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Procedimento de Execução

PRE – 037/2012 R2
Lançamento de Condutores de MT e AT nas proximidades ou sobre
linhas e Redes Energizadas

Outubro/2014

2ª Revisão

PRE – 037/2012 R1 1/20 Emissão 10/2014


COMISSÃO DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E DE EXECUÇÃO

Coordenador:
Eng.º Júlio César Ragone Lopes
Diretor Corporativo de Engenharia e Construção

Coordenador Executivo:
Eng.º de Segurança Willemon Madureira Dos Santos
Energisa Sergipe

Participantes:
Eng.º de Segurança Sávio André Tenório Freire
Energisa Paraíba
Energisa Borborema

Eng.º Christiano Ventura V. Teles


Energisa Paraíba

Eng.º Afonso César Tavares


Energisa Soluções

Eng.º Paulo Rollemberg G. Viera


Energisa Sergipe

Eng.º Paulo Henrique da Silveira Fontes


Energisa Sergipe

Eng.º de Segurança Humberto Almeida de Queiroz


Energisa Minas Gerais

Téc. de Segurança Filipe Dini Calcado


Energisa Minas Gerais

Téc. de Segurança Carlos Alberto Zangirolami Silva


Energisa Minas Gerais

Eng.º Manuel Augusto Monteiro Boya


Energisa Minas Gerais

Eng.º Luciano José S. e Cunha


Energisa Minas Gerais

Eng.º Sérgio Fernandes da Costa


Diretoria Corporativa de Engenharia e Construção

EQUIPE DE REDAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Eng° Eduardo Hely Meneses Ferreira


Energisa Sergipe

Auxiliar Técnico Osvaldo Oliveira da Silva


Energisa Sergipe

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EQUIPE DE REVISÃO DO PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Eng.º de Segurança Willemon Madureira dos Santos


Energisa Sergipe

Eng.º Paulo Rollemberg Garcez Vieira


Energisa Sergipe

Técnico Joelmo Mendonça Borges


Energisa Sergipe

Eng.º de Segurança Luiz Fernando Bezerra de Melo


Energisa Minas Gerais

Eng.º Afonso Cesar Tavares


Energisa Minas Gerais

Eng.º Rogerio Soares da Silva


Energisa Minas Gerais

Eng.º de Segurança Sávio André Tenório Freire


Energisa Paraíba

Técnico Augustin Gonzalo Abreu Lopez


Energisa Paraíba

COMITÊ CENTRAL DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL

Coordenador:
Marcelo Vinhaes Monteiro
Energisa Minas Gerais

Participantes:
Amaury Antonio Damiance
Energisa Sergipe

Luiz Eduardo de Oliveira Pinheiro


Energisa Paraíba
Energisa Borborema

DIRETORES CORPORATIVOS
Daniele Araujo S. Castelo / DCGP
Luiz Augusto Mendonça / ACGR
José Marcelo G. Reis / DCSL

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TIPO: PROCEDIMENTO OPERACIONAL CÓDIGO: 037/2014 R2

PRIMEIRA EDIÇÃO
PRIMEIRA REEDIÇÃO DOCUMENTOS SUBSTITUÍDOS:
2
TÍTULO: Lançamento de Condutores de MT e AT nas proximidades ou sobre linhas e Redes
Energizadas

OBJETIVO: Estabelecer os Procedimentos de Execução dos Serviços Relativos ao


Lançamento de Condutores nas proximidades ou sobre linhas e redes energizadas.

PALAVRAS–CHAVE: Condutor, Linhas e Redes Energizadas e Segurança do Trabalho.

