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Agrupamento de Escolas José Sanches e S.

V da Beira

Atividade laboratorial: Separação dos pigmentos


de folhas de espinafres por cromatografia de
papel.

Disciplina:
Trabalho realizado: Biologia
Dinis Santos nº6 Prof. Eduardo
Diogo Proença nº7 Figueiredo
Duarte Santos nº8 Alcains,
Filipe Pedro nº10 Quarta 3 de
10ºA maio de 2023

Imagem 1- Papel de filtro tingido de clorofilas


Introdução
Este relatório tem como objetivo investigar os diferentes pigmentos
presentes em uma folha e explorar os métodos para separá-los. A
questão-problema que norteia esta pesquisa é: quais são os pigmentos
que existem em uma folha e como podemos separá-los?

Os pigmentos são substâncias responsáveis por dar cor às plantas e


desempenham um papel fundamental na fotossíntese. A separação desses
pigmentos pode ser realizada por meio de diferentes técnicas, como a
cromatografia em papel.

A compreensão dos pigmentos presentes em uma folha pode fornecer


informações valiosas sobre a saúde da planta, a qualidade do solo e
o clima local. Além disso, o estudo desses pigmentos pode ter
aplicações em diversas áreas, como a produção de corantes naturais e
a investigação forense.

Neste relatório, serão apresentados os materiais e métodos


utilizados para a separação dos pigmentos, bem como os resultados e
conclusões obtidos a partir da análise dos pigmentos presentes em
uma amostra de folha.

Materiais

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 Folhas de espinafres
 Almofariz e pilão
 Álcool 95%
 Papel de filtro 10 cm x 10 cm
 Copo de precipitação alto (100 ml)
 Caixa de Petri
 Funil

Procedimento
1. Cortámos as folhas (com uma tesoura) em pequenos fragmentos para
dentro do almofariz, até encher cerca de metade do recipiente.

2. Macerámos as folhas com o pilão.

3. Fomos juntando pequenas quantidades de álcool até obter um


líquido fortemente corado de verde.

4. Preparámos o copo de precipitação com o funil e o papel de


filtro.

5. Filtrámos a mistura tentando não deixar cair os fragmentos das


folhas para dentro do funil.

6. Transferimos o filtrado para uma caixa de Petri.

7. Cortámos um retângulo de papel de filtro com 10 cm x 10 cm e


dobrámo-lo ao meio. E depois, colocámo-lo na caixa de Petri de modo
a ficar com a dobra na vertical.

8. Aguardámos e registrámos (por exemplo, com fotografias).

Resultados

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Discussão
1-

1.1 A maceração das folhas de espinafre é um passo importante na


cromatografia de papel, pois:

 Permite a extração eficiente dos pigmentos ao romper as


células da folha e liberar os pigmentos presentes em seu
interior.
 Garante a homogeneidade da amostra, distribuindo igualmente os
pigmentos para obter resultados consistentes e precisos.
 Facilita a migração dos pigmentos no papel de cromatografia,
resultando em bandas bem definidas e separadas dos diferentes
pigmentos presentes nas folhas de espinafre.

Em resumo, a maceração das folhas de espinafre é essencial para


obter uma separação eficiente dos pigmentos durante a cromatografia
de papel.

1.2 Resumindo, na cromatografia de papel para separação de pigmentos


de folhas de espinafre, o uso de álcool como solvente é importante
devido às seguintes razões:

 Os pigmentos presentes nas folhas de espinafre, como clorofila


a, clorofila b, carotenoides e xantofila, são insolúveis em

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água devido à presença de grupos hidrofóbicos em suas
estruturas químicas, o que torna a água inadequada como
solvente.

 O álcool é um solvente orgânico miscível com a água, capaz de


dissolver os pigmentos presentes nas folhas de espinafre e
permitir sua movimentação na fase móvel da cromatografia de
papel.

 O álcool é menos polar do que a água, o que possibilita uma


maior eficiência na separação dos pigmentos, uma vez que eles
se movem mais facilmente na fase móvel.

 O álcool tem a capacidade de solubilizar uma ampla gama de


compostos orgânicos, incluindo os pigmentos presentes nas
folhas de espinafre, permitindo uma adequada separação e
identificação dos pigmentos.

Portanto, o uso de álcool como solvente na cromatografia de papel é


essencial para garantir uma separação adequada e a análise dos
pigmentos presentes nas folhas de espinafre.

2- Na cromatografia de papel de pigmentos de folhas de espinafre, a


ordem crescente de solubilidade em álcool para os pigmentos é
geralmente a seguinte: clorofila b > clorofila a > xantofila >
caroteno. No entanto, é importante ter em mente que a solubilidade
relativa dos pigmentos pode variar em diferentes condições
experimentais, como concentração do álcool, temperatura e duração da
cromatografia. É necessário considerar esses fatores ao interpretar
os resultados de uma cromatografia de papel de pigmentos de folhas
de espinafre.

3- As plantas que crescem na sombra geralmente têm maior


concentração de clorofila como uma adaptação para otimizar a
captação de luz em ambientes de baixa intensidade de luz, proteger

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as células contra danos causados pelo excesso de luz e usar
eficientemente os recursos disponíveis para o crescimento. Isso
permite que as plantas capturem mais luz para a fotossíntese,
produzam mais energia e maximizem seu crescimento nessas condições.

4- As folhas com maior concentração de carotenoides, pigmentos


responsáveis pela cor amarela e laranja nas folhas, geralmente são
encontradas em condições de stresse ou alta exposição à luz solar,
baixas temperaturas e em situações de stresse biótico ou abiótico.
Isso ocorre como uma resposta adaptativa das plantas para proteger
os cloroplastos contra danos causados pelo stresse oxidativo, já que
os carotenoides têm propriedades antioxidantes. A cromatografia de
papel é uma técnica laboratorial útil para estudar os carotenoides e
outros pigmentos presentes nas folhas e sua relação com as condições
ambientais.

Conclusão
As folhas contêm diversos pigmentos, incluindo clorofila a,
clorofila b, carotenoides e antocianinas. A clorofila a e b são os
pigmentos mais comuns encontrados em plantas verdes e são
responsáveis pela absorção da luz durante a fotossíntese. Os
carotenoides são pigmentos alaranjados e amarelos que ajudam a
proteger a planta contra o excesso de luz e são importantes na
fotossíntese. Existem várias técnicas para separar os pigmentos
presentes em uma folha, sendo as mais comuns a cromatografia em
papel e a cromatografia líquida. Na cromatografia em papel, a
amostra de folha é colocada em uma tira de papel e imersa em um
solvente adequado, como a acetona ou o álcool etílico. À medida que
o solvente sobe pela tira, os pigmentos são separados em bandas
distintas com base em suas propriedades de solubilidade e
polaridade.

Bibliografia
Ferreira, Luísa Ana; Bação, Antunes Fernando; Jacinto, João Maria;
Silva, Almeida Paula,(2022), BioGeo vol.2, (1º edição), Leya, pp
120-141.

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