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01542014 1353
ARTIGO ARTICLE
atores da promoção da saúde
Denise Diba 1
Ana Flavia d’Oliveira 1
Abstract There has been much discussion on Resumo A promoção da saúde de jovens em si-
promotion of the health of young people in vulner- tuação de vulnerabilidade tem sido muito discu-
able situations; but little work has been done ana- tida no Brasil, mas existem poucos trabalhos que
lyzing its actual operation – and this is especially analisam sua efetiva operação, especialmente a
true in relation to programs and projects that are partir de programas e projetos realizados fora dos
outside the health services. This article aims to serviços de saúde. O objetivo do artigo é analisar a
analyze the relationship of an experience in Com- relação de uma experiência em Teatro e Comuni-
munity Theater with the promotion of health. It dade com a promoção da saúde. Trata-se de uma
is a qualitative, ethnographic study made at the pesquisa qualitativa, etnográfica, realizada no
Pombas Urbanas Institute, in the Cidade Tira- Instituto Pombas Urbanas, localizado no distrito
dentes district of the municipality of São Paulo, de Cidade Tiradentes, município de São Paulo. É
and is coordinated by a theater group with a his- coordenado por um grupo teatral com uma histó-
tory that is relevant to the objective of the study. ria pertinente ao objetivo do estudo. A observação
Participatory observation was carried out for one participante foi realizada por um ano, entrevistas
year, with semi-structured interviews with young semiestruturadas com jovens e com atores do gru-
people, and with actors of the Pombas Urbanas po Pombas Urbanas e análise documental. O qua-
group, and analysis of documents. The theoretical dro teórico utilizado compõe conceitos do campo
framework that was used is made up of concepts da saúde coletiva, Teatro e comunidade e peda-
from the fields of collective health, Community gogia da libertação. Os resultados são apresenta-
Theater, and liberation pedagogy. The results are dos em duas subcategorias interligadas advindas
presented in two interlinked sub-categories which do material empírico e dos referenciais adotados:
have arisen from the empiric material and from amigos verdadeiros e diálogo. A análise mostra
the references adopted: (i) ‘True friends’, and (ii) que tornam evidente a importância desta modali-
‘Dialog’. The analysis clearly shows the impor- dade de vivência teatral para a promoção da saú-
tance of this type of theatrical joint experience for de ao transformar a qualidade das relações entre
the promotion of health by transforming the qual- as pessoas. Para a análise dos resultados, foram
1
Departamento de Medicina
Preventiva, Faculdade de ity of relationships between people. Concepts of utilizados conceitos da saúde, cultura e educação.
Medicina, Universidade de health, culture and education were used in anal- Palavras-chave Juventude, Arte, Promoção da
São Paulo. Av. Dr. Arnaldo
ysis of the results. saúde, Apoio social, Pontos de cultura
455, Cerqueira César. 01246-
903 São Paulo SP Brasil. Key words Youth, Art, Promotion of health, So-
denise.diba@ig.com.br cial support, Aspects of culture
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Diba D, d’Oliveira AF
Metodologia
é um espaço cultural feito pelo governo para as Posteriormente foram feitas perguntas abertas,
comunidades, mas são ações que já estão sendo mas mais diretas sobre como achavam que o fa-
desenvolvidas em uma comunidade que ganham zer teatral havia influenciado no lazer, sexualida-
o reconhecimento do Estado e a oportunidade de de, experiências com drogas, trabalho, estudo e
“potenciar o que já existe”31. O programa relação com a família e amigos. Não houve rigor
opera o conceito de cultura em três dimensões: na sequência das perguntas, procurando deixar o
simbólica, econômica e a cultura como direito e ci- fluxo de fala do entrevistado livre, mas com cui-
dadania, entendendo-a em sua forma mais alarga- dado para propor todas as questões de interesse.
da e transversal, o que permite integrá-la a ações de As entrevistas tiveram duração variada, mas
educação, saúde, meio ambiente, desenvolvimento a maior parte delas teve duração entre duas ho-
social e humano, etc. Permeando suas linhas de ras e duas horas e trinta minutos. Foram feitas
ação, há também os conceitos de autonomia, em- em uma tomada, com uma única exceção por
poderamento, protagonismo e gestão em rede, vi- questões de compromissos da entrevistada. Após
sando ao fortalecimento da sociedade civil32. o início das entrevistas, houve continuidade da
A coleta de dados ocorreu através de observa- observação de aulas e outros eventos realizados
ção etnográfica através de 60 visitas ao longo do com intensa participação dos jovens. Os nomes
ano de 2010, análise documental e 17 entrevistas verdadeiros dos entrevistados foram substituídos
semiestruturadas. Para aprofundamento da com- por nomes de flores para garantir o anonimato.
