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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

Campus do Pantanal - CPAN


Curso de Ciências Biológicas
Fisiologia Vegetal

CADERNO DE AULAS PRÁTICAS DE FISIOLOGIA


VEGETAL
Professora Janaína Guernica Silva

Nome

Turno Turma Semestre Ano


NORMAS DE CONDUTA NOS LABORATÓRIOS DA UFMS

1. Seja pontual para as aulas práticas, o atraso compromete o aproveitamento da aula. SERÁ
PERMITIDA A ENTRADA NO LABORATÓRIO COM NO MÁXIMO, 15 MINUTOS DE ATRASOS.

2. Os relatórios de aulas práticas devem, IMPRETERIVELMENTE, ser entregues ao início da aula


seguinte. Em hipótese alguma será REPOSTO o relatório ou a aula prática.

3. Usar jaleco abotoado e sapatos fechados. Os alunos que NÃO PORTAREM O JALECO NÃO
PODERÃO PERMANECER NO LABORATÓRIO.

4. Manter o material pessoal (cadernos, bolsas, mochilas, agasalhos, etc) longe das bancadas de
trabalho. Para a bancada leve apenas o material necessário ao trabalho prático (roteiro de aula,
lápis, borracha, caixa de material);

5. Utilize o material necessário, evitando desperdícios e danos.

6. É proibido comer, beber, fumar dentro do laboratório;

7. Durante as atividades práticas, os materiais e equipamentos estão sob a responsabilidade dos


alunos.

8. Finalização das atividades:

Limpar e arrumar a bancada de trabalho;

Tirar o avental e guardá-lo.

IMPORTANTE: Em caso de acidente, comunicar imediatamente ao professor.


AULA PRÁTICA 1 – ESTIMATIVA DO ΨH DE TUBÉRCULOS DE BATATA

DATA: ____/____/____

INTRODUÇÃO

A água é a substância fundamental à vida. Qualquer ser vivo necessita de água para sobreviver,
desenvolver e reproduzir. Ela é parte integrante das células e entra em todos os processos do
metabolismo animal e vegetal. Os vegetais são seres que possuem cerca de 80% do seu peso em
água. A molécula de água é assimétrica, apresentando um pólo positivo e outro negativo, pelo que
se orienta diversamente frente a substâncias carregadas positiva ou negativamente. Constitui
excelente solvente para as substâncias ionizáveis ou com moléculas bipolares. Sua bipolaridade e
formação de pontes de hidrogênio entre grupos de moléculas são a razão da alta tensão superficial
da água.

O transporte de água e minerais a longa distância nas plantas ocorre pelos elementos condutores
do xilema, que se estendem da raiz às folhas. Já o transporte a curta distância, acontece por
difusão, que pode ser definida como o movimento líquido de moléculas e íons de uma região de
elevada energia livre para uma região com energia livre mais baixa. Vale lembrar que a energia livre
corresponde à parcela de energia de um sistema disponível para a realização de trabalho. A difusão
é um processo físico espontâneo extremamente importante para os organizsmos vivos. Na prática,
a difusão ocorre em resposta a um gradiente de concentração (quantidade ou número de partículas
por unidade de volume). A osmose é um caso especial de difusão, no qual a água se movimenta
através de uma membrana semipermeável, de uma região de aior potencial hídrico (maior
concentração de água) para outra de menor potencial hídrico (menor concentração de água). A
presença de solutos na água diminui a sua energia livre (potenical hídrico). Assim, se separamos
uma solução aquosa e a água pura (destilada) com uma membrana que permita a livre passagem
da água e retenha os solutos, a água se movimentará para o interior da solução (osmose).

