Você está na página 1de 2

PATRICIA BANDA

Resumo da leitura: EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE ADAPTADO: HISTÓRIA,


AVANÇOS E RETROCESSOS EM RELAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA
INTEGRAÇÃO/INCLUSÃO E PERSPECTIVAS PARA O SÉCULO XXI

No século XX quando se pensou em atividade física para PNE’S a educação física


estava, ainda, sofrendo influências militares e visava o corpo saudável, harmonioso e
equilibrado. Surgiu então a preocupação e necessidade de atender PNE’S, pois a
Educação Física geral não atendia as especificidades de pessoas com deficiências. Os
médicos então criaram um programa chamado de Ginástica Médica, que visava prevenir
doenças utilizando exercícios de correção e prevenção, em 1950.
O desporto adaptado teve início na Inglaterra com a criação do Centro Nacional
de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville, pelo neurologista Guttman,
com objetivo de tratar homens e mulheres feridos na Segunda Guerra Mundial. A partir
de então duas linhas de pensamento foram criadas: uma com enfoque médico, que
utiliza o esporte com auxílio na reabilitação dos pacientes e enfoque esportivo, nos
EUA, como forma de inserção social.
A promoção de atividades para PNE’S foi ganhando maiores proporções no
mundo até a criação dos Jogos de Stoke Mandeville, em 1948, que 12 anos depois se
tornou as Olimpíadas dos Portadoes de Deficiência, sendo realizado logo depois dos
Jogos Olímpicos da Itália.
A partir de então os jogos foram se desenvolvendo pelo mundo até chegar nos
jogos Paralímpicos, que são obrigatoriamente realizados nas mesmas imediações onde
ocorrem as olimpíadas no país. As modalidades são esportes de tradição competitiva e
coincidem com as mesmas modalidades olímpicas, porém com adaptações. São elas:
atletismo; judô; natação; basquete; tênis de mesa; halterofilismo; futebol; esgrima e
ciclismo.
Esse foi sem dúvidas um grande avanço para EFA , pois foi a partir de um
programa de reabilitação que começou tudo isso. Hoje os melhores atletas de suas
categorias disputam provas, campeonatos mundiais; estaduais e regionais, não se
restringindo apenas à competição e sim, à integração de todos, além de saúde e
qualidade de vida dos praticantes portadores de deficiência.
A educação física se desenvolveu muitos dos anos 80 até hoje, podendo
contribuir e agregar todos, não só visando aquela ideia de corpo perfeito que nos anos
50 era padrão. Porém, hoje surge o paradigma da inclusão social, onde devemos incluir
no mesmo espaço e tempo TODAS as pessoas. As escolas e principalmente a
Educação Física, são os alvos dessa questão, como incluir todos alunos na mesma
atividade? De forma que nenhum se sinta discriminado e que consiga, da sua forma,
realizar a tarefa? São perguntas que vem surgindo e que cada vez mais está evidente
que sim, devemos incluir todos na mesma atividade, porém, a falta de informação dos
profissionais é um fator relevante a essas questões, pois muitos ainda vêm o PNE’s
como doente ou incapaz. Então, para as novas perspectivas, os profissionais devem ser
melhor qualificados para atender todos os alunos, assim como a escola ter estrutura
para agregar e fazer valer a inclusão social.

Você também pode gostar