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CEEPRU DEPUTADO RIBEIRO MAGALHÃES

CURSO: 3ª SÉRIE - TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA


DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO RURAL E PLANEJAMENTO AGRÍCOLA

Credito Rural

No Brasil, o credito rural tem sido um instrumento de politica agrícola que visa
fornecer ao agricultor o recurso necessário quando a propriedade rural carece de
capital próprio para a exportação de uma ou mais culturas. O coordenador do crédito
rural em nível nacional é um órgão deliberativo denominado Conselho Monetário
Nacional (CMN). O órgão específico que estabelece as regras gerais e tem a função
de dirige coordenar, fiscalizar e sistematizar as ações dos órgãos financeiros
promoverem orientações às instituições que prestam assistência técnica é o Banco
Central do Brasil (BACEN). Também foi criada a secretaria do Tesouro Nacional
(STN), para qual foram transferidas as atribuições de fomento antes exercidas pelo
BACEN. O BACEN tem ainda função de controlar sistema nacional de credito rural,
que é constituído pelas seguintes instituições:
Banco da Amazônia;
Banco do Brasil;
Banco Nacional de Credito;
Banco do Nordeste.
Acrescido de alguns órgãos vinculados:
INCRA;
BNDES;
Bancos Estaduais;
Bancos Privados;
Cooperativas de Crédito Rural.
Os principais órgãos articulados ao sistema de crédito são as entidades
apresentação de assistência técnicas, como por exemplo, ENATER. Um dos
requerimentos básicos para a liberação dos créditos é a elaboração de uma ficha
cadastral que possuem algumas exigências bancarias. Informe necessário ao exame
do empreendimento e sobre a agressiva demanda de recursos.
Crédito de Custeio
Atende as despesas normais do ciclo produtivo das lavouras periódicas e da
entressafra das culturas permanentes. Seu armazenamento no imóvel rural ou em
cooperativas que tem sido responsável por aproximadamente 60% do total dos
recursos mobilizados aos produtores e cooperativas. O vencimento do crédito rural
deve permitir a comercialização dos produtos, contando desde o ciclo produtivo até 90
dias após a colheita, nos pequenos e médios produtores, é 60 dias para os demais
casos.
Custeio de pecuária
São as despesas normais da exploração, com até um ano de prazo para o
pagamento. Objetiva assegurar ao produtor rural ou ás cooperativo os recursos
necessários para a colocação dos produtos no mercado. O prazo normalmente é de
240 dias.
EGF - (Empréstimo do Governo Federal)
Com opção de venda: proporciona às beneficiárias condições financeiras para
comercializar os seus produtos em épocas de preços mais favoráveis, facultando-lhe o
direito de exercer a opção de venda á CONAB. Atualmente esta modalidade não está
sendo efetivada em função das diretrizes governamentais que objetivam o não
carregamento dos estoques reguladores diretamente pelo governo. Sem opção de
venda: permite ao beneficiário o armazenamento e conservação dos seus produtos
para vendas futuras em condições melhores de mercado. São limitado éter o valor da
promoção própria. O armazenamento da produção é em pilhas uniformes para cada
tipo de produto. Valor financiado: até 100% do preço mínimo, mais o valor da sacaria
(ao caso de EGF com opção de venda); no caso de EGF sem opção de anda, o valor
financiado é de 70% do preço mínimo.
AGF - (Aquisição do Governo Federal)
Direta: simples compra da mercadoria pelo preço mínimo fixado, diante a
apresentação de nota fiscal contra a entrega do produto armazenado e classificado.
Indireta: visa assegurar ao mutuário responsável pelo pacionamento EGF a
liquidação total ou parcial do empréstimo mediante transferência do produto ao
governo.
Credito de Investimento
Formação de capital fixo, como: construções, lavouras permanente, pastagens
permanentes etc. A garantia geralmente utilizada é a cédula rural hipotecária, que
compõe de bens imóveis, são chamada garantia reais.
PROAGRO
Programa de garantia agropecuária que é uma garantia para o capital que o
banco empresta. O objetivo do PROAGRO é livrar os beneficiados do cumprimento
das obrigações financeiras relativas aos créditos rurais no caso de perdas por
problemas climáticos. Há também um objetivo secundário que é o incentivo a adoção
de tecnologia considerada moderna ou mais adequada às atividades produtivas.
Beneficiários: os produtores rurais e cooperativos.
Obrigação dos beneficiários:
Utilizar tecnologia capaz de assegurar a obtenção de rendimentos compatíveis
com a exploração na região. Entregar à instituição financiadora, antes da ocorrência
do evento causada por perdas, um croqui ou mapa de localização de todas as áreas
plantadas com a mesma cultura, indicando a área-objeto do financiamento.
Agentes do PROAGRO: instituições autorizadas a operar no crédito rural.
Comprovação das perdas: deve ser efetuado mediante a utilização de
formulário padronizado, devendo o mutuário informar imediatamente ao agente
financeiro assim que surgiu o primeiro evento adverso.
Enquadramento: até o limite do valor básico de custeio (80%do preço mínimo).
Mecanismos atuais de financiamentos
Ao se observar a evolução das políticas produtivas voltadas ao setor primário
brasileiro constata-se que houve dois mecanismos principais de financiamento a
produção: o crédito rural e a política de garantia de preços mínimos. A realidade
aponta que as necessidades dos produtores em geral não são mais as mesmas de
alguns anos atrás. Esta constatação indica a necessidade da ampliação das
tradicionais medidas de fomento ao setor agropecuário.
As instituições e os agentes que formam o agribusiness brasileiro estão meios
alternativos para fornecer o setor e melhorar a competitividade nos complexos em que
o Brasil possui vantagens comparativas em relação aos concorrentes internacionais.
É, pois, dentro desta perspectiva que são apresentadas as formas alternativas de
financiamento à produção que estão sendo trabalhadas na atualidade, com destaque
para uma forte tendência da ampliação da participação da iniciativa privada em
detrimento da presença direta do Estado neste processo.
Programa troca-troca-insumo versos produto
Neste caso o comprador fornece insumos ao produtor por ocasião do período
de estabelecimento da lavoura, recebendo posteriormente como pagamento um
percentual, quantidade ou valor estipulado de produção na época da colheita. Este é
um mecanismo que também governos estaduais e algumas prefeituras têm
implantado.
Venda antecipada
A venda antecipada é uma modalidade de financiamento aos produtores
bastante utilizados pelas agroindustriais que fornecem recursos para o
estabelecimento das culturas mediante a garantia de compra da produção. Há uma
especialização que se verifica quando neste processo de financiamento agroindustrial
ocorre a formalização de um contrato entre a agroindústria e o produtor rural,
passando a ser chamado de coordenação vertical.

