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O sertão da Bahia vivia uma crise generalizada: os engenhos haviam entrado em decadência, o

fim da escravidão significou o surgimento de uma população numerosa sem trabalho ou moradia,
e a concentração de terras permaneciam na mão de uma minoria.

Além disso, em 1878, havia tido uma terrível seca, que só veio a aumentar a pobreza e miséria da
maior parte da população que lá vivia.

É nesse contexto que surge o chamado “messianismo”, movimento que consistiu no


aparecimento de líderes locais com forte discurso religioso salvacionista, que perambulavam
pelo Nordeste fazendo pregações.

Antônio Conselheiro foi um dos mais conhecidos líder messiânico e fundador da chamada “cidade
santa” em Canudos.

Apesar de ter nascido em uma cidade pobre do Ceará, a família de Antônio Conselheiro era de
classe média, o que possibilitou sua instrução e educação. Antes de se tornar um líder
messiânico, Conselheiro chegou a ser comerciante, professor e advogado amador.

Antônio Conselheiro ficou conhecido por seus discursos fatalistas, que anunciavam o fim do
mundo, proferidos por praças e locais públicos de todo Nordeste. Além disso, seu discurso
religioso tratava a República como um governo indigno por ser laico.

Por isso, passou a pregar contra os impostos republicanos e a incentivar a população a


desrespeitar as autoridades locais.

É nesse contexto que Antônio Conselheiro deixou de ser um líder religioso excêntrico e se tornou
um perigo iminente para as autoridades do período, reunindo grande número de fiéis.

A Guerra de Canudos começou por influência de autoridades baianas que começaram a difundir
a ideia de que Antônio Conselheiro era um fanático monarquista, que tinha, inclusive, apoio
internacional para tramar contra a República.

Mediante à conspiração e pressão das elites locais, além da construção da imagem dos
integrantes de Canudos como “perigosos monarquistas”, o Governo enviou expedições
armadas para desmontar Canudos.
Foram necessárias quatro expedições armadas para derrotar Canudos. A força dos integrantes
do movimento e os três primeiros fracassos do Exército aumentaram o terror dos representantes
republicanos quanto às tentativas de retomada da Monarquia.

As tropas do governo acabam por atingir seu objetivo e destruíram a comunidade montada em
Canudos, deixando em torno de 25 mil mortos. As tropas oficiais não chegaram a fazer
prisioneiros, executando muitos dos integrantes de Belo Monte, em Canudos.

A Guerra de Canudos demonstrou uma das muitas permanências de estruturas monarquistas


durante a República.

O fim do Império não significou mudanças efetivas na situação da maior parte da população, que
era ainda pobre e miserável. E o fim da escravidão não garantiu a integração efetiva dos ex-
escravizados como cidadãos de direitos.

Essas situações geraram revoltas, e Canudos foi uma delas. A repressão violenta ao grupo
também demonstra as estratégias políticas nos primeiros anos da Primeira República.

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1) No final do século XIX, milhares de brasileiros do Nordeste enfrentavam
sérios problemas. Quais eram?
2) Quem foi a figura conhecida como Antônio Conselheiro?
3) O que Antônio Conselheiro fez no interior baiano?
4) Como era Canudos e quem vivia lá?
5) O que os representantes da Igreja católica achavam de Canudos?
6) Por que os latifundiários e autoridades do governo eram contra Canudos?

1) No final do século XIX, milhares de brasileiros do Nordeste enfrentavam


sérios problemas. Quais eram?
2) Quem foi a figura conhecida como Antônio Conselheiro?
3) O que Antônio Conselheiro fez no interior baiano?
4) Como era Canudos e quem vivia lá?
5) O que os representantes da Igreja católica achavam de Canudos?
6) Por que os latifundiários e autoridades do governo eram contra Canudos?

1) No final do século XIX, milhares de brasileiros do Nordeste enfrentavam


sérios problemas. Quais eram?
2) Quem foi a figura conhecida como Antônio Conselheiro?
3) O que Antônio Conselheiro fez no interior baiano?
4) Como era Canudos e quem vivia lá?
5) O que os representantes da Igreja católica achavam de Canudos?
6) Por que os latifundiários e autoridades do governo eram contra Canudos?

1) No final do século XIX, milhares de brasileiros do Nordeste enfrentavam


sérios problemas. Quais eram?
2) Quem foi a figura conhecida como Antônio Conselheiro?
3) O que Antônio Conselheiro fez no interior baiano?
4) Como era Canudos e quem vivia lá?
5) O que os representantes da Igreja católica achavam de Canudos?
6) Por que os latifundiários e autoridades do governo eram contra Canudos?

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