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Manual p.

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MATERIAL UTILIZADO:

Material Biológico: Quivi (*) ou banana ou morango Bisturi


Caixa de Petri
Detergente de loiça Sacos plásticos
Sal grosso de cozinha Gobelés de 150 ml (2x) e 400 ml
Esguicho com água Proveta de 100 ml
Álcool refrigerado Proveta de 25 ml
Água morna Colher de sopa
Coador
(*) A filtração da mistura que contém quivi é muito demorada; por Vareta de vidro
isso, sugere-se que a mistura, depois de coada, seja filtrada em dois
Funil de vidro
gobelés, simultaneamente.
Papel de filtro
Tabuleiro
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Descascar e cortar o material biológico em pequenos fragmentos, para dentro da caixa de
Petri, colocando-os depois num saco plástico.
2. Fechar o saco plástico e esmagar o material biológico até se obter uma massa homogénea.
3. Num gobelé de 400 ml colocar 100 ml de água morna (medir o volume com a proveta de
100 ml) + 1 colher de sopa de sal grosso + 1 colher de sopa de detergente da loiça.
4. Agitar lentamente a mistura obtida no ponto 3, evitando a formação de espuma.
5. Despejar o material biológico macerado no gobelé que contém a mistura.
6. Agitar lentamente durante 2 minutos a nova mistura obtida e deixe-a em repouso durante
pelo cerca de 15 minutos.
7. Coar a mistura obtida no ponto 6 para um gobelé de 150 ml.
8. Montar o papel de filtro no funil e filtrar a mistura obtida em
7 para outro gobelé de 150 ml (ver figura 1).
9. Transferir 20 ml de filtrado para a proveta de 100 ml.
10. Usar proveta de 25 ml para medir 20 ml de álcool refrigerado.
Adicionar o álcool à mistura, deixando-o escorrer lentamente
ao longo da parede da proveta.
11. Faça o registo dos resultados referentes a todos os grupos

Figura 1> Processo de filtração.


PORQUÊ USAR FRUTAS?

Se quisermos ver DNA, as plantas


são excelentes fontes: existem,
geralmente, em numerosos lugares e
em grandes quantidades.

Para além disso, muitas possuem oito


cópias de cada cromossoma por cada
célula, o que significa que possuem
muito DNA.

Cariótipo tetraploide (4n)


Ploidia é o termo designado para definir o
conjunto numérico completo de cromossomas de
uma determinada célula. Uma célula que tem
apenas um exemplar de cada cromossoma no seu
cariótipo é uma célula haploide (n cromossomas).
Se uma célula tem dois exemplares de cada
cromossoma no seu cariótipo é uma célula
diploide (2n cromossomas). Existem outras
ploidias: triploide (3n), tetraploide (4n)…
octoploide (8n)… (poliploidias).

Nome científico Nome vulgar Ploidia Nº de Nº total de


cromossomas (n) cromossomas
Musa velutina Bananeira Tetraploide 11 44
4n
Actinidia deliciosa Planta-do-quivi Hexaploide 29 174
6n
Fragaria vesca Morangueiro Octoploide 7 56
8n
PORQUÊ
MACERAR?
•A maceração promove a separação
das células dos tecidos, atacando
também as paredes celulares.
Deste modo facilitam-se os
procedimentos seguintes, em
particular os ataques químicos com
algumas substâncias.
PORQUÊ USAR
DETERGENTE?
•As membranas das células são formadas
por lípidos, que são gorduras. Tal como
acontece quando lavamos loiça, é
necessário detergente para atuar nas
membranas celular e nuclear,
emulsionando as gorduras e destruindo
as membranas.

•O detergente não só rebenta as células e


faz com que os organelos circulem
suspensos na solução como, e
principalmente, permite que o DNA se
liberte do núcleo, tornando-o assim mais
acessível para outras reações químicas.
PORQUÊ FILTRAR?
A filtração serve para eliminar da solução os restantes constituintes celulares e que só
“atrapalham”: os restos das membranas, os organelos que não rebentaram, etc.

Assim, a solução filtrada está tão pura quanto possível, contendo o DNA e outras moléculas,
como proteínas, que não interferem com o sucesso da extração.
PORQUÊ USAR SAL?
O DNA é muito solúvel em água (molécula hidrofílica), devido aos seus grupos fosfato (carga
negativa). Para impedir que o DNA, liberto do núcleo da célula, se dissolva totalmente na solução e
se torne invisível, usa-se sal.

O sal, cuja fórmula química é NaCl, quando em solução dissocia-se em iões de Na+ e Cl-. Os iões Na+,
com carga positiva, vão interagir com os grupos fosfato das moléculas de DNA, tornando-as neutras
e estabilizadas, permitindo a sua agregação.

Deste modo, as muitas moléculas de DNA agregam-se umas às outras, podendo mais tarde ser
visualizadas a olho nu.

PORQUÊ USAR ÁLCOOL?


- O álcool usa-se para desidratar as moléculas de DNA, ou seja, afasta a água à sua volta.
Como o DNA não é solúvel no álcool, vai ocorrer a sua precipitação, facilitada pela baixa
temperatura do álcool.
QUE ESPERAR NO FINAL?
O precipitado final de DNA vê-se como um conjunto de filamentos esbranquiçados. Estes
correspondem a milhares de moléculas de DNA, com muitas outras moléculas associadas.

Tal decorre de o método utilizado para a extração de DNA ser pouco rigoroso, obtendo o
produto final (DNA) com um elevado grau de impureza.

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