preensão do objeto de estudo, trabalhou-se com Para a análise do conteúdo, as entrevistas
triangulação de dados25. transcritas, o diário de campo e materiais adqui-
As visitas ocorreram em dias variados e nem ridos em campo como, por exemplo, os jornais
sempre pré-determinados por/para eles, permi- produzidos pelo grupo foram lidos várias vezes
tindo observar os jovens dentro do CCAC e a re- para uma impregnação do conteúdo e para uma
lação entre eles e entre eles e a comunidade. As determinação de recortes, agrupados em catego-
observações diretas foram registradas em diário rias e analisados a partir dos referenciais teóri-
de campo. cos do estudo para a realização de uma análise
As entrevistas, gravadas com o consentimen- temática26. Baseamo-nos para fazer a análise e
to dos informantes e transcritas integralmente, discussão dos resultados encontrados na visão de
foram feitas individualmente e de forma priva- promoção da saúde que valoriza os determinan-
tiva após 29 visitas ao local. Foram realizadas tes sociais da saúde e da doença e não apenas os
por uma das pesquisadoras com 12 jovens com indivíduos isolados.
idades entre 15 e 29 anos, que faziam teatro no O estudo foi submetido à Comissão de Ética
local há mais de um ano e compunham os gru- para Análise de Projetos de Pesquisa (CAPPesq) da
pos formados ou em formação, e com 5 atores do Diretoria Clínica do Hospital das Clínicas e da Fa-
grupo Pombas Urbanas com idades entre 32 e 40 culdade de Medicina da Universidade de São Paulo
anos, e que tinham uma história de vida muito e aprovado. Todos os entrevistados assinaram o
pertinente ao estudo: foram jovens da periferia Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
que iniciaram a experiência teatral em uma ofi-
cina proposta pelo governo e, a partir dela, for-
maram um grupo teatral com diversas ações na/ Resultados e discussão
para/com a comunidade.
Foram entrevistados todos os atores do Nú- Este artigo reforça a ideia que determinadas vi-
cleo Teatral Filhos da Dita, 4 atores do Grupo vências artísticas e culturais realizadas fora dos
Pombas Urbanas, que começaram a fazer teatro serviços de saúde também contribuem para a
com o Lino Rojas, com idades variando entre 13 promoção da saúde. Diversos autores reconhe-
a 19 anos e 1 quando tinha 27 anos, 2 jovens da cem a importância que o apoio social tem para a
Turma Jovem e 1 jovem da Turma Iniciante que promoção da saúde dos indivíduos6,23,24.
fazia teatro no local há mais de um ano, totalizan- Nossa análise busca descrever como o apoio
do 17 entrevistas, sendo 11 homens e 6 mulheres. social ocorre através da vivência teatral estuda-
As entrevistas tiveram roteiros organizados da e de que forma esta vivência pode ser consi-
em grandes blocos. Após perguntas fechadas so- derada como promotora ou potencializadora
bre o perfil sociodemográfico, foram feitas ques- da saúde. A análise mostra que estas ações são
tões abertas relativas ao primeiro contato com o promotoras de saúde, entre outras questões, ao
teatro e sobre as principais mudanças ocorridas transformarem a qualidade das relações entre as
em seus cotidianos após o início da experiência. pessoas e é neste aspecto que vamos nos deter. Os
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preconceitos e competitividade. Estavam atentos ... E aqui a gente abriu um espaço com o teatro,
aos problemas dos pares e da comunidade e bus- um espaço mais de se abrir, de conversar, de colocar
cavam protagonizar ações visando mudanças: os problemas. Mas com a minha família eu nunca
...Mas acho que esse caminho que o teatro abre tive muito. Aqui com certeza. Quando eu to mal
não é só um caminho de profissionalização, de ser ou quando eu to feliz, das minhas intimidades, eu
ator. É um caminho também de você ser mais sen- tenho uma segurança maior prá dividir. (Lírio, 25
sível pras coisas, estar mais preocupado com a outra anos)
pessoa [...], não estar só pensando em você [...]. Não ... A gente pode colocar, mas não é escutado so-
que necessariamente todo mundo tenha que fazer bre essas coisas. Eles também já têm uma resposta
teatro. Mas se todo mundo passasse pelo teatro em na ponta da língua. ‘Você é aluno, você só estuda, o
algum momento da sua vida, acho que as pessoas seu dever é estudar e não chegar atrasado’. (Tango,
