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COLÉGIO ESTADUAL ENEDINA OLIVA

BLOCO DE ATIVIDADES II UNIDADE


BLOCO III
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2022
PROFESSOR(A): Maria Amélia
ALUNO:_______________________________________________
TURMAS:(3m1) ou (3m3) (Marcar a turma) TURNO:MATUTINO
PERÍODO: 19/07 NÚMERO DE ATIVIDADES: 1

LIVRO DIDÁTICO ASSUNTOS MENSAGEM DA


(PÁGINAS) PROFESSORA

TEXTOS: Olá , estudante! Como


está? Aqui estudaremos a
 https://brasil123.com.br/russia-declinio-e- nossa disciplina
ascensao-de-uma-superpotencia/ Geografia
 https://brasil123.com.br/180439-2/ Faça as devidas leituras e
as atividades propostas.
Qualquer dúvida fala
comigo no WhatsApp (73)
9 8813-7599. Espero que
esteja bem! Forte abraço.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Olá, Vamos aqui fazer um passo a passo para facilitar o seu estudo.

Após as leituras realizar a atividade em uma folha de caderno ou de ofício. Coloque o


cabeçalho completo, pois será a atividade que você deverá entregar.

Rússia: Declínio e ascensão de uma superpotência

Por que Vladimir Putin se configura cada vez mais como principal estadista do século XXI?
De Jorman Santos 

A última década do século XX foi recheada de fatos negativos para a Rússia, principal herdeira
da antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), viu seu império entrar em
colapso após o fim da Guerra Fria, culminando numa fragmentação territorial de muitos países
pertencentes a “Cortina de ferro”. A formação de novos países dissidentes do antigo regime
soviético com governos independentes, impôs uma dura realidade ao Kremlin, que somado a
esses desdobramentos geopolíticos, ainda teve que enfrentar um longo período de crise
econômica (queda no PIB, desemprego, fuga de capital…) e desafios sociais como a escalada
da violência no seu território. 

Aliado a tudo isso, os prognósticos também não eram animadores, a URSS foi considerada
derrotada na Guerra Fria travada com os EUA, se preocupou com uma hegemonia de seu
maior rival no cenário geopolítico mundial, e como isso poderia lhe custar um isolamento
político e econômico no futuro. Ainda na década de 1990, chega ao poder na Rússia, Boris
Iéltsin, o presidente que acelerou a implantação das políticas neoliberais, e que fragilizou ainda
mais a já combalida economia russa, com privatizações de inúmeras estatais, denúncias de
corrupção, acordos comerciais desvantajosos, além de facilitar o aumento da influência
ocidental no país. 

Quando tudo caminhava para a destruição completa do legado soviético, e num momento em
que a população russa não gozava de boas expectativas, eis que chega ao poder em 1999, um
Tenente-Coronel reformado da KGB (principal organização de serviços secretos da União
Soviética), seu nome, Vladimir Putin. A era Putin não foi poupada de desafios, mas permitiu
recolocar a Rússia nos trilhos do protagonismo internacional, ainda que de forma lenta e
pontual.

Ao chegar ao poder em 1999, Vladimir Putin encontra um país esfacelado, tomado pela
violência, com uma economia em declínio e vendo seu maior rival (EUA) se consolidar cada
vez como a única superpotência da Terra. É justamente nesse cenário adverso que a Rússia
inicia seu projeto de reconstrução, primeiro evitando a fragmentação do seu território e
assegurando sua unidade, mantendo-se assim como o maior país do planeta, essa condição
permite que a Rússia usufrua de inúmeros e vastos recursos naturais presentes em seu
território. 

Além de evitar a fragmentação territorial e vencer as principais disputas envolvendo fronteiras,


a Rússia a partir de Putin passa a romper com os ideais neoliberais disseminados no ocidente,
volta-se para o fortalecimento do estado, nas áreas militares, sociais e econômica. Putin sendo
uma figura preparada pelo serviço secreto russo, entende a necessidade de continuar
investindo nas tecnologias de Guerra (armas, aviões, submarinos…) e no aperfeiçoamento de
suas forças armadas, dessa forma o país continuou sendo temido por seus adversários e
respeitado por seus aliados. 

Putin é considerado por muitos como um ditador pelo fato de sufocar toda e qualquer tentativa
da oposição de chegar ao poder, por outro lado, muitos admiradores o veem como um grande
estrategista político e de presença decisiva na política internacional. Recentemente conseguiu
aprovar uma nova constituição, que muda as legislações políticas e eleitorais no país, o que na
prática o garante por muito mais tempo no poder, Putin também tem ajudado a Rússia a firmar
parcerias com inúmeros países, principalmente com aqueles considerados inimigos dos EUA,
como Venezuela e Irã, mas também tem aumento as relações comerciais com antigos aliados
de Washington, tanto na América Latina como na Europa. 

A Rússia foi uma das principais idealizadoras da formação do BRICS (Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul), grupo de países em desenvolvimento que tem por objetivo implantar
políticas econômicas internacionais mais independentes da influência dos EUA. O governo
Putin permitiu que a Rússia se tornasse a principal fornecedora de gás para a Europa, também
tem crescido as exportações de petróleo e de manufaturas para o velho continente. Junto com
a China a Rússia é hoje um dos países que mais armazenam ouro em suas reservas
econômicas, considerada por muitos como uma estratégia essencial para reduzir o prestígio do
dólar na economia mundial.

No entanto, a principal estratégia russa nesse momento tem sido sua aproximação cada vez
maior com a China, essa parceria tem sido fundamental para o protagonismo de ambos na
geopolítica mundial. De um lado existe uma Rússia repleta de desafios socioeconômicos, mas
que goza de grande força bélica (sendo superior aos EUA em muitas áreas), além de possuir
recursos naturais em abundância, e já há muito tempo acostumada a enfrentar desafios. Do
outro lado a China com sua pujança econômica que se consolida cada vez mais como principal
parceiro econômico de muitos países. 

