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Co-autores
José Peréz de Lama2
José María López Medina3
Mário Chagas4
O presente artigo tem como proposta apresentar o Museu das Remoções da Vila
Autódromo a partir de duas perspectivas: da museologia social e das metodologias
participativas. O Museu das Remoções é um museu social construído criativamente pela
comunidade Vila Autódromo em conjunto com a universidade Anhanguera, no âmbito
de um projeto de extensão universitária 5 . Seu objetivo ao ser criado era apoiar a
resistência à remoção da comunidade e denunciar as consequências da mercantilização
do território urbano intensificada no período de realização dos megaventos do Rio de
Janeiro.
1
Diana Bogado é ativista, arquiteta e urbanista, doutora pela na Universidade de Sevilha; criou e
coordenou como professora do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Anhanguera o Projeto
de extensão à comunidade Vila Autódromo. No âmbito deste projeto Diana coordenou algumas
intervenções urbanísticas participativas na Vila Autódromo e em outras favelas, dentre elas a que deu
origem ao Museu das Remoções.
2
José Pérez de Lama é co-diretor do Centro IND (Fablab) da Escola Técnica Superior de Arquitetura de
Sevilha, professor da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Sevilha e orientador da tese de doutorado
“Museu das Remoções: resistência criativa e afetiva como resposta sociocultural ao Rio de Janeiro dos
megaventos”, de Diana Bogado.
José María López Medina é poeta e arquiteto, Doutor em arquitetura pela Universidade de Sevilha,
pesquisador do projeto PLANPAIS da Universidad de Granada e co-orientador da tese da tese de
doutorado de Diana Bogado.
4
Mario Chagas é poeta, museólogo e cientista social. Coordenador cultural do Museu da República,
professor da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia e da Unirio, Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro, e participou na idealização e criação do Museu das Remoções; e co-orientou a
tese de doutorado da autora.
O contexto sociopolítico
“O Museu das Remoções é um projeto que brotou
como as flores num campo de guerra, como os
girassóis da Vila... Em meio aos escombros nasce
um museu a céu aberto, que tem a missão de
semear, regar e multiplicar a história de
resistência e luta que está sendo dia após dia
cultivada no solo fértil da Vila Autódromo.”
Nathália Macena, moradora da Vila Autódromo,
em entrevista à autora.
6
O neoliberalismo surge como reto de direcionamento do pensamento político-econômico entre as
décadas de 70-80 (Harvey, 2005). A neoliberalização de cidades se coloca em curso no Brasil com a
implementação do planejamento estratégico no Rio de Janeiro pelo prefeito César Maia (1993-
1996),segundo modelos implementados anteriormente nos Estados Unidos e em Barcelona.
exposta nas gôndolas dos mercados mundiais” 7 .
(HARVEY, 2016).
Harvey (2016) reforça que os negócios precisam ser garantidos, mas não podem ser o
sentido da gestão pública e nem serem usados para subjugar os interesses coletivos. Esta
submissão é o próprio ‘espírito da cidade-commodity’ (Harvey, 2016) 9 . As
transformações socioespaciais decorrentes da mercantilização da cidade são entendidas
por Garnier (2013) como parte do fenômeno da ‘reconquista urbana’. Segundo o autor,
assitimos a uma limpeza étnica: uma operação de retirada da população pobre,
imigrantes, clandestinos, marginais e outros ‘indesejados’ de partes da cidade, para dar
o lugar destes indivíduos locais à reprodução do capital, (Garnier, 2013) A atmosfera
dos megaeventos é a condição mais propícia para viabilização desta tática de
substituição de população.
7
Anotações da autora de aula proferida pelo professor David Harvey na Praça da Cinelândia no Rio de
Janeiro em Setembro de 2016.
8
Em. http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/07/21/o-legado-das-remocoes-no-rio-violencia-
dividas-e-povo-na-mao-de-milicias.htm, acessado em Dezembro de 2017.
9
Anotações da autora de aula proferida pelo professor David Harvey na Praça da Cinelândia no Rio de
Janeiro em Setembro de 2016.
