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Sabado, 25 de Mareo de 1978 | S€RIE—WN- 71

DIARIO DA REPUBLICA
GRGKO OFICIAL DA REPOBLICA POPULAR DE ANGOLA
: apa t et y.

BYP
Loar Preco deste ?
numero —Kz 2.00
Toda a correspondéncia, quer oficial,
quer relativa a antncios e assinaturas ASSINATURAS O prega dos antincios é de Kz 22.00
do «Difrio da Republica», deve ser As tres stries oo ceieecee, Ano |
Kz 1350.00
3 linha, acrescido do respectivo imposto
dirigida & Administracio da imprensa Ce
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do selo, dependendo a aua publicacio
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Nacional de Angola, em Luanda, Caixa ADM NETIC do depésito prévio a efectuar na
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Postal 130—6, End. Teleg.: «Imprensay, ABO SBTIE i icecessccceesaccresnece x ieotp Tesouraria da Imprensa Nacional de
Angola.

ADMINISTRACAO DA IMPRENSA NACIONAL Assim, de acordo com o estabelecido na alinea c)


dy artigo 38.° da Lei Constitucional;
Aviso
Ao abrigo da alfnea 6) do artigo 38.° da Lei
Para conhecimento dos Ex.” assinantes se coman Cons-
i- titucional ¢ no uso da faculdade conferida pela ali-
ca que a Imprensa Nacional sé poderd atender nea i) do artigo 32.° da mesma lei, o Conselho
recia- da
magées sobre faltas de entrega do «Didrio da Revolugdo decreta e eu promulgo o seguinte:
Repabli-
ca» € seus suplemento:, quando sejam apres
entadas ARTIGO I.
dentro de um més, contado das datas do «Diario»
e suplementos reclamzdos, tratando-se de FE aprovado o Orgamento Geral do Estado
assinantes para o
ano econédmico de 1977, que faz parte integ
do Pais, e de trés meses, contados de rante da
igual modo, prese nte lei, produz efeitos a partir de
tratando-se de assinantes do estrangeiro. 1 de Janeiro
de 1977 e vai assinado pelo Ministro das Financas.
ARTIGO 2°
O Governo é autorizado, nos fermos da_
gio
legisla-
em vigor, a arrecadar os recursos previstos
SUMARIO no
Kz
mencionado
25.825,900.000.00
orgamento e que sao avaliados em
e a efectuar as despesas ava-
liadas em Kz 55.483.590.000.00 bem como
Gonselho da Revolugao o déficit, avaliado em Kz 29.657 .690.000
a cobrar
.00, através
Lei n.* 2/78:
do recurso ao empréstimo.
Aprova o Orcamento Geral do Estado pata o ano eco- ARTIGO 33
némico de 1977,
O Ministro das Finangas fica autorizado
Lei nt 3/78:
rizar por despacho, todas as situagGes a regula-
Dé nova redaccio ao n° 1 decorrentes do
do artigo 55.° do Cédigo atraso na publicagio do Orcamento Geral
Penal. do Estado
para 1977,

TE D000 Vista e aprovada em Conselho da Revo


lucao.
Publique-se.
CONSELHO DA REVOLUGAO O Presidente da Republica, ANTONIO AGOSTINHO
NETO,
Lei n° 2/78
de 25 de Fevereiro

