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Turma: ____________________
Sheyla Santos
30. ago. 2020, às 18h00
BRASÍLIA - Alunos do ensino fundamental em escolas públicas nas capitais dos estados ficaram meses sem
atividades remotas ou orientação dos professores no período em que as aulas presenciais foram suspensas por
causa da pandemia do novo coronavírus.
Em 14 das 27 capitais, os estudantes tiveram 35 dias ou mais sem nenhum tipo de atividade remota durante o
período de suspensão das aulas, de acordo com informações fornecidas pelas secretarias municipais de
Educação. Brasília levou 123 dias para oferecer algum tipo de ensino remoto. Em Belo Horizonte (MG), foram
90 dias. O caso mais crítico é o de São Luís (MA), onde o ensino à distância ainda não havia começado no início
de agosto.
Conforme os relatos das secretarias municipais, aulas por videoconferência, em que alunos e professores podem
interagir em tempo real, foram exceção na rede pública. Das 27 capitais, apenas Salvador usou o recurso no
primeiro semestre, com alunos do 6º ao 9º ano. No restante, a orientação dos professores aos alunos por meio de
aplicativos e redes sociais foi a estratégia mais usada, adotada por 26 capitais. Em 23 dessas cidades, materiais
de estudo foram disponibilizados em sites, blogs e plataformas criadas pelas secretarias.
A entrega de material impresso para alunos sem acesso à internet foi a solução encontrada por 19 cidades para
tentar manter o vínculo com esses estudantes. Nas outras 8 capitais, quem não tinha internet só conseguiu
material impresso indo pessoalmente à escola. No Recife, para viabilizar as aulas na sua plataforma, a secretaria
de educação recorreu a uma campanha de arrecadação de aparelhos de telefone para doação a alunos do 6º ao 9º
ano, última fase do ensino fundamental.
Wilames Thiago, 14, que cursa o 9º ano na Escola Municipal Reitor João Alfredo, no Recife, contou no início de
agosto que recebeu da escola um chip novo para o celular, mas que ainda não tinha acesso às aulas pela
plataforma criada pela prefeitura. “Temos um grupo da escola no WhatsApp e todos os dias três professoras
mandam atividades para nós fazermos, mas não são todas as pessoas”, afirma. “Algumas ainda não têm celular”.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/08/alunos-da-rede-publica-ficam-meses-sem-atividades-remotas-na-pandemia.shtml)
2. Qual capital brasileira levou mais tempo para implementar um sistema de aulas a distância durante a
pandemia?
a) Brasília.
b) Belo Horizonte.
c) São Paulo.
d) São Luís.
a) videoconferência.
b) rede pública.
c) aplicativos.
d) sites.
5. No último parágrafo, o pronome algumas pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:
a) algumas professoras.
b) algumas atividades.
c) alguns grupos.
d) alguns alunos.
6. No último parágrafo, qual é o sujeito da oração “mas ainda não tinha acesso a aulas pela plataforma
criada pela prefeitura”?
a) Sujeito oculto, pos podemos identificar que se refere ao aluno Wilames Thiago.
b) Sujeito simples, pois o sujeito é Wilames Thiago, e está escrito na oração.
c) Sujeito indeterminados, pois não é possível identificar o sujeito do verbo “ter”.
d) Sujeito inexistente, pois o verbo “ter” tem o sentido de “haver” nesta oração.
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8. Segundo a notícia, a Secretaria de Educação de Recife fez uma campanha de arrecadação de aparelhos de
telefone para doação a alunos do 6º ao 9º ano. Esta campanha foi suficiente para resolver o problema? Justifique
sua resposta com um trecho da notícia.
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9. Analise o gráfico abaixo, da pesquisa TIC Educação 2019. Compare o gráfico com a notícia e explique um
motivo que dificultou a implementação das aulas a distância nas escolas públicas
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10. Considerando que a notícia trata das aulas remotas, durante a pandemia, nas capitais dos estados brasileiros,
o que podemos concluir sobre a situação das aulas nas outras cidades? Explique.
