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Caminhos para aprendizagem

Podemos compreender a aprendizagem a partir desse fluxo: na verdade, é por meio


desse caminho que a educação moderna se estruturou. Na escola ou na universidade
em geral o que acontece é: recebemos um conteúdo (Pensar), que pode ser uma
teoria, um estudo de caso ou o passo a passo de um método, por exemplo;
absorvemos o conteúdo a partir dos “encaixes” que ele faz com nossas visões e hábitos
relacionados ao tema em questão, o que usualmente acaba gerando em nós simpatias
e antipatias imediatas (Sentir); e, por fim, executamos o novo conteúdo que nos foi
transmitido, quer seja por meio de um teste ou de uma avaliação ou por meio de
desafios reais no trabalho e na vida (Querer/Agir). Esse processo pode então ser
resumido da seguinte forma: Receber Absorver Executar. A percepção da própria
capacidade depende da forma como cada um é visto. A imagem construída pode ser
positiva ou negativa e o reconhecimento das próprias habilidades é determinante para
a vida escolar. Para avançar, é preciso expor ideias, hipóteses, representações e
teorias. Sem autoconfiança, o aluno não diz o que sabe por medo e por pensar que não
é capaz de aprender. Cabe ao educador ajudar a impulsionar e a infundir o desejo de
enfrentar os dilemas inevitáveis do processo de aprendizagem. Um bom ponto de
partida é reconhecer que ele não é fácil, não é uma brincadeira. Muitos alunos
avaliados como tendo dificuldades, na verdade estão desencorajados a enfrentar as
contradições intrínsecas desse processo. É preciso ajudá-los a redimensionar a
autoconfiança diante dos desafios, legitimando a possibilidade dos erros e valorizando
mais a reflexão do que o resultado acabado.

Referências: Alex Bretas

Beatriz Gouveia

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