OBJETIVOS

- Discutir as componentes do potencial hídrico;

- Observar e compreender os fenômenos de difusão e osmose;

- Estimar o potencial hídrico de segmentos de tubérculos de batata pela variação de massa antes
e após o equilíbrio com diferentes soluções de potencial osmótico conhecido.
METODOLOGIA

Mateiral

1. soluções de sacarose com as seguintes concentrações molares: 0,0, 0,05, 0,1, 0,15, 0,2, 0,3 e
0,4

2. 7 béqueres de 50 mL

3. sacarose (açúcar comum)

4. balança de precisão de duas casas decimais

5. furador de rolas

6. tubérculos de batata

7. lâmina tipo barbear e bisturi

8. pinça

9. papel toalha

10. termômetro (0 a 100°C)

Método

- Registrar a temperatura de uma das soluções, após equilíbrio com a temperatura ambiente

- Colocar 30 mL de cada uma das soluções de sacarose nos béqueres

- Furar um tubérculo com o fura rolhas e cortar os cilindros obtidos em fragmentos uniformes (± 2
cm de comprimento)

- Lavar os fragmentos com água destilada e secá-los rapidamente em papel toalha

- Utilizar sempre cilindros do mesmo tubérculo

- Pesar e registrar a massa de três fragmentos semelhantes (m0) para cada tratamento

- Depositar três fragmentos de tubérculo em cada uma das soluções de sacarose

- Deixar equilibrar por aproximadamente 30 min

- Retirar os fragmentos, lavar com água destilada e secar

- Pesar e registrar novamente a massa dos fragmentos de tubérculo de cada solução de sacarose
(m30)
RESULTADOS

1. Completar a tabela com a massa (g) dos três cilindros.

Sacarose (M) 0,0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,3 0,4

m0

m30

Δm = (m30 – m0)

2. Construir um gráfico de Δm x [M]

5,0

4,0
Massa (g)

3,0

2,0

1,0

0,5

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

Δm

3. Explique a alteração de peso dos cilindros de batata.

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AULA PRÁTICA 2 - ADSORÇÃO PELA MATRIZ DO SOLO
DATA: _____/_____/____
INTRODUÇÃO

A capacidade de troca de cátions (CTC) é o parâmetro mais importante da fertilidade do solo, pois
a maioria dos metais do solo forma íons positivos (cátions) que se ligam (adsorvem) mais facilmente
às partículas de argila (matriz do solo), predominantemente carregadas com cargas negativas. Essa
ligação é fundamental, pois os cátions ficam retidos (por adsorção) às partículas do solo, evitando
a lixiviação. Porém, os ânions são “repelidos” pelas cargas negativas presentes nas partículas de
argila (com exceção do fosfato que forma precipitados insolúveis no solo), sendo mais facilmente
lixiviados e carreados até o lençol freático, o que pode causar a poluição de rios e de reservatórios
de água. A estrutura cristalina das partículas do solo é constituída, sobretudo, por átomos de
oxigênio, silício, alumínio ou magnésio. Nessa estrutura cristalina, os átomos de oxigênio ficam
voltados para fora e, como são mais eletronegativos, a densidade da nuvem eletrônica é maior na
eletrosfera do oxigênio, formando aí, pólos negativos. A origem das cargas negativas na superfície
das partículas de argila é a substituição isomórfica do Al3+ e do Si4+ (alumino-silicatos). Os cátions
adsorvidos às partículas de argila são trocados por outros cátions mantidos na solução do solo ou
na superfície das raízes, estruturas que também apresentam predominantemente cargas negativas
em decorrência da dissociação do H+ dos ácidos carboxílicos e de compostos fenólicos das
microfibrilas de celulose. Esse processo envolve troca catiônica e, portanto, a CTC reflete o nível
de fertilidade do solo.

OBJETIVOS

- Evidenciar a capacidade de adsorção de cargas dos solos, sobretudo de cátions, devido à


polaridade negativa na superfície das partículas.

- Relacionar a capacidade de adsorção de cátions com a nutrição mineral das plantas.

- Demonstrar o comportamento do solo como matriz capaz de reter os elementos minerais para as
plantas.

