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UNIDADE 4: TRIBUTAÇÃO DOS PLANOS DE

BENEFÍCIOS

4.1 FORMAS DE TRIBUTAÇÃO: PROGRESSIVA E


REGRESSIVA
Existem duas formas de tributação possíveis nos planos de previdência complementar:
a progressiva e a regressiva.
Entre essas duas opções, VOCÊ ESCOLHE!
Isso mesmo, você como participante do plano de previdência deve definir o regime de
tributação ou, como também é chamado, a tabela progressiva ou regressiva, que vai
impactar nos impostos pagos pelo seu plano no futuro.

E QUANDO VOCÊ DEVE FAZER ESSA ESCOLHA?

No início do plano, mais especificamente até o último dia útil do mês seguinte ao da

efetivação da adesão ao plano de previdência. Por exemplo: suponha que você ingresse

no plano em qualquer dia do mês de janeiro, então você tem até o último dia útil de

fevereiro para escolher o regime de tributação.

E aqui cabem observações importantes:

⇒    Caso o participante/servidor não faça a opção no prazo


estabelecido, o regime de tributação aplicado será o progressivo;
⇒    Caso o participante opte pela tributação progressiva, é possível
alterar sua escolha para a tabela regressiva. No entanto, a opção pelo
regime de tributação regressivo é irreversível;
⇒ Ao alterar a tributação progressiva para regressiva, o tempo de
acumulação no plano iniciará do zero, desconsiderando, assim, o tempo
de acumulação no regime progressivo.

Desse modo, é fundamental que você conheça e entenda como funcionam essas formas
de tributação para poder efetuar com mais segurança a sua escolha. Vamos lá?

O QUE É A TRIBUTAÇÃO PROGRESSIVA?

A tributação progressiva ou tabela progressiva é aquela aplicada no Imposto de Renda e


que incide sobre os salários e demais rendas recebidas pelos cidadãos. As alíquotas
nessa tabela aumentam de acordo com a faixa de valores recebidos, variando entre
0% (isento) e 27,5% (alíquota máxima). Ou seja, quanto maior a renda recebida, maior a
alíquota de imposto a incidir. Verifique a tabela abaixo:
A forma de tributação dos benefícios ou do resgate será baseada no total da renda anual
bruta do servidor participante e a respectiva alíquota e imposto.

Na prática, a tributação no regime progressivo vai acontecer da seguinte forma:


 No resgate: é cobrado imposto de renda na fonte na alíquota
de 15%, sendo que, dependendo da faixa do valor recebido ou
resgatado e sua respectiva alíquota, o acerto será realizado na
Declaração de Ajuste Anual de Imposto de Renda;
 No recebimento do benefício: o imposto de renda será de acordo
com as alíquotas vigentes da tabela progressiva. Nesse caso o acerto
final, considerando todas as rendas brutas tributáveis do participante
e todas as deduções autorizadas por lei, também será realizado na
declaração anual de ajuste.

O QUE É A TRIBUTAÇÃO REGRESSIVA?

Se na tabela progressiva o que conta é a faixa de renda, na tributação regressiva, ou


tabela regressiva, o fator que determina a alíquota do imposto é o tempo de
permanência dos recursos investidos no plano de previdência privada. Esse é um
regime alternativo de tributação próprio para a previdência complementar! O objetivo
aqui é incentivar a permanência do participante no plano no longo prazo, pois, ao
alongar o tempo, o participante terá acesso a alíquotas que chegam a 10%,
independentemente de sua renda bruta. Acompanhe a figura abaixo:
Conforme você viu na figura acima, a diminuição da alíquota depende do tempo de
contribuição no plano, ou seja, quanto mais tempo o seu dinheiro estiver no plano de
previdência, menos imposto você pagará.

Importante dizer que, no regime regressivo, tanto o resgate quanto os benefícios são
tributados a alíquotas regressivas conforme o prazo de acumulação de recursos no
plano. Não há ajuste da declaração anual do IRPF, nem complementação ou restituição
do imposto; a tributação é exclusiva/definitiva na fonte.
A tabela regressiva leva em consideração o tempo em que o investimento fica no plano,
desse modo, os pagamentos dos benefícios consideram os primeiros aportes realizados
pelo participante, de maneira que neles incidam as menores alíquotas de IR. O prazo de
acumulação é contado para cada pagamento separadamente. Ou seja, seguem a lógica
do sistema PEPS: Primeiro valor que entra no plano é o Primeiro valor que sai.

Para facilitar o seu entendimento e consolidar o que foi abordado até aqui, verifique a
tabela abaixo.

4.2 INCENTIVOS FISCAIS


Você sabia que é possível reduzir a carga tributária do participante sobre os valores
aportados anualmente ao Regime de Previdência Complementar?

Quer entender os incentivos fiscais atrelados à previdência complementar? Assista ao


vídeo abaixo com a advogada e professora de Direito Tributário, Patrícia Linhares
Gaudenzi.

as contribuições dos participantes aos planos de previdência complementar podem


ser deduzidas até o limite de 12% dos rendimentos tributáveis no ajuste anual do
imposto de renda. Haverá tributação apenas no recebimento do benefício ou resgate
das contribuições, a depender da tabela escolhida: progressiva ou regressiva.

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