DATA DA DIVULGAÇÃO: 11/04/2008 LOCALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: Intranet

ELABORAÇÃO: RECOMENDAÇÃO: / /
04/11/2007
Departamento de Projeto, Montagem e
Manutenção – DEPM – Energisa SE
APROVADO 20/11/2007 HOMOLOGADO 18/02/2008
Comissão de Procedimentos Operacional e de Comitê Central de Segurança e Saúde
Execução - CPOE Ocupacional - CSS

STATUS
Atualizada Desatualizada Substituída Suspensa Cancelada

REVISÕES E ATUALIZAÇÕES
Nº DATA OBJETO DA REVISÃO APROVAÇÃO HOMOLOGAÇÃO
01 07/01/2011 Revisão do padrão e adequação ao 10/02/2012
SIGMASS
02 29/10/2014 Revisão técnica do passo do 29/10/2014
procedimento

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ÍNDICE
1. OBJETIVO................................................................................................6

2. APLICAÇÃO ..............................................................................................6

3. CARACTERÍSTICAS DAS INSTALAÇÕES ..............................................................6

4. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS .................................................................6

4.1. Recursos Humanos ................................................................................... 6

4.2. Recursos Materiais ................................................................................... 6

5. PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA DO TRABALHO .................................................8

5.1 Segurança Pessoal ..................................................................................... 8

5.2 Comunicação ........................................................................................... 9

5.3 Distâncias de Segurança .............................................................................. 9

6. PROCEDIMENTOS DE MEIO AMBIENTE ............................................................ 11

6.1 Resíduos Sólidos. .................................................................................... 11

6.2 Segregação dos Resíduos ........................................................................... 12

6.3 Acondicionamento e Identificação de Resíduos ................................................ 12

6.4 Transporte interno de resíduos ................................................................... 13

7. SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES ........................................................................ 13

8. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO – APR ............................................................ 16

9. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 17

10. ANEXOS .............................................................................................. 17

ANEXO A - Formulário de Análise Preliminar de Risco - APR ...................................... 17

ANEXO B - Fluxograma .................................................................................. 20

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1. OBJETIVO

Fornecer aos profissionais das equipes de manutenção de linhas de distribuição de AT e MT,


informações e instruções específicas para realização dos serviços de lançamento de
condutores nas proximidades ou sobre linhas e redes energizadas, bem como orientações
quanto aos aspectos de segurança.

2. APLICAÇÃO

Destina-se aos profissionais das empresas do Grupo Energisa e das empresas contratadas,
que executam trabalhos em linhas e redes de distribuição de AT e MT, relacionados ao
lançamento de condutores nas proximidades e sobre linhas e redes energizadas.

3. CARACTERÍSTICAS DAS INSTALAÇÕES

As instalações objeto deste procedimento são as Linhas de distribuição AT e de MT


pertencentes ao sistema elétrico das empresas do Grupo Energisa ou de terceiros.

4. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

4.1. Recursos Humanos

Os serviços de lançamento de condutores nas proximidades ou sobre linhas e redes


energizadas devem ser realizados por uma equipe adequadamente dimensionada para a
execução do serviço, sendo um dos seus componentes o encarregado da equipe.

Somente eletricistas treinados para trabalhos em redes de distribuição aéreas energizadas


podem executar lançamento de condutores nas proximidades ou sobre linhas e redes
energizadas, após serem considerados aptos pelo instrutor. Devendo, ainda, atender ao item
Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos Profissionais da NR-10 e NR-35 –
Ministério do Trabalho e Emprego.

Todos os componentes deverão possuir certificados de treinamento para trabalhos em redes


de distribuição energizadas, emitidos por entidade competente, devendo ainda, passar
periodicamente por treinamentos específicos, no intuito de que seja promovida a avaliação
dos procedimentos praticados, verificando-se a necessidade de atualizações.

4.2. Recursos Materiais

Nas Tabelas a seguir, estão listados os equipamentos e materiais necessários aos serviços de
lançamento de condutores sobre redes energizadas.

ATENÇÃO: ESSE PROCEDIMENTO NÃO CONTEMPLA A UTILIZAÇÃO DE MEGAJUMPER E


OUTROS DISPOSITIVOS DO TIPO, TORRE DE EMERGÊNCIA E TORRE DE FIBRA. O USO DESSES
EQUIPAMENTOS REQUER A ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS.

