de tributação dos benefícios ou de eventuais
resgastes da previdência complementar. A retenção do Imposto de Renda era efetuada na
fonte, sobre o valor do benefício ou do resgate, com base na tabela progressiva vigente, a
mesma da alíquota do IR sobre salários.
Com a Lei nº 11.053, de dezembro de 2004, que passou a vigorar a partir de 1º de janeiro de
2005, foi instituído um novo regime tributário opcional para os participantes de planos de
previdência complementar, com base em tabela regressiva de Imposto de Renda.
Tributação progressiva
A tributação progressiva é feita pela mesma tabela de alíquotas para o Imposto de Renda
sobre os salários. No caso de plano de previdência complementar, o que determina a alíquota
é o valor a ser transformado em renda ou a ser resgatado.
- Dedução por dependente: R$ 189,59 (cento e oitenta e nove reais e cinquenta e nove
centavos).
Tributação regressiva
Na tributação regressiva, o recolhimento segue tabela que começa com 35% e vai regredindo
até 10%, conforme o prazo de acumulação, uma média ponderada do tempo de cada uma das
contribuições. Trata-se, portanto, de algo diferente do tempo de ingresso do participante no
plano.
Nesse caso, o imposto retido na fonte é cobrado de forma definitiva, ou seja, não fica sujeito a
compensações pela Declaração Anual de Ajustes.
Para fins de definição da alíquota de tributação aplicável sobre cada parcela do benefício de
aposentadoria, o prazo de acumulação é contado da data de cada contribuição até a data do
pagamento do benefício. Assim, cada pagamento mensal é feito baseado na média de tempo
das contribuições, conforme a tabela abaixo.
TABELA REGRESSIVA DE IR
Período de acumulação Alíquota de IR
Inferior ou igual a 2 anos 35%
Superior a 2 anos e inferior ou igual a 4 anos 30%
Superior a 4 anos e inferior ou igual a 6 anos 25%
Superior a 6 anos e inferior ou igual a 8 anos 20%
Superior a 8 anos e inferior ou igual a 10 anos 15%
Superior a 10 anos 10%
As principais variantes a serem consideradas são: prazo de acumulação dos recursos; tempo
de permanência no plano; valor estimado para o benefício; forma e prazo para recebimento do
benefício ou do resgate; valores aportados; valor total de todas as rendas recebidas pelo
participante; e possíveis abatimentos da renda tributável.
Genericamente, pode-se dizer que o regime de tributação regressiva é mais adequado para
quem planeja poupar em plano de previdência por mais tempo. Afinal, quanto maior o período
em que o dinheiro ficar aplicado no plano, menor a alíquota do Imposto de Renda.
Mas, por esse regime, fica descartada não só a isenção tributária como também a taxação de
7,5% prevista na tabela do IR, uma vez que, nele, a alíquota mínima é de 10%.
Já a opção pela tributação progressiva é indicada àqueles que estão perto de usufruir do
benefício de aposentadoria, ou ainda para os que se aposentarão com um benefício inferior à
faixa isenta da tabela do Imposto de Renda - pessoas com salários mais altos atingem mais
facilmente benefício superior a essa faixa, enquanto os salários mais baixos levarão mais
tempo para superá-la.
Também generalizando, pode-se dizer que o regime progressivo é indicado para quem efetua
contribuições com visão de curto prazo.
Alterações em debate
Hoje o participante faz a opção entre os regimes progressivo ou regressivo de tributação para
fins de Imposto de Renda no momento em que se inscreve no plano. Pela proposta, além do
prazo de decisão pelo regime de tributação ser postergado para quando o participante entrar
em gozo de benefício, a tributação padrão passaria a ser a do regime regressivo. O participante
que tivesse preferência pelo regime progressivo precisaria se manifestar.
(AssPreviSite)