A Barra da Tijuca, na zona Oeste carioca, por exemplo, é um bairro projetado para
atender um perfil social específico; desconectado do contexto paisagístico, morfológico
e social em que se situa, o modelo do bairro é considerado fragmentado e arrogante por
alguns críticos (Jacobs, 2013; Santos, 2013). A Vila Autódromo, por sua vez, localizada
na zona em questão, representa a população não convidada ao ‘espetáculo’ da cidade
elitista (Debord, 1969). Justamente por não corresponder ao perfil de consumidor
solvente, a comunidade sofreu um violento processo de remoção levado a cabo pela
prefeitura municipal. O fato de seus moradores possuírem título de posse da terra e
direito de propriedade concedidos pelo governo do Estado não foi suficiente para
garantir a permanência da comunidade. (Azevedo e Faulhaber, 2016). A política de
remoções utiliza de tecnologias de poder que articulam táticas para atingir seus
objetivos de gestão da vida nos territórios urbanos. Neste contexto o Estado não se
apresenta como homogêneo e unívoco, porem complexo e multifacetado. (Foucault,
1976).
10
Os reassentados da política remocionista são encaminhados para conjuntos habitacionais do Programa
Minha Casa Minha Vida, MCMV, que se em um primeiro momento foi criado para redução do déficit
habitacional, tornou-se, posteriormente, um complemento à política de remoção e um agravante do
déficit habitacional. O empreendedor privado é o agente central das decisões desta política habitacional,
característica que reforça o ideário neoliberal e acentua a dificuldade de realização de processos
participativose democráticos. Ao entregar ao agente imobiliário a deliberação sobre o ordenamento
territorial a respeito da localização dos condomínios, o programa contraria o art. 182 da Constituição
Federal, (BOGADO, 2017).
O museu é uma resposta-ação a contrapelo11 da dinâmica de esquecimento empreendida
pelas remoções olímpicas (Benjamin, 2005). Ele nasce da necessidade de enfrentar o
duplo processo de apagamento buscado pelas práticas estatais: tanto do espaço físico,
quanto das redes de relações (sociais e políticas) que a constituíram historicamente.
Portanto, seu objetivo não se restringe à denúncia, mas abrange-se a promover disputas
simbólicas com as narrativas oficiais a partir do resgate e comunicação da memória
local (Bogado e Chagas, 2017).
11
Considera-se o museu uma resposta-ação a contrapelo do curso da história do capitalismo poque
questiona e mina as ações da elite financeira mundial e não se alinha aos projetos hegemônicos previstos
para a cidade.
além das atividades e materiais gerados pelo
grupo, a metodologia que nutre o Museu por si só
cumpre o potente papel de marchar no
contrassenso da história, tendo em vista um
contexto urbano marcado por arbitrariedades,
violações e práticas de invisibilização, a partir do
momento em que expressa, em um formato não
convencional, a capacidade criativa de um grupo
verdadeiramente heterogêneo de reverter um
processo histórico que, a princípio, porta todos os
elementos necessários para ser bem sucedido. No
contrafluxo ao modelo de urbanismo aqui
criticado, mas também às formas tradicionais de
associativismo e ação coletiva, o Museu das
Remoções emerge como uma entidade
concretamente capaz de potencializar a voz das
populações historicamente oprimidas na luta
contra as formas de invisibilização do capitalismo
contemporâneo. Novos modos de opressão, formas
outras de agir. O Museu das Remoções depara-se
com o desafio de enfrentar as complexas
artimanhas contemporâneas do capital em
território urbano, inventando e reinventando a
cada dia mecanismos de agir e resistir.”12 (Petti,
2016)
12
O referido trecho do caderno de campo da antropóloga Daniela Petti, ativista integrante do Museu das
Remoções, reforça a coletividade do processo de concepção e construção do Museu das Remoções,
concedido por Daniela à autora.
interconhecimento’, que propõe o uso contra-hegemônico do conhecimento cientifico
(Sousa Santos, 2010, p. 35). A ‘ecologia dos saberes’ proposta por Boaventura de Sousa
Santos coloca a prática e a sabedoria dos atores locais como bases para a produção de
conhecimento. Segundo Boaventura abrir-se para aprender das ‘periferias do mundo’ é
a porta para os conhecimentos não científicos e não ocidentais que prevalecem nos
modos de vida do cotidiano. (Sousa Santos, 2010, p. 34 e 35)
O Museu das Remoções foi inaugurado oficialmente no dia 18 de maio de 2016, dia
internacional dos museus, com a presença de moradores, pesquisadores, ativistas e
imprensa independente. Na ocasião o público conheceu as sete esculturas elaboradas
pelos alunos-pesquisadores, a partir de um percurso guiado pelos moradores da
comunidade que conduzia a cada uma das esculturas:
Figura 2. Escultura do Museu das Remoções ‘Vila de todos os Santos’. Vila Autódromo, 2016.