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TABELA I – Relação de Equipamentos, Ferramentas e Materiais
Materiais Necessários
Item Nome Quantidade
1 Caminhão guindauto com cesta isolada conforme NR 12 2
3 Corda para trabalhos com Linha Viva 20m
4 Medidor de altura de cabo 1
5 Talha de corrente 2
6 Grampo de ancoragem Variável
7 Conector cunha Variável
8 Cartuchos Variável
9 Corda de serviço 2
10 Esticador 2
11 Moitão duplo 2
12 Alicate para cortar cabo 2
14 Sacola para ferramentas 2
15 Escada de ferro 2
16 Pistola para aplicação de conector cunha 1
17 Cobertura isolante de 15kV e/ou 46kV Variável
18 Roldanas (bandolas) para cabo Variável
19 Alça pré-formada 2
20 Coletores Seletivos de Resíduos Variável
21 Thermohigrometro 1
22 Dinamômetro 1
Piquetes, cavaletes para bobina, distorcedor de cabos e Variável
23
cabides

Tabela II – Equipamentos de Segurança – EPIs e EPCs.


EPIs e EPCs Necessários
Item Nome Quantidade
1 Bota de segurança para eletricista Variável
2 Capacete Aba Total com jugular Variável
3 Conjunto formado por cinto de segurança, tipo pára-quedista, Variável
com trava-quedas, linha de vida, com dispositivo de
ancoragem (ex.: fita eureka ou “agulhão”) e talabarte
regulável.
4 Conjunto de aterramento de alta tensão 2
5 Cones de Sinalização de 20” nas cores laranja e branca 6

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6 Correntes de PVC ou fita para sinalização 1
7 Detector de tensão 1
8 Luva de vaqueta Variável
9 Luva de borracha, isolada conforme tensão de cada empresa Variável
d o Grupo Energisa
10 Óculos de segurança Variável
12 Kit Escalada e Esporas, escada Variável
13 Kit Resgate (polia, fitas, freio ABS, freio oito, mosquetão) Variável
14 Vestimenta Retardante a Chamas Variável
15 Bloqueador Solar FPS 30, balaclava Variável

5. PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

5.1 Segurança Pessoal

O serviço de lançamento de condutores nas proximidades ou sobre linhas e redes energizadas


é uma atividade que pode ser realizada em áreas urbanas ou rurais e o cumprimento das
regras de segurança no trabalho é fundamental em todas as etapas. Partindo deste princípio,
as equipes devem se esmerar ao máximo com relação à sua segurança e de terceiros, bem
como com a segurança dos equipamentos de trabalho.

A seguir são enumeradas algumas regras básicas de trabalho, a fim de prevenir a equipe
contra possíveis acidentes:

 Estar de posse da Ordem de Serviço – OS - e da Solicitação de Intervenção devidamente


autorizada pelo COI das empresas do Grupo Energisa e/ou da área responsável da
empresa proprietária da linha ou rede que será cruzada;
 Planejar detalhadamente a execução dos serviços que serão realizados, destacando as
medidas de segurança que devem ser tomadas;
 Verificar se todos os equipamentos, ferramentas e materiais necessários para a execução
dos serviços, bem como os equipamentos de segurança individual (EPI) e coletiva (EPC) e
as viaturas a serem utilizadas estão em perfeitas condições de trabalho;
 Fazer no local do trabalho (local do cruzamento) uma Análise Preliminar de Risco – APR,
referente aos serviços que serão realizados;
 Fazer medições das alturas dos condutores da linha e rede que será cruzada para se ter
uma idéia das viaturas que serão utilizadas para travessia dos condutores;
 Demarcar a área de trabalho, em torno do local onde será feito o cruzamento com o uso
de fitas, cordas isolantes e cones de sinalização;
 Separar e organizar os materiais e equipamentos que serão utilizados no serviço;
 Executar as atividades de lançamento com calma e segurança;
 O lançamento dos condutores nas proximidades ou sobre linhas e redes energizadas de
MT e AT, não deve ser feito em condições climáticas adversas;