seriam mais compreensíveis, mais amorosas, mais 17 anos)
carinhosas, mais sensíveis. (Azaleia, 22 anos) A importância deste “ouvir e ser ouvido” e a
...Acho que a arte possibilita muito esse contato ideia que todos eram considerados importantes
mais humano. Não humano no sentido tadinho, ai para o funcionamento do grupo e do espaço e
coitadinho de você. [...] Mas é humano no sentido podiam de diversas formas contribuir era enfati-
de você se ver, se cuidar, querer cuidar do outro, de zada desde a chegada de um jovem:
construir uma coisa juntos. E isso realmente [...] P. falou que acreditava no teatro como agente
hoje em dia é bem difícil. [...] É cada um por si e transformador e acreditam no protagonismo. Fa-
vamos seguindo em frente. (Acácia, 23 anos) lou também que acreditam em uma relação aberta
...São amigos que você pode contar [...]. Às ve- professor/aluno, não autoritária e que ‘ninguém
zes, um tem um problema em casa, aí o outro ‘ah, é melhor que ninguém’. (Caderno de Campo,
já passei por isso, eu posso te ajudar dessa forma’. 13/03/2010, primeiro dia de aula da Turma Ini-
Que eu acho que isso que é o legal, assim, de não ciante)
é amigo só no Centro Cultural, é amigo também Esse cuidado com o outro pôde ser percebi-
quando tá na escola, quando tá na rua, tá sempre do nas diversas ações que os jovens, como pro-
junto mesmo. (Copo de leite, 17 anos) tagonistas, estavam realizando na comunidade.
Apoiamo-nos também em Luz6 para afirmar a
Diálogo: uma necessidade importância que a renovação da sociabilidade,
a constituição de novos amigos e a possibilidade
A existência de um espaço de escuta permite de trocas sociais (de informações, experiências e
que os jovens se sintam mais respeitados em seus orientações) têm para a promoção da saúde, uma
direitos e deveres, apontado como de fundamen- vez que “se tornam pequenos e múltiplos pon-
tal importância no documento Diálogo Nacional tos de resistência ao individualismo dominante,
para uma Política Pública de Juventude33. Sabe- pondo a fraternidade e a cooperação no lugar do
mos que quando esses espaços não são encontra- valor dominante da competição”.
dos, há uma probabilidade maior de sofrimentos Foi interessante observar que os jovens não
e adoecimentos, e uma maior dificuldade de lidar esperavam passivamente só serem atendidos em
com eles1,8,29,34-38. suas demandas, mas que havia uma consciência
Isto pôde ser observado nas falas dos jovens: crítica de direitos e deveres que repercutia em
... Quatorze anos, você começa a descobrir e ver ações fora do CCAC:
o mundo de outra forma, de procurar o seu espaço ... O que a gente aprende aqui a gente leva para
dentro do mundo. E nesse espaço eu me sentia bem. lá, prá dentro da escola, prá dentro de casa. A gente
Eu sentia que quando eu colocava algumas coisas aprende a conviver, estar junto. (Goivo, 16 anos)
eu era ouvida, eu sabia ouvir o outro. Essa energia Ao ser perguntado se a experiência com o te-
de integrar as pessoas, [...] de me sentir integrada, atro havia contribuído para desejar fazer o tra-
de poder falar, era muito importante pra mim na- balho voluntário com jovens em um Centro de
quele momento. (Margarida, 19 anos) Testagem e Aconselhamento (CTA), Goivo res-
... Instiga você a ler, observar mais, ouvir, dar ponde:
mais valor a ouvir do que a falar. Acho que o teatro ... Claro. É a maneira mais fácil de você se co-
muda muito nisso, muda demais. (Goivo, 16 anos) municar. Quando você sabe ouvir, você sabe se co-
Isto é ainda mais importante se considerar- municar. [...] Quando a gente faz teatro, a gente
mos que muitas vezes o jovem não vinha encon- tem um manejo de poder conversar com as pessoas.
trando esse espaço de escuta em suas famílias e Ah, acho que a gente enxerga todo mundo igual,
escolas: independente de sexo, opção. (Goivo, 16 anos)
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de um mês, enquanto alguns jovens viajaram com queremos enfatizar é que a vivência teatral não
o grupo para desempenharem suas funções como é uma estratégia para discutir questões de saúde
iluminadores, sonoplastas, etc. outros permitiram de forma impositiva e normatizadora e nem um
que o CCAC permanecesse aberto e com todas as recurso para alcançar objetivos diretamente rela-
atividades ocorrendo normalmente. cionados à ausência de doenças.
