Você está na página 1de 1

Nome: Vanessa Feil Homa

Professora: Cristina Meiresse


Disciplina: Teorias e Téc. Psicoterápicas I

Atendimento Psicológico a Puérperas em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

O artigo relata a experiência de atendimento psicológico prestado a mães de bebês


internados na UTI de um hospital público. Os atendimentos foram fundamentados na teoria
psicanalítica. Caracterizaram-se por um trabalho focal e breve, que tem por objetivo à
simbolização que as mulheres passaram durante o período de internação.
Quando o bebê nasce, geralmente depois de um parto difícil, necessita de
atendimento emergencial e especializado, a experiência pós-parto, quase sempre, é
carregada de sofrimento, medos, ansiedade, expectativas, instabilidade que se somam à
necessidade de restabelecimento físico e emocional após o parto. Desse modo, foi nítida a
necessidade de atendimento psicológico a essas mães, que se sentem desamparadas
diante do nascimento precoce e a hospitalização de seu filho. A inserção da psicologia
nessas situações mostra-se de grande valia à medida que oferece apoio e orientação por
intermédio de uma escuta atenta, cuidadosa e continente.
O projeto proposto no artigo, trata de um trabalho focal e breve, que visa a
simbolização da experiência pela qual as mulheres internadas passaram. O atendimento
das mães de bebês internados em Unidade de Terapia Intensiva foi realizado a partir de
abordagem direta e particular, procurou estabelecer um vínculo que possibilitasse a
expressão de sentimentos e que permita o delineamento de possíveis estratégias de
intervenção. Para a elaboração do trabalho pesquisado, foi feita uma revisão bibliográfica
que pudesse fundamentar teoricamente a prática desenvolvida no projeto.
Foi realizados 169 atendimentos na UTI Neonatal do Hospital onde o projeto é
desenvolvido, Santa Casa de Irati. Esse número tange à atendimentos a mães cujos bebês
recém-nascidos estavam internados na unidade de terapia intensiva.
Muitas das mães atendidas no projeto apresentaram um estado de ansiedade muito
elevado à medida que se preocuparam com a recuperação e ou a manutenção da saúde do
filho. Além disso, elas se depararam com a difícil tarefa de integrar o bebê imaginário,
sonhado e significado por elas durante o período de gestação, ao bebê real, o qual se
encontra com limitações e dificuldades. O atendimento em UTIs neonatais auxilia as mães
no processo de ressignificação e de elaboração, a partir do qual elas podem integrar essas
duas imagens no filho real, identificando e valorizando as potencialidades e possibilidades
do pequeno sujeito, num percurso de construção de novos sentidos.
O amor materno vem a ser, portanto, uma construção interna que é erigida a partir
de dispositivos culturais e sociais. Desse modo, reitera-se a necessidade de a psicologia
concentrar esforços no sentido de auxiliar as mães que vêem esse processo de construção
abalado pela internação de seu bebê em unidade de terapia intensiva. Assim, o foco da
psicologia em UTIs incide sobre a relação mãe-bebê, visando fortalecer e, em muitos casos,
criar o vínculo da díade, o que representará benefícios para ambos.

Artigo disponível em: https://anais.unicentro.br/siepe/isiepe/pdf/resumo_436.pdf

Você também pode gostar