Sendo o Orcamento Geral do Estado


plano financeiro do Pafs e um dos inst © principal
COs para a concretizacio da politica rume ntos basi-
econdémica e sO- O firme propésito de instaurar em
cial definida pelo MPLA-Partido do Angola uma Pé-
Trabalho e pelo tria de Trabalhadores,
Governo da Reptblica Popular de meta desde j4 muito reiterada
Angola, a sua apro- pelo MPLA-Partido do Trabalho e
vacao constitu, anualmente, marco pelo Governo da
fundamental na Reptiblica Popular de Angola, tem
vida nacional, naturalmente sus-
citado da parte dos nossos inimigos as
mais
552 DIARIO DA. REPUBLICA
ti¢as e cqntumazes tentativas de tolher «a marcha ARTIGO 22
impetuosa da Revolugdo para a concretizagio daquele
obyectivo. A alternativa de pena de morte: por. fusilamento
E sabido como 6 imperialismo prevista na redacgdéo que ao n.° 1 do. artigo 55.° do
utiliza as mais va- Codigo Penal
riadas faces e lanca mao dos mais diversos processos dé o artigo 1.° da présénte lei, tem
de ataque, quer directa e abertamente, qticr manipu-
cardcter cxcepcional e apenas se poderd aplicar aos
lando os seus agentes ¢ servidores internos, incluindo crimes expressamente determinados por lei, e com as
elementos ‘anti-sociais ¢ delinquentes. limilagGes e © cumprimento dos requisitos que se dis-
A Republica Popular de Angola tem no sé 0 direito, poem nos artigos seguintes:
como o dever de defender a Revolugio firme e deci-
didamente dos seus inimigos, tanto internos como ARTIGO 3
externos, salvaguardando as conquistas j4 implanta-
dat em beneficio do Pove e as que futuramente ve- . Nao se condenard 4 pena de morte:
nham a ser alcangadas. a) A mulher gravida;
. Assim, os .elementos que participam em activi- b) O menor de dezoito anos, a data da pratica
dades contra-revoluciondrias e criminosas gue aten- do crime.
tam coritra os interesses fundamentais da Revolucdo
devem ser exemplarmente punidos com a maior seve- ARTIGO 4°
ridade, sempre que os actos que cometeram ec as cir-
cunstancias dos mesmos lesem gravemente a scguranca Sempre que se imponha a pena de morte proce-
e a tranquilidade de Povo Angolano e o normal de- det-sc-4, oficiosamente, ag reexame do processo e da
senvolvimento da actividade das instituigdes do Par- senteng¢a condenatéria pelo tribunal superior da cor-
tido ¢ do Estado. respondente jurisdigdo penal.
A introdugao no sistema penal comum da pena de
torte por fusilamento nao deixa de vir na sequéncia
ARTIGO 5.
e de representar, afinal, um aperfeigoamento juridico
de um instrumento que o Povo Angolano, o MPLA- Se, em consequéncia do reexame previsto no arti-
-Partido do Trabatho ec o seu brago armado as FAPLA go anterior, a sentenca de pena de morte for revo-
ja algumas vezcs tiveram de aplicar, & luz da legali- -gada, o tribunal superior ditaré nova sentenga que
dade. revoluciondria, na luta de Libertacio Nacional . sera executdéria.
€, posteriormente, na implantacio. e consolidagio da
Republica Popular de Angola. ARTIGO 6.’
A presente. lei nao deixa, contudo, de realcar a 1, Se a sentenga for confirmada pelo tribunal supe-
excepcionalidade da pena maxima, rodeando a sua rior da correspondente jurisdicgio penal, subird o pro-
aplicagio de um certo ntimero de requisilos e caute- cesso ao Presidente da Reptiblica para os efeitos do
las que se considcram imprescindiveis em matéria de
preceituado na segunda parte da alfnea fh) do arti-
tio séria gravidade. g» 32.° da Lei Constitucional.
.. Nestes termos: 2. No caso de comutagio, a pena sera de vinte e
Ao abrigo da alfnen quatro anos de prisfo maior.
alinea 5) bord
do ceedti
artigo 8.° o da Lei Cons-
‘titucional e no uso da faculdad e conferida vela ali- 3. Em qualquer dos casos, a decisiio sera executéria.
nea i) .do artigo 32.° da mesma lei, o Conselho da
Revolugdo decreta e eu assino e faco publicar a ARTIGO 7°
seguinte lei: A pena de morte serd exccutada por um pelotdo de
fusilamento, nas 24 horas apds a notificagdéo ao réu
Co ARTIGO 12 da nao comutasao da pena.
“ Ow? 1 do artigo 55° do Cédigo Penal passa a ter
‘a seguinic redaccao: Vista e aprovada pelo Conselho da Revolucao.

Art, 55." —- As penas maiores sio:


Publique-se.
|. A pena de prisio maior de vinte a vinte
€ quatro anos, ot a pena de morte por fusila-
O Presidente da Reptiblica, ANTONIO AGOSTINHO
mento, NETO,

QO. F. 3/71 — 2800 ex.—I.N.

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