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Violet Flowers Complex

Descrição

Complexo vegetal obtido pela dissolução extrativa de Lavanda ( Lavandula officinalis), Alecrim (Rosmarinus
officinalis) e Viola (Viola sp).
Contendo:
 Óleo essencial
 Resinas
 Tanino
 Ácidos orgânicos
 Flavonóides
 Antocianidinas
 Mucilagens

INCI Name

Water (and) Propylene Glycol (and) Lavandula Angustifolia (Lavender) Flower/Leaf/Stem Extract (and)
Rosmarinus Officinalis (Rosemary) Leaf Extract (and) Viola Odorata Flower/Leaf Extract

Introdução

Muitas das cores que vemos nas plantas dependem da presença, em folhas e em pétalas de flores de
substâncias denominadas pigmentos (em alguns casos, a estrutura do tecido das pétalas causa um espalhamento
favorável da cor azul, mesmo fenômeno que dá cor ao céu). A mudança da cor das folhas de diversas espécies de
plantas, no outono, acontece exatamente em função de alterações nesses pigmentos. A maior parte das colorações
amarelas e alaranjadas presentes na natureza está relacionada aos carotenóides, grupo químico formado por cadeia
em que se alternam ligações simples e duplas. Um exemplo é o beta-caroteno, que ao absorver luz na faixa do azul
dá à cenoura a sua coloração alaranjada. A cor da parte central da cenoura, mais amarelada, resulta da xantofila,
uma forma ligeiramente oxidada do caroteno.
Os carotenóides também são encontrados nas folhas de diversas plantas, mas sua presença é encoberta
pela grande quantidade de outro pigmento, a clorofila. A molécula de clorofila é o pigmento que, ao absorver luz
nas faixas do carmim e do roxo, reflete a cor verde que vemos nas folhas. A energia absorvida pela clorofila através
da luz é utilizada no processo de fotossíntese, no qual o dióxido de carbono e a água se combinam para formar
carboidratos, que têm papéis estrutural e nutricional nas plantas.1
Outra classe de pigmentos é composta pelos flavonóides, presentes em folhas e pétalas e principais
responsáveis pela variada coloração das flores. Já foram caracterizados quimicamente mais de 3 mil flavonóides,
divididos em subclasses como as antocianidinas e os flavonóis. Além da classificação química básica, os flavonóides
podem sofrer, durante sua síntese, modificações como hidroxilação, metilação ou glicolisação, que alteram a

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maneira como absorvem luz. Essa enorme diversidade de pigmentos, aliada às combinações geradas pela presença
simultânea de diferentes pigmentos nas várias partes das plantas, explica a infinita variedade de cores encontrada
na natureza. 1
As antocianidinas são responsáveis pela maior parte das cores vermelha, roxa e azul que vemos nas flores.
Os três pigmentos principais dessa subclasse são a pelargonidina (que reflete luz vermelha), a cianidina (que reflete
luz carmim) e a delfinidina (que reflete luz roxo-azulada). A acidez do meio em que se encontram as antocianidinas,
também pode influir na coloração que refletem. 1
As antocianinas são definidas por Timberlake e Bridle15 como derivados de sais flavílicos, solúveis em água,
os quais são responsáveis pelas cores atrativas de flores, frutos, folhas, sucos de frutas e até mesmo do vinho. Na
natureza, encontram-se associadas a moléculas de açúcares; quando livres destes açúcares são denominadas
antocianidinas (agliconas). A estrutura genérica para uma antocianidina natural é apresentada na Figura 1.
Dependendo dos substituintes nas posições R e R' define-se uma antocianidina diferente. Uma descrição das
principais antocianidinas encontradas na natureza é apresentada na Tabela 1. 2

Além das antocianidinas, várias espécies de plantas possuem em suas flores os flavonóis, pigmentos que
absorvem somente luz ultravioleta (com comprimento de onda menor que 380 nm), e por isso não apresentam
aos olhos humanos uma das cores do espectro _ têm aparência branca ou creme. No entanto, tais pigmentos
podem formar complexos com antocianidinas e com íons metálicos, gerando outros pigmentos, encontrados em

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algumas flores azuis. No outono, junto com a decomposição da clorofila, os flavonóis são convertidos a
antocianidinas, contribuindo para a coloração fantástica da estação.
As plantas produzem esses pigmentos por diversas razões. Gerado principalmente pelas anticianidinas, o
belo colorido das flores, por exemplo, age como estímulo visual para atrair insetos polinizadores, que garantirão
a reprodução e a sobrevivência das espécies vegetais. Já os flavonóis, por absorverem muito da radiação ultravioleta
presente na luz do sol, funcionam como um protetor solar, evitando danos ao DNA das plantas. 1

Descrição dos componentes

Lavanda (Lavandula officinalis)


As lavandas (populamente conhecidas como alfazemas) são plantas do genêro Lavandula, filo Magnoliophyta,
da família Lamiaceae. São pequenos arbustos, perenes, incluindo também as anuais e os subarbustos. O nome é
mais freqüentemente usado para as espécies do gênero que crescem como ervas e para ornamentação. Destas as
mais comuns são a lavanda inglesa e a Lavandula officinalis ou Lavandula angustifolia. As espécies ornamentais
geralmente são as L. stoechas, L. dentata, e a L. multifida.4
As lavandas crescem em jardins e suas flores são usadas para arranjos florais secos. As flores púrpuras e os
brotos, de fragrância suave, são utilizados em potpourris. Secados e embalados apropriadamente em tecido de
algodão, podem ser utilizados para serem colocados entre as roupas do armário para dar-lhes uma fragrância fresca
e agradável, além de impedir a presença de insetos e parasitas. O cultivo comercial da planta é para a extração de
óleos das flores, caules e plantas, que são utilizados como anti-sépticos, em aromaterapia na indústria de
cosméticos. O óleo essencial da lavanda (do latim "lavare", "lavar") já era utilizado pelos romanos para lavar roupa,
tomar banho, aromatizar ambientes e como produto curativo (indicado para insônia, calmante, relaxante, dores,
etc.).4,5 O óleo é obtido da destilação das flores, caules e folhas. Entre várias substâncias, o óleo apresenta na sua
composição o linalol e o acetato de linalila, que conferem a sua fragrância e, ainda, resina, saponina, taninos
cumarinas.5,6 Esta rica composição fitoquímica confere um significativo potencial antioxidante, especialmente frente
à peroxidação lipídica.7

