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Tem dificuldade em dizer a palavra “não”? Está constantemente a tentar ser simpático
com os outros, às suas custas? Se respondeu sim, então saiba que não está sozinho. A
maior parte das vezes não conseguimos dizer que “não” porque não queremos ferir
suscetibilidades, nem ser vistos como pouco cooperativos. No entanto, nunca dizer que
“não” pode prejudicar a nossa vida pessoal e profissional de mais maneiras do que
podemos imaginar. Aprenda a dizer “não” sem sentimentos de culpa.
Queremos ajudar. Somos boas pessoas e não queremos recusar nada a ninguém.
Queremos ajudar os outros sempre que possível, mesmo que isso prejudique o nosso
tempo pessoal.
Medo de ser mal-educado. Quer queiramos, quer não, a palavra “não” ainda tem uma
conotação muito negativa e ao proferi-la podemos sentir que estamos a ser mal-
educados ou pouco respeitosos.
Queremos ser cooperativos. Não nos queremos alienar do nosso grupo simplesmente
porque não concordamos, por isso, em vez de dizer “não”, dizemos “sim”.
Medo do conflito. Temos medo que a outra pessoa se zangue se dissermos que “não”,
que um “não” possa incitar uma discussão ou que tenha consequências negativas na
relação no futuro próximo.
Medo de perder uma oportunidade. O medo de dizer “não” pode estar diretamente
relacionado com o medo de perder uma oportunidade, presente ou futura.
1. “Não me posso comprometer com isso uma vez que neste momento
tenho outras prioridades.”
Se isto for realmente verdade, então não há volta a dar. Utilizar esta frase explica bem à
outra pessoa que, neste momento, está de facto atolado de afazeres. Se achar necessário
e pretender que a pessoa perceba melhor a sua situação, pode falar-lhe de algumas
dessas prioridades.
2. “Não é uma boa altura, estou a meio de uma coisa. Podemos conversar
às x horas?”
As interrupções podem ser complicadas e para não cair na tentação de deixar de fazer o
que estava a fazer para atender outra pessoa, utilize esta frase. Para além de informar a
pessoa que está ocupado, não a descarta por completo ao sugerir um horário alternativo
para conversarem.
Esta é a forma mais suave de dizer que “não”, sem desrespeitar a pessoa, a sua ideia ou
pedido. É uma excelente opção quando precisa de dizer não pelo motivo número 1
(outras prioridades) ou número 5 (necessidades/prioridades distintas).
Esta opção soa mais como um “talvez” do que um “não”, por isso, é um excelente
recurso se tiver realmente interessado mas não quer dizer logo que “sim” – para além
disso, permite-lhe dizer que “não” se acabar por chegar a essa conclusão. Se necessário
estabeleça um prazo para a resposta com a pessoa em questão. No entanto, se souber
logo de antemão que não está interessado, não utilize este método, prefira antes as
opções 5, 6 ou 7 que veiculam respostas definitivas.
Se alguém lhe está a propor algo que não lhe interessa minimamente, é importante
comunicar-lhe isso mesmo, caso contrário a conversa pode estender-se indefinidamente.
Esta frase não só comunica as suas intenções de forma educada, como demonstra que
aquilo que está a ser proposto não é completamente irrelevante (e a outra pessoa vai
gostar de ouvir) e que está aberto a futuras ideias/oportunidades.
6. “Não sou a melhor pessoa para o ajudar com isso. Porque não fala com
x?”
Se alguém lhe está a pedir ajuda para uma coisa para a qual pouco ou nada pode
contribuir, informe a pessoa disso mesmo. Para além de ser uma forma educada de dizer
que “não”, ainda ajuda a outra pessoa a resolver o seu problema ao indicar-lhe outro
contacto.
A forma mais curta, simples e direta de dizer “não”. Esqueça todos os mitos e
conotações negativas que normalmente associa ao ato de proferir a palavra “não” e diga
simplesmente “não”. Pense menos e diga mais – ficará surpreendido com o facto de ela
realmente funcionar e que o feedback não será tão desastroso como imagina. O que
ganha com isso? Tempo e a possibilidade de fazer apenas aquilo que realmente quer
fazer. Experimente, não vai querer outra coisa.