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Experiência e inovação

TEMA: Mudança de cor da Mulala

Pesquizado por: dr. Fébo


2017
Mudança de cor da Mulala

Objectivo geral:

- Avaliar a mudança de cor da Mulala em ácidos e basico

Objectivos especificos:

- Identificar os pigmentos existentes na raiz da Mulala;

- Destinguir a cor das soluções ácidas e básicas depois de colocada a solucão de Mulala;

- Descrever as mudanças que ocorre na solução de mulala nos meios ácidos e básicos.

problematização

Mudança de cor da mulala no meio ácido e alcalino.

A mulala sistemáticamente é uma planta da familia :Ebenaceae, do género :Euclea e a


espécie :Euclea natalensis.

São vários os nomes atribuidos a E.natalensis,dependendo da zona geografico e do


povo/língua em questao. A E. natalensis é uma planta bem distribuido na zona este da
África Austral ( white : 1983 ). Esta planta e medicinal no que diz respeito a higiene
dentaria, quando a sua raiz e usada como uma pasta identificas. Outra situação muito
admirada reside nas pessoas que a usam apresentarem uma coloracao amarelada –
laranjada nos lábios como se fosse usaram um batom.

Em Moçambique é encontrada em abundância na região norte e em toda faixa costeira


onde é muito utilizada como farmaco dentária em relação ao interior das regiões centro
e sul do País. As plantas pertecentes a espécie :Euclea natalensis, são arbustos ou
pequena árvores que chegam atingir 0,5 _ 18 m de altura com folhagem verde muito
escuro.

Euclea natalensis é uma espécie que a presenta um complicado padrão de variação


ecogeografico,tendo sido sugerido o reconhecimento de várias subespécies
alopátrica,mas a sua delimitação exacta seria arbitrária devido a ocorrência de espécie
intermedia ( white :1983 ).
O estudo desta planta ,fez – se a partir de um dos órgãos constituintes que é a raiz,por a
presentar caracter farmaco e também como um produto de beleza dos lábios como se
fosse batom.

Estão descritas apenas duas classes de compostos químicos na raiz da E. natalensis, os


terpenos e pentaciclico como lupeol e betulina ( Lopes : 1973). Estes elementos são
produtos do metabolismo secundário das plantas.

Segundo essa capacidade que tem a mulala de, em meio de saliva ela apresentar uma
cloração amarela- avermelhada foi uma questão que levou me nas experiências em meio
ácido e alcalino. É bem sabido que a saliva é uma solução neutra, isto é, apresenta um
pH de 6,8 – 7,4(Farinha 1990:108).

Através destas constatações cientificas e das observações, o autor questiona o seguinte:

Qual será a cor da mulala se colocarmos em ácidos ou básico?

Morfologia da raiz da Euclea natalensis

A raiz da E. natalensís é direita e longa, de superfície externa crenada e com alguns


pêlos epidérmicos. Para a sua obtenção neste estudo, foram obtidos pela
comercialização das populações em pedaços de 30 – 40cm de comprimento e,com o
diametro de 0,5 – 1,5cm.

A superfície externa é castanha escura à preta , a sua casca ou córtex é amarela –


alaranjada e a parte lenhosa da raiz ou medula é castanha clara à alaranjada. A casca é
fibroso,com um cheiro como de terra aromático e o sabor é amargo que causa irritação
da língua provocando assim muita saliva que elimina a amargura quando cuspimos.

Através de um corte transversal é possível observar a separação entre a medula ( parte


lenhosa) e o córtex ( superficie externa crenada ),isto é, a separação entre a superficie da
medula e a superficie externa.

Numa observação através do microscópio num corte transversal na superficie da raiz de


E. natalensís podemos observar a presença de células do parénquima medular de parede
espessa cheio de grãos de amido, raios medular bem visíveis, proeminentes vasos de
xilema com 15 - 158µm de diametro; parénquima cortical com escleritos, grãos de
amidos com 3 - 16µm de diametro,cristais prismados de oxalato de cálcio de 12 - 42µm
de diametro e espessa camada de súber, composta por células de parede muito
espessa(bilden:2006:74).

Em analise da histoquimica há relevância na existência de amido na medula ,nos raios


medular es e em algumas células corticais,quinonas nos raios medulares,polifenois nos
raios medulares e em algumas células corticais,ausência de lípidos,mucilagem e
terpenoides(texeira 2005: 45).

A experiência sobre as mudanças da coloração da solução do cortex da raiz de E.


natalensís veem na curiosidade ao ver nos lábios das pessoas que a utilizam ter uma cor
amarela avermelhada, no conhecimento de que a saliva é neutra. Dai que começou uma
vasta gama de experiência utilizando outros reagentes,tais como, ácidos e alcalinos.
Experiência com a solução da raiz da mulala.

