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Análise Crítica da Webinar (biomassa: injeção alto-forno)
 
Disciplina:  
Siderurgia 1 
 
Professor: 
Everton Pedroza 
 
Aluno: 
Darllan Pacheco da Matta 
 
 
 
 
Angra dos Reis 
Julho de 2022
A indústria siderúrgica está intimamente relacionada ao desenvolvimento econômico e
social de um país, muitas vezes manifestado. Por outro lado, ela também é responsável
por 10% do total de emissões globais de CO2 e quase 30% das emissões industriais.
Essas emissões estão diretamente ligadas ao consumo de combustíveis fósseis, como
carvão por exemplo. Processos associados à produção de energia, altos-fornos,
sinterização, entre outros também são exemplos de emissões do dióxido de carbono. A
indústria está sob pressão ambiental para encontrar alternativas sustentáveis à indústria
siderúrgica, como por exemplo uma que utilize menor demanda por carvão com a
injeção de biomassa. A solução a curto e médio prazo é encontrar matérias-primas
sustentáveis e otimização de processos. Outra opção é injetar biomassa, já citada acima,
em altos-fornos e implementação também nas coquerias, uma vez que é neutra a
emissões de CO2 e possui resíduos agroindustriais de baixo valor agregado.
O carvão, que responde por 40% dos custos do aço, vem de recursos não renováveis, e a
produção de carvão no Brasil é mais difícil porque não há reservas do mesmo. A partir
de 1992, com a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a
COP-92, os países começaram a estabelecer metas políticas para reduzir as emissões de
dióxido de carbono na atmosfera durante um determinado período de tempo. No
entanto, as políticas atuais não funcionaram e é necessária uma ação mais agressiva. Por
exemplo, para não exceder o limite de aquecimento de 2°C ao ano, as emissões devem
ser reduzidas em 50% até 2050. Com essa previsão, a indústria siderúrgica será uma das
últimas a usar grandes quantidades de carvão, isso devido a sua importância de ser um
material redutor nos processos metalúrgicos.
A indústria siderúrgica pode perder até 14% de seu valor potencial se as metas de
redução de impacto ambiental não forem cumpridas. Portanto, a descarbonização é
fundamental para que o setor se mantenha competitivo e mantenha uma licença para
operar. No entanto, existem barreiras como longos ciclos de investimento, com
perspectivas de até 20 anos para o mesmo, financiamento multibilionário e capacidade
limitada de fornecedores, então, visando das formas de adicionar biomassa ao coque,
uma solução para o mesmo é a impregnação com alcatrão. A impregnação de partículas
de carvão com alcatrão seguida de pirólise ajuda a reduzir a reatividade do material.
Essa redução está relacionada à menor reatividade intrínseca da estrutura carbonácea
produzida pelo alcatrão. Após a pirólise e a redução da área superficial do carvão, ele
estará pronto para reduzir.
A adição direta dessa biomassa no alto forno resulta em uma diminuição na densidade
de carga, enquanto a adição parcial de briquetes não, o que resultaria na avaliação de
novos cálculos para a produção, além disso, a resistência mecânica do coque produzido
com briquete é maior. Quanto à reatividade do coque, é possível adicionar até 15% em
peso de briquete sem afetar a qualidade do coque. Vários métodos têm sido propostos
para remover componentes inorgânicos (metais alcalinos e alcalino-terrosos),
solubilidade em água, solubilidade ácida ou resíduos. A remoção parcial desses resíduos
geralmente resulta em uma forte redução na reatividade do carvão, entretanto, os
compostos inorgânicos têm propriedades catalíticas e têm um efeito significativo na
reatividade do carvão, balanceando assim a remoção dos resíduos inorgânicos.

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