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BRASÍLIA CONTEMPORÂNEA

Késia Carvalho (N4595B1) e Stefanny Marina (N136JD7)

O projeto visual consiste em uma visão mais reflexiva do cotidiano da Brasília


Contemporânea, e tem como embasamento as referências ‘A rua da estrada’ do
autor Álvaro Domingues; ‘Cidade moderna e cidade contemporânea’ de
Bernardo Secchi e ‘Cidade Genérica’ de Rem Koolhas’.
O foco principal é uma exposição de cenários vivenciados no dia a dia de um
brasiliense, com fotos e vídeos de autoria própria, é possível identificar com mais
sensibilidade os temas abordados pelos autores referenciados.
Em um parâmetro geral, é como se quem está vendo o projeto visual estivesse
assistindo Brasília “de fora”, parando para analisar a quão movimentada e
genérica ela pode ser para além do modernismo inicialmente idealizado.
O fato é que os tempos passaram e Brasília não é a mesma dos anos 60,
espaços vazios entre um lugar e outro foram sendo ocupados conforme o passar
do tempo e as necessidades de expansão de habitações e comércios, o que
antigamente era uma grande via expressa, de uns tempos para cá passa a ser
habitada por pessoas em busca de oportunidades.
As vias EPTG, EPNB, entre outras, que tinham como função levar os veículos
de um ponto X ao centro de Brasília, hoje são também as ruas dos habitantes
agora instalados. A mesma estrada que leva uma pessoa de Taguatinga ao
Plano Piloto, é a rua que leva um estudante do Lúcio Costa a uma escola no
Guará, por exemplo.
Entretanto, com a linha temporal de Brasília sendo cada vez mais alimentada,
também surgem “problemas” de identidade, o que a princípio era para ser uma
cidade moderna e planejada, se tornou uma metrópole, um nó que liga o Plano
Piloto a outros diversos centros. Ou seja, uma identidade visual pré-estabelecida
pelos modernistas, na contemporaneidade, ou está distorcida ou sofrendo
mutações.
O desenvolvimento de prédios super altos e envidraçados no exterior,
refletem em Brasília, a arquitetura que não possui uma identidade muito definida,
que pode ser encontrada em qualquer outro lugar do mundo é a que predomina
agora. Isso não é necessariamente um ponto negativo. Só quer dizer que é um
‘modo de fazer’ que está sendo desenvolvido agora, que ainda passa por
mudanças e atualizações.
Portanto, é possível observar, que, diariamente, Brasília enfrenta mudanças
relacionadas ao caos urbano, à mescla de pessoas e culturas, à novas
arquiteturas e fachadas e, até mesmo, grandes questões socioeconômicas e de
desigualdade social. Brasília está em constante mutação.
Referência Bibliográfica
DOMINGUES, Álvaro. A Rua da Estrada. In: Cidades- Comunidades e
Territórios. Dez 2010. n. 20/21, pp. 59-67. Disponível em: A Rua da Estrada |
CIDADES, Comunidades e Territórios (rcaap.pt)
KOOLHAS, Rem. Três textos sobre a cidade: Grandeza, ou o problema do
grande / a Cidade Genérica / Espaço-lixo.
São Paulo: Gustavo Gili,2010.SEECHI, Bernardo. Primeira lição de urbanismo.
São Paulo: Perspectiva, 2015

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