Essa aliança Rússia-China tem causado dor de cabeça aos EUA, pois esses países acabam se
complementando, ou seja, um fornece o suporte necessário onde o outro se apresenta
deficiente, e dessa forma o raio de ação política e econômica dos EUA acaba sendo reduzido
cada vez mais. Apesar de não ser considerada uma das grandes potências econômicas da
Terra, a Rússia soube se adequar a sua realidade, e hoje é autossuficiente em muitos setores
(matéria-prima, fontes de energia, tecnologia da informação, indústria farmacêutica, entre
outros.). O país promete ser o primeiro a fornecer a vacina para combater a pandemia do
COVID-19, e dessa forma mostrar ao mundo que para além de uma superpotência militar, os
russos também estão na vanguarda dos avanços científicos e tecnológicos.

China virá ainda mais forte depois da COVID-19

O gigante asiático afia suas garras para comandar a retomada econômica do planeta.
De Jorman Santos Atualizado em 13 maio, 2020 15:10

Que a China desponta há pelo menos duas décadas para ser a maior potencia econômica do
planeta, disso ninguém dúvida. Mas o que faz da China um país tão forte economicamente,
depois de ter passado por séculos de pobreza e ter sofrido com o imperialismo? A resposta
está no seu passado milenar e na capacidade de resiliência de sua sociedade.

Com mais de cinco mil anos de história, a China participou de inúmeras guerras, conquistou
territórios, criou a Rota da Seda (Um dos maiores circuitos comerciais da história da
humanidade), foi invadida, seu povo foi violentado e sofreu com o domínio japonês e britânico
em seu território. A Revolução Cultural liderada por Mao Tsé-Tung, foi outro fato marcante na
história chinesa, também acabou provocando inúmeras transformações, que levaram ao
isolamento político da China com o resto do mundo durante boa parte do século XX.

A China sempre foi uma nação de grande importância, até o século XVII é possível afirmar que
tinha um papel no mundo com mais destaque do que a própria Europa. Há um ditado popular
que diz: “Deus criou o mundo; o resto foi feito na China”. E vamos concordar que é mais ou
menos assim, não é? Os chineses criaram a pólvora, o papel, o papel moeda, a imprensa, a
bússola, o macarrão, e uma série de outras invenções.

No século XVIII, a China perdeu espaço para as potências europeias que lideraram o início das
atividades industriais no mundo; Reino Unido, França, Bélgica e mais tarde Alemanha e Itália,
sem falar no desenvolvimento Industrial dos EUA e um pouco depois no Japão. Esse fato
permitiu aos países pioneiros no processo de industrialização, se destacar no cenário mundial
por conta da capacidade de domínio das novas tecnologias.

Em 1979, no entanto, a China volta a estabelecer relações mais efetivas com o ocidente,
durante o governo de Jimmy Carter nos EUA (1977-1981). A partir de então, o Dragão Asiático
passa a se despir de algumas amarras ideológicas e fundamentalistas que a Revolução
Cultural havia implantado no país, e desenha um projeto ousado de desenvolvimento
econômico e tecnológico.

Para quem conhece a história, não há espanto algum em ver o crescimento, e o papel de
destaque que a China ostenta hoje no mundo, na verdade, a China está assumindo uma
posição que sempre ocupou ao longo da história. E há uma série de velhos e novos elementos
que se somados, darão a China as condições necessárias para liderar a recuperação
econômica do planeta, no cenário pós-Coronavírus.

A China é de longe o país com as maiores reservas internacionais de capital, sua dívida
externa é uma das menores entre os vinte países mais ricos do planeta, possui um mercado
consumidor interno em expansão, uma classe média com mais de 300 milhões de pessoas, é
auto-suficiente em tecnologia de ponta, e junto com a Rússia é um dos países que mais
compram ouro no mundo. Mas o que tem o ouro com isso? O ouro sempre foi utilizado nas
relações comerciais entre os países antes da hegemonia no Dólar, porém, cada vez mais o
Dólar é uma incerteza, os EUA país emissor dessa moeda, é hoje o maior epicentro da
pandemia, com quase 15% da população desempregada, e uma dívida pública colossal.

Além de todas as características citadas, e diante da conjuntura internacional, a China ainda


tem a prerrogativa de projetar seu ciclo de desenvolvimento por décadas, já que não vive numa
democracia, fazendo com que a alternância de poder seja apenas simbólica. Na China o que
impera é o regime de partido único, onde o estado exerce uma ação decisiva, ao direcionar os
rumos econômicos e participar como acionista das maiores empresas privadas do país.
O mundo se acostumou a depender da China, a capacidade de produção do país mais
populoso da Terra, não tem comparação com nenhuma outra nação. E como
certamente “Reconstrução” será o termo mais utilizado no mundo após a pandemia, o legado
construído ao longo de mais de cinco mil anos de história, darão a China as vantagens
necessárias para sair na frente nesse processo.

ATIVIDADE

Modelo do cabeçalho

Colégio Estadual Enedina Oliva

DATA: ____/____/ 2022.

ALUNO(A): _____________________________________________

PROFESSOR(A): ____________________ SÉRIE: 3ª TURMA: __________

DISCIPLINA: Geografia

01 – De acordo com os textos como podemos observar a relação estratégica


apresentada por Rússia e China no campo geopolítico?

02 – Atualmente qual setor econômico é o mais importante para a economia da


Rússia?

03 – Por que a China é a economia que mais cresce no mundo?

04 – Quais são os principais desafios econômicos, sociais e ambientais a serem


enfrentados pela China nos próximos anos?

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