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Licenciatura de Educação Básica

Docente: Maria Filomena Teixeira


Discente: Tânia Carraca | nº2020136205

Reflexão - Amor Veneris

No âmbito da Unidade Curricular de Sexualidade, Saúde e Educação, foi-nos solicitado que


elaborássemos uma reflexão sobre a Visita de Estudo ao Museu Pedagógico do Sexo, no Palácio
dos Anjos em Algés. Assim, fomos ver a Exposição Amor Veneris – Viagem ao Prazer Sexual
Feminino, que tem como objetivo proporcionar conhecimento e reflexão sobre esta temática com
base numa perspetiva pedagógica, através de expressões artísticas e conteúdos científicos.

Na exposição, são-nos apresentados dois caminhos: "com consentimento" e "sem


consentimento". Ao entrarmos pelo caminho "sem consentimento" encontramos uma série de
obras relacionadas com o sofrimento, a violência sexual contra as mulheres, a mutilação genital
feminina, a violação e o abuso sexual. Obras que nos agitam, alertam e questionam estas
realidades. Na minha opinião este percurso foi bastante difícil, pois todos nós sabemos que estas
atrocidades existem, contudo não conseguimos imaginar como é que a vítima se sente. O silêncio
em que vivem todas as mulheres que são maltratadas, violadas e mutiladas, deve cessar, e para isso
penso que todos nós, devemos fazer ouvir a nossa voz, na luta contra este problema.

No lado "com consentimento" existem bastantes estímulos relativamente ao prazer sexual


feminino, sendo que a exposição está dividida em várias partes: cérebro, pele e clítoris. No que
toca à parte do cérebro, deparamo-nos com labirinto de salas prontas a serem exploradas, com
momentos pedagógicos e artísticos. Este é o órgão sexual que comanda a resposta sexual humana
nos planos biológico, psicológico e social: reage a estímulos internos e externos, à ativação dos
cinco sentidos, promove as reações sexuais, as memórias positivas ou negativas, as fantasias, a
motivação sexual e muito mais. Para mim, esta foi a parte que mais gostei, uma vez que foi
possível explorar os diferentes sentidos, descobrindo novas fontes de prazer e como tudo funciona.
A etapa seguinte foi a pele, sendo esta contém imensas terminações nervosas. Foi um espaço que
nos remete para texturas, experiência sensorial, plenitude do corpo para além das zonas erógenas.
Por fim, a última zona que visitámos foi o clítoris, o único órgão sexual feminino que tem como
função única dar prazer sexual à mulher. Foi impressionante perceber que afinal o clítoris é muito
maior do que a maioria de nós pensa e que ainda existem muitas coisas por descobrir. Nesta última
sala foi possível ver/sentir ficticiamente como acontece um orgasmo.
Em suma gostei muito desta experiência, pois aprendi bastante no que toca ao prazer sexual
feminino, como funciona e quais são os principais órgãos do mesmo. Considero que esta
exposição é importante não só para as mulheres mas também para os homens uma vez que são
abordados tópicos bastante interessantes tanto do lado "com consentimento" como também o "sem
consentimento". É uma exposição que o visitante vai à descoberta, assim como é o caminho da
própria sexualidade, encontrando obras que representam muito bem esta temática.

Infelizmente, a sexualidade da mulher, incluindo o orgasmo, sempre foi rodeada por tabus
e mitos que associam o prazer sexual feminino à falta de pudor, imoralidade e outras críticas
negativas e regras. O conhecimento de seu corpo, das formas de obter prazer e do processo de
excitação e orgasmo permite às mulheres a vivência do prazer, por isso é fundamental o
autoconhecimento pela masturbação para esta descoberta. É notório que o órgão mais importante
para o prazer da maioria das mulheres é o clítoris, que precisa ser estimulado para que a mulher

atinja o orgasmo. Tudo isto diz respeito apenas às mulheres e não cabe a nenhum homem exigir
regras sobre o corpo da mulher.

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