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Leia a charge a seguir, de Walter Kinder
11. Walter Kinder é um ilustrador que criou a série de charges "Quarentena" para retratar a rotina de idosos
durante o período de isolamento. Qual das palavras utilizadas por ele, na charge, deixa claro que a pessoa da
imagem é um idoso?
a. quarentena.
b. Senhor.
c. Alfredo.
d. pouco.
13. Considerando que a charge foi publicada em 2020, responda: por que o idoso precisou arrumar um disfarce
para sair de casa?
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Antonio Prata
23. mai. 2020
Quando a quarentena acabar, a gente vai passar um mês na praia com as crianças. Quando a quarentena acabar, a
gente vai viajar sem as crianças, pelo amor de Deus. Quando a quarentena acabar, eu vou acampar durante uma
semana dentro de uma churrascaria rodízio - só vou no bufê de salada domingo à noite.
(...) Quando a quarentena acabar, estranhos se abraçarão nas ruas. Quando a quarentena acabar, ninguém mais
vai apertar a mão de ninguém. Este vai ser o novo normal quando a quarentena acabar. Quando a quarentena
acabar, ninguém falará “o novo normal”, porque neste anormal “novo normal” da quarentena, a gente ouve “o
novo normal” dezessete mil novecentas e trintas vezes por dia. Palavras outrora inofensivas como “rebanho”,
pico”, “achatamento”, “curva” e “máscara” ainda farão tilintar tristes sinapses décadas depois de a quarentena
acabar.
(...) Gustavo, quando a quarentena acabar, a gente vai correr no Minhocão todo domingo. Fabrício, quando a
quarentena acabar, a gente vai comer nirá e bardana numa calçada da Liberdade. Mattoso, quando a quarentena
acabar, a gente vai escrever um longa. Paulinho, quando a quarentena acabar, eu serei um padrinho mais
presente pro Valentim. Dinho, quando a quarentena acabar, eu vou fazer um jantar pros seus pais, em
agradecimento a tudo o que eles fizeram por mim na adolescência. Sim, Oli e Dani, a gente vai ver as girafas no
zoológico quando a quarentena acabar. Sim, a gente pode convidar a Rita e a Ceci. E o Tugo e o Teo. E o Lucas
e a Nina. E a Luísa. A Lulu. A Coca. A Ana e o Lucca. A vovó Tuni. A vovó Marta. A vovó Lena. A gente aluga
uma van. Ou duas.
Quando a quarentena acabar, eu não vou mais escrever essas crônicas preguiçosas que repetem uma frase e só
mudam o finalzinho, que nem música ruim da MPB. Quando a quarentena acabar, eu vou compor uma sinfonia,
escrever um romance, correr uma maratona e me formar em filosofia. Ao mesmo tempo.
(...) Opa, acabou a quarentena? Vamos? Vou! Já! Muito! Espera, deixa responder esses e-mails; espera, tenho
que acabar esse roteiro; espera, tem que comprar óleo de soja; espera, tem que pagar o boleto do condomínio;
espera, Sesc Belenzinho? Mesmo? Lá longe? E se a gente ficasse em casa e visse uma série na Netflix? A gente
pede uma pizza. Ou faz um ovo. Não sobrou miojo do almoço?
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2020/05/quando-a-quarentena-acabar.shtml
14. A oração "Quando a quarentena acabar" é repetida várias vezes ao longo do texto. Essa repetição ajuda a
construir o sentido de que:
a) O narrador tem uma rotina de atividades repetitivas durante a quarentena.
b) O narrador está fazendo muitos planos para depois da quarentena.
c) O narrador não pretende mudar a sua rotina após o fim da quarentena.
d) A rotina do narrador será a mesma durante e depois da quarentena.
a) A todos os brasileiros.
b) Ao narrador do texto.
c). Ao narrador e sua companheira.
d) Aos leitores da crônica.
19. Qual dos adjetivos abaixo melhor descreve o sentimento do narrador em relação à quarentena?
a) Satisfeito.
b) Entediado.
c) Contente.
d) Raivoso.
21. O que o último parágrafo da crônica nos diz sobre a mudança de comportamento planejada pelo narrador?
Explique.
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