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 A equipe de manutenção deverá sempre contatar o Centro de Operações Integradas (COI)
das empresas do Grupo Energisa e, se for o caso, a área responsável da empresa
proprietária da linha a ser cruzada;
 Terminados os trabalhos, deve ser informado o COI das empresas do Grupo Energisa e, se
for o caso, a área responsável da empresa proprietária da linha a ser cruzada;
 Cuidados especiais deverão ser tomados com os equipamentos para que os mesmos
estejam sempre em boas condições de uso. O cuidado dispensado aos equipamentos
implicará não apenas em maior duração dos mesmos, como também em maior segurança
para os colaboradores que os usam;
 Durante os deslocamentos, deverão ser obedecidas rigorosamente as normas de trânsito.
 Em redes de distribuição AT e MT, dispositivos automáticos para religamento devem ser
bloqueados para essa funcionalidade.

5.2 Comunicação

A comunicação em trabalhos de campo deve permitir o contato imediato e a qualquer


tempo, com todos os centros envolvidos. O Centro de Operações Integradas – COI - das
empresas do Grupo Energisa e, se for o caso, o COI de terceiros deverá ser detalhadamente
informado sobre a detecção de alguma anormalidade.

Antes de sair para executar qualquer serviço, deve-se testar o equipamento de comunicação
disponível (rádio ou outros) para verificar suas condições de funcionamento. Caso seja
constatada falha ou qualquer limitação no equipamento, deverá ser providenciada sua
recuperação ou substituição.

No local do serviço, deve ser feita obrigatoriamente uma comunicação com o Centro de
Operações Integradas - COI das empresas do Grupo Energisa e, se for o caso, o COI de
terceiros, para confirmação de início do serviço. Esta comunicação local servirá também
como uma indicação de que é possível estabelecer contatos imediatos no caso de
emergência.

5.3 Distâncias de Segurança

Apesar dos serviços relativos ao lançamento de condutores nas proximidades ou sobre linhas
e redes energizadas serem executados a uma distância segura das partes energizadas, é
necessário ter especial atenção quando da realização dos mesmos.

Tabela de raios de delimitação de Zonas de Risco, Controlada e Livre.

Faixa de tensão Rr - Raio de Rc - Raio de

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Nominal da delimitação entre zona delimitação entre
instalação elétrica de risco e controlada zona controlada e
em kV em metros livre em metros

≥10 e <15 0,38 1,38

≥15 e <20 0,40 1,40

≥20 e <30 0,56 1,56

≥30 e <36 0,58 1,58

≥ 60 e <70 0,90 1,90

≥ 70 e <110 1,00 2,00


≥ 110 e <132 1,10 3,10

≥ 132 e <150 1,20 3,20

Figura 1 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre.

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Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre,
com interposição de superfície de separação física adequada.

ZL Zona livre
ZC Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados.
Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção
ZR
de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho.
PE Ponto da instalação energizado.
Superfície isolante construída com material resistente e dotada de
SI
todos dispositivos de segurança.

6. PROCEDIMENTOS DE MEIO AMBIENTE

Os serviços de lançamento de condutores nas proximidades ou sobre linhas e redes


energizadas deverão ser realizados em consonância com as políticas de gestão ambiental e
qualidade, definidas pelas empresas do Grupo Energisa.

Os aspectos ambientais referentes a esta atividade estão relacionados, sobretudo à geração


de resíduos sólidos.

Portanto deverão ser disponibilizados coletores de resíduos com suas respectivas


identificações, nos serviços das atividades do Grupo Energisa, aonde os resíduos deverão ser
destinados ao almoxarifado de cada unidade para o armazenamento temporário e pesagem
antes do seu destino final.

