Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Inibição Do Poder Parental
Inibição Do Poder Parental
A inibição do exercício do poder paternal, ocorre quando qualquer dos pais infrinja
culposamente os deveres para com os filhos, com grave prejuízo destes, ou quando, por
inexperiência, ausência ou outras razões, não se mostre em condições de cumprir aqueles
deveres, bem como por interdição ou inabilitação por anomalia psíquica.1
Assumindo um carácter de garantia para os filhos (e não de sanção para os pais), os fundamentos
de inibição tanto podem reconduzir-se a factores de ordem objectiva como de ordem puramente
subjectiva. Isto é, a lei distingue entre inibição de pleno direito e inibição judicial, nos termos do
artigo 328 e 330 respectivamente, ambos da Lei da família, consoante se trate de inibição
resultante de situações expressamente fixadas na lei ou decorrente de situações não
concretamente definidas e a apreciar a final pelo tribunal.
Mas, tanto num caso como no outro, o verdadeiro motivo da privação do exercício da autoridade
dos pais é o incumprimento dos deveres fundamentais para com os filhos. Não se atribui uma
valoração relevante à culpa, mas realçase a situação de efectiva incompatibilidade entre um
normal desenvolvimento do filho e o exercício do poder paternal pelos seus pais. São
pressupostos da inibição a violação culposa dos deveres parentais para com os filhos e a
gravidade do prejuízo que para estes resulte dessa violação e, ainda, a falta de condições do
progenitor ou progenitores em cumprirem aqueles deveres.