Cédula de Produto Rural (CPR)


Este instrumento de financiamento á produção foi introduzido pelo Banco do
Brasil, aprovado pelo Congresso Nacional e transformado em lei pelo Governo Federal
sob o número 8.929, de 22 de Agosto de 1994. O produtor rural, as cooperativas, ou
mesmo as associações de produtores rurais emitem uma CPR avalizada por um
banco evidentemente a partir de garantias reais fornecidas pelo(s) emitentes(s) e
negociam em um leilão eletrônico do Banco do Brasil, na Bolsa de mercadorias ou
diretamente com algum comprador interessado. O preço que serve de parâmetro para
as negociações é o preço futuro do produto, na data do vencimento do titulo. Este
valor é obtido através das bolsas de mercadorias que negociam o referido produto.
O preço do negocio é obtido pela fórmula:
Onde: w= taxa de juros + risco da transação
n= é o período de tempo
Adiantamento de contrato de cambio (ACC)
Esta é uma modalidade de financiamento exclusiva para exportadores que já
tenham contatos de exportação fechado. Um banco internacional fornece um crédito
para o exportador, a partir da variação cambial projetada mais uma determinada taxa
de juros.
Mercado de opções compra e venda
O conselho monetário nacional, em 28 de fevereiro de 1996, instituiu o contrato
de opções como uma alternativa de financiamento para o setor primário. Este é o
mecanismo básico dos contratos de opção e que se parece com os antigos EGF-COV.
Com isso o Governo estabeleceu mecanismos alternativos para tentar evitar a
aquisição dos produtos no vencimento os contratos.
Estimulo ao comprador da opção a desistir do direito de exercer a mediante
recompra do contrato; Pagamento da diferença entre o preço do contato e o preço do
mercado, quando o preço de mercado for menor; Repasse do contrato a terceiros
mediante pagamento de um prêmio para que um agente assuma a condição de um
vendedor de um contrato de opção, que seria a posição do governo neste acordo. Os
produtos negociados nesta modalidade de hoje são: Milho, Arroz (longo fino), Algodão
trigo.
Há quatro tipos de participação possíveis nos mercados de opções;
Comprador de opção de compra; Comprado de opção de venda; Vendedor de
opção de compra; Vendedor de opção de venda.
Os compradores são agentes que possuem as chamadas opções compradas
(long positions); já os vendedores possuem as chamadas posições de vendidas (short
positions). O esquema de compra e venda no mercado de opção e resumidamente o
seguinte:
Mecanismo operacional do mercado de opções
Aviso de leilão de contratos de opções de venda de milho. Os participantes
deste leilão são os produtores são os rurais e quaisquer pessoas físicas e jurídicas
que tenham interesse em transacionar neste mercado – pois após o leilão qualquer
agente pode obter a transferência de um contato até a data do vencimento. A
formação de preços de exercício (strike price ou exercício price), feita a partir do preço
mínimo – definido em função da região – mais com taxas de juros e dos custos de
armazenamento. Os valores relativos aos prêmios definem-se em função de um ajuste
entre o número de compradores interessados nos contratos e números de contratos
disponíveis para a data do leilão.
Mercados futuros
Os mercados Futuros surgiram da necessidade de se tentar criar mecanismos
de mercado que minimizassem o elevado risco associado aos mercados
agropecuários. Alteração das quantidades e a conseqüente flutuação dos preços
agricuar tiveram um serio de problemas que dificultam o planejamento das atividades.
Os mercados futuros devem ser vistos de forma integrada no mercado físico, embora
menos de 2% dos contratos negociados seja efetivadamnte finalizados com a entrega
física do produto, pois faz parte de amplo processo que envolve o financiamento-
produtivo e processamento-distribuição corretoras credenciadas a participar do pregão
da bolsa por meio dos operadores de pregão.dos produtos primários
Os agentes que se utilizam dos mercados futuros são:
Produtores rurais; Empresas e agroindústrias; Exportadores e importadores;
Intermediários e especuladores; Corretores, corretoras, operadores e; Técnicos e
pesquisadores em economia agrícola. O papel dos corretores é o de viabilizar que os
hedges exercem seus papeis.

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