6.1 Resíduos Sólidos.

Os resíduos gerados durante os serviços (ex: fios, cabos multiplex, fita isolante, trapos
contaminado com óleo), deverão ser coletados de acordo com as premissas de coleta

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seletiva e de resíduos perigosos e não perigosos e em consonância com a ICA 11 –
Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Assim os resíduos deverão ser acondicionados de forma
a evitar a contaminação de outros resíduos.

6.1.1 Resíduo perigoso (Classe I)

É aquele que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, pode


apresentar:

a) Risco à saúde pública, provocando ou acentuando, de forma significativa, um


aumento de mortalidade ou incidência de doenças; e/ou
b) Riscos ao meio ambiente, quando manuseado ou destinado de forma inadequada.

Os resíduos perigosos são classificados como inflamáveis, corrosivos, patogênicos, reativos e


tóxicos.
6.1.2 Resíduo inerte (Classe II B)

É aquele que quando submetido ao teste de solubilização segundo a NBR 10006, não tenha
nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores ao padrão de
potabilidade da água, excetuando-se cor, aspecto, turbidez e sabor, conforme o anexo G da
norma.
6.1.3 Resíduo não inerte (Classe II A)

É aquele que não se enquadra nas definições de resíduo perigoso e inerte.

6.2 Segregação dos Resíduos

A segregação deverá ser realizada no local e no ato da geração, uma vez que não será
permitido o manuseio dos resíduos após serem acondicionados.

A segregação deverá ter maior ênfase, num primeiro momento, em evitar a mistura entre os
resíduos perigosos e não-perigosos, pois, uma vez misturado, todo o resíduo passa a ser
considerado como perigoso, ou seja, a mistura de resíduos aumenta o volume dos resíduos
Classe I.

6.3 Acondicionamento e Identificação de Resíduos


6.3.1 Acondicionamento

A forma de acondicionamento dos resíduos é determinada em função do seu grau de


periculosidade, do estado físico em que se encontra e da possibilidade de contaminação de
outros resíduos.

Consiste no ato de embalar os resíduos segregados em recipientes compatíveis com suas


características, ou seja, de preparar os resíduos de forma sanitariamente adequada à coleta.

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Portanto deverão ser disponibilizados contentores, com suas respectivas identificações, em
todas as fontes geradoras de resíduos.

6.3.2 Identificação

Todo e qualquer contentor de resíduo deverá ser identificado de acordo com o tipo de
resíduo acondicionado. Não deve ser admitida a mistura entre os diversos tipos de resíduos
gerados, salvo quando não for possível segregá-los no ato de sua geração.

Ë importante observar que, para o acondicionamento dos resíduos, não será admitido o
acúmulo de resíduo, superior a 2/3 da capacidade do contentor, ou seja, o volume de
resíduos não deve ultrapassar 2/3 do volume do recipiente.

Caso não se consiga contentores de resíduos nas cores estabelecidas na Resolução CONAMA
nº 275/01, deverá ser providenciada a confecção das identificações dos contentores (rótulos
ou adesivos), respeitando o tipo de resíduo a ser acondicionado e a padronização de cores
supracitada.

6.4 Transporte interno de resíduos

O transporte Interno consiste do translado desde a fonte geradora até o local de


armazenamento externo. Portanto, depois de acondicionados, os resíduos serão
encaminhados ao armazenamento externo, que neste caso será denominado de “Abrigo de
Resíduos”.

Os resíduos Classe I serão coletados nos locais de geração, e imediatamente encaminhados


ao seu respectivo local de armazenamento no Abrigo de Resíduos Classe I.

Os resíduos a serem transportados deverão estar devidamente acondicionados em


recipientes específicos nos próprios locais de geração.

