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PREVIDÊNCIA
CPA-20
TRIBUTAÇÃO EM PREVIDÊNCIA
Fala, cabeção! Vamos falar de tributação em Previdência. Presta atenção, por que tem muito
detalhes. E eu tenho certeza que você irá detonar qualquer questão sobre isso. E até as questões
práticas da vida profissional, do dia a dia.
Quando você vai fazer uma previdência privada sempre há duas opções de escolhas iniciais: PGBL
ou VGBL. E, na sequência, outra escolha a ser feita: tabela regressiva ou tabela progressiva. Em
geral, uma escolha, uma renúncia. Vamos entender como funciona as duas e saber os prós e contras
de cada uma.
Tabela Progressiva
Progressiva vem de Progresso. Ordem e Progresso do Governo? Será? Não, nada disso. Progressiva
remete à progressão de imposto aqui. O imposto vai aumentando à medida que vai crescendo o
valor de resgate. Quando eu falo em progressiva, o nosso foco será na decisão sobre o valor a ser
resgatado. O imposto de Renda somente acontece com o resgate, certo? Passamos o período de
contribuição, estamos olhando agora para o momento de usufruir do investimento.
A tabela progressiva é a mesma da declaração anual para o imposto de renda. Não se preocupe em
decorar, pois ela é dada na sua prova.
Essa tabela muda todos os anos. Esse imposto é o mesmo que deduz do seu salário todo final de
mês. E no final do ano, você faz o ajuste na declaração anual.
Então, quem recebe o salário de até R$ 1903, está isento de qualquer imposto de renda. Se em
algum momento, essa pessoa recebeu mais e teve imposto retido na fonte, vai ter a restituição no
ano seguinte.
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Quando eu opto pelo regime progressivo de tributação, ao realizar um aumento cada vez maior
do valor de resgate, aumentará consequentemente a alíquota de IR. Por isso, a ideia de progresso.
Portanto, se você sacar valores altos, acima de R$ 4600, por exemplo, irá pagar muito imposto.
Tabela Regressiva
Como o próprio nome já diz, aqui os números vão regredir. O imposto vai ser menor ao longo do
tempo. Agora, a gente vai deixar de olhar o valor e vai passar a dar muito mais atenção ao tempo de
permanência no investimento. Não precisa memorizar a tabela abaixo. Ela é informada na sua prova.
Note que se a pessoa resgatar em até 2 anos, vai pagar 35% de imposto de renda. De 2 a 4, 30% de
IR. E assim, sucessivamente, chegando na menor alíquota depois de 10 anos.
Momento de resgate
Você fez uma aplicação em previdência e resgatou o valor de R$ 2,200.00 em um determinado mês.
Pela faixa na tabela progressiva, você deveria pagar 7,5% de IR. No entanto, o cálculo a ser feito é
de acordo com o valor realizado no ano. Você pode ter resgatado muitas outras vezes no mesmo
mês. Então, como não dá para saber quantos saques ou valores serão feitos ao longo do ano, a
receita federal estipula a alíquota fixa de 15%., independentemente do valor. Essa porcentagem
nada mais é do que a média lá da nossa tabela progressiva. É a linha central entre todas as faixas.
Pra ficar claro, cabeção! Escolhido a tabela progressiva e feito qualquer resgate, será pago o imposto
de renda de 15%. Se por PGBL, incide sobre o valor total. Caso seja pelo VGBL, aí o imposto recai
somente sobre o lucro.
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Os dois valores vão ficar retidos na fonte. Ao final do ano, serão feitos os ajustes na declaração
anual. Serão somados todos os valores resgatados ao longo do ano. E, tendo esse número, eu
saberei em qual faixa irei me enquadrar. Se o total dos meus valores sacados ficar entre ser isento
ou pagar 7,5%, terei a restituição ( lembra que paguei 15% em todos os resgates?). Mas e se a
soma der um valor maior do que a faixa indicativa de 15% de IR? Eu vou ter que pagar o imposto
devido na declaração anual. Se der igual, não pago e não recebo nada. Aqui, não é nada definitivo.
É preciso sempre realizar os devidos ajustes.
Quando a gente vai para a tabela regressiva, será que vamos ter um pouco mais de tranquilidade
para calcular? Depende. Como aqui eu falo em prazo, você pode ter depósito com prazos diferentes.
Se tem um fluxo único, com a aplicação inicial, por exemplo, de R$ 100 mil. E depois de 15 anos, a
pessoa resgatou R$ 115 mil. Lucro de R$ 15 mil, prazo acima de 10 anos e alíquota de 10% de IR. Se
for VGBL, imposto sobre o rendimento (R$ 15 mil). Para o PGBL, o imposto de 10% vai ser sobre R$
115 mil. Fácil, né?
Porém, na vida real, os fluxos são bem diferentes. Há vários depósitos ao longo do tempo. E aí, qual
que é o problema? Imagine que foram feitos depósitos anuais de R$ 10 mil por 15 anos. A aplicação
total foi de 15 vezes R$ 10 mil, totalizando R$ 150 mil. Vamos supor que houve um rendimento final
de R$ 20 mil. O valor total final ficou em R$ 170 mil.
Depois de um ano, o investidor resolveu sacar R$ 10 mil. E aí, de todos os depósitos feitos, de onde
sairá o valor do meu resgate? Vamos pensar um pouco na lógica. Se o governo retira o saldo do
último resgate, ou seja, depois de um ano só, você vai pagar a maior alíquota (35%). Felizmente, não
é assim que acontece. Eu utilizo o “PEPS” para explicar. Nada mais é do que o “Primeiro que entra,
primeiro que sai”. Então, os primeiros depósitos sempre serão os primeiros a sair. Indo sempre
na ordem do mais antigo para o mais novo. A alíquota, portanto, será referente ao prazo lá do
primeiro depósito, depois do segundo, terceiro, etc. Se o fluxo é de 15 anos, praticamente durante
os 5 primeiros anos será pago a menor alíquota de IR (10%). A partir do sexto ano (sexto depósito)
até o oitavo, aumenta para 20% e por aí vai.
Olhando para a prática, pode ser que ao resgatar o valor total ao final do período, a alíquota paga
não seja a que está na tabela. Isso mesmo. Quando a gente visualiza o fluxo de depósito, precisamos
separar do mais antigo ao mais recente. Por isso, o IR acaba sendo uma média ponderada. Pode ser
que ele tenha pago 16,45% de imposto, ficando entre duas faixas na tabela. Ela nada mais é do que
uma referência. Aqui eu fui além para você não explicar nada errado para o seu cliente, cabeção!
Para a prova, as questões são bem superficiais. Está mais para abordar um fluxo único de depósito:
prazo inicial, prazo final e qual o valor de imposto pago (em reais, por exemplo)
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Troca de tabela
Por último, mas não menos importante. Se eu tenho uma previdência com a tabela progressiva,
mas não estou contente com ela. Posso ir para regressiva? Sim. Mas lembre-se que ao fazer essa
portabilidade os prazos são zerados. Por exemplo, se você estava com uma previdência há cinco
anos. Ao migrar esse investimento para a tabela regressiva, o prazo volta a ser contado do zero
e você vai pagar, inicialmente, a maior alíquota se resolver resgatar. Posso fazer o inverso: da
regressiva para progressiva? Nâo pode.
Para memorizar!
Resgate com tabela progressiva, sempre 15% retido na fonte.
VGBL = IR sobre o lucro / PGBL = IR sobre todo o capital
Pode trocar tabela progressiva por regressiva. Não é possível fazer o inverso!