A aula transcorreu normalmente e os alunos O que torna esta vivência uma prática promo-
respeitaram a condução da aula, mesmo elas sen- tora de saúde é o fato de possibilitar ao jovem o
do um pouco mais tolerantes a pequenos atrasos acesso à cultura como um cidadão com direitos e
e mais permissíveis a algumas brincadeiras entre deveres e não, à priori, como um jovem vulnerá-
eles. (Diário de campo, 10/04/2010, p. 328). No vel que necessita de práticas assistencialistas. Dife-
aquecimento inicial de uma destas aulas, rencia-se também ao possibilitá-los maior enten-
Foi um exercício longo, de quase uma hora. dimento das questões político-sociais e, a partir
Percebo alguns pontos: T. e L. têm segurança, do- disto, a escolha de um projeto de vida e condições
mínio da sequência de exercícios que serão da- para apropriarem-se dele. Este deslocamento de
dos, conhecimento do motivo de cada exercício, olhar (do lugar do jovem pobre como necessaria-
[...] usam linguagem apropriada para o ensino mente de alto risco para a sociedade para o lugar
das atividades. [...] Além disso, percebo que estão de um jovem com diversas capacidades) é uma
atentas aos alunos e elas percebem quando alguém das características que diferencia essa experiência.
não está fazendo corretamente. (Diário de campo, Neste contexto, a arte é promotora de saúde por-
17/04/2010, p. 350) que significa “o reconhecimento e comunicação
Isto reforça a importância da participação de nosso ‘poder para’ em contraste com a política
dos jovens na elaboração e discussão dos progra- contemporânea que devota suas energias ao ‘po-
mas específicos dos quais fazem parte, para que der sobre’”21, elemento fundamental do que esta-
os mesmos tenham maior adesão, qualidade, efi- mos considerando apoio social.
cácia e para que ocorra uma “participação real” Tudo isto ocorre porque, da forma como é
e não “simbólica”2. Resende Carvalho enfatiza a desenvolvida, a experiência estudada estimula os
importância do “empowerment comunitário” em jovens a descobrirem e desenvolverem suas po-
processos para a nova promoção da saúde, que tencialidades, valorizarem as ações feitas para/
venham contestar “estratégias voltadas para a re- com a comunidade em que vivem, os espaços
gulação e a vigilância sobre os corpos sociais e para trocas, diálogo e postura crítica.
individuais com profundas implicações políticas, Nossos resultados reforçam que as interven-
morais e sociais”18. ções em promoção da saúde – como é recomen-
Permeando estes pontos, reforçamos que o dado na PNPS - podem/devem ir muito além dos
acesso ao conhecimento artístico, por ser “uma serviços de saúde ou da orientação para aquisi-
proposta que possibilita acolher aspirações, dese- ção de hábitos saudáveis de forma individualista
jos, necessidades, habilidades e interesses”35, pode e normatizadora. Eles também confirmam a rele-
vir a ser “um lugar de múltiplos acontecimentos vância do setor cultural na promoção da saúde,
de aproximação dos sujeitos e também de parti- conforme já era apontado nos documentos das
cipação coletiva”35, onde pode ocorrer “uma co- conferências de promoção da saúde e na Carta
nexão dos sujeitos com a vida, com o ambiente, de Ottawa15-17,19.
com os outros e com a própria subjetividade”35. Pretendemos, com estes resultados, apoiar
a ideia de que a saúde é produto de um amplo
espectro de fatores relacionados com a qualida-
Considerações finais de de vida12,15,16,19 e, portanto, conforme aponta
Buss39, exige atividades voltadas ao coletivo de in-
A prática teatral estudada proporciona mudan- divíduos e ao ambiente compreendido num sentido
ças positivas no apoio social, através de uma rede amplo, de ambiente físico, social, político, econômi-
de amigos mais sólida, com capacidade de diálo- co e cultural, através de políticas públicas e de con-
go, cuidado, redução de individualismo e incre- dições favoráveis ao desenvolvimento da saúde (as
mento da capacidade crítica. escolhas saudáveis serão as mais fáceis) e do reforço
Apesar do CCAC não ser um espaço tradicio- (empowerment) da capacidade dos indivíduos e
nal de saúde e não ter como objetivo específico a das comunidades.
promoção da saúde em suas ações, consideramos Para tanto, a promoção da saúde deve reali-
que a forma como conduzem as possibilidades de zar-se na “articulação sujeito/coletivo, público/
vivência teatral promove saúde. A diferença que privado, Estado/sociedade, clínica/política, setor
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Colaboradores Referências
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