Foto: Luiza de Andrade
13
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
que acreditam que memória não se remove.” Luiza de
Andrade, cineasta e ativista.14
Cada morador e apoiador da Vila Autódromo faz parte de uma rede, cujos vínculos que
os une são afeto, amor e esperança em uma realidade urbana menos injusta. Nesta luta
cabe mencionar a atuação das mulheres. Dona Jane do Nascimento, Dona Conceição,
Dona Heloísa Helena Berto e Dona Maria da Penha Macena tiveram suas casas
representadas pelas esculturas. A homenagem feita pelos alunos-pesquisadores a estas
mulheres reafirmam o protagonismo feminino na luta da Vila Autódromo. Junto com
muitas outras mulheres, como Sandra Maria, Nathália Macena, Dona Sandra Regina,
Dona Inalva e tantas outras, elas constituem os pilares de sustentação da luta da
comunidade. Ressalta-se que muitos homens se destacaram e tiveram atuações decisivas
nesta trajetória. Entretanto, segundo relato dos próprios moradores e moradoras, as
mulheres foram protagonistas desta batalha, responsáveis por trazer ou manter seus
filhos, pais, irmãos, amigos e maridos na resistência nos momentos mais difíceis.15
Assinala-se, entretanto, que o Museu das Remoções não se limita a uma intervenção
territorial ele também é uma ação simbólica que atua no resgate da história e da
memória da Vila Autódromo, a partir de uma prática museológica que celebra o
cotidiano. A memória entendida à luz desta nova museologia faz alusão ao passado, ao
presente e ao futuro; faz alusão àquilo que se realiza na concretude de todos os dias; dos
corpos e dos movimentos. Esta concepção compartilha com as dinâmicas participativas
a prioridade atribuída ao presente, à vida e ao cotidiano. (Bogado e Chagas, 2017).
14
Luiza de Andrade é ativista e cineasta engajada na construção e gestão do Museu das Remoções, sendo
responsável pela produção de imagens e mídias audiovisuais do museu, assim como pela materialização
conjunta das atividades do museu, desde a elaboração de aulas em conjunto com a autora deste artigo, da
concepção das oficinas de memória e da realização das atividades culturais que o museu permanece
desenvolvendo. Desde o inicio do Museu das Remoções, Luiza de Andrade foi atriz fundamental desta
luta efetiva e criativa.
15
Conforme relatos dos moradores à autora.
Apropriação da Museologia Social
O Museu das Remoções apresenta-se como parte do processo da articulação do
movimento social urbano, comunica a memória da Vila Autódromo e denuncia a
política de remoções levada a cabo pela prefeitura municipal do Rio de Janeiro
(Magalhães, 2015). A narrativa transgressora aqui exposta evidencia as violações e
contradições presentes na gestão urbana atual: enquanto a celebração hegemônica das
Olimpíadas está associada à memória do poder 16 , este museu apresenta o poder da
memória comunitária e a versão popular sobre os jogos olímpicos do Rio de Janeiro em
2016. (Bogado e Chagas, 2017).
A teoria que fundamenta este museu situa-se no campo das relações e se propõe a
“compreender e praticar os museus como acontecimentos e atos que potencializam a
vida do ponto de vista relacional, social e político”17. (Bogado e Chagas, 2017).
16
Ver o texto “Memória e Poder: dois movimentos”, publicado nos Cadernos de Sociomuseologia,
disponível em http://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/367 (última
consulta 10 de dezembro de 2016).
17
O conteúdo sobre museologia social descrito neste artigo foi retirado do texto “Memória não se
remove” escrito em conjunto por Mário Chagas e Diana Bogado, publicado a no livro do seminário
“Memória das Olimpíadas: múltiplos olhares” organizado no âmbito do projeto “Preservação da Memória
das Olimpíadas: processos e ações” organizados pela Fundação Casa de Rui Barbosa e pela Fundação
Getúlio Vargas.
18
Waldisa Rússio Camargo Guarnieri foi professora e museóloga, nasceu em 1935, na cidade de São
Paulo. Uma das personalidades mais influentes no desenvolvimento do pensamento teórico
da Museologia e de sua consolidação como campo disciplinar no Brasil. Em sua trajetória foi
coordenadora do curso de Pós-Graduação de Museologia da Escola de Sociologia e Política de São Paulo
e membro do Conselho Internacional do Museu da Unesco.
contemporâneo. (CHAGAS E GOUVEIA, 2014, p.18). Segundo Hugo de Varine é
essencial entender “a teoria da educação como prática da liberdade”, capaz de
transformar o “homem-objeto da sociedade de consumo (...) em homem-sujeito”.