METODOLOGIA

Material

- 10 Provetas de vidro de 100 mL - 10 Funis de vidro ou de PVC

- 20 Béqueres pequenos - 10 Bastões de vidro

- Areia (fina e branca de preferência) - Algodão

- Corante carregado positivamente [azul de metileno 0,1 e 0,01% (p/v)]

- Corante apolar [eosina 0,01% (p/v)]


Método

Prepare soluções aquosas dos corantes azul de metileno e eosina (300 mL de cada solução) em
recipientes diferentes e nas concentrações especificadas. Essas soluções devem ser um pouco
translúcidas. Coloque um pedaço de algodão no início das hastes dos funis para evitar que a areia
fina escorra para fora. Encha funis de vidro ou de PVC com volumes iguais de areia fina. Suspenda
cada funil com o auxílio de uma proveta. Reserve um volume de 200 mL de cada corante em dois
béqueres. Em um terceiro béquer, faça uma mistura de volumes iguais (100 mL de azul de metileno
0,01% e 100 mL de eosina 0,01%) dos dois corantes. Com um bastão de vidro, abra um pequeno
espaço no centro da areia contida no funil e derrame lentamente o corante reservado no béquer.
Utilize um funil com areia para cada corante. Observe as cores das soluções derramadas no funil e
as cores das soluções coletadas nas provetas. Observe também a cor que a matriz do solo vai
assumindo conforme a solução é coletada na proveta.

RESULTADOS

1. Porque a CTC é considerada o parâmetro mais importante da fertilidade do solo?

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2. Explique porque a eosina não foi adsorvida pela matriz do solo, sendo quase que integralmente
recolhida na proveta.

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3. Que analogia você faz entre os resultados da prática e a realização de adubações pesadas nos
solos?

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AULA PRÁTICA 3 - FOTOSSÍNTESE: A LUZ E O ACÚMULO DE AMIDO NAS FOLHAS

Data: _____/_____/_____

INTRODUÇÃO

A fotossíntese é um dos processos mais importante que ocorre na Terra. Durante a fotossíntese,
as plantas, algas e bactérias fotossintetizantes são capazes de “tirar proveito do sol”, utilizando a
energia radiante para converter moléculas simples – dióxido de carbono e água – em moléculas
orgânicas complexas que podem ser utilizadas igualmente por plantas e animais como fontes de
energia e de moléculas estruturais. Além disso, a fotossíntese libera oxigênio (O2) para o ar que
respiramos, e é este oxigênio que exerce papel importante na respiração celular e na síntese de
ATP. Para a energia luminosa ser utilizada pelos sistemas vivos, é necessário que ela primeiro seja
absorvida pelos pigmentos.

Os principais produtos que se acumulam como resultado da atividade fotossintética são a sacarose
e o amido. Hexoses livres, como glicose e frutose, são menos abundantes. Algumas espéceis
acumulam frutanos (polímeros de frutose) ou, em menor quantidade, polissacarídeos semelhantes.
A sacarose é o principal açúcar transportado no floema e pode ser acumulado em grandes
quantidades em certos teicods de algumas plantas, como a cana-de-açúcar (Saccharum).
Entretanto, a reserva mais importante na grande maioria das plantas é o amido. Este forma-se
sempre em plastídeos, onde aparece como grãos de estrutura característica. Nas folhas, ele é
sintetizado nos cloroplastos, mas em tecidos não clorofilados, os grãos de amido são formados nos
amiloplastos (leucoplastos). Nas folhas, o teor de amido aumento durante o dia, em virtude da
exportação não acompanhar a taxa de acmúmulo promovido pela fotossíntese. À noite, já que a
exportação de sacarose continua e a respiração consoe amido, ele descrece. O amido apresenta-
se constituído por amilose (cadeias não ramificadas) e amilopectina (cadeias ramificadas), ambos
colorem-se pelo lugol (uma solução de iodeto de potássio), o que permite a utilização dessa solução
para testar a presença de amido nas células.

OBJETIVO
- Relacionar a presença do amido com a de clorofila em folhas variegadas.
- Demosntrar a importância da luz para que o amido se acumule nas folhas.

METODOLOGIA

Material

- Folhas variegada de Coleus sp. (verde e branca); - Papel alumínio;


- Solução de lugol: pesar 1,5 g de iodeto de potássio e 0,3 g de iodo. Em capela dissolver o iodeto de
potássio em água destilada e acrescentar o iodo, completar até 100 mL. Agitar muito bem, deixar em repouso
algumas horas e filtrar em lã de vidro. Guardar em frasco âmbar.