Tendo em vista os veículos (caminhões e pickups) utilizados nas atividades de campo, por
exemplo, serviços de lançamento de condutores nas proximidades ou sobre linhas e redes
energizadas, se faz necessário disponibilizar na carroceria destes, um recipiente para o
acondicionamento temporário dos eventuais resíduos gerados durante as atividades.

7. SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES

 Visitar antecipadamente o local onde será feito o lançamento dos condutores nas
proximidades ou sobre linhas e redes energizadas de AT e MT, para efetuar uma
“Análise Preliminar de Riscos” (APR) e medir a altura dos condutores dessa rede com
relação ao solo;
 Definir se será utilizado um veículo equipado com cesta isolada (tipo SKYRITZ) ou um
caminhão equipado com Guindauto e cesta isolada, conforme NR 12, a depender da
altura dos condutores;

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 Discutir com a equipe que realizará os serviços de lançamento dos condutores nas
proximidades ou sobre linhas e redes energizadas, sobre todos os riscos envolvidos
nessa tarefa;
 No dia e no local da execução dos serviços, fazer nova “APR” objetivando definir o
melhor posicionamento das viaturas, levando em conta as distâncias de segurança e a
facilidade dos serviços, a melhor localização dos cones de sinalização e determinar a
área de trabalho a ser isolada;
 Sinalizar e delimitar a área de trabalho utilizando cones, fitas ou correntes de PVC;
 Para iniciar os trabalhos solicitar o bloqueio do religamento da rede energizada e a
autorização do COI das empresas do Grupo Energisa ou de terceiros, se for o caso;
 Posicionar as viaturas frontalmente opostas, no local da travessia dos condutores;
 Preparar os condutores que serão lançados sobre a rede energizada, próximo à viatura
onde será iniciado o lançamento, de forma que o eletricista que estiver na cesta
isolada tenha facilidade de controlar a subida e a passagem do condutor sobre a
citada rede;
 Providenciar o aterramento temporário, na estrutura de ancoragem, dos condutores
que já foram lançados e estão localizados à montante (antes) e a jusante (depois) do
ponto de travessia.
 Instalar em cada uma das cestas isoladas, uma roldana (bandola) para passagem do
condutor que será lançado sobre a rede energizada;
 Içar os eletricistas que farão o lançamento dos condutores sobre a rede energizada,
utilizando as cestas isoladas;
 Instalar coberturas isoladas no trecho da rede energizada, onde haverá o cruzamento;
 Posicionar os eletricistas que foram içados, de forma que eles fiquem nivelados,
frontalmente opostos, assegurando que os topos das cestas isoladas estejam
verticalmente a uma distância mínima de 2m do cabo mais alto da rede energizada e
horizontalmente afastados de 2m do cabo mais próximo energizado.
 Posicionar um eletricista no solo, embaixo da cesta isolada localizada no lado onde
será iniciado o lançamento, para liberar e ajudar no controle da subida do cabo,
impedindo que o mesmo invada a distância de 2m da rede energizada;
 Posicionar um eletricista no solo, embaixo da cesta isolada localizada do outro lado
da travessia, para controlar a descida do cabo, impedindo que o mesmo invada a
distância de 2m da rede energizada;
 O eletricista, posicionado na cesta que irá iniciar a travessia dos cabos, deve lançar
uma corda isolada sobre a rede energizada, para o eletricista posicionado na cesta do
lado oposto;
 Os eletricistas devem passar a corda pela roldana instalada em cada uma das cestas,
tensionando-a, de forma a mantê-la a uma distância mínima de 2m acima do condutor
energizado mais alto;

