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INTERVENÇÃO PSICÓLOGICA NA PEDIATRIA: ATUANDO JUNTO AO

ACOMPANHANTE

Área temática: Psicologia Hospitalar


Modalidade de apresentação (pôster)

Introdução: O hospital paradoxalmente é um espaço de cuidado, cura, promoção de saúde e


também desencadeador de angústia, desamparos, estresse, medo, desmistificando assim as
fronteiras entre corpo e psíquico. Decorrente do processo de internação assim como a criança, o
acompanhante, em sua maioria mães, se afasta das atividades cotidianas de lazer e trabalho,
passando a se inserir em um novo contexto, com novos hábitos. Para ele, também se faz necessário
um acolhimento que permita a escuta e assim, auxilie na elaboração de estratégias para lidar nesse
espaço inusitado, essa conversação, permite uma relação interpessoal entre paciente-família-equipe.
Sua presença faz diferença no processo de hospitalização. Objetivo: Assim, este trabalho pretende
relatar e discutir sobre a importância do oferecimento de apoio no contexto hospitalar aos
acompanhantes de crianças internadas na Unidade Pediátrica e quais sentimentos estão sendo
elaborados nesse contexto de hospitalização. Método: A metodologia é de caráter qualitativo do
tipo exploratório, valoriza o processo, significado dos fenômenos os quais os sujeitos perpassam. A
experiência ocorreu na unidade pediátrica de um hospital, localizado em Sobral, no interior do
Ceará. Os participantes foram 4 acompanhantes de crianças internadas na unidade. Diante disso,
foram realizados e supervisionados três encontros à unidade, como também estudos com base na
Psicologia Hospitalar. Os dados coletados a partir do instrumento “Círculo de Cultura” de Paulo
Freire, o qual tem como objetivo promover reflexão em grupo a cerca de um assunto, no caso,
foram elencados 7 sentimentos “alegria”, “raiva”, “tristeza”, “medo”, “choro”, “surpresa”,
“pensativo” para serem discutidos. Para registros dos dados utilizou-se diário de campo. Resultados
e Discussão: Diante das emoções expostas, foi possível observar a partir das falas, o sofrimento e
inquietações das mães advindas do estado de saúde dos seus filhos. Mesmo diante de um processo
de hospitalização, onde os sentimentos como angústia, medo, tristeza são desencadeados, é nesse
mesmo espaço, hospitalar, que as acompanhantes consideram ficar felizes, pois ele possibilitará a
saúde de seu filho. Analisando a relação entre esses sentimentos e as estratégias elaboradas para
lidar com eles diante da situação que estão, as mães enfatizaram na religiosidade, a importância de
serem escutadas sem serem julgadas. Conclusão: Através do estudo realizado foi possível
identificar um dos aspectos importantes, o lugar de objeto que estas acompanhantes ocupam diante
da equipe médica, estas são vistas apenas como cuidadoras de seus entes. É valido ressaltar, que as
implicações psicológicas a qual perpassam ao acompanhante são diversas. Com o instrumento
utilizado, círculo de cultura, foi possível conhecer as acompanhantes e quais sentimentos eram
elaborados. A partir do diálogo proporcionado pela intervenção, os sujeitos passaram a construir
entre si estratégias para sobressair a situações as quais estavam imersas, certificando-se também,
quanto o fazer do psicólogo, no caso, na Unidade Pediátrica, se faz importante diante do misto de
sentimentos inerentes a experiência as quais estão vivenciando.
Palavras-Chave: Psicologia Hospitalar, Pediatria, Acompanhante.

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