(VARINE, 1979, p.17)
19
Segundo moradores em entrevista à autora, que nesta caso serão preservados devido ao teor da
informação, na véspera do dia marcado para a intervenção que seria 14 de Novembro de 2015, a referida
edificação semi-demolida que seria o centro cultural possuía a estrutura íntegra sem risco de
desabamento, constatado nas visitas anteriores. Entretanto ao amanhecer, a partir das 6h da manhã, os
moradores se depararam com os pilares da edificação partidos. O evento havia sido divulgado na internet,
e supõe-se que a Prefeitura os tenha quebrado na madrugada anterior. Cabe destacar que mais de uma vez
na Vila Autódromo foram identificados espiões da Prefeitura que tinham a finalidade de se informar das
estratégias de resistência e desarticular a luta; alguns ativistas e integrantes do movimento social sofreram
inúmeras ameaças. Sobre ameaças e desaparecimento de lideres de movimentos sociais ver dissertação de
mestrado IPPUR, UFRJ “Barra da Tijuca e o Projeto Olímpico: a cidade do capital” de Renato
Consentino.
20
Anotações de aula da autora, em aula proferida pelo professor David Harvey na praça da Cinelândia,
Rio de janeiro, Agosto de 2016.
Entende-se que a tomada de decisão coletiva é a característica que diferencia as
experiências participativas das metodologias tradicionais de elaboração de projetos
arquitetônicos e urbanísticos realizados normalmente sem consulta popular; como
ocorrido com o Parque Olímpico 21 , vizinho da Vila Autódromo, por exemplo. A
coletividade inerente à participação opõe-se à centralidade das decisões tomadas sem
diálogo. Lopéz Medina (2010) complementa que as metodologias participativas
apresentam-se como possibilidade de democratização da cidade, desta forma
contrapõem-se à prática do planejamento urbano atual que não possui canais de dialogo
com a população e concebe projetos urbanísticos de forma autoritária. (Miraftab, 2016).
Conclusão
A luta da comunidade Vila Autódromo constituiu um espaço poético, subjetivo,
multifuncional e complexo de resistência e resiliência; o ‘habitar como um poeta’
ampliou-se à resistência como poeta contrapondo-se à proposta estandardizada do
‘habitat’, - padrão de referência dos projetos urbanísticos atuais-. (Lefebvre, 1976,
2001; Heidegger, 2005).
21
Maior estrutura construída para a realização das Olimpíadas Rio 2016.
22 A rede de relações que se constitui na favela é uma forma de driblar as faltas de acesso generalizada de
seus moradores, seja falta de comida, de dinheiro, de serviços estatais. A todas estas faltas os moradores
respondem com solidariedade uns aos outros, o que garante a sobrevivência dos mesmos é o chamado
“nós por nós”. O “nós por nós” é a cultura, por exemplo, do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro; ele
supre todas as faltas, é uma cultura de sobrevivência que tem como base a solidariedade, conforme
explica Thainã de Medeiros, morador do Complexo do Alemão, em entrevista a autora
A resistência criativa associada aos modos de vida marginais da Vila Autódromo
constitui a insurgência de uma disputa de significados com a narrativa hegemônica no
campo cultural, que fortalece a identidade local com base no sentimento de
pertencimento e autonomia. (Scott, 1990). O conceito de insurgência propõe a
descolonização das teorias de planejamento ao acionar a contra-hegemonia, a
transgressividade e a imaginação (Miraftab 2004) que respaldam as ações de
desobediência civil e a autonomia dos sujeitos.
Esta nova forma de resistência, inerente aos novos movimentos sociais, é mais
elaborada, criativa, dinâmica e inovadoras, que as antigas formas de luta. (Bogado,
2017). As resistências criativas compartem com a museologia social a priorização do
presente e da vida, e tem a espontaneidade como característica chave. Apresentam-se
como resposta às formas estandardizadas de vida impostas pelo status quo na metrópole
neoliberal ‘mercadófila’ (Mascarenhas, 2015). Assim, o Museu das Remoções afirma o
modo de vida e a presença da Vila Autódromo no Rio de Janeiro, que permanece,
existe, re-existe e garante que a “memória da Vila não se remove”.
23
A biopolítica para Michel Foucault é uma tecnologia de governar que efetiva o controle da sociedade e
dos sujeitos por instrumentos que não se restringem aos âmbitos ideológicos, e que exercem o biopoder
em esferas biológicas, abrangendo-se aos âmbitos de controle corporal. Na sociedade capitalista as
estratégias biopoliticas de governo se efetivam mediante o exercício da aplicação do poder em todos os
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