1-Material

Duas raízes de mulala de 40 cm;

Uma faca ou canivete;

Quatro copos de vidro ou plástico transparente;

Quatro papeis indicadores de tersol

2-Reagentes

Sabão liquido – 100ml;

Vinagre branco em 20% de ácido acético;

Água potável – 2L

Procedimentos

1-Preparação da solução da raiz de Euclea natalensís

Raspe a parte de cortex das duas raízes da mulala num copo com ajuda da faca ou
canivete. Deve raspar a parte da casca e não a parte lenhosa da raiz. Coloca no copo
100ml de água, agite durante 3 minutos e deixe decantar num intervalo de 10 minutos.

2-Preparação da solução de sabão liquido

No segundo copo coloque 5ml de sabão liquido, adicione 100ml de água potável e agite
durante 3 minutos. Deixe a solução para se homogenizar.

3-ácido acético
No terceiro copo também coloque 100ml de vinagre branco com 20% de ácido acético.

No quarto copo faz filtração da solução da raiz de mulala. Em cada copo certifique o
tipo de solução na introdução do papel indicador de ternosol.

Em cada copo de solução de sabão liquido e copo de vinagre coloque 30ml da solução
da raiz da mulala e agita durante 2 minutos.

Resultados observados

Observe as colorações de cada copo introduzido a solução da raiz da


mulala. (fig.)

No copo com a mistura solução de sabão liquido e solução da raiz de mulala a coloração
é azulado, isto é, na solução alcalina quando é colocada a solução de raiz da mulala fica
de cor azul.

No copo com a mistura de vinagre e solução da raiz de mulala a coloração é alaranjada,


isto é, na solução ácida de ácido acético quando é adicionada a solução da raiz de
mulala apresenta se de cor alaranjada.

Interpretação dos resultados

A mulala é uma planta que apresenta dois pigmentos, que são a clorofila e carotenoides.
A clorofila é presente nas folhas e caules carotenoides encontra-se nas raízes.

Carotenoides é um pigmento que apresenta coloração que vão desde o amarelo ao


castanho, passando pelo laranja e pelo vermelho, com uma composição química
formada apenas por longas cadeias lineares de hidrocarbonetos insaturados as quais
possuem nas extremidades anéis benzênicos (Goncalves 1998:108).

Os carotenoides absorvem radiação em alguns comprimentos de onda do espectro


visível, o pico de absorção nas regiões de 450 – 500nm, o que faz com que surjam com
a coloração amarela á avermelhada, uma vez que é a cor que refletem (Goncalves
1998:107).

Quando colocado em solução alcalina os pigmentos desta solução de mulala muda do


seu carácter de carotenoide para ficobilinas (pigmento acessório). Nesta vertente
mudam para fico eritrinas (pigmento vermelho) em meio neutro e em meio alcalino
muda para ficocianinas (pigmento azul).

Na constituição química de ficobilinas é aparecido com as clorofilas, diferindo desta por


não possuírem a cadeia lateral de fitol e por grupos porfirínicos não serem cíclica
(Farinha 1990:54).

Esta constituição faz com as ficobilinas ao contrário dos carotenoides, sejam solúveis
em água. As ficocianinas absorvem mais no amarelo e laranja, o que é vantajoso porque
vai refletir a cor azul. O que acontece quando os carotenoides da solução da mulala são
misturados em solução de sabão líquido absorvem o amarelo e o laranja refletindo o
azul.

Quando carotenoides da solução da mulala são misturados em solução de vinagre (ácido


acético em 20%) absorve a luz verde e azul, refletindo a cor laranja.

O carotenoide quando entram em outros meios (ácido, neutro e alcalino) mudam a sua
cadeia linear de hidrocarbonetos insaturados para as cadeias acíclicas e formar um
grupo porfirínico, que são características químicas de ficobilinas.
Conclusão

A solução de mulala quando é misturada em outros meios (ácido, neutro e alcalino)


muda do seu caráter de pigmento de carotenoide para o caráter de pigmento de
ficobilinas. A cadeia linear de carbohidratos de carotenoide muda para cadeia cíclica de
carbohidrato, formando um grupo porfirinico.

Em meio ácido a solução de mulala muda para a cor laranja, devido a reflexão da luz
laranja e absorvem toda luz visível.

No meio neutro a solução de mulala muda para a cor avermelhado, que é refletindo.

E, no meio alcalino a solução muda para a cor azul ao refletindo a cor azul e absorvendo
a cor verde, amarelo e vermelho em onda infravermelho.

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