Alecrim (Rosmarinus Officinalis)

Rosmarinus officinalis é uma Labiada arbustiva, lenhosa e muito ramosa dos terrenos secos e pobres,
sobretudo calcários da região mediterrânica, freqüente no centro e sul de Portugal, mas também cultivada como
planta ornamental e melífera; floresce durante todo o ano, porém, mostra-se exuberante no fim do inverno e
começo da primavera. Cultivado com freqüência no Brasil, nos jardins e hortas.
A Farmacopéia Portuguesa descreve as sumidades floridas, as extremidades dos ramos floridos colhidos no
período de maior floração (por coincidir com o enriquecimento máximo de essência) e secos à sombra. Em
conseqüência da sua fragilidade, que resulta da secagem, o fármaco fica reduzido quase somente às folhas, pois as
flores, muito tênues e delicadas, caíram e desapareceram e os caules ou se fragmentaram ou foram eliminados, os
mais grossos, numa primeira moenda. Eis o motivo por que geralmente se utilizam só as folhas, colhidas na floração.
O alecrim contém óleo essencial (composto por borneol, cânfora, cineol, limoneno, terpineol entre outros),
taninos, ácidos (cítrico, glicólico, glicérico, etc), flavonóides (apigenina, diosmetina, luteolina e derivados, entre

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outros), heterósidos, princípios amargos, nicotinamida, vitamina C, saponósido, colina, um diterpenóide tricíclico,
o ácido carnosólico, diversos triterpenóides, um alcalóide denominado rosmaricina e o ácido rosmarínico,
mucilagens entre outros.
Tem ação carminativa, antiespasmódica, antidepressiva, rubefaciente, antimicrobiana e emenagoga. O
alecrim é um estimulante circulatório. Age como estimulante nos folículos capilares e couro cabeludo, podendo
ajudar na prevenção da alopecia.
O alecrim apresenta aroma intenso. É muito usado em bouquets e temperos.

Viola (Viola sp)

Família das Violáceas. Herbácea continua e vivaz, sem cortes aparentes, com folhas dispostas em pequenas
rosas. Pedúnculos longos e finos com a base nascida nos apêndices da parede que sustenta as folhas.
As flores ficam na extremidade desses pedúnculos longos e finos e têm uma coloração púrpura. É composta
de 5 pétalas com seu apêndice na base e 5 pétalas iguais e suas flores surgem no fim do inverno e início da
primavera.
Mantém-se por si só em madeiras frescas sem necessitar muita incidência de sol. É comum em várias partes
do mundo, especialmente na Europa.
Suas flores contêm essências violetas usadas em perfumaria e suas infusões são usadas para reduzir as
secreções da via respiratória, para facilitar a expectoração. É comum preparar xarope de violeta para este fim.
Sua composição química é composta por ácido salicílico, saponinas e antocianidinas, que fornecem a flor
sua coloração violácea.

Aplicação e Indicações de Uso

Anti-séptico, levemente rubefaciente, refrescante e estimulante da circulação periférica.


Indicado para produtos de massagem capilar e corporal como tônico.
Em cabelos, pelo efeito óptico das antocianidinas, pode ajudar a disfarçar a coloração amarelada dos cabelos
brancos, tornando-os visualmente mais brancos ou acinzentados.

Concentração Sugerida

1 a 10% p/p.

Referências Bibliográficas

1- Ciência Hoje número 115 (volume 20).


2- Identificação de Pigmentos Naturais de Espécies Vegetais utilizando-se de Cromatografia em Papel.
Fabiano Okumura, Márlon Herbert Flora Barbosa Soares e Éder Tadeu Gomes Cavalheiro* -
Departamento de Química, Universidade Federal de São Carlos. Quím. Nova vol. 25 no. 4 São Paulo
July 2002.

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3- http://www.phd.com.br/atualidterapeu99.htm
4- Quer, Pio F. Plantas Medicinales, El Dioscorides renovado. Vol. II e III. Editorial labor, S.A. 1993.
5- KREITMAIR, H. Lavandula officinalis L., the lavender. Pharmazie, 6(3): 122-3, 1951.
6- Nitzsche, A.; Tokalov, SV.; Gutzeit, HO.; Ludwig-Muller, J. Chemical and biological characterization of
cinnamic acid derivatives from cell cultures of lavender (Lavandula officinalis) induced by stress and
jasmonic acid. J Agric Food Chem, 52(10): 2915-23, 2004.
7- Broudiscou, LP.; Lassalas, B. Effects of Lavandula officinalis and Equisetum arvense dry extracts and
isoquercitrin on the fermentation of diets varying in forage contents by rumen microorganisms in batch
culture. Reprod Nutr Dev, 40(5): 431-40, 2000.
8- Hohmann, J.; Zupko, I.; Redei, D.; Csanyi, M.; Falkay, G.; Mathe, I.; Janicsak, G. Protective effects of the
aerial parts of Salvia officinalis, Melissa Officinalis and Lavandula angustifolia and their constituents against
enzyme-dependent and enzyme-independent lipid peroxidation. Planta Med, 65(6): 576-8, 1999.

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