- 5 Placas de Petri médias; - Álcool etílico comercial;

- Placa aquecedora; - 5 Béqueres de 250 mL e 1 de 1000 mL;

- 5 Bastões de vidro - 5 Pinças - Tesouras

Método
Mergulhe a folha, pelo período de meio a um minuto, em água fervente e a transfira para um béquer
contendo álcool etílico fervente em banho maria, deixando-a até a sua despigmentação completa.
Coloque a folha despigmentada, com a face abaxial para cima, sobre a placa de Petri e trate-a com
algumas gotas de lugol. Uma coloração azulada intensa (quase preta) indica a presença de amido.
Para a observação do efeito da luz, cubra uma folha intacta de Coleus sp., no canteiro, com papel
alumínio duplo durante uma semana, ou período superior. Pegue outra folha similar da mesma
planta, mas que tenha sido mantida sob luz natural, e proceda da forma descrita no item anterior.
O objetivo é determinar as diferenças quantitativas quanto à coloração do amido através da reação
com o lugol. Compare os resultados.

RESULTADOS

1. Em qual parte da folha variegada se verifica a presença de amido?

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2. Qual o papel da luz e dos cloroplastos na síntese do amido?

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3. Quais são as organelas celulares que acumulam amido?

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AULA PRÁTICA 4 - EXSUDAÇÃO DA SEIVA DO FLOEMA Data: _____/_____/_____

INTRODUÇÃO

A hipótese do fluxo em massa da seiva no floema (hipótese de Münch) é a mais aceita para se
explicar o transporte de assimilados nesse tecido de condução das plantas. O fluxo em massa
transporta assimilados solúveis dos tecidos localizados nas fontes em direção aos drenos. O
carregamento do floema ocorre nas folhas e em outras estruturas fotossintetizantes ou
armazenadoras/fornecedoras de assimilados, envolvendo o movimento de açúcares solúveis,
oriundos dos plastídios, em direção aos elementos de tubos crivados. O acúmulo de assimilados,
principalmente sacarose, nos terminais dos tubos crivados, reduz seu potencial hídrico, deslocando
água das células de parênquima adjacentes, tendo, como resultado, o aumento da pressão de
turgescência. Em função desses eventos, os assimilados são transportados em fluxo em massa, da
fonte em direção aos drenos, que podem ser frutos ou tubérculos em formação, assim como outras
regiões de armazenamento/consumo de assimilados. A manutenção do gradiente de pressão (ΔP)
entre as células do floema, localizadas nas fontes e nos drenos de assimilados, é requisito básico
para a hipótese de Münch. Para que esse gradiente se mantenha, é de fundamental importância
que o sistema se conserve sob pressão positiva (pressão de turgescência). Todavia, lesões
ocorridas nos elementos de tubos crivados podem resultar em perda de pressão no floema, sendo
necessária a vedação das placas crivadas nas regiões próximas ao local onde as injúrias ocorreram.
Por isso, quando o caule de uma planta é seccionado, ocorre imediata exsudação de seiva
floemática. No entanto, o fluxo não demora muito a cessar, o que ocorre devido à deposição de
proteínas-P (proteínas de precipitação), moléculas que obstruem as placas crivadas e eliminam a
perda de pressão no floema. Cortando-se uma fatia de aproximadamente 1,0 mm da base do caule,
o processo se renova. Pode-se repetir a operação por bastante tempo e o volume total exsudado é
muitas vezes maior do que o volume do floema do caule que foi removido nos cortes sucessivos.

OBJETIVOS

- Observar o fluxo de seiva floemática quando se seccionam pecíolos foliares de aboboreira,


confirmando a existência de pressão positiva em seus tecidos de condução.

