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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E
PATRIMONIAIS II
DOCENTE Prof.Dr. DOUGLAS MORAIS BEZERRA

CUSTOS FIXOS, VARIÁVEIS, ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO

ÁLVARO SANTOS RODRIGUES

PICOS

2023
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O custeio direto se fundamenta no princípio pelo qual as despesas e os custos que devem ser alocados aos
produtos ou serviços são aqueles diretamente identificados com a atividade produtiva e que sejam variáveis
em relação a uma medida dessa atividade. E os demais custos, definidos como periódicos, repetitivos e
fixos, serão debitados diretamente do resultado. Acrescenta ainda ser esse critério muito útil para a tomada
de decisões, pois uma de suas especialidades é justamente a análise da variabilidade das despesas e dos
custos. Martins (2017) acrescenta que no custeio direto somente são alocados aos produtos os custos
variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o
resultado, ao passo que, para os estoques, vão somente os custos variáveis. Algumas razões do não uso do
custeio direto nos balanços são observadas por Martins (2017).

Entre elas, o fato de ferir alguns princípios da Contabilidade, como os da Competência e da Confrontação,
pois, segundo esses princípios, devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios
envolvidos para a sua obtenção. A não aceitação do custeio direto não impede que ele seja usado pelas
empresas, haja vista as condições de propiciar informações de qualidade e também pelo fato de a legislação
não impedir a adoção de critérios durante o exercício, devendo apenas ser desconsiderado para a
elaboração das demonstrações contábeis ao final década exercício. A estrutura de análise do custeio
variável apresenta-se da seguinte forma (SOUZA e CLEMENTE, 2016)

Nessa perspectiva, O custo de armazenagem é a soma de todas as despesas envolvidas


no acondicionamento e na movimentação de mercadorias em um armazém. (IUDÍCIBUS, S.; MARTINS,
2018) Ele faz parte do controle de estoque e deve ser acompanhado de perto para melhorar a eficiência
logística da empresa. Alguns exemplos desses custos são o aluguel do armazém, a manutenção do
equipamento utilizado para movimentar as cargas e a mão de obra dos funcionários, além do valor de
depreciação do maquinário. Obviamente, quanto menores forem essas despesas, melhor para a saúde
financeira do negócio. Por isso, é fundamental que esse cálculo seja incluído no planejamento logístico e
faça parte da rotina de monitoramento das empresas.  Lembrando que todos os elementos relacionados à
estocagem de produtos compõem o custo de armazenagem. Eles correspondem não só às despesas do
estoque em si, mas também ao que é gasto durante o recebimento, a movimentação e a expedição aos
destinatários. De modo geral, os valores estão sendo computados desde o instante em que a matéria-prima
(ou o produto em si) entra no estoque até o momento em que é vendida. Assim, quando se mantêm
saudáveis, os custos de armazenagem garantem entregas eficientes e uma margem de lucro vantajosa para
a empresa.

O custo de um produto não está limitado apenas ao valor que é pago para seu fabricante, mas também a
todo o processo que o envolve antes que seja comprado pelo cliente. Isso significa que a
armazenagem influencia diretamente em sua precificação e, nesse caso, quanto mais alto seu custo, mais
alto é também o valor apresentado ao cliente. Nesse cenário, existem duas opções: abrir mão da margem
para manter a mercadoria competitiva ou aumentar seu preço de venda e correr o risco de perder negócios.
É por isso que é tão importante que o controle do custo de armazenagem seja contínuo. O objetivo
é mantê-lo o mais baixo possível sem perder eficiência no controle de estoque. Dessa forma, você
consegue ter uma armazenagem sustentável, cobrar um preço justo e garantir sua margem de lucro
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Referências:

Silva, Leandra Da, Tiago Wickstrom Alves, and Alexsandro Marian Carvalho. "Efeitos Da
Terceirização Sobre Os Custos: Estimação Da Conversão De Custos Fixos Em Variáveis." Revista
Contemporânea De Contabilidade 18.49 (2021): 128-44

CLEMENTE A., SOUZA A. Custeio Direto, Teoria das Restrições e Programação Linear. V Congresso
Internacional de Custos. Braga, Portugal, 2016

IUDÍCIBUS, S.; MARTINS E.; GELBCKE, E. R. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações:
aplicável às demais sociedades. São Paulo: Atlas, 2018.

MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2017


SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Gestão de Custos. São Paulo: Atlas, 2016.

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