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 O eletricista, posicionado na cesta que irá iniciar a travessia dos cabos, deve manter
com uma mão a corda tensionada sobre a rede energizada e, com a outra, jogar a
extremidade da corda para o eletricista que está no solo;
 O eletricista do solo, utilizando uma alça pré-formada, deve prender a corda isolada à
extremidade do 1º condutor que será lançado sobre a rede energizada;
 O eletricista, posicionado na cesta que irá iniciar a travessia dos cabos, deve içar a
corda através da roldana (bandola) para iniciar a subida do condutor, comunicando-se
sempre com o eletricista posicionado na cesta do lado oposto, de forma que a corda
permaneça tensionada e distante da rede energizada;
 Lentamente a corda isolada deve ser puxada através da roldana (bandola) pelo
eletricista do lado oposto da travessia, para passagem do condutor sobre a rede
energizada.
 OBS: Nesse momento, os cuidados deverão ser redobrados. Os eletricistas devem
manter a corda ou condutor tensionado até que esse seja fixado e tensionado na
estrutura mais próxima, não sendo mais necessária a tensão manual dos eletricistas.

 Quando a extremidade do condutor chegar às mãos do eletricista do lado oposto da


travessia, este deve continuar puxando até que o eletricista posicionado no solo, sob
a sua cesta, receba a extremidade desse condutor presa à corda;
 O eletricista posicionado no solo deve soltar a corda isolada e outros eletricistas
devem começar a puxar o condutor até a estrutura onde será feita a amarração;
 O condutor deve ser puxado além da estrutura onde ele será fixado, de forma que, ao
ser içado à estrutura, o vão esteja adequado para um tensionamento rápido,
reduzindo o tempo que os eletricistas posicionados na cesta, tenham de permanecer
tensionando esse condutor;
 O condutor lançado deve então ser devidamente tensionado e fixado;
 Iniciar o lançamento do 2º condutor, obedecendo aos passos citados anteriormente e
assim sucessivamente, até o lançamento do último condutor;
 Após o término dos serviços, devem ser retirados os aterramentos temporários e
recolhidos todos os equipamentos, ferramentas e materiais utilizados no serviço;
 Comunicar ao COI das empresas do Grupo Energisa ou de terceiros, se for o caso, para
informar o término dos trabalhos, solicitando a liberação do bloqueio de religamento.

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8. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO – APR

O objetivo básico para realização da APR é a identificação de riscos no local de trabalho,


imediatamente antes de se iniciar o serviço. Dessa forma, podem-se tomar as medidas
preventivas necessárias para evitar o acidente de trabalho.

A metodologia para realização da referida análise preliminar dos riscos, deve-se observar os
seguintes passos:

1 – Início

O encarregado, ou líder, da equipe, de posse da APR, deve iniciar o processo, com a


convocação dos outros membros para discutir os riscos presentes na atividade.

2 – Conversa ao Pé do Poste

O encarregado, ou líder, da equipe, junto com os demais membros, analisam o


procedimento a ser seguido para realização do serviço, ressaltando o passo a passo e os
riscos presentes.

3 – Preencher a APR

O encarregado, ou líder, da equipe deve preencher a APR observando e registrando no


documento, todos os riscos detectados pela equipe.

4 – Bloquear os riscos

Após a identificação, os riscos devem ser eliminados ou neutralizados pela equipe, antes de
iniciar o serviço.

Não impossibilidade da realização desta ação, a equipe deve comunicar ao superior imediato
para que possa viabilizar outra solução mais segura.

5 – Validar a APR

Após o registro dos dados na APR, todos devem assinar o documento e deixá-lo de fácil
acesso para consulta.

6 – Encerrar a APR

Após assinado o documento, dever ser enviado ao superior imediato.

A utilização do formulário padrão, em anexo, é de extrema importância para formalização


da APR.