PROCEDIMENTO

Material

- 5 Folhas de aboboreira com pecíolo; -Álcool etílico comercial;

- 5 Tubos de ensaio grande (1,5 x 12,5 cm) - 5 Lâmina de barbear


Método

Obtenha folhas de plantas de aboboreira, conservando-as em um recipiente com água. Após encher
os tubos de ensaio com álcool (etanol), até aproximadamente 2/3 da sua altura, faça um corte na
base do pecíolo de uma folha e mergulhe-o rapidamente no álcool. A região cortada do pecíolo
deve ficar próxima à superfície do líquido. A liberação da seiva floemática no álcool pode ser
visualizada pela exsudação de um material coagulado, com coloração esbranquiçada. Assim que a
exsudação parar ou diminuir, remova a folha e refaça o procedimento. Em seguida, utilizando uma
folha murcha da mesma espécie, repita todo o procedimento. A visualização da liberação dos
exsudados torna-se mais fácil quando os tubos de ensaio são observados contra uma fonte de luz.

PROCEDIMENTO

1. O que explica a eliminação do exudado?

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2. O que aconteceu com a folha que ficou coberta com papel alumínio? Ela realizou fotossíntese?

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AULA PRÁTICA 5 - DEMONSTRAÇÃO DA RESPIRAÇÃO PELO MÉTODO DO INDICADOR

DATA: _____/_____/____

INTRODUÇÃO

Nos processos fotossintéticos e respiratórios ocorrem trocas gasosas com o meio. Além da
respiração aeróbica, cujo rendimento energético (produção de ATP e calor) é maior do que na
anaeróbica, a respiração celular também pode ocorrer em ausência de oxigênio (fermentação). Na
respiração aeróbica há consumo de oxigênio e liberação de gás carbônico, enquanto na respiração
anaeróbica não há consumo de oxigênio, havendo a liberação de gás carbônico quando o tipo de
fermentação é alcoólico. O CO2 em presença de água forma ácido carbônico. Portanto, em um
sistema fechado, a respiração causa a acidificação da fase aquosa, uma vez que se estabelece um
equilíbrio entre as fases gasosa e líquida, conforme a equação a seguir:

CO2 +H2O  H2CO3  H+ + HCO3-

Se a fase aquosa contiver um indicador de pH, as variações na quantidade de CO2 no ar do


ambiente podem ser detectadas pelas mudanças na sua coloração. O azul de bromotimol é um
indicador de pH que se apresenta verde em meio neutro, azul em meio básico e amarelo em meio
ácido e pode, portanto, ser utilizado para indicar a acidificação de uma fase aquosa pelo CO2
proveniente da respiração.

OBJETIVOS

- Demonstrar a ocorrência de atividade respiratória em diferentes materiais biológicos.

- Ilustrar a importância dos carboidratos solúveis para a ocorrência de atividade respiratória intensa.

METODOLOGIA

Materias

- Suporte de plástico (de fechar saco de pão) - Papel-alumínio

- Folha de árvores - Conta gotas

- Sementes de feijão embebidas - Sementes de feijão secas

- Solução de azul de bromotimol: 100 mg de azul de bromotimol + 16 mL de NaOH 0,01 N; completar para
250 mL com água.

- 5 Ttubos de ensaio grandes (2,5 x 12,5 cm) - Rolhas de borracha

- 4 Tubos de ensaio pequenos (1,0 x 8,0 cm)


Método

Enumere 5 tubos de ensaio de tamanho médio (2,5 x 12,5 cm) e adicione cinco gotas de azul de
bromotimol em cada um. Coloque no fundo dos tubos um pequeno suporte de metal ou plástico
(arame de vedar pão), utilizado para manter suspensos tubos de ensaio pequenos, que conterão
os diferentes materiais biológicos a serem investigados. Acima do suporte, coloque um tubo
pequeno (1,0 x 8,0 cm) com os diferentes materiais, conforme descrição a seguir:

Tubo 1 - Padrão. Servirá como referência da coloração inicial do indicador;

Tubo 2 - Adicione dez sementes de feijão previamente embebidas;

Tubo 3 - Adicione dez sementes “secas” de feijão;

Tubo 4 - Coloque uma folha recém-coletada acima do indicador. Mantenha esse tubo próximo a
uma fonte de luz.

Tubo 5 - Coloque outra folha recém-coletada acima do indicador. Esse tubo de ensaio será enrolado
em papel-alumínio ou transferido para o escuro.

Assim que todos os tratamentos estiverem prontos, vede hermeticamente todos os tubos. Aguarde
cerca de uma hora. Acompanhe as mudanças de cor do indicador, anotando as alterações,
considerando o sistema de convenção para as variações dos pHs da solução indicadora. Observe
e interprete os resultados.

RESULTADOS

1. O que promoveu a mudança de cor do indicador?

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2. O que ocorreu nos diferentes tubos? Explique seus resultados

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AULA PRÁTICA 6 - FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO DATA: _____/_____/____

INTRODUÇÃO

A fixação biológica de nitrogênio (FBN) é considerada, após a fotossíntese, o mais importante


processo biológico do planeta. É baseada no fato de que microrganismos diazotróficos, são capazes
de quebrar a ligação que une os dois átomos de nitrogênio atmosférico (N2), transformando-o em
amônia (NH3), que é assimilável pelas plantas. Se a associação entre estes microrganismos e as
plantas for eficiente, o N fixado pode suprir as necessidades do vegetal, dispensando o uso de
fertilizantes nitrogenados e oferecendo vantagens econômicas e ecológicas. O exemplo mais
conhecido consiste na simbiose de bactérias da ordem Rhizobiales, denominadas rizóbios, com
plantas da família Leguminosae a qual pertencem a soja e o feijão.

Dentre os nutrientes minerais essenciais às plantas, o nitrogênio (N) é o mais caro, consome mais
energia para sua produção industrial, é potencialmente o mais poluente e geralmente limitante à
produção vegetal. Por isso, a utilização dos fertilizantes nitrogenados industriais é essencial para a
produção de alimentos requisitada pela população humana nos dias atuais. Entretanto, um dos
problemas com o uso dos fertilizantes nitrogenados industriais reside na baixa eficiência de sua
utilização pelas plantas quando aplicado ao solo, raramente ultrapassando 50%.

A exploração e a utilização da FBN em sistemas agrícolas visando à substituição ou, ao menos, a


complementação do N fornecido por meio de fertilizantes industriais é uma estratégia interessante.
A FBN pode trazer um grande benefício para o planeta, aumentando a produção de alimentos,
reduzindo o uso de combustíveis fósseis e a contaminação dos recursos hídricos e da atmosfera.

OBJETIVO

- Promover o plantio de leguminosas para observar a fixação biológica do nitrogênio, usando a


técnica da adubação verde para enriquecer o solo com compostos orgânicos nitrogenados.

PROCEDIMENTO

Material

- Potes pequeno de plástico (podem ser reaproveitados os vasos plásticos para flore ou usar
garrafas “pet” cortadas ao meio)

- Solo arenoso e pedrinhas

- Sementes de leguminosas (espécies de feijão, soja, ervilha, mucuna, leucena e crotalária)

Metodologia
Plantio

1. Colocar as pedrinhas no fundo dos potes. Caso usem garrafas “pet” não se esqueçcam
de fazer alguns furos no fundo.

2. Colocar o solo sobre as pedrinhas, de modo a preencher os vasos quase completamente


(5 cm abaixo da borda).

3. Plantar três a quatro sementes em cada vaso, na profundidade de mais ou menos 5 cm,
regar com água e colocar uma etiqueta de identificação.

Deixar o material em área especificada. Cada grupo deve fazer a observação e o registro dos
acontecimentos do plantio, no mínimo duas vezes por semana. O resultado esperado nesse
experimento, é que passados aproximadamente trinta dias do plantio, seja possível observar, nas
raízes das leguminosas, pequenos nódulos (bolinhas) de bactérias fixadoras de nitrogênio aderidas
às raízes das leguminosas.

Durante a aula prática...

4. Desfazer-se do solo dos vasos de modo a retirar as plantas com cuidado, a fim de que
sejam recolhidos os nódulos de bactérias fixadoras de nitrogênio.