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9. BIBLIOGRAFIA

 NR-10
 Sistema de Gestão em Meio Ambiente e Segurança do Trabalho

10. ANEXOS

ANEXO A - Formulário de Análise Preliminar de Risco - APR

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS – APR

PRE 037/2012 R2 – Lançamento de Condutores de MT e AT nas proximidades ou sobre linhas e


Redes Energizadas

EPIs Necessários: Capacete com jugular, luvas isolantes, luvas de cobertura, luvas de vaqueta, botas de couro sem
parte metálica e com solado bidensidade, óculos de segurança, vestimenta antichamas Grau de risco 2, cinto de
segurança do tipo paraquedista, trava-quedas e talabarte regulável.
Tarefa a ser executada:

Data da realização: Local:

Nº OSE: Contrato:
Nome: Empresa:
Item Riscos Envolvidos com a Atividade Medidas Preventivas Recomendadas
Fazer checagem individual ( )
Condições físicas ( ) Substituir colaborador com problema identificado ( )
1 Redistribuir tarefas ( )
Usar EPIs - capacete, óculos, luvas isolantes, luvas
( )
coberturas e botas de segurança
Aplicar o ASTA: abrir, sinalizar, testar e aterrar os
( )
componentes desenergizados
Instalar coberturas e/ou barreiras isolantes,
Choque Elétrico ou Curto- ( )
2 ( ) quando necessário
Circuito ( )
Solicitar bloqueio e sinalização de impedimento
Não usar adornos e anéis
Isolar e sinalizar a área de trabalho ( )
Manter as distâncias de Segurança ( )
Não usar adornos e anéis ( )
Retirar obstáculos do local de trabalho e sinalizar a
( )
área de trabalho
3 Quedas ( )
Certificar a amarração dos cadarços das botas ( )
Tapar buracos e olhar por onde pisar ( )

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Usar sempre o conjunto: Cinto paraquedista,
( )
talabarte, trava-quedas e corda de linha da vida
Treinamento em NR 35 ( )
Inspecionar estado da escada e mantê-la amarrada
( )
no poste
Verificar previamente as condições da estrutura ( )
Estaiar ou prender o poste com o guindaste ( )
4 Postes e Estruturas ( )
Verificar o aterramento das ferragens ( )
Utilizar dinamômetro se necessário ( )
Usar sempre o balde de lona ( )
Quedas de Materiais/ Fazer as amarrações adequadas ( )
5 ( )
Ferramentas Isolar e sinalizar a área de trabalho ( )
Segurar as ferramentas com firmeza ( )
Usar protetor solar ( )
Insolação, Insetos e Animais Usar óculos de segurança, luvas e vestimenta ( )
6 ( )
Peçonhentos adequadas ( )
Realizar inspeção visual na estrutura ( )
( )
Pausar durante a atividade
Exposição a movimentos Posicionar-se de forma mais favorável ( )
7 ( )
bruscos Adequar à iluminação ( )
Não transportar peso acima da sua capacidade ( )
Utilizar kit absorvedor de óleo ( )
8 Danos ao ambiente ( ) Descartar adequadamente os resíduos ( )
Realizar poda de acordo com norma ambiental ( )
Contatar invasor e solicitar retirada ( )
9 Invasão de faixa de servidão ( ) Sinalizar a área ( )
Comunicar órgão gestor ( )
Usar cinto de segurança ( )
Inspecionar veiculo antes de sair ( )
Usar calços em aclives e declives ( )
10 Condução veicular ( ) Não falar ao celular ou usar equipamento de mídia
( )
durante condução
Trafegar na velocidade compatível normatizada ( )
Solicitar auxílio nas manobras de ré ( )
Outras situações de perigos e riscos aplicáveis às atividades (Descrever os PERIGOS E RISCOS e MEDIDAS
PREVENTIVAS que ainda não foram contempladas nesta APR, mas que são aplicáveis à atividade que será
executada)
RISCOS MEDIDAS PREVENTIVAS

Direito de Recusa: Foram constatadas evidências de riscos graves e iminentes no ambiente de trabalho que
comprometem a segurança e saúde dos componentes da equipe.

PRE – 037/2012 R1 18/20 Emissão 10/2014


SIM
NÃO
Mat. Assinaturas dos componentes da Equipe Cargo/Função

PRE – 037/2012 R1 19/20 Emissão 10/2014


ANEXO B - Fluxograma

PRE – 037/2012 R1 20/20 Emissão 10/2014

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