RESULTADOS

Pesquise sobre a fixação biológica do nitrogênio e sua importância, tanto para o ambiente quanto
para a agricultura. Após a pesquisa cada grupo apresente aos demais alunos da sala, o que
descobriram em relação à espécie de leguminosa por eles cultivada.

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AULA PRÁTICA 7 - DOMINÂNCIA APICAL DATA: _____/_____/____

INTRODUÇÃO

Na maioria das espécies vegetais, a gema apical inibe o desenvolvimento das gemas laterais. A
remoção da gema apical provoca a brotação das gemas laterais (basais), o que evidencia esse tipo
de inibição correlativa, observada, por exemplo, quando se efetuam podas ou a decapitação de
uma planta. Adicionando-se uma auxina à superfície decapitada de uma planta, cuja gema apical
foi removida, a dominância é mantida, o que leva à conclusão de que as auxinas estão envolvidas
no controle desse fenômeno. As folhas novas da gema apical produzem grandes quantidades de
auxinas, sinal correlativo da dominância apical. Como uma baixa relação auxina/citocinina na gema
lateral promove o seu desenvolvimento, podese supor que o suprimento de citocininas para as
gemas laterais seja regulado pelas auxinas da gema apical (altas concentrações de auxina na gema
apical orientariam o transporte de citocininas ou de seus precursores para si). As auxinas da gema
apical também poderiam afetar a síntese de citocininas ou a sua utilização nas gemas laterais.
Outros reguladores de crescimento, como giberelinas e ácido abscísico, também parecem estar
envolvidos no fenômeno da dominância apical e na inibição das gemas laterais.

OBJETIVOS

- Observar os efeitos da remoção da gema apical no crescimento das gemas laterais, assim como
os efeitos da aplicação do ácido indolacético (AIA) no controle da dominância apical.

METODOLOGIA

Material

- Plantas de feijão com a primeira folha trifoliada completamente expandida

- Lanolina pura

- Pasta de lanolina contendo AIA 0, l % (p/v): pesar 0,0010 g de AIA; em solubilizar em 2-3 mL de etanol
absoluto; adicionar 1 g de lanolina pura e aquecer; depois esperar resfriar

- Bastão de vidro

Método

Obtenha três vasos plantados com feijoeiros apresentando a primeira folha trifoliada completamente
expandida. Uma planta servirá de controle, enquanto as outras duas terão a base da primeira folha
decapitada. Aplique, com um bastão de vidro, lanolina pura na superfície decapitada de uma das
plantas. Proceda da mesma forma com a outra, aplicando a pasta de lanolina contendo o AIA. Nas
aulas práticas subsequentes, renove a pasta de lanolina nas plantas dos respectivos tratamentos.
Durante três semanas observe o desenvolvimento das plantas decapitadas e da planta intacta.

RESULTADOS

1. Como você explica o desenvolvimento das gemas laterais após a retirada da gema apical?

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2. De que modo estaria agindo a auxina aplicada na parte decapitada do caule para inibir o
crescimento das gemas laterais?

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MAESTRI, M., ALVIM, P.T., SILVA, M.A.P., MOSQUIM, P.R., PUSCHMANN, R., CANO, M.A.O., E
BARROS, R.S. Fisiologia Vegetal: exercícios práticos. Viçosa: Editora UFV. s/p.
MAJEROWICZ, N. FRANÇA, M.G.C. PERES, L.E.P. MÉDICI, L.O. FIGUEIREDO,S.A. Fisiologia
Vegetal: curso prático. Rio de Janeiro: Editora Âmbito Cultural.138 p.
OLIVEIRA, F. de; SAITO, M.L. Práticas em morfologia vegetal. São Paulo: Livraria Atheneu
Editora. 1991, 115 p.
PLIESSNIG, A. F. Fotossíntese: a produção de amido. 2009. Disponivel em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1668. Acesso em: 27 jun. 2019.
RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia vegetal. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1996. 728 p. ISBN 8527703661
SANTANA, O.; FONSECA, A. Ciências Naturais 6º ano. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 236